A new Smile escrita por Jay Frances


Capítulo 6
Taking Care


Notas iniciais do capítulo

Uma participaçãozinha indireta de um dos meus personagens favoritos da Marvel
Aproveitem
XOXO



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Pov. Jessica:

Depois do que acontecera na noite anterior, Kara fez um curativo em meu braço para estancar o sangue e pediu que eu ficasse no quarto durante a noite.

Acordei e olhei para o relógio pendurado em uma das paredes, que indicava 9:00hrs da manhã, me levantei e sai do quarto a procura da garota, logo a vi, sentada na mesa do lado de fora, admirando algo em meio a neve, vesti a minha jaqueta que ainda estava sobre o sofá e peguei o dela no cabideiro próximo a porta, logo saindo

—esqueceu o casaco - comento jogando a peça de roupa sobre suas costas, logo me sentando na outra cadeira próxima a mesa, olhei na mesma direção que ela, vendo a casa da falecida Sra. De Lucca

—um casal se mudou para essa casa recentemente - ela disse ainda observando a casa, tomou um gole da bebida que estava na caneca em sua mão, objeto que eu havia percebido apenas momentos antes — eles não saem muito, também, o rosto do cara daria pesadelos à muitos, e não, não é com isso que venho tendo pesadelos

Ela olhou para mim com um olhar de cumplicidade, em seguida olhou para a faixa em meu e desviou o olhar novamente para a casa dos vizinhos de quem falara instantes atrás

—ele tem habilidades, como nós, mas a habilidade é incrivelmente útil, ele pode regenerar partes de seu corpo — ela sorriu como se fosse revelar algo, logo pegou um frasco de comprimidos em seu bolso - lembra - se do soro do meu "avô"?

Assinto, me lembrando da cena do pai de Kilgrave sem os braços no chão do apartamento onde eles se escondiam, logo fazendo um cara de nojo

—não sinta pena daquele homem, ele mereceu aquilo - ela ordenou com certa raiva, logo a imagem ainda era presente em minha mente, mas o sentimento de compaixão havia se esvaído — bom, meu pai me mandou uma amostra do soro, para que eu pudesse replicar a fórmula, coisa, que obviamente fiz, bom, há três semanas eu dei um desses comprimidos ao senhor Wilson, o vizinho

Ela acenou para a mulher que saiu da casa, que fazia o mesmo e sorria para nós

—bom, essa belezinha aumenta as habilidades de quem tomá - la - ela bateu um dedo levemente na tampa do frasco, com um leve sorriso - enquanto Wade estava sob o efeito do comprimido, fui capaz de colher uma amostra de seu sangue, pude replicar a composição de seu sangue com sucesso

Ela pegou mais um frasco de comprimidos, mas dessa vez colocou o objeto em minhas mãos

—tome um, dentro de uma hora, o ferimento em seu braço se curará - Kara mostrou o próprio braço, agora sem a faixa ensaguentada e sem ferimento algum — interprete como um pedido de desculpas e um agradecimento

Tomo um dos comprimidos, ainda a observando, vendo um outro lado dela, algo que eu não sabia definir o que era, de repente ela se levantou e pegou o frasco de comprimidos em cima da mesa

—siga - me - comandou se direcionando a casa

 

Pov. Kara:

Entrei na casa e esperei que Jessica entrasse e me direcionei para a porta que dava passagem para o porão

—entre - digo abrindo a porta, observo ela entrar, entro logo atrás e fecho a porta, desço cuidadosamente os degraus, ouvindo o som dos passos de Jessie logo atrás de mim, chego ao último andar e consequentemente ao interruptor, acendo a luz.

Com a luz acesa é revelado o laboratório, em tons metálicos que dão ao ambiente um certo aspecto hospitalar e futurístico ao mesmo tempo, Jessica anda pelo ambiente, posso ver em seu rosto a mistura de admiração e confusão

—esse é o meu paraíso particular, meu trabalho e diversão - digo sorrindo e me direcionando a uma das maquinas em funcionamento - espero que me desculpe, mas eu peguei uma amostra do seu sangue essa noite

—c...como? - ela questionou parecendo um pouco assustada

—do seu ferimento, enquanto eu fazia o curativo, me desculpa — fiz uma cara de receio, com um pouco de medo de sua reação, que foi, bom, inesperada

—o que você descobriu? - ela perguntou, respirando fundo, se recuperando do susto das informações anteriores

—bom, eu descobri que o mesmo componente presente em seu sangue estava presente no de Wade, no meu e no...- minha expressão de receio voltou ao meu rosto — do meu pai, isso quer dizer, que meus "avós" podem ter algo indiretamente ou diretamente haver com o fato de você e o vizinho terem habilidades

Ela me olhava como se aquela simples informação tivesse acabado com parte de sua vida

—mais alguma coisa que deva me contar? - sua voz parecia carregar o peso de arrependimento que eu mesma tinha algumas vezes, assinto, engolindo em seco

—sente - se - comando e ela obedece, se sentando em uma das cadeiras do ambiente, próxima a um dos computadores, fui até o mesmo e mostrei um dos resultados de uma das análises - bom, posso dizer que essa é até uma boa notícia, você pode fazer algo parecido com o que meu pai fazia e o que eu faço, você sabe como nossos poderes funcionam, não é mesmo?

Jessica assentiu, parecendo preocupada com o que eu falaria em seguida, coisa que eu sabia que ela estava

—por isso os poderes do meu pai não funcionaram mais em você e é por isso que meus poderes não funcionam por muito tempo com você, você tem um tipo de controle nunca visto antes, parece que seu pensamento é capaz de controlar suas habilidades, os feromônios que você libera mudam conforme o seu pensamento - explico

—como você sabe tudo isso? - ela indaga, me apoio na mesa e aponto para algumas aberturas no que para quem não soubesse pareceria um cano comum

—eu instalei isso para checar os meus próprios poderes, mas assim que você entrou na sala, como sua habilidade é mais forte, eles se concentraram em captar as mudanças na composição dos feromônios — começo a explicar — sobre o pensamento, a cada informação você pensa algo diferente, o que chega a me dar dores de cabeça

Brinco e rio, ela me acompanha, e posso ver que ela está mais relaxada

—eu posso te treinar - falo baixinho, lembrando de como meu pai me treinou

—isso seria ótimo - seu tom era carinhoso, como eu acreditava que era o de uma mãe

—irá ser e é minha obrigação, afinal, somos uma família agora - digo receosa e ela se levanta vindo até mim e me abraça

—fico feliz ao saber que somos - retribuo o abraço e sinto algumas lágrimas de felicidade descerem por meu rosto — e como sua "mãe", creio que tenho feito um bom trabalho cuidando de você não é mesmo?

Assinto e sorrio, apertando o abraço, mais feliz do que algum dia fui...

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Um fato interessante:

A Jessica tem esse poder nos quadrinhos, esse fato aparece durante o arco Guerra Civil



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