Se passaram sete dias de espera para Capitão América tomar uma decisão definitiva a respeito da nova lei, apoiada por Tony Stark. A medida obrigava que os super heróis fossem registrados, abandonassem a cultura de máscaras e identidades secretas e, acima de tudo, cada missão teria passar por uma aprovação das autoridades. Caso contrário, os indivíduos que se oporem serão considerados criminosos.

  Para o Capitão, era mais que óbvio o motivo pelo qual Stark defendia a lei com unhas e dentes. Primeiro, porque o próprio já era conhecido como cientista e filantropo mundialmente. Não havia razão para se esconder ou manter uma identidade privada. Segundo que, os benefícios oferecidos aos heróis registrados, como treinamentos e estudos, eram dele. Era uma forma de divulgação do seu trabalho para toda uma nação, fazendo com que a população tivesse a sensação de estar completamente segura. Que manipulador! Nada iria mudar caso não estivesse nos interesses de Tony.

  Não havia nada de revolucionário nessa história.

Mais da metade das assinaturas dos super heróis foram coletadas a favor da nova medida. Alguns marcaram presença para ver de perto a tão esperada regulamentação da lei, ao lado de de líderes das mais variadas partes do mundo, como Wakanda; cidade super desenvolvida pela exploração de vibranium.

  Minutos antes do carimbo marcar o papel, ouviu-se os gritos de T’challa alertando:

— Abaixem! Abaixem agora!

  E tudo se transformou em ruínas após escutarem enormes explosões. Gritos de socorro, lamentações, desespero. Tanto na superfície quanto embaixo dos escombros, o pânico espalhou-se feito praga.

  Dissociado da realidade, o barulho das vidraças se transformando em cacos ao se chocarem contra o chão era a única coisa que conseguia ouvir. Os olhos marejados já deixavam evidente a expectativa sobre os fatos, prestes a se desenrolar: a guerra começou.

A primeira impressão que tiveram a respeito do atentado foi que isso partiu do Capitão; mas a linha de raciocínio lógico não permitiu que a ideia se mantivesse por muito tempo, porque o próprio não era louco. Usar um desembaralhador para desabilitar a armadura do Homem de Ferro não era a mesma coisa que explodir um edifício e levar várias vidas junto com as ruínas. Além de que ele sequer estava lá.

  No entanto, havia um rosto conhecido em meio ao caos, estampado em todos os noticiários e jornais do território nacional. Não por outros heróis, mas agora, para Steve Rogers.

“James ‘Bucky’ Barnes foi identificado pelas câmeras de segurança nas proximidades após o atentado, de forma suspeita. O próprio já foi acusado de outros atos terroristas e homicídios ao redor do globo, mas nunca capturado pela polícia. Mais informações em…”

  “Não era possível; não pode ser…”

  Sentiu o rosto esfriar e o corpo pesar como se estivesse morto. Incrédulo, não conseguiu mover um dedo para reagir. Tudo o que pensou depois do atentado foi que ele estava vivo.

  Ele estava vivo!