Sarah era o nome da garota sentada na parte mais isolada do Bar da Estrada. Um lugar agradável aos olhos da loira.

O bar era um lugar geralmente frequentado por caçadores de todas as regiões, que viam naquele estabelecimento um tipo de aconchego e até mesmo conforto para amenizar as sofridas e difíceis vidas que tinham.

A garota como a maioria das pessoas ali se sentia confortável naquele lugar. O cheiro forte de Whisky barato e o terrível odor de tabaco a faziam lembrar de sua infância e dos longos momentos que viveu ao lado do pai. Esses momentos por coincidência ou não, foram na maioria das vezes passados em barzinhos semelhantes a aquele ou dentro do seu Mavericks vermelho.

Sarah deixou escapar um longo suspiro pelos carnudos lábios, apesar de fazer muito tempo, lembrar do pai ainda a causa muita dor, mas principalmente saudade do seu velho.

Em uma tentativa completamente falha de distração a garota decide ir até a bancada de atendimento, fazendo a seguir o pedido de algum Whisky vagabundo que ali vendiam.

Naquele momento ela só pensava em encher a cara e acabar dormindo no banco de trás do seu carro, algo que a deixaria completamente ferrada no dia seguinte, mas a garota estava nem aí com as consequências que seu futuro porre iria causar.

Ajustando melhor a arma que prendia na cintura, Sarah sentasse confortavelmente diante o balcão.  Ela odiava armas, mas no mundo em que vivia andar desarmada era um grande risco.

A garota esticou os braços para cima fazendo um tipo de alongamento e em seguida prendeu os grandes cabelos loiros em forma de coque, deixando escapar alguns fios rebeldes que insistiam em não colaborar em ficarem contidos.

Naquele mesmo momento entrava pela porta principal do Bar Dean Winchester.

O dia estava sendo terrivelmente um porre para o homem. Naquele instante ele só torcia para que pelo menos a noite acabasse bem, mas para isso ele já formulava seu plano para que tudo desse certo.

Dean só queria beber muitas garrafas de cerveja, e talvez se Deus fosse justo com ele e o agraciasse com uma companhia de uma bela mulher que saciasse seus desejos carnais, ele não ficaria nenhum pouco chateado.

Pensando nisso Dean caminhou lentamente até o balcão, cumprimentando alguns rostos conhecidos que via pelo caminho. Mas logo seus olhos capturam a bela loira sentada sozinha junto ao balcão. A mesma tomava leves goles de sua bebida, a cada gole parecia que ela apreciava uma bela taça de vinho, mas Dean sabia que não se tratava de vinho, mas sim de um belo copo de Whisky.

Focando no seu novo objetivo de conquista e fazendo uma nota mentalmente de agradecer aos céus - ou a qualquer outra coisa por ter colocado aquela beldade em sua frente – o loiro retornou sua caminhada só que agora ele possuía um sorriso travesso nos lábios que era destinado a garota.

Sarah que até então estava no seu primeiro copo de Whisky viu pelo canto de seus olhos um homem se aproximar e tomar o acento ao seu lado.

A garota amaldiçoou o homem sentado ao seu lado, hoje ela só queria se embriagar e terminar com o seu plano de dormir no velho banco de trás do seu carro, mas ela sentiu que no momento em que o Winchester mais velho sentou-se ao seu lado tudo mudaria.

Sarah sabia muito bem a quem pertencia o grande corpo sentado a sua esquerda, e ela acreditava não ser a única a reconhecer o Winchester dando em consideração o grande murmurinho que se alastrou em tordo do Bar após a chegada do loiro.

“Quero o mesmo que a garota aqui. ” Exclamou o loiro, fazendo seu pedido ao atendente. Sarah sentiu-se fortemente observada pelo loiro, mas resistiu fortemente em não encará-lo. Ela sabia que no momento que colocasse os olhos nele tudo estaria perdido. ” Eu posso saber o nome da gracinha que está me dando a honra de sua companhia? ” Jogou o loiro testando a resistência que a mulher mantinha em não olha-lo. 

Sarah continuo contemplando o copo de whisky em suas mãos tentando fingir não estar nem aí para a presença do homem ao seu lado, mas infelizmente seu esforço foi em vão e um singelo sorriso surgiu no canto de seus lábios.

Ela tinha que admitir que Dean Winchester era mesmo um cara de pau.

Prevendo que o loiro não desistiria fácil, Sarah virou-se para ele pronta para dar um belo fora no homem se fosse preciso.

Mas seus planos mudaram no momento em que seus olhos azuis pousaram diante a imensidão esverdeada que eram os olhos do Winchester. A reação do loiro não foi diferente, ao notar o sorriso que prendia ao canto dos lábios da garota e a forma com que o olhava ele se viu perdido dela.

“ Eu gostaria de saber o que leva caras como você pensar que tem algum tipo de chance comigo. ” Disse a garota pondo seu plano de dar um fora no Winchester em pratica. “ Sabe, se eu quisesse uma transa fácil com um cara qualquer eu pagaria por isso. Então querido eu sinto muito, vou ter que deixar para a próxima. Eu já marquei com o rapaz que estava ali na esquina para hoje." Terminou ela dando uma piscadela para o loiro.

“ Vejo que a gata é arisca. ” Solta o Winchester parecendo não ter se importado com o discurso nada convencional de um fora a pouco dado pela garota.

Dean sabia que a garota era brava, mas principalmente difícil. Mas o loiro adorava garotas assim, com personalidade. Que não se derretiam com um simples piscar de olhos.

Na realidade o Winchester adorava uma aventura, e sabia que depois de embarcar nas curvas daquela mulher ele estaria perdido, mas não haveria santo que o tirasse dali agora. O jogo da conquista tinha só começado.

“ Muito arisca. ” Respondeu a garota tirando Dean de seus devaneios. “ E gatas arriscas costumam arranhar. ” Disse Sarah desistindo do seu alto controle e quebrando algumas barreiras que diziam grande e luminosamente: Não flerte com o Winchester.

Já o homem conteve um gemido que sairia de seus lábios os mordendo com força. – Quem era aquela? – Era só o que o Winchester mais velho queria saber. Qual era o nome daquela mulher que conseguiu o deixar excitado com meia dúzia de palavras e um sorriso de canto meio escondido.

Sarah viu a luxuria banhar os olhos do Dean, e mesmo querendo ainda negar sua grande atração pelo o homem, Sarah adorou saber que causava grandes reações nele.

Mas uma voz lá no fundo da cabeça da garota sussurrava que ela deveria ir embora, e simplesmente esquecer daqueles olhos verdes.

Deixando outro sorriso escapar pelos lábios, a garota decide dar ouvidos aos sussurros de sua mente. Depositando uma nota de cinquenta dólares sobe o balcão, Sarah dá uma última olhada no homem ao seu lado, parando alguns segundos para tentar gravar a beleza dele em sua memória.

E foi assim, escorregando seus olhos do homem até o chão que Sarah partiu em direção a porta do estabelecimento. – Foi melhor assim. – Tentava conformar-se mentalmente. – Iria ser só uma foda rápida no canto do Bar. Á por favor Sarah, você consegue algo melhor. – Continuou ela tumultuando seus pensamentos.

A garota agora escorada ao seu Mavericks sentia-se vitoriosa por ter resistido ao Winchester mais velho. Tragava o seu maldito cigarro silenciosamente. Ela ainda mantinha os olhos na porta do Bar. Apesar de se sentir bem por ter resistido ao homem, no fundo ela sabia que aquilo não era realmente o que ela queria.

Perdida em seus devaneios a loira nem percebe quando Dean saí pela a porta do Bar e marcha em direção a ela. O homem estava decidido a conseguir o nome ou talvez mais daquela garota.

Sarah leva um susto a perceber a presença do loiro a sua frente.

Dean a encarava com tanta serenidade que isso fazia a garota viajar no eu olhar. Com um simples passo o homem junta seus corpos, fazendo Sarah deixar o cigarro que pousava em meio aos seus dedos cair ao chão. E como imã suas mãos foram aos braços fortes de Dean. No começo a intenção inicial da garota era afastar o homem da sua frente, mas logo que pousou seus olhos azuis nos de Dean ela viu que tudo estava perdido. E o afastar de suas mãos nos braços do homem tornaram-se leves abertos.

Agora com seus rostos a centímetros de distância Dean procurava as palavras certas para aquele momento.

“ Sou Dean. ” O loiro desvia os olhos dos da garota pousando seu olhar nos lábios carnudos da mesma.

“ Eu sei. ” Diz ela. Inspirando o ar levemente. Sarah estava imóvel diante ao homem, ela temia que qualquer reação antecipada dela, causasse um arrependimento fatal no outro dia. Ela tentava a todo custo raciocinar normalmente, mas a presença de Dean a impedia de ter pensamentos lúcidos que não fossem direcionadas ao loiro.

Dean vendo o quanto mexia com a garota, decidiu tentar aproximar-se mais ainda. Com isso ele levou suas mãos a cintura da garota, sentindo o contraste da sua pele quente com a fria cintura da garota. O loiro estava contendo-se para não deixar suas mãos caírem até a parte mais baixa do quadril da moça.

Era incrível a energia e excitação que percorria entre os dois corpos.

E era visível o quanto cada um deles precisava de mais contato do que aquilo que já recebia. Foi então que Dean não conseguindo conter a excitação que transbordava por seu corpo  o homem acaba com a distância de seus rostos. Fazendo assim ambos soltarem gemidos e suspiros quando seus lábios se tocam pela primeira vez.

E logo uma dança quente e erótica começa a ser travada, e uma luta frenética por prazer se desenrola sem esperanças de acabar.

As mãos de Dean vagavam agora sem pudor algum por todo o corpo cheio de curvas da garota.

Gemidos de prazer saiam de ambas as bocas conectadas, fazendo com que o desejo dos dois crescesse.

Sarah com muita dificuldade afastasse do homem a sua frente sentindo no mesmo momento saudade do corpo que até então estava colado ao dela. Deixando escapar um longo suspiro pelos seus lábios Sarah encara o homem a sua frente, desejando mais que tudo que aquilo fosse um sonho e que ela não acordasse nunca mais.

Mas infelizmente o destino não estava a favor de Sarah e Dean, pois no momento em que o beijo recomeçaria o celular da garota começa a tocar freneticamente. Fazendo os dois soltarem xingamentos baixos.

“ Puta que te pariu Carolaine, espero que seja algo realmente importante sua vadia sem mãe. ” Esbraveja Sarah ao telefone. Por segundos Dean aproveita desse descontrole da garota para analisa-la melhor e acaba sorrindo ao perceber o quanto tinham em comum um com o outro.

“ Se você não morrer hoje eu juro que te mato amanhã sua cretina. ” Disse a garota a irmã que pedia carissimamente por sua ajuda. "Ta eu já entendi, não precisa gritar sua louca. Em 10 minutos eu chego. ” Esclareceu ela por fim.

“ Problemas? ” Pergunta Dean prevendo o que aconteceria a seguir.

“ Eu tenho que ir. ” Justificou a loira. “ A vadia vulgo estraga foda ao telefone era a minha irmã, ela precisa de mim. Sabe como é ... A vida de caçador não é fácil, e o dever sempre acaba falando mais alto. ” Diz ela claramente chateada.

“ Eu sei exatamente como é. ” Exclama Dean dando espaço para que a garota abrisse a porta do automóvel. Coisa que ela fez rapidamente não dando tempo nem para o loiro despedir-se dela apropriadamente.

“ Ei calma aí. ” Sorriu o loiro jogando o resto que sobrava de seu charme para cima da garota. “ Eu não sei seu nome ainda e muito menos seu telefone. ”

Dessa fez foi a vez da garota sorrir e encarar pela a última fez naquela noite os olhos verdes de Dean. 

“ Se esse for o problema ele pode ser solucionado rapidamente. ” Esclarece a garota abrindo seu porta luvas e retirando uma caneta de lá. “ Me dá a sua mão. ”

Dean logo estende sua mão para a garota, vendo-a rabiscar algumas coisas sobe ela.

“ Deu problema resolvido, agora é hora de dizer tchau. ” Diz a garota de uma maneira engraçada, tirando sua cabeça para fora do carro e selando seus lábios nos do loiro. Não foi um beijo como o outro, pois esse trazia o ar de despedida.

Sentindo que aquele era mais um fim de um ciclo, a garota posicionasse corretamente diante a direção do automóvel dando partida logo em seguida. E desejando sair mais rapidamente possível daquele estacionamento, antes que ela decidisse deixar a vadia da sua irmã na mão e partisse em direção a parte mais escura do estacionamento com Dean.

“ Hey” Grita Dean a metros de distância do carro. “ Você esqueceu do seu nome! ” Diz o homem apontando para os rabiscos na sua mão que possuíam somente o número de telefone de Sarah.

A garota caí na gargalhada algo que não fazia a tempos e gritou tirando a cabeça para fora do automóvel.

“ Vai ter que ligar para saber bonitão. ” Dizendo isso Sarah arranca com o carro deixando para trás um Dean com cara de bobo, mas que pela primeira vez não via a hora de ligar para uma garota.

Os opostos se distraem, os dispostos se atraem.