Você e Eu, Eu e Você escrita por Débora Silva, SENHORA RIVERO


Capítulo 5
capitulo 5 -- "Inconveniente de Rafael"


Notas iniciais do capítulo



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A semana se seguiu em ritmo acelerado e tanto Victória quando Heriberto queriam manter um pouco de distância da noite da briga. A semana passou correndo e mais uma vez, os dois discutiam.

Victória desejava a companhia de Heriberto, mas ele estava cansado, chegava de uma sequência estressante de plantões e a única coisa que desejava era descansar.

VICTORIA— Você não me ama mais! – ela falou nervosa no quarto com ele.

HERIBERTO— Victória por Deus, eu não estou mais aguentando esse seu fogo todo! – ele admitiu sentindo a cabeça explodir de raiva.

VICTORIA— Você tem outra! – foi clara, estava com aquelas desconfianças fazia tempo.

HERIBERTO— Eu não tenho ninguém! – gritou com raiva dela. –Ninguém além de você!

VICTORIA— Tem outra sim! Se não tivesse não estaria cansado, iria querer me amar como sempre faz. – ela falou ajeitando a camisola vermelha e saindo da cama onde tinha tentando fazer amor com ele.

HERIBERTO— Victória me deixe dormir, por Deus... Eu tive um plantão de 36 horas. – ele implorou deitado na cama. – Não é possível que você não consiga entender. Deixe-me descansar...

Heriberto colocou a mão na cabeça e ficou olhando para ela de pé. Victória suspirou, encheu-se de coragem e declarou:

VICTORIA— Então, a vagabunda é do hospital, por isso você passa tanto tempo lá. – falou baixo olhado o corpo dele no pijama e desejando ser tomada para o amor.

HERIBERTO— Que vagabunda? – ele se assustou.

VICTORIA— A que você está pegando! Não se faça de idiota! – falou fria, perdendo um pouco a euforia e voltando a racionalidade.

HERIBERTO— Você não vai mesmo me deixar dormir, é isso? Vou para o quarto de hóspedes. – ele se sentou na cama.

VICTORIA— Você não me ama mais! – falou aborrecida olhando para ele.

Começou a chorar de modo lento e doloroso.

HERIBERTO— Amo, mas hoje quero dormir. – falou olhando para ela. – Deite aqui comigo. Prometo que faremos amor amanhã, como você gosta e quantas vezes você quiser, Victória.

VICTORIA— Não quero deitar, quero você! – falou triste se aproximando da cama.

HERIBERTO— Eu tenho que te comer pra provar que te amo? – foi vulgar.

VICTORIA— Está aprendendo esse linguajar com a piranha? Não fale comigo assim, sou sua mulher! – falou irritada.

Heriberto se ergueu aborrecido, aproximou-se dela a tomou em seus braços e beijou. Queria que ela se acalmasse.

VICTORIA— Tá querendo se redimir? – falou ao terminar o beijo. – Agora não quero!

HERIBERTO— Então, vai ao diabo, Victória! – ele pegou o travesseiro e saiu do quarto.

Victória andou pelo quarto furiosa e muito tempo depois foi que adormeceu... Estava cansada de brigar sempre para ter o amor dele...

Não era assim antes e ela não desejava que fosse assim agora...

MANHÃ:

A bela mesa de café estava posta. Linda e atrativa como Victória gostava que fosse.

VICTORIA— Bom dia! – disse ao se sentar.

HERIBERTO— Bom dia! – respondeu educado deixando de ler o jornal.

O filho percebeu que eles não estão bem e sabia que dormiram separados. Rafael é o primogênito deles e conhecia os pais de modo bem particular para entender que algo havia acontecido.

RAFAEL — AÍ Sandoval, não cumpriu hoje? – gargalhou em deboche.

VICTORIA— Me respeite, seu moleque! – falou aborrecida com o filho.

RAFAEL— Já vi que dormiram em quartos separados! – riu alto bebendo suco.

VICTORIA— Seu pai precisava descansar e como ele não resiste a mim, dormiu lá. – falou em deboche esperando que o marido respondesse, mas ele não disse nada.

RAFAEL — Tá Sandoval, me conta outra! A verdade é que você dormiu de calça jeans!

Victória saiu da mesa. Heriberto riu com o filho e com a filha que acabava de chegar. Virgínia beija o pai e o abraça.

HERIBERTO— Você não devia falar com ela assim, Rafael, está de mal humor. – olhou a esposa procurando por algo na sala ao lado e com a expressão de aborrecida.

VIRGÍNEA— Pai, ela está sempre de mau humor! – suspirou e se sentou-se à mesa pegando uma fruta. Estava vestida com uma saia longa, uma blusa larga e os cabelos emaranhados.

RAFAEL— Papai devia satisfazer ela melhor... – riu olhando para o pai.

Victória voltou a mesa de café...

VICTORIA— Estou ouvindo e não estou gostando! Heriberto, você já terminou seu café? Não tem nada a dizer a mim, lá no nosso quarto? – falou com os olhos tensos e cobrando.

HERIBERTO— Não, Victória. Não tenho nada. – foi frio e respondeu sem olhar para ela.

RAFAEL— Tá cedo para tirar o atraso, mãe. – gargalhou junto com a irmã.

VICTORIA— Moleque, não te dou uns tapas porque você já tem barba na cara! – irritada.

VIRGÍNEA— Discutindo de novo! Por Deus! Como ter harmonia aqui?

RAFAEL— Papai não compareceu e mamãe está com o nervos a flor da pele!

Heriberto caiu na gargalhada. Victória fica mais enraivada ainda.

VIRGÍNEA— Meu pai não falha! É o cara! – bate a mão na do pai em cumplicidade. – Victória deve ter feito alguma coisa!

VICTORIA— Victória não, mãe! – corrigiu observando que tinha virado assunto de chacota na mesa.

VIRGÍNEA — Foi isso que eu quis dizer, mãe! – corrigiu.

VICTÓRIA— Por mim já chega. – falou pegando a bolsa para sair. – E você, Heriberto, espero que não se arrependa.

Heriberto sentiu a coluna queimar. O riso acabou. Ele esperou que os filhos tomassem café e logo em seguida pegou seu carro e saiu.

CASA DE MODAS:

Heriberto foi até a empresa e entrou na sala dela. De modo educado todos o saldaram e se foram. Aproximou-se da mesa de Victória e sorriu.

VICTÓRIA — O que você quer? – perguntou observando o rosto dele.

HRIBERTO— Você! – foi direto já se aproximando dela e a segurando com desejo.

VICTORIA— Heriberto, eu não quero! – falou resistente.

HERIBERTO— Mas ontem você fez um inferno que queria, pois bem, eu quero hoje. – ele beijou os cabelos dela e a segurou firme perto de seu corpo.

VICTORIA— Mas eu não quero mais! – se afastou dele.

HERIBERTO— Victória, não me aborreça com criancices! Ou vamos ou te pego aqui. Pegue a bolsa ou vamos sem bolsa. Ou te como aqui mesmo! – foi direto, pegou de modo educado o braço dela.

HERIBERTO— Você sabe que sou educado e paciente com você, mas ou vai ou já sabe! – olhou aqueles lindos olhos verdes que ele amava.

VICTORIA— Não fale assim... – ela suspirou sentindo as mãos dele em seu corpo.

HERIBERTO— Victória! – foi direto.

VICTORIA— Tudo bem, já estou indo. Hoje você resolveu ser agressivo comigo. Por quê? A outra não estava disponível?

HERIBERTO— Não sou agressivo, você me provocou a noite toda. – se aborrecia com essas declarações. – Eu não tenho outra, que inferno!

VICTORIA— Me solta! – falou sentindo a mão dele em seu braço.

Heriberto num rompante jogou as coisas da mesa no chão.

VICTORIA— Que isso? Não! Eu não quero mais! Está louco?

Ele a sentou na mesa.

VICTORIA— Espera! – assustada com o rompante dele.

HERIBERTO— Não vou esperar nada! Vou te provar que não tenho mulher nenhuma. – falou firme segurando o corpo dela com desejo.

VITÓRIA— Aqui não! – pediu sentindo as mãos dele tocarem suas pernas.

HERIBERTO— Aqui sim! – a acariciou.

VICTORIA— Eu te quero tanto meu amor, não briga comigo. É que tenho trabalho agora. E... – gemeu desistindo de resistir a ele.

HERIBERTO— Não estou brigando com você, Victória! Só estou te provando que não tenho nenhuma outra mulher. Só você! E não me importa que você tenha trabalho!

Apertou o botão em baixo da mesa e fechou a porta.

VICTORIA— Mas eu tenho que. – foi beijada por ele de modo raivoso.

HERIBERTO— Vou te acalmar. – deslizou as mãos para dentro da saia dela.

VICTORIA— Heriberto... – gemeu.

HERIBERTO— Que? Não era isso que você queria, meu amor? – mordiscou os lábios dela.

VICTORIA— Me aperta assim, com força. – sentiu que ele lhe tirava a calcinha de modo lento e jogava no chão.

HERIBERTO— Victória... – falou firme.

VICTORIA— Sim...– gemeu de volta fechando os olhos.

HERIBERTO— Já disse que não quero você depilada assim! – a voz autoritária.

Victória sentiu a decepção na voa dele, já sabia o que vinha depois.

VICTORIA— Eu me esqueci... Mas esse é o meu corpo, faço o que eu quiser... – falou enfrentando.

HERIBERTO— É? – se afastou dela.

VICTORIA— Fiz isso hoje de manhã.

HERIBERTO— Para quem você fez isso aí, Victória? – ele guardou seu pênis e apresentou uma expressão de repreensão.

VICTORIA— Para mim! Cansei de fazer seus gostos! – ela arfou com raiva dele.

HERIBERTO— Fala a verdade, pra quem fez isso ai? – a voz com raiva e enciumada.

VICTORIA— Vai guardar tudo isso para você? Vai me deixar aqui, assim? – começou a abrir a blusa e depois acariciou os seios em provocação a ele.

HERIBERTO— Você me provocou e correu e agora está mentindo para mim. Um homem precisa ter muita paciência com você, Victória. Quanto mais você me irrita!

Voltou a se aproximar e a agarrou pelos cabelos.

VICTORIA— Mas eu te quero! – falou dengosa.

HERIBERTO— Então me dá! E pare com essa frescura! – foi rude de novo.

VICTORIA— Me peça! – gemeu sentindo as carícias dele.

HERIBERTO— Não! Me dá logo! – puxou o corpo dela e abriu sua calça novamente exibindo o pênis ereto.

VICTORIA— Você é o tipo de homem que não se tem todos os dias em casa.

HERIBERTO— Então, me dá o que você tanto quer! Eu não vou implorar!

Apertou mais os cabelos dela.

VICTORIA— Se não quer que eu grite, não me aperte assim.

Ele a penetrou com firmeza. Ela gemeu. Alguém bateu na porta, nesta exata sequência.

RAFAEL— Mãe! Não vai abrir?

Ficam em silêncio para ver se ele vai embora.

RAFAEL— Mãe to aqui! Abreeeeee!

VICTORIA— Rafael dá pra você esperar? Que inferno, menino!

RAFAEL — Quero falar com meu pai e ele não está em casa e nem está no hospital.

Victória se ajeitou como dava mas deixou a calcinha em baixo da mesa. Rafael entra e dá de cara com o pai.

RAFAEL— Pai? – sorri. – Por que não foram para um hotel?

HERIBERTO— O que você quer Rafael? – perguntou sério.

RAFAEL— Atrapalhei, né paizão. Estraguei o lance né, coroa? Você está tentando a semana toda. Bati suas bolas na trave agora. – rindo muito.

VICTORIA— Moleque, sai daqui! Se não tem nada de útil para dizer...– falou zangada.

RAFAEL— Eu saio, mas antes, mãe...– riu. – Sua calcinha está embaixo da mesa.

HERIBERTO— Rafael, respeite sua mãe! – fala alto.

Rafael saiu rindo sem dizer o que queria.

VICTORIA— Ou você dá um jeito nesse seu filho ou não sei mais o que fazer...

Ela fechou a porta. Ele avançou e encostou Victória na parede. Desceu, se ajoelhou e ergueu a saia dela devagar.

VICTORIA— Heriberto nãoooo... – gemeu louca.


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