Destiny escrita por Vic Teani


Capítulo 9
Capitulo Nove: Situações Inesperadas




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  O sol estava alto naquela tarde.
  - Certo – disse Sam, desamarrando o chicote da perna das deusas – Então, por onde começamos?
  Naquela noite, Dean havia dormido no carro, e Sam no quarto do motel, e Castiel, não precisando dormir, vigiou as nornas.
  No momento, Dean estava em um dos cantos do quarto, olhando para baixo. Como ele havia deixado o irmão o convencer a ajudar aquelas deusas, ele não sabia.
  - Temos que achar o esconderijo deles – disse Verdandi – Loki não se contenta com pouco, então ele deve estar vivendo em algum tipo de mansão.
  - Mas não tem nenhuma mansão nessa cidade – disse Sam.
  - É isso que me intriga – disse Urd – Mas vamos procurar nas maiores casas, nos apartamentos mais caros, ele tem que estar em algum lugar assim.
  - E animais – disse a loira – Seus filhos provavelmente estão na forma de um cachorro e uma cobra, ou algo parecido.
  - Como assim? – perguntou Sam.
  - Os filhos de Loki não tem aparência humana – disse Urd – Exceto Hel, que pode estar como uma mulher jovem ou uma garota. Mas Fenris e Jormungand são um lobo gigante e uma cobra gigante, respectivamente. Eles devem ter se disfarçado como algo menor, um cão e uma cobra pequena, por exemplo.
  - Certo – disse Dean, falando pela primeira vez deis que Sam entrou no carro na noite anterior – Então temos que caçar um deus que faz brincadeiras de mau gosto, servir de babá e criar um canil?
  - Você me irrita – disse Urd.
  Dean apenas a olhou e depois para uma das dez espadas que estavam na cama.
  - Dean – disse Sam, advertindo-o – Urd, também não provoque.
  - Não me diga o que fazer – disse ela – Você é só humano.
  - E você é uma das deusas nórdicas mais poderosas – retrucou ele – E precisa da ajuda de um humano.
  Urd se calou, irritada.
  - Então, é só acharmos ele e pronto? – disse Sam – Lutamos contra ele e fim de papo?
  - Quem dera que fosse tão fácil – disse Urd – Nós temos que descobrir o que ele está fazendo, e além do mais, vocês fizeram o favor de quebrar nossas armas – disse a norna – E as espadas douradas daqui a pouco vão sumir também. E sem o meu violino e um dos leques da Skuld, estamos em uma desvantagem enorme.
  - Se vocês não tivessem tentado nos matar, ainda teriam suas armas – falou Dean.
  - Se vocês fossem menos brutos – disse Urd – São só animais que pensam que pensam.
  - Chega disso! – disse Sam – É melhor nos separarmos, para cobrir uma distancia maior. Um de nós com uma de vocês, três pares.
  - Nem pense nisso – disse Dean – Eu não fico sozinho com uma delas de jeito nenhum.
  - Pode deixar de ser infantil por um minuto? – disse Sam.
  - Eu não estou sendo infantil – disse Dean.
  - Claro, até por que você é mesmo uma criança mimada – disse Urd.
  - E você é uma deusa doida – retrucou Dean.
  - Não vou aceitar insultos de um humano – disse a deusa.
  - É sério? – disse Dean – Por que eu não preciso aceitar insultos de você.
  - Ótimo – disse Urd, ficando de costas para o caçador.
  - Ótimo – disse Dean.
  Sam sentou na cama, a testa apoiada em uma das mãos. Aquele seria um longo dia.

  Após muita discussão, muita discussão mesmo, a estratégia para procurar por Loki ficou resolvida.
  Eles iriam se separar, cada um procuraria em um lugar. Sam decidiu que não havia por que desconfiar das nornas naquele momento, afinal, eles estavam fazendo algo a pedido delas, se elas tentassem algo estragariam o próprio plano.
  O ponto de encontro era uma lanchonete em um bairro pequeno da cidade, conhecida por suas tortas que não podiam ser encontradas em nenhum outro lugar. Claro, lugar escolhido por Dean.
  Sam estava em frente a lanchonete. Ele estava quase cruzando a rua quando uma mulher apareceu ao seu lado.
  - Não faça isso de novo – ele disse, quando Skuld deu uma risada com o susto do Winchester.
  - Achou algo? – perguntou a deusa.
  - Nada – disse ele – E você?
  Ela balançou a cabeça, negativamente.
  - Bom, vamos entrar logo, Dean já está lá.
  - Vamos esperar um pouco – disse Skuld, sorrindo como alguém que está prestes a aprontar algo.
  - Por que? – perguntou Sam.
  Skuld apontou para uma mulher do outro lado da rua.
  - Mais uma das vitimas das “pegadinhas” de Loki – disse ela.
  - Caramba, o que é aquele cabelo? – disse Sam – Ela parece um poodle.
  - Ela é um poodle – disse Skuld – Ou era.
  Sam a olhou.
  - É, ninguém entende o senso de humor de Loki – disse Skuld, e então ela riu – Oh, cara, isso vai ser engraçado.
  O caçador não entendeu por um minuto, e pensou que ela devia estar prevendo algo.
  Dean olhou pela janela da lanchonete e viu Sam e Skuld parados do outro lado da rua. Ele fez sinal para que eles fossem até lá, mas Skuld negou com a cabeça e fez o mesmo sinal, pedindo para ele ir até eles.
  O Winchester saiu da lanchonete, confuso, e então a mulher – ou poodle – foi até ele e o agarrou. Ela o puxou para si e o beijou, um beijo que durou alguns segundos, e então se afastou dele e saiu correndo.
  Sam e Skuld riam da situação, a cara de Dean era de quem não entedia nada.
  - Agora eu entendo o senso de humor dele – disse Sam.
  Dean atravessou a rua e chegou até os dois.
  - Cara, aquela mulher beija como um cachorro – disse ele.
  Sam e Skuld riram mais.
  - Estão rindo de que? – perguntou ele.
  - Ela... Ela é... – Sam tentava dizer, entre risadas.
  - Ela é o que? – disse Dean.
  - Ela é mais uma das vitimas de Loki – disse Skuld.
  - O que ele fez a ela? – perguntou o caçador.
  - Digamos que antes de Loki fazer uma de suas “pegadinhas” com ela, ela não parecia com um poodle.
  - Ótimo – disse Dean – Ele deixou a mulher mais feia. Grande coisa.
  - Dean – disse Sam, tentando conter as risadas – Ela não se parecia com um poodle por que ela era um poodle.
  O irmão o olhou, pensando que era algum tipo de brincadeira.
  - Você que dizer que ela... – disse ele.
  - Sim – disse Sam, sem conseguir conter a risada com a cara do irmão.
  - Son of a bitch – disse Dean.

  Eles estavam de volta ao quarto de motel. O quarto era pequeno para os seis, mas já que Castiel e as nornas não precisavam dormir, as duas camas eram suficientes.
  Dean passou pelo menos duas horas no banheiro lavando a boca depois daquilo. Sam não conseguia parar de rir sempre que lembrava daquele beijo.
  - Quem dera eu tivesse visto essa cena – disse Urd, quando Skuld contou para ela.
  Dean fez um gesto obsceno para a deusa.
  - Quando eu digo que é um animal – falou Urd, rindo.
  - Certo – disse Sam – Deixando as brincadeiras de lado, vamos ao papo sério. Nenhum de nós seis conseguiu nem uma pista de onde Loki possa estar. Temos que mudar nossa estratégia.
  - O que vamos fazer? – perguntou Skuld.
  - Será que eu tenho que pensar em tudo aqui? – disse Sam.
  Os outros cinco se olharam.
  - É, é uma boa – disseram.
  Sam suspirou.
  - Estou sem idéias – disse ele.
  - Acho que hoje já procuramos bastante – disse Dean.
  - Bom, eu vou comer alguma coisa – disse Sam – Estou sem comer deis da hora que acordei.
  - Eu vou também – disse Dean.
  - Você acabou de comer – disse Sam.
  - Sim, e...? – falou o irmão.
  Sam revirou os olhos para cima e saiu do quarto. Dean foi atrás.
  - Eu vou com eles – disse Urd.
  - Achei que deusas não sentissem fome – disse Castiel.
  - E quem te disse isso? – falou Skuld – Ao contrário de vocês anjos esses corpos nossos são reais. Quer dizer, não são nossas aparências verdadeiras, mas são os nossos corpos.
  - Como um transmorfo? – perguntou o anjo.
  - Não nos rebaixe – disse Urd, e ela e Skuld desapareceram, indo de encontro aos Winchesters.
  - Bom, ficamos nós dois – disse Verdandi.
  - Você não vai com elas? – perguntou o anjo.
  - Não, não estou com fome – disse a loira, sentando ao lado de Castiel.
  Ela olhou para ele.
  - Não se preocupe – ela disse.
  - Hum? – perguntou o anjo.
  - Eu sou a deusa do presente, lembra? – ela disse – Sei que você se pergunta se o que está fazendo é certo. Posso ler mentes, assim como minhas irmãs. Sabe, não posso te dizer se ajudar os Winchesters é o certo a ser feito... Você mesmo tem que encontrar essa resposta. Você mesmo deve dizer se rebelar-se do céu foi a coisa certa a ser feita. Você tem que parar de pensar aqui – disse ela, encostando a mão na testa dele – E começar a pensar aqui – ela encostou no peito do anjo, onde ficava seu coração.
  O anjo acompanhou a mão dela com o olhar, e depois olhou para o rosto dela.
  Então, a norna se aproximou dele, deixando seus rostos a centímetros de distancia.
  Castiel ficou vermelho, prendeu a respiração.
  A boca dela quase tocou os lábios do anjo, mas ela beijou-o no rosto.
  Ele sentiu-a se aproximar mais e sentiu a respiração dela em sua orelha.
  - Você consegue me deixar maluca, sabia? – disse ela, baixo, no ouvido dele.

 


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