P.O.V. Marina

Acordei depois de um tempo, eu estava sozinha, e logo adormeci denovo.Acordei novamente era sábado, lá pelas 8 hrs da manhã, a luz do quarto me cegou mas logo passou, Lysandre e Castiel estavam do meu lado me observando

-O-oi...-disse à eles e tentei dar um sorriso, não tive muito sucesso por conta da máscara nasal

-Oi Marina...Você está melhor?-Lysandre me perguntou com um olhar preocupado

-S-Sim...D-Desculpe...-disse quase chorando olhando para os dois

Eles me olharam mais preocupados ainda...

-Pelo que Marina?-Castiel me perguntou segurando a minha mão

-P-por ter saindo c-correndo...D-depois que o Cas-Castiel me Be-beijou...Fi-fiquei com me-medo que acon-acontecece de n-novo...-falei chorando, quando um médico entrou e retirou a máscara nasal, depois disso consegui falar normalmente só gaguejava algumas vezes. Voltei a chorar

-Acontecece o que Marina?-Lysandre me perguntou acariciando meus cabelos carinhosamente

-Quando eu beijei pe-pela primeira vez...-comecei a chorar mais ainda -Meu pai...Ele me pegou e me bateu, mas não foi uns tapinhas só para me educar, pelo contrário ele me espancou ao ponto de deixar cicatrizes que tenho até hoje...-olhei fundo nos olhos dos dois e me segurei para não chorar mais ainda -O meu pai, ele nunca gostou de mim, nunca foi com a minha cara, ele me xingava de várias coisas como Puta, Vadia...Mas ele nunca me fez nada, mas depois daquele dia tu-tudo mu-mudou...Depois dele me espancar, ele aproveitou que estávamos sozinhos em casa, pegou um facão na cozinha e me cortou um monte, e depois disso ele...-engoli seco -Ele...-não me aguentei e não consegui terminar e me pus a chorar...

Eles estavam parados horrorizados com a história, eles tinham entendido o que eu queria dizer no final, eles me olharam e se entreolharam depois me olharam denovo, eu me sentei com muita dificuldade ponêi minhas mãos no rosto e chorei, chorei e chorei, Lysandre e Castiel se sentaram na cama e tentaram me consolar

-Tudo bem, Marina...-Lysandre falou calmamente

-Nós não vamos deixar ninguém te fazer nada nem te tocar...-Castiel continuou

-O-obrigada meninos...Mas eu tenho muito medo de que aconteça novamente...Nas minhas costas ele me deixou uma cicatriz do tamanho de uma mão de uma pessoa adulta, em formato das letras AB...Que significa Alberto Bronvi, que é o nome dele...-falei para os rapazes com os olhos inchados de tanto chorar

-Podemos ver?-eles me perguntaram em uníssono, eu apenas assenti com a cabeça e lhes mostrei a cicatriz, eles ficaram espantados com o tamanho da cicatriz

-Bom Marina, nós já vamos indo...Você precisa descansar...-Castiel me falou enquanto estava começando a andar para sair quando eu segurei a sua mão

-Por favor, fica aqui comigo...-eu o olhei no fundo dos olhos -Eu não quero ficar sozinha...Não hoje...Por favor...-eu o pedi com um olhar de tristeza e ao mesmo tempo de medo, ele apenas assentiu com a cabeça

-Obrigada...Mas se você estiver cansado e quiser ir embora eu entendo...-eu falei com a cabeça baixa. Ele pegou no meu queixo e levantou a minha cabeça e disse

-Não tem problema eu te entendo...-ele me falou e me beijou, minha boca estava com gosto de remédio mas pelo jeito ele nem ligou

-Obrigada...-falei corada

-Não há de que...-ele me respondeu e sentou na poltrona ao lado...