Under the Rain escrita por Kakau Romanoff


Capítulo 1
The Storm


Notas iniciais do capítulo

Oi oi oiiii meus lindos cupcakes!
Eu escrevi essa história aqui já tem um bom tempo, e como eu não me lembro de ver muitas fanfics sobre a Clarisse e o Chris, eu decidi postar ela. É bem pequenininha, e eu espero sinceramente que vocês gostem.
Boa Leitura!



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— Eu odeio você! – ela gritou, batendo a porta com força quando chegaram ao seu apartamento, o baque sendo intensificado pelo trovão que iluminou o céu naquele mesmo instante.

— Clarisse, pelo amor de Zeus, o que foi que eu fiz dessa vez?! – Chris perguntou novamente, suspirando enquanto tentava se controlar para não brigar com a namorada.  

Ele sabia que a filha de Ares não tinha um gênio muito fácil de lidar, e que se ele realmente queria que o namoro deles desse certo como vinha fazendo nos últimos anos, ele iria precisar ser muito paciente com ela em momentos como aquele.

Naquela noite, entretanto, ela estava fazendo de tudo para tornar isso ainda mais difícil para o filho de Hermes.  

Os dois haviam saído para jantar e tudo tinha corrido perfeitamente bem até entrarem no carro para voltar para casa. Clarisse havia ficado séria de repente e não conversara mais com ele durante todo o trajeto.

Ele estranhou o silêncio dela, e conhecendo-a bem aquilo só poderia significar duas coisas: ou ela teria visto alguma ameaça de monstro por perto ou tinha alguma coisa a incomodando.

Neste último caso, na maioria das vezes, ele seria o culpado.

Chris podia sentir a raiva dela se intensificando gradativamente, preparando-se para transbordar assim como as nuvens escuras de tempestade formadas no céu.  

A tensão entre eles quase palpável, era rompida apenas pelo som baixo do rádio tocando uma música que ele mal prestava atenção, pensando no que teria acontecido para deixa-la daquele jeito.

Ele preferiu não insistir para que ela dissesse alguma coisa, e continuaram daquela forma até chegarem ao seu prédio, onde a bomba finalmente explodiu.

Ela subiu as escadas furiosa, chamando-o de nomes nem um pouco agradáveis até alcançarem o andar de seu apartamento.

— Não se finja de bobo, Christopher. – ela acusou, enfim o encarando pela primeira vez, os olhos faiscando de ódio - Ela flertou com você!

— Quem?! – ele questionou gesticulando com as mãos, sem entender o que estava realmente acontecendo.

— A recepcionista, gênio! Ela deu em cima de você na minha frente, e você ainda teve a cara de pau de sorrir para ela!

É claro.

A recepcionista, uma moça um pouco mais velha do que eles, sorrira mais abertamente encarando os dois demoradamente enquanto ele pagava a conta, e ele ficara inseguro pensando que poderia ser outro monstro disfarçado, como acontecera uma semana antes quando tinham ido ao cinema.

Contudo, quando ela terminou de atendê-los sem se transformar numa criatura verde tentando mata-los, ele simplesmente sorriu levemente em agradecimento, segurando Clarisse pela mão e indo embora.

— Mas o que... Amor, para com isso... – ele pediu, tentando se aproximar.

— Não venha com essa de amor para cima de mim Rodriguez. – ela o cortou, fuzilando-o com o olhar – Porque não vai lá sorrir para ela de novo?!

— Clarisse... – ele chamou mais uma vez, fazendo de tudo para conter uma risada que só iria piorar a situação ainda mais – Você está com ciúmes?

Nunca.— respondeu o encarando com os olhos semicerrados, incapaz de admitir tal coisa, por puro orgulho.

— Amor, nós não vamos brigar por isso, vamos? – ele suplicou baixinho, fazendo menção de abraça-la.

— Não me toque – ela se afastou nervosa – Eu acho melhor você ir embora Chris.

— Mas Clarisse...

— Vai embora! Eu não quero falar mais com você. Eu não quero nem mesmo ver você na minha frente. – ela gritou com os olhos rasos d’agua - Eu nunca deveria ter acreditado que você mudaria por mim. Você sempre será o mesmo filhinho metido a besta de Hermes que sempre foi.

Chris sabia que ela não era fácil, que ela tinha todas as suas manias e complicações. Mas ele também não era e nunca fora, até ela o salvar do labirinto de Dédalo.

Ele tinha mudado; por ela, principalmente.

Se não fosse por aquela briguenta filha do deus da guerra ele poderia estar morto agora, junto com tantos outros que tinham lutado no exército de Cronos.

Mas ainda que ele conhecesse melhor que qualquer um todas as suas inseguranças, ele não aguentaria sua infantilidade por muito tempo.

E foi exatamente no momento em que ela disse aquelas palavras que ele chegou ao seu limite.

— Quer saber?! – ele riu irônico, ainda um pouco atônito - Talvez você esteja certa. Talvez eu deva realmente ir. Por que você está agindo como uma criança mimada! Sabe que eu te amo, e que eu nunca, nunca flertaria com outra pessoa, em hipótese alguma. Por que eu estava com você Clarisse, e sempre fui sincero com você sobre o que eu sentia.

— Chris... – ela tentou, já se arrependendo de não pensar antes de ter falado daquele jeito com ele.

— Mas sabe – ele a cortou, rude – Se você não consegue ver isso depois de todo esse tempo, então nós dois nunca deveríamos ter ficado juntos! – ele gritou, e sem pensar duas vezes saiu, batendo a porta de novo.

Clarisse se sentou no chão, apoiando os braços em seus joelhos, chorando verdadeiramente agora, enquanto absorvia o que tinha acabado de acontecer.

O que ela tinha feito?!

O pensamento continuava a se repetir em sua cabeça, as lágrimas amargas rolando livremente por seu rosto. Ela amara Chris desde o primeiro momento em que o conhecera, e agora por um simples capricho, ela o tinha deixado ir.

Ele tinha sido o único que não a via como a filha de Ares valentona que todos tinham medo; ele a vira como amiga, como mulher, o único que não se importara com seus muitos defeitos quando ficaram juntos.

O único que ela tinha amado pra valer em muito tempo.

O que Silena diria a ela se a visse agora? Sentada e chorando quando o único amor de sua vida saia pela porta.

Sua melhor amiga que sempre fora corajosa e direta com seus sentimentos. Que a ajudara a perceber o que era o amor de verdade.

Covarde.

Isso era o que ela teria lhe dito agora. Covarde, era isso que ela era.  

Quantas vezes a filha de Afrodite tinha dito para ela ser sincera com ela mesma sobre seu coração?

Ela levantou a cabeça, entendendo que era exatamente isso que ela teria que fazer agora se não queria perder Chris. Ela tinha que admitir que estava com ciúmes, mas  se ela se sentia daquela forma, era apenas porque o amava.

Mais que depressa ela se pôs de pé, correndo para descer as escadas e alcança-lo antes que fosse tarde. A chuva já caia torrencialmente quando ela alcançou o térreo, podendo ver Chris caminhando devagar pela calçada, aparentemente alheio ao fato que estava se encharcando.

— Chris! – ela gritou, ignorando o temporal e voltando a correr atrás dele – Chris!

Ele a ouviu, e voltou sua atenção para ela devagar duvidando de que ela realmente estava fazendo aquilo, as lágrimas de ambos se misturando as gotas d’agua.

— Você estava certo. Eu estava com ciúmes, porque... Porque eu amo você, Chris. E você sabe que morro de medo de perder – ela admitiu, aproximando-se mais dele que a olhava pasmo – Mas você não pode... – a voz dela quebrou, obrigando-a a respirar fundo antes de continuar – Você não pode simplesmente fazer eu me apaixonar por você e depois me deixar desse jeito seu idiot-

Sem precisar ouvir mais nada, ele acabou com a distância entre eles, agarrando-a pela cintura e beijando-a profundamente.

— Eu te amo Clarisse – ele sorria com os lábios colados aos dela, sentindo os dedos dela se enrolarem em seu cabelo – E não trocaria você por nada, nem ninguém nesse mundo.

— Acho bom mesmo, porque se você pensa que... – ele riu, em ver que a teimosa Clarisse por quem tinha se apaixonado estava de volta, beijando-a de novo para cala-la.

E assim, eles continuaram naquele momento perfeito, marcado pela chuva que continuava a cair levando embora toda a insegurança de seus corações.


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Notas finais do capítulo

E então??
Não se esqueçam de deixar seus comentários me contaram o que acharam!
Obrigada por lerem!
Bjooooos da Kakau :3



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