Elevador escrita por Giulianna Valadares


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Oi, genteeee! História nova, provinda de uma ideia que surgiu há alguns dias, hehehe
Estou postando para que me digam se gostam e se devo continuar. Sendo assim, não deixem de comentar, ok?

Aproveitem!! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/707549/chapter/1

Sexta-feira, 21:43

Nina andava pelos corredores vazios do escritório, passando pelas bancadas e indo em direção ao elevador. Agradecia mentalmente por ser sexta-feira e mais ainda por aquele se seu último dia de trabalho. Pegaria férias a partir de segunda e só voltaria no mês que vem. Enquanto caminhava, repassava seus planos: ir para casa, terminar de arrumar as malas, checar os emails de possíveis clientes que pudessem atormentá-la durante a viagem, dormir até às 6:00, levantar, pegar a bagagem, chamar um táxi, fazer o check-in no caminho, chegar no aeroporto, despachar as malas, embarcar e, por fim, aterrisar em Punta Cana.

Daí em diante, não tinha planos. Eram apenas… Férias. Como ela não tinha em muito tempo. Aquilo fora ideia de seu chefe, o dr. Luís Fernando, que disse que ela merecia um descanso após três anos de trabalho ininterruptos. Na verdade, ele praticamente a obrigou a tirar as férias,indicou para onde ela deveria ir e a jovem acabou aceitando.

Não que ela seja completamente viciada em trabalho, mas Nina não via sentido em tirar férias. Ela gostava de ser advogada, de ajudar os outros. Sentia-se feliz quando, ao final do dia, tinha ido a diversas sessões em tribunais, conversado com clientes, fechado acordos. Ela saía do escritório verdadeiramente realizada apenas para chegar em casa e encontrar um apartamento vazio. Ela morava sozinha desde que decidira ir para outra cidade, estudar e cursar Direito. Seus pais apoiaram integralmente sua decisão e bancaram-na até que ela pudesse conseguir seu primeiro estágio, naquele escritório em que agora ela era advogada-chefe.

Nina seguia feliz para o elevador. No final das contas, ela realmente precisava de férias. Tirou os sapatos e começou a cantarolar. Ela estava sozinha e sabia que podia fazê-lo sem que ninguém a visse com maus olhos. Ela girava e ria, cantando e dançando. Quando chegou à porta do elevador, chamou-o e viu que estava no 2º andar. Como ela estava no 24º, sabia que demoraria um pouco e continuou dançando, virada de costas para as portas do elevador.

Pegou seu fone de ouvido e, conectando-o ao telefone, colocou na música mais animada que se lembrava. Estava completamente concentrada em sua música e em sua dança, quando virou de costas e viu a porta aberta. Com alguém dentro. E ele a encarava, com um sorriso nos lábios.

***

Bruno já estava chegando na garagem quando percebeu que deixara seu telefone em cima da mesa do escritório. Praguejou enquanto apertava o botão do 25º andar. Tudo o que ele queria era uma noite tranquila depois de uma semana pesada de trabalho. Ele odiava aquele lugar, odiava aquela empresa, odiava a vida que estava levando, mas nunca teve muita opção. Como neto do fundador e único herdeiro da fortuna de sua família, Bruno tinha o dever de seguir os rumos da advocacia e gerenciar aquele negócio.

Mas ele sempre desejou ser fotógrafo. Viajar pelo mundo fotografando paisagens, conhecendo novos lugares, novas pessoas. Ele gostava de estar perto do que o fazia se sentir vivo. Fez muitos trabalhos quando ainda estava no ensino médio, chegando a ganhar prêmios de concursos juvenis.

Seu pai, no entanto, foi irredutível. Não tinha arte que o encantasse mais do que a arte de ganhar dinheiro naquele lugar. Bruno não teve para quem apelar, uma vez que sua mãe falecera pouco antes dele começar o ensino médio. Ele sabia que ela o incentivaria e encararia Roberto, seu marido, para que o filho tivesse seu sonho de vida realizado. Na verdade, Bruno sabia que muito do comportamento duro do pai provinha da morte de Camélia, afinal, Roberto era um pai amoroso e presente na vida de Bruno até que ela descobriu que tinha leucemia e, pouco tempo depois, faleceu.

Ao lembrar-se disso, Bruno também lembrou dos bons momentos que viveu com a mãe. Recordou-se da comida que ela fazia, que tinha um tempero só dela. Dos abraços calorosos e do carinho, algumas vezes até excessivo, dela com ele. Mas o que ele mais sentia falta era quando ele pegava ela dançando e cantando pela casa. Bruno amava a voz da mãe e amava mais ainda a alegria que carregava consigo. Ela era demais e ele acreditava que jamais encontraria outra mulher tão incrível como ela.

Até a porta do elevador se abrir no 24º andar, onde agora ele via uma figura dançante de costas para ele. Ela estava descalça e cantarolava com uma voz doce.

Seu sorriso ficou mais largo e algo dentro dele se acendeu quando ela o encarou, assustada e inocente. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Me contem nas reviews!
Bjssssss ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Elevador" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.