Alfabeto do Amor escrita por lolauchiha
Notas iniciais do capítulo
Letra D dedicado ao casal Shikatema
Ela não tinha aparecido o mês todo na faculdade e eu estava preocupado, não pelas faltas, afinal Temari nunca foi daquelas que se importava com os estudos. Eu estava preocupado por sempre que vê-la, ela estar pálida demais, distante demais...
— Tenten, você falou com ela? – Interroguei a melhor amiga dela na entrada da faculdade. Ela me olhou receosa.
— Ela não quer ser ajudada. – Ela respondeu em tom de desistência, eu estreitei os olhos.
— Onde ela está? – Eu não queria chegar a esse ponto, mas ela já havia chego antes de mim.
— Nem o Gaara sabe e também não liga, já desistiu. Deveria fazer o mesmo... – Ela deu de ombros e o sinal tocou. Ela caminhou entre os outros alunos que iam para as suas salas.
Temari sempre foi rebelde, distante, quase inatingível e isso afastava quase todos. E quando algo estava errado ela convencia a todos que estava bem ou fazia-os desistir por sua ignorância. Mas não a mim, eu via além de sua máscara.
Ela me afastou no ultimo ano, a morte de seu pai, perder um bebe... Sim, era para termos um filho, mas ela o perdeu e se afastou de todos. Todos que queriam mostrar solidariedade foram afastados pela arrogância da Sabaku. Não podia culpa-la.
Terminamos contra a minha vontade, agora ela não frequentava mais a faculdade, o seu irmão tinha desistido dela, sua amiga também... Eu não poderia.
— Onde a Temari está? – Perguntei ao celular, era a namorada de Gaara. Ela suspirou.
— Eu não a vejo há dias... – Disse como se sentisse pena de mim, não é o que eu queria... Algo estava errado. – Se quiser uma pista, eu já a vi perto do Canil, talvez tenha sorte. – Ela completou me dando esperanças.
— Obrigado Ino. – Agradeci e desliguei o celular.
O Canil era um bar que só abria durante a noite. Paredes pichadas, motoqueiros, rock pesado, meia arrastão... Eu com minha calça jeans e blusa social atrairia todos os olhares, mas valia a pena se eu a visse.
Dirigi até o bar, era quase nove horas da noite. Entrei atraindo olhares, como eu já previa. Parei na bancada onde uma garota cheia de piercings e com fundas olheiras me encarou, e quase riu, escondi a raiva que senti com a atitude dela.
— Você a viu hoje? – Perguntei sem rodeios mostrando meu celular com a foto da Temari, para ela reconhecer.
Ela não me respondeu, só apontou como se tivesse mil coisas mais importantes para fazer. Eu olhei o pequeno corredor e vi que era a entrada para dois banheiros.
Eu não hesitei em entrar no banheiro feminino, sujo, com dois pequenos boxes, espelho embolorado, e a música abafada que vinha de fora. Eu tinha certeza que ela estava lá, uma das portas estava fechada e eu bati na porta com toda a convicção:
— Temari abre essa porta. – Não tinha certeza se era ela, mas arrisquei.
— Vai embora. – A voz dela estava fraca demais, algo estava errado, eu senti isso.
— Se você não abrir, eu vou arrombar essa porta. – Respondi com seriedade.
— Foda-se. – Foi à única coisa que ela disse. Eu voltei a bater na porta e chamá-la, mas ela não me respondeu mais. Um pequeno desespero me bateu e então resolvi entrar no outro boxe e assim pular para dentro do que ela estava.
Quando me apoiei meus pés no vaso sanitário e me debrucei para o boxe onde ela estava, vi a pior cena que poderia. Uma colher, um isqueiro, agulha... Pulei o mais rápido que pude. Ela estava com a cabeça apoiada na parede e seu antebraço amarrado com uma borracha...
Tirei a agulha do seu o braço e reparei outros 10 ou mais furos que eu não iria contar. Joguei a agulha no lixo já quase cheio, heroína era talvez a pior droga de todas. Ela me olhou mole e cai de joelhos perante aquilo tudo... Como permiti me afastar dela?
— Por quê? – Foi á única coisa que pensei na hora. Tinha que fazê-la falar.
— Me faz bem. – Ela respondeu quase num sussurro.
— Te faz mal, mais mal que bem. – Repreendi, mas não era o que precisávamos para aquele momento.
— Sai daqui Nara! – Ela colocou a mão no meu peito e ela escorregou, Temari estava sem forças.
— Eu nunca mais vou sair do seu lado. – Murmurei segurando a mão dela e ela estreitou os olhos.
— Desista. – Ela pediu fechando os olhos de novo, sem puxar seu braço para si. – Eu não tenho mais nada. – Saiu num soluço e vi uma lágrima rolar no seu rosto pálido.
— Você tem a mim! – Eu a abracei, seu corpo magro e fraco me fez notar como ela estava se martirizando, eu não iria desistir dela. – Vamos dar um jeito em tudo isso. – Reforcei, ela aconchegou sua cabeça ao meu ombro e assim ficamos por mais algum tempo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Que gostinho de quero mais não é? Próximo cap sai terça! Vocês querem que eu faço qual casal para a letra E?
Obrigado a todos os favoritos!!!
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