Destiny escrita por Vic Teani


Capítulo 17
Capitulo Dezesseis: Fight or Fight




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 Dean ouviu todo o plano de Loki em silencio. A idéia parecia absurda, mas se ele planejava mesmo fazer aquilo, eles tinham que encontrar uma maneira de destruir seus planos.
  - E como pretende nos fazer dizer sim? – disse Dean.
  - Vocês humanos, sempre com as perguntas mais tolas – disse Loki – Você acha que eu não tenho métodos para fazer vocês dizerem sim? – ele sorriu e estalou os dedos.
  O deus andou até a beira do rio e o observou. O caçador foi até ele, e em um pequeno trecho, a água parecia ter parado de correr. Ali se formava uma imagem... Um homem e uma mulher, parados lado a lado... Não, amarrados um de costas para o outro.
  Bobby. E Lisa.
  - Como você... – ia dizer o caçador, mas Loki apenas fez sinal para que ele se calasse e voltasse a olhar.
  Três pessoas estavam paradas atrás dos dois.
  - Zombies – disse Loki – Escolhidos a dedo por Hel. Sabe, só tem duas maneiras de matá-los. Derrotando minha filha, ou se rendendo. Como o primeiro não vai acontecer, sugiro que se rendam, e libertaremos os dois.
  O deus pagão estava confiante.
  - Son o a bitch! – disse Dean, se virando para Loki e tentando acertar um soco nele. O deus sumiu e o caçador se desequilibrou, tombando em direção ao rio.
  Uma mão segurou seu ombro.
  - Ainda não, apressadinho – disse o deus, jogando Dean para trás.
  O Winchester caiu de costas novamente. Ele sentiu algo batendo contra seu peito. A lamina de arcanjo de Castiel ainda estava com ele. Ele tinha uma chance. Mas seu corpo todo doía. Não estava em condições de lutar.
  Loki se aproximou dele e o segurou pela gola da camisa, suspendendo-o do chão.
  - Vamos, diga sim logo – ele disse – Não tenho muito tempo a perder!
  - Não... – falou o Winchester, agarrando os braços do deus e tentando se soltar, em vão.
  - Seu... – disse Loki, em seus olhos podia-se ver duas chamas crepitantes. Mas ele foi interrompido quando um projétil atingiu seu rosto. Um projétil fofo e gelado. Uma bola de neve.
  - Quem ousa?! – ele disse soltando o Winchester no chão.
  - A quanto tempo, Dean – disse uma voz feminina perto deles.
 
  Verdandi estava escondida atrás de uma rocha. O enorme lobo apenas mantinha Skuld e Sam encurralados na margem do rio.
  Agora ele estava deitado, as patas dianteiras estendidas bloqueando o caminho pelos dois lados.
  A cada menor movimento deles, o lobo rosnava. Verdandi mexeu no bolso e pegou os dois brincos dourados. Ela era a única que ainda tinha sua arma principal. As espadas douradas de Urd sumiram quando o feitiço sobre elas acabou, deixando apenas as usadas por Dean e as mulheres na luta.
  Ela correu por trás do enorme lobo, pulando seu rabo, que devia ter quase cinco metros de largura, aterrissando em silencio em um monte de neve do outro lado.
  Ela fez os brincos crescerem e se transformarem nas argolas de ouro, e partiu correndo em direção a cabeça do animal.

  Urd retalhava inutilmente as almas que iam até ela. Quanto mais ela cortava, mais apareciam.
  - Não devia haver tantas almas desse lado – disse ela, retalhando uma mulher com a pele coberta de queimaduras que corria em sua direção. As almas quando cortadas se desfaziam no ar. Ninguém saberia dizer o que aconteceria com elas. Mas Urd não podia se preocupar com aquilo naquele momento.
  Se pelo menos seu violino não tivesse sido destruído na luta com Dean... Ela poderia usá-lo para controlar as almas.
  Então, finalmente, as almas pararam. Um tilintar de moedas foi ouvido. Hel estendeu o saco de tecido para a frente e o jogou dentro do rio.
  As almas foram atrás dele, desaparecendo todas nas águas escuras do rio Aqueronte.
  - Cansei de brincar – disse ela – Vamos lutar de verdade.
  As pedras se elevaram a um comando de Hel, se aglomerando em seu braço esquerdo. Um escudo negro, da mesma cor das pedras, apareceu em seu braço. No centro, uma caveira que sorria diabolicamente.
  - Tente me vencer – disse ela, avançando contra Urd.

   Outra bola de neve atingiu o rosto de Loki. O deus, enfurecido, avançou em direção a mulher que o provocará.
  Outra bola de neve atirada em sua direção. Um rápido movimento de mão e a neve derreteu no ar. Porém, a pedra que estava escondida dentro do projétil apenas continuou seu trajeto, acertando o rosto do deus nórdico, desorientando-o.
  - Não temos muito tempo! – disse ela puxando Dean pelo braço, ajudando-o a levantar.
  - Mas, você, o que, como, quando... – dizia ele, perplexo. Fechou os olhos rapidamente e os abriu, mas não mudou o que estava a sua frente.
  - Explicações depois – disse ela – Pegue seu amigo e corra!
  Ela saiu em dispara para as rochas grandes próximo a onde estavam. Dean se levantou e com dificuldade carregou Castiel, indo atrás da mulher.
  Eles chegaram até uma rocha que abrigaria pelo menos cinco pessoas. Loki começava a se recuperar do impacto, e balançava a cabeça tentando compreender o que o atingiu.
  - O que você está fazendo aqui? – perguntou Dean, encostando o anjo em uma pedra e se virando para ela.
  - Salvando sua vida – ela disse – Não percebeu?
  - Sim mais... Por que? – ele perguntou.
  - Nunca fui de dar explicações – ela disse – Não temos muito tempo. Seja lá quem seja aquele ali...
  - Loki – disse Dean.
  - Certo, então... Loki? – ela perguntou, surpresa – Com tanta coisa por ai vocês tinham que se meter justo com Loki?
  - Olha, por que você está aqui, Bela?

  Verdandi fez dois cortes do pescoço do lobo, e o animal uivou e dor. Ele se sacudiu e lançou a deusa na neve.
  Ela aterrissou de joelhos e se levantou rapidamente, se preparando para outro ataque. Mas o lobo não havia deixado sua posição, e jogou a deusa de encontro a uma parede de rochas com o rabo.
  Verdandi se recuperou do impacto e, em sua velocidade sobre-humana, correr em direção ao animal.
  Ela sabia que seria difícil se aproximar, mas ela tinha um truque.
  Suas argolas soltaram várias faíscas azuis, e raios foram disparados contra Fenris.
  O lobo ouviu novamente e mostrou os dentes. Uma enorme queimadura estava onde os raios o atingiram.
  Verdandi lançou uma das argolas em direção a cabeça do monstro, cortando-lhe a parte de cima de uma das orelhas. Foi o que bastou para a fera atacar.
  Ele deixou sua posição de vigia e se concentrou em Verdandi. Ela não precisou fazer nada para que Sam e Skuld soubessem que deveriam correr.
  Porém, quando eles alcançaram uma boa distancia do monstro, Verdandi usou a mão livre para fazer aparecer seu chicote. Skuld correu até onde estava a argola que a irmã havia atirado contra o monstro, tomando cuidado com as patas gigantescas do lobo.
  Verdandi ataca de longe com o chicote de perto com a argola, mas seu estilo de combate favorito era usando as duas argolas douradas. Ela poderia se mover mais rapidamente, e ela preferia combates próximos.
  Ela estalou o chicote envolveu a argola que Skuld lançou em sua direção. Jogou o chicote para a irmã, agora que estava de posse das duas argolas.
  Enquanto ela atacava Fenris rapidamente, deixando o lobo sem saber o que o atingia, Skuld começou a atacar com o chicote.
  Ele conseguiu atingir a deusa morena com uma das patas, arranhando seu braço.
  Sam tentava chamar atenção do monstro, inutilmente.
  Verdandi lutava perto da cabeça do monstro, o que era perigoso, por que uma mordida dele poderia ser fatal.
  Então, em um movimento inesperado, uma das patas de Fenris foi em direção  a Skuld. A deusa foi acertada no peito e lançada contra a parede de pedras, batendo a cabeça.
  - Não! – gritou Sam, correndo até ela.
 
  - Sem tempo para conversas – disse Bela – A situação está bem pior do que eu pensava. Certo, eu não lembro muitos jeitos de se matar Loki, e com o que temos aqui então, acho que será bem difícil mais...
  Dean tirou a lamina de arcanjo cheia de veneno de Jormungand e a mostrou para Bela.
  - Isso é... – ela perguntou e ele confirmou com a cabeça.
  - Veneno de um dos filhos dele.
  - Ótimo – disse ela – Isso pode matar praticamente qualquer deus...
  Ela largou a lamina no chão e a empurrou contra a parede.
  - O que você está fazendo aqui? – ele disse – Você está...
  - Não Dean, não estou viva – ela disse – Você devia saber, você me deixou morrer. Mas, sem ressentimentos, acredite...
  - Por que está me ajudando? – ele pressionou.
  - Eu te vi ali, em perigo, e pensei em dar uma mão pelos velhos tempos...
  - Espera mesmo que eu acredite nisso? – disse ele.
  - Espera mesmo que eu diga a verdade? – ela retrucou.
  Dean a encarou por um segundo, então suspirou e se afastou.
  - Nunca devia confiar em você – ele disse – Vá embora daqui, já tenho problemas demais.
  - Espere, eu posso ajudar – ela disse.
  - Não quero sua ajuda – ele respondeu, se virando de costas para ela.
  - Dean, eu...
  - Vá embora! – disse ele, elevando o tom da voz.
  - Dean! – ela disse, impondo sua voz à dele.
  O Winchester se assustou com o ato da Talbot. Ele se virou, revelando lágrimas que escorriam pelo seu rosto.
  Surpreendentemente, Bela também chorava.
  - Não recuse minha ajuda – ela disse – Eu... Eu sou melhor que você... Em tudo – ela falava, entre soluços – Então... Por isso... Eu não posso fazer que nem você... Não posso deixar a pessoa que eu amo morrer...
  - Você está falando...
  - De Jo – Bela disse – E de Anna. Você as amou e as deixou morrer... E... eu...
  Ela caiu em um choro quase desesperado.
  - Quem disse... Que eu te amei? – ele falou.
  - Idiota – ela disse – Todas aquelas que Urd convocou durante a batalha... São as mulheres que você mais amou em toda a sua vida – ela disse, olhando nos olhos dele.
  Dean estava sem palavras. O amor que ele tanto escondia por ela havia sido revelado.
  - Bela... – ele disse, se aproximando dela, seus rostos ficaram próximos.
  - Eu vou provar que sou melhor que você – ela disse – Não vou deixar a pessoa que eu mais amo morrer!
  Eles se beijaram, um beijo cheio de desejo, saudade, e ansiedade. Quanto tempo esperaram por aquilo? Nenhum dos dois saberia dizer.
  Ele se afastou, olhando para ela.
  - Bela, não posso... – ele disse – Agora, sabe, tem a Lisa... – o sofrimento era visível em seus olhos enquanto ele dizia aquelas palavras.
  - Eu sei... – ela disse, enxugando as lágrimas – Eu só... Só precisava de um beijo seu... – a tristeza era profunda em ambos.
  Eles se olharam outra vez. O primeiro e ultimo beijo de um amor proibido. Um amor impossível, dois amantes separados pela vida e a morte.
  - Dean, cuidado! – disse ela, e os dois se abaixaram bem a tempo de uma pedra em chamas passar voando onde estavam suas cabeças antes.
  Loki andava furioso até eles.
 
  Sam correu até onde Skuld estava, inconsciente.
  Verdandi viu a irmã ser atirada na parede de pedras, mas não parou de lutar. Aquilo não mataria a deusa morena.
  - Sam, continue lutando! – disse a loira – Ela vai ficar bem! Pegue o chicote e me ajude!
  Relutante, Sam afastou Skuld da batalha e pegou o chicote, investindo contra Fenris.
  Envolveu uma das patas do lobo com o chicote e puxou, mas ela nem se moveu.
  O monstro sacudiu a pata e o chicote se soltou.
  Sam continuou a atacar, mas não surtia muito efeito.
  Verdandi passou velozmente em frente ao monstro, que tentou morde-la no ar, inutilmente. Ela pulou sobre o focinho de Fenris e com uma das argolas fez um corte no olho direito do lobo.
  Ele uivou de dor e deu um paço para trás, quase esmagando Sam com suas enormes patas.
  E com um rápido movimento, fechou as mandíbulas em Verdandi, e a deusa desapareceu dentro da boca do lobo.

  As espadas colidiram no ar, um som estridente foi ouvido.
  Hel se afastou de Urd e se preparou para outro golpe, mas a deusa ruiva foi mais rápida e a atacou pela lateral.
  A loira defendeu com maestria o golpe da norna, usando o escudo. Urd atacou com a outra espada, que se chocou com a lamina de Hel.
  A deusa ruiva tentou se afastar mas algo a prendeu no lugar. A caveira no escudo de Hel havia fechado a boca, prendendo a espada que havia fincado ali.
  Elas continuaram colidindo as laminas, sem poder se afastar, a procura de uma brecha nas defesas do adversário.
  As espadas quase se encontraram mais uma vez. Um golpe desviado no ultimo momento. Uma das laminas crava em um ombro, a outra perfurando um pescoço.
  As duas deusas permaneceram imóveis, enquanto sangue jorrava na neve branca.

 


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Notas finais do capítulo

Tamo na reta final da fic galera, fortes emoções daqui pra frente!



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