Uma vida feliz para Arlequina? escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 18
Capítulo 18 – A melhor piada


Notas iniciais do capítulo

Maior cap até agora. =D



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Capítulo 18 – A melhor piada

Com algum esforço Charada se pôs de pé, ficando firme alguns segundos depois e esfregando novamente o local onde Harley havia batido em sua cabeça. Não sabia dizer se sua cabeça doía mais pela pancada do taco ou pela performance horrível de canto que ele lamentava ter ouvido dela e esperava em breve esquecer e nunca mais ouvir nada parecido. Segurou firme o relógio em sua mão e observou a batalha. Tiros voavam para todo lado. Decidiu se focar em Arlequina. Fácil demais. Muito chata.

— AARRRG!!!! CALEM A BOCA!!!! – Harley gritou.

— Com quem está falando?!  - Pam quase gritou também para ser ouvido devido aos disparos.

— AS VOZES!! VOZES IRRITANTES!!!

— Ignore-as, Harley!!

O vilão vestido de verde olhou em volta. O Batman ferido protegia a parte traseira do carro que guardava a mulher gato e os bebês gêmeos. Resolveu se concentrar nele. Nem sequer o olhou de volta, mas também parecia apenas um brinquedo chato. A única coisa que conseguia ver era um morcego voando para lá e para cá. O Batman sequer se mexia apesar de ser atingido por algum dos disparos uma ou outra vez. Fitou a Hera Venenosa, nada muito interessante também. Olhou o príncipe palhaço e apertou o relógio em sua mão. O Coringa parecia um abismo, um abismo extremamente atraente, que nem mesmo o Batman conhecia tão bem. Encontraria dificuldade para entrar?

O Coringa riu discretamente, ainda atirando no Espantalho, dando boas vindas à Charada em seus pensamentos. Aquilo lhe pouparia trabalho mais tarde. Sua risada começou a ficar mais alta quando ouviu uma exclamação discreta de desespero atrás dele. Mas algo saiu errado. Ambos foram longe demais. Os tiros começaram a cessar quando todos perceberam a mudança de comportamento do príncipe palhaço. Abaixaram suas armas e se viraram na direção de Charada, que segurava a cabeça com as mãos e gritava, gritava como um louco, e chorava, enquanto o Coringa apenas ria e ria cada vez mais e mais alto.

— Pudinzinho...? – Harley chamou, mal se atentando a sentir que por baixo das bandagens seu ferimento começava a sangrar outra vez.

— Harley! Não chegue perto dele!! – Pam implorou.

A rainha de Gotham ignorou e continuou andando na direção de seu rei em passos lentos.

— Pudinzinho!!

A resposta foi mais uma longa e estridente risada, o que assustou Harley, ele parecia nem reconhecê-la. Ela olhou para trás quando Charada gritou outra vez, agora cambaleando como se estivesse tonto e quase caindo, desesperado com o que quer que fosse. Pâmela, Batman, e Selina, de dentro do carro, observaram a cena com horror, imaginando que deviam ser daquele jeito num manicômio sem controle. Pam se focou em Harley, temendo que a amiga perdesse o controle também ou que seu corpo não suportasse mais o esforço. A Hera quase teve um ataque ao vê-la ousadamente se aproximando do Coringa naquelas condições em que os dois estavam.

— Pudinzinho!

O Coringa só riu ainda mais quando acertou um tapa em seu rosto, fazendo-a cair no chão, e pela primeira vez na vida realmente parecia que ele não tinha ideia do que estava fazendo, mas não era possível ter certeza. Pam correu até Harley, que levou um tempo para reagir, se apoiando nos cotovelos para se erguer.

— Meu corpo dói... – ela disse baixinho.

— Harley...! Tem que sair daqui!

— Eu não quero deixar meu Pudinzinho.

— E quer deixar a vida?! Por que é o que vai acabar acontecendo. Não procuramos tanto Lucy e Joe pra eles ficarem sem mãe agora.

— E nem sem pai.

— Harley! No estado em que está ele pode fazer mal a você e aos bebês. Só saia daqui, por favor! – Pam suplicava analisando o local atingido em seu rosto.

Harley fez alguma força e conseguiu se sentar, em seguida ficou de pé sendo apoiada por Pam e pelo taco de baseball. Os bebês começaram a chorar, juntando mais barulho à situação, e fazendo Harley olhar na direção do carro. Parte do vidro da porta dianteira havia estourado com um disparo. O Coringa continuava rindo e agora disparava aleatoriamente em qualquer direção. O Espantalho aproximou-se de Charad no chão e ajoelhou-se ao lado dele, o observando por um tempo como se nada estivesse acontecendo. Sem alterar a expressão de indiferença em seu rosto assustador, pegou uma seringa no bolso, conferiu se estava funcionando bem e a injetou no pescoço de Charada, que pouco tempo depois gritou ainda mais. Gritava tanto que aquilo já não parecia um grito, mas qualquer coisa pior.

— O que fez com ele?! – Pam perguntou.

— Eu estava aguardando a melhor oportunidade pra me livrar desse daqui. Não preciso de um idiota que tem medo de sangue ajudando a governar Gotham – falou com sua risada sombria.

Charada revirava os olhos, o chapéu havia caído de sua cabeça, ele agarrava com força os cabelos negros e o relógio dourado só continuava preso a ele pela corrente que se enrolava no pulso.

— Qual é a distância entre mim e o mundo?!!! – Ele disse em desespero com a voz alterada, como se estivesse se sufocando.

Pam e Harley não tinham o que fazer, a Hera não tinha antídoto para aquela nova fórmula do gás do medo, nem para o quer que fosse que Charada tinha visto ao adentrar a mente do Coringa. Harley olhou para o carro. O Batman ferido havia amarrado uma de suas cordas no para choque e tentava puxar o veículo com força surpreendente para dentro de um dos prédios que tinha uma parede destruída. Tinha que ao menos tirar a Mulher Gatos e as duas crianças de lá e deixá-las num lugar seguro. Mas o espaço não era suficiente para o carro, que apenas ficou um pouco mais longe do combate. A atenção de Harley e Pam foi desviada novamente por um grito final de Charada, ainda mais alto e mais lamentável, antes dele fechar os olhos e enfraquecer, depois tremeu, sua cabeça pendeu para o lado e ele não se mexeu mais. O Espantalho tocou seu pescoço e depois se pôs de pé, o olhando com indiferença.

— Menos um pra contar piadas sem graça.

Não houve tempo para Pam e Harley decidirem se sentiam tristeza com a morte que haviam acabado de presenciar ou se não fazia diferença para elas. O Coringa agora atirava com uma metralhadora, por pouco não acertando o Espantalho, Harley e Pam, enquanto continuava rindo e rindo. O Espantalho riu enquanto observava. Pam e Harley caminharam até o Batman.

— Tenho que tirá-la daqui. Você sempre encontrou uma maneira de detê-lo, deve ser capaz de encontrar outra – A Hera lhe disse – Sinto muito se pareço insensível, mas sei que mesmo baleado ainda é capaz de lutar.

O morcego ficou pensativo enquanto fitava o Coringa.

— Você sabe o que aconteceu não é, Harley?

Os olhos azuis da palhacinha encaram o Batman com tristeza.

— Se eu entrar nisso eu não vou voltar. O que aconteceu com ele também não tem volta.

Harley olhou para o Coringa por longos segundos e depois para o Batman de novo, sentindo a dor de entender o que ele acabara de dizer.

— Não sei o que Charada viu. O Coringa nunca quis me dizer, por mais que eu tenha perguntado. Mas acredito que tenha dito a você, ao menos em parte. Só a você. Como acha que ele reagiria se outra pessoa soubesse? Charada enlouqueceu, todas as coisas horríveis que ele viu são demais pra qualquer mente suficientemente normal ficar insana e até tirar a própria vida. O Coringa deve tê-lo deixado ver por essa razão, para não precisar perder tempo lutando com ele depois, mas acho que o deixou ir longe demais. Ainda que ele tenha morrido, ele viu tudo que o Coringa queria que ninguém mais soubesse. Não há mais volta pra ele, como não haverá pra mim se eu interferir.

— E vai deixar que ele mate a todos nós?! – Pam o questionou – Por que está bem perto dele conseguir.

— O palhaço... – o Batman parou de falar, pensando nas possíveis consequências daquela revelação.

— Meu Pudinzinho o que?!

O Batman suspirou.

— Ele não tirou somente Robin e Bárbara de mim... Há muito tempo um garoto se tornou praticamente outra pessoa ao saber que o rei de Ghotam havia tirado a vida de seus pais.

As duas mulheres assumiram uma expressão de surpresa, começando a traçar possíveis explicações para a ligação tão forte que o Coringa tinha com o Batman.

— A distância entre mim e o Coringa e o mundo é apenas um dia ruim. Aquele garoto cresceu e numa certa noite correu para uma fábrica de químicos para deter assaltantes. Um deles era inexperiente, assustado e tentando fugir acabou caindo num tanque enquanto os dois lutavam. O dia ruim o dominou. E eu tenho lutado desde o meu dia ruim pra não deixá-lo me dominar. Se eu me vingar, eu não garanto que isso acabe.

— O que eu devo fazer?! – Harley começava a sentir o pânico lhe tomar.

O morcego e a Hera se olharam e Pam sentiu os olhos marejarem. Odiava o Coringa, mas sabia o quanto Harley iria sofrer se ele partisse. Não seria ela a colocar um fim naquilo.

— Harley... – a chamou – Você está fraca, vamos sair daqui. Encontrou seus filhos, eles precisam de você e você deles. Vamos embora. Deixe que o Espantalho lute com ele. E depois o Batman pode arrastar o Espantalho de volta pra Arkham.

— NÃO!! – Ela gritou começando a chorar em desespero e cambaleando quando se soltou de Pam.

Alguns disparos atingiram o chão, a parede do edifício atrás dele e o carro, fazendo as crianças gritarem e chorarem novamente.

— Mas o que está havendo?! – Selina gritou de dentro do carro – Vamos morrer todos aqui?! Alguém tem que detê-lo!

— Eu não vou matar o meu Pudinzinho!!!!

— Harley... – Pam a chamou – O Batman não pode fazer isso, Selina não pode sair de perto das crianças, eu não vou ser a responsável por matar o grande amor da minha melhor amiga, por mais que eu o deteste e que ele não te mereça. Deixei-o com o Espantalho, vamos pegar Selina e os bebês e vamos embora.

— Não, Pam!! Não!!! Eu não vou deixá-lo sozinho!!! – Ela chorava cada vez mais.

A Hera arregalou os olhos quando se aproximou da amiga e afastou a jaqueta, vendo as bandagens manchadas de sangue novamente.

— Está sangrando! Temos que ir embora, Harley!

— Não!!

Arlequina olhou para o Coringa, rindo como um louco e agora trocando tiros com o Espantalho, depois para o carro. Os gritos de seus bebês agrediam seus ouvidos e seu coração. Os amava tanto... Finalmente os tinha de volta. A sensação do exato momento em que se enlouquece tomou sua cabeça, como anos atrás quando se tornara Arlequina. Se sentiu tonta. Queria se deixar desmaiar, talvez aquilo tudo não passasse de um sonho muito ruim. Talvez acordasse e estivesse em sua cama, envolta pelos braços do Coringa, com seus bebês dormindo pacificamente em seus berços e as hienas deitadas no chão ao lado da cama. Ou talvez fosse apenas Harleen Quinzel, com uma vida normal, emprego normal, família normal... Lembrou-se de Diablo e de tudo que dissera a ele.

— Pessoas como nós não tem essa de vida normal... – disse para si mesma.

O Coringa atirou novamente na direção deles, acertando o Batman e depois o carro, não fazendo um estrago maior porque usara seu revólver e não a metralhadora. Selina gritou. O homem morcego segurou o ombro, vendo mais sangue escorrer por seu uniforme. Lucy e Joe começaram a chorar ainda mais.

— Selina?!! – Pam perguntou pelo vidro quebrado – Ela não mexe nem responde! – Disse ao Batman.

A Hera olhou em volta procurando por Harley.

— HARLEY!! – Gritou em pânico ao vê-la caminhando na direção do Coringa com o revólver em mãos.

— Pudinzinho, por favor!! – Ela pediu entre as lágrimas, apontando a arma para ele – Nossos bebês precisam de nós dois! Bud e Lou estão esperando você!

O Coringa estava calado, a fitando com um olhar insano e completamente perturbado, respirando ofegantemente e também lhe apontando sua arma.

— Arlequina... – ele rosnou.

Estaria voltando ao normal, apesar de que normal era a pior palavra possível para defini-lo, ou só estava cansado e começaria tudo de novo?

— Pudinzinho, por favor...

Ele riu outra vez e disparou, não acertando Pam porque ela se jogou no chão. O Coringa já não, ria, mas atirava sem piedade na direção da Hera e do Batman, não mirando no Espantalho porque espertando este havia se retirado para ficar atrás dele e ser esquecido.

Harley fechou os olhos. Uma voz em sua cabeça a mandava atirar, outra gritava o contrário. Os gritos de seus bebês, do Batman e de Pam, implorando para que ela saísse dali encheram seus pensamentos. Era demais para ela suportar, sua cabeça começava a doer e mais lágrimas rolavam por seu rosto. Um grito mais alto de Lucy e Joe foi o limite para Harley. Um disparo foi ouvido. E quando ela percebeu tudo havia acontecido. O lugar ficou em silêncio quase total, a não ser pelos bebês chorando.

— O rei já foi, agora é a vez da rainha – o Espantalho ria enquanto caminhava na direção de Harley.

Ela estava paralisada, ainda com a arma erguida, com os olhos arregalados olhando o Coringa caído no chão com uma grande mancha de sangue se formando abaixo de seu peito.

— Harley!!

A Hera jogou alguma coisa perto dos dois e ramos de plantas se prenderam ao Espantalho, segurando-o no lugar, mas não por muito tempo. Ele se libertou e continuou seguindo na direção de Harley, agora com uma grande seringa nas mãos. O Batman surgiu ao lado dos dois e começou a trocar socos com o Espantalho, o afastando de Harley.

— Harley! – Pam apareceu ao seu lado, fazendo abaixar o revólver e guardá-lo no coldre – Harley!

Harley finalmente a olhou, perdida, confusa, assustada, angustiada, cheia de medo. Pam não sabia como reagir, mas precisava cuidar dela com urgência. Tocou sua testa e a sentiu queimando de febre. Harley sequer parecia notá-la, correu na direção do Coringa, se abaixando ao seu lado. Pam olhou para o Batman e o Espantalho lutando, decidindo dar um naquilo. Puxou seu revólver e atirou, atingindo o Espantalho na perna. O homem morcego ainda lhe deu um soco antes de prendê-lo contra uma parede, algemá-lo e amarrá-lo, o arrastando para perto do corpo de Charada. Pam olhou novamente na direção da amiga e se aproximou. Nunca havia pensado que aquela cena seria uma das mais tristes que podiam presenciar por mais que odiasse o Coringa.

— Pudinzinho... – Harley chorava. – Me desculpe!

A palhacinha deslizou as mãos pelas tatuagens no tórax exposto, lembrando-se de quantas e quantas vezes havia feito aquilo em momentos bem melhores que aquele. Afastou o sobretudo roxo, vendo o local onde o atingira e tentando em vão estancar o ferimento, ainda podia sentir o coração dele bater.

— Harley... – Pam sussurrou se abaixando ao seu lado – Deixe-me ver isso.

Quando a Hera aproximava as mãos para tentar ajudar, os olhos azuis do príncipe palhaço se abriram e ele tossiu.

— Pudinzinho!! Me perdoa!!

— Ei princesa – ele falou baixo, abrindo um sorriso fraco – Eu sabia... Que um dia ia ser eu ou você.

— Fique quieto! Pam vai ajudar.

— Não perca tempo, Venenosa. Nem sinto mais dor, Harley... Só aproveite o momento, cupcake. Me orgulho de ver que minha boneca atira tão bem.

— Não...! Nossos bebês estão esperando você!

— Quais dos quatro? – Ele riu.

— Todos – Harley sorriu.

— Eles são lindos, Harley. Cuide bem deles, tudo agora é seu. Faça o quiser, crie uma nova era do crime ou só cuide de Lucy e Joe... E Bud e Lou.

— Não!! Você vai pra casa comigo! Ainda vamos bater muito no Batsy!

— E faça aulas de canto, não deixe nossos filhos surdos, amor.

Ele resmungou quando Pam apertou demais o ferimento com um pano.

— Não consigo estancar. E a bala ainda está aí dentro.

— Eu já disse pra não perder tempo, Pam.

A voz do Coringa estava cada vez mais fraca. Ele olhou para o lado, vendo o Batman o encarando de longe e sorriu.

— Quem diria, Batsy...

O morcego não respondeu, só olhava com uma expressão que ele não conseguia decifrar, então olhou para Harley outra vez.

— Amorzinho...

Harley o encarou derramando novas lágrimas quando seus dedos se entrelaçaram.

— Céus, Harley... Cuide dessa febre.

Os dois pares de olhos azuis se encararam longamente, como se congelassem no tempo. Harley contorceu o rosto em tristeza e abraçou o Coringa, chorando em seu peito enquanto a mão dele seguia para suas costas. Nunca havia percebido realmente o quanto abraçar Harley era bom, lhe trazia uma sensação estranha.... Incômoda... Felicidade? Nem sabia mais o que isso significava. Quase apagou naquele momento, mas despertou com a voz dela.

— Eu te amo muito, meu Pudinzinho – ela sussurrou.

— Acho que papai vai sentir saudades da sua pequena Harley Quinn.

Harley se ergueu, seguindo para seus lábios e os dois fecharam os olhos ao se beijarem. Quando se afastou, Harley apoiou sua testa na dele, mantendo o contato dos dois pares de olhos azuis.

— Você foi minha melhor piada... – ele lhe disse.

Harley se afastou tomada pelo medo quando o Coringa sorriu e seus olhos se fecharam.

— Não... Não me deixa, Pudinzinho!!!

Ela encostou o ouvido nas tatuagens de HA HA HA no peito do palhaço, já não conseguindo sentir o coração, e sua reação foi chorar. Nenhuma palavra lhe vinha no momento, só dor. Nem prestava atenção no que Pam dizia quando parou de tentar estancar o sangramento do Coringa e estendeu as mãos para ela. As lágrimas embaçaram a visão de Harley e a fraqueza a tomou antes de tudo escurecer.

— HARLEY!! – Pam a sacudia sem obter resposta.

Olhou para o Batman. Ele estava perto do carro falando pelo vidro quebrado, Selina devia ter despertado. Pam agradeceu aos deuses por ela estar viva e por ouvir os bebês chorarem, embora bem menos agora. Quando percebeu a movimentação, O Batman seguiu para perto da Hera, vendo Harley caída sobre o corpo do Coringa e tornando impossível de saber de qual dos dois era o sangue escoria para os dois lados.


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