Alfabeto do Amor escrita por lolauchiha


Capítulo 1
A - Amaldiçoado


Notas iniciais do capítulo

Letra A - Dedicado ao casal SasuSaku...



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Lá estava eu no jardim do castelo, meu vestido negro ocultava minha presença e a chuva intensa qualquer vestígio meu. Eu precisava vê-lo. Sei que eu deveria estar em outro lugar, mas quis tomar uma atitude corajosa, tinha que o avisar.

Adentrei o castelo sem dificuldade, uns diziam ser o portal do inferno, um lugar para pratica de rituais. Poucos sabiam que era habitado por um bruxo solitário. Mas eu o conhecia, ele não era nada parecido com as especulações da vila.

Ele estava no segundo andar, meu coração bateu descompassadamente, então ele desceu ao meu encontro enquanto eu subia ao seu, nos encontramos no topo da escada do primeiro andar.

— Você não deveria estar aqui! – Ele disse sério e inexpressivo.

— Estão vindo, todos eles. – Eu lhe avisei, mas ele já sabia.

Os camponeses estavam subindo com tochas, iam atear fogo no castelo, uma grave doença estava se espalhando e ignorantes como eram, achavam ter algo a ver com Sasuke.

— Você precisa ir. – Ele pediu com sua voz autoritária e cansada.

— Eu não vou, não sem você. – Cruzei os braços e um meio sorriso surgiu no rosto dele, algo raro de ver.

— Acha então que eu sou inocente? – A pergunta foi enigmática, ele queria saber que tipo de resposta eu daria.

— Jamais. – Respondi e ele arqueou uma sobrancelha. – Sei que foi obrigado pelos anciões. – Eu me aproximei para cortar a distancia e sentir a sua respiração pesada. – Eu posso lidar com isso.

Não levantei o rosto para encara-lo, não era necessário. Ele não foi o responsável, mas com certeza como um dos bruxos ele tinha sua parcela.

Aquele feitiço matou dezenas de pessoas na vila e por mais que não implorasse perdão, eu sabia do seu arrependimento e o fardo que ele levava.

— Então você morreria por um bruxo? O que sua família diria sobre isso? – Ele levantou meu queixo com delicadeza, e eu encarei os olhos cansados e negros dele sobre mim.

— Não diriam nada. – Respondi e ele passou a mecha do meu cabelo molhado para trás da minha orelha. – Não posso deixar que te matem. – Completei.

— Não posso deixar meu erro ser o seu erro. – Ele sussurrou no meu ouvido e o barulho dos camponeses já era capaz de se ouvir, as tochas iluminavam o jardim, estava só garoando. – Eles não me deixaram viver. – Ele se referiu aos anciões então fechei os olhos com força.

— Não viverei feliz. – Segurei o capuz que lhe cobria o rosto, sabia que era um adeus.

— Mas viverá e será o meu maior consolo na hora da morte...

Seu abraço quente me cobriu e beijo na testa foi a ultima coisa que eu me lembro daquela noite. Acordei em um banco qualquer da vila, e ao me dar conta do que houve, minhas lágrimas pesaram nos meus olhos e rolaram intensamente.

 Com o coração apertado me vi longe do castelo que agora está em cinzas. Ele me deixou, me poupou. Fui tola ao imaginar que ele me ouviria e me deixaria morrer com ele.

Hoje ele é pó e ouço boatos de que em meio a chamas, depois de berros de dor, ele abaixou a cabeça e sorriu. Meu coração pulou um batimento e me lembrei de sua ultima frase.


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Notas finais do capítulo

Dicas de casal ou tema para a próxima história?

Estou toda ouvidos! hahaha Irei postar a cada 5 dias um capítulo novo. (ou antes)



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