Sonserinos Também Amam escrita por Aryalie


Capítulo 17
Pássaro Negro


Notas iniciais do capítulo

UAU
Muto tempo que eu não venho aqui, eu sei. Nem vou me justificar, mas realmente não deu. Juro. E também não sei quando sai o próximo capítulo, mas estou determinada a escrever isso aqui até o fim, cedo ou tarde.

Enfim, finalmente Hermione e Draco se entenderam e estão de casalzinho agora. Porém, todos os acontecimentos recentes envolvendo os Malfoy podem abalar um pouco o relacionamento dos jovenzinhos.

Boa leitura, galera!



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Hermione

 

                Me vi então mais uma vez do outro lado da mesa de Dumbledore, com os olhos atentos de todos os antigos diretores de Hogwarts me observando atentamente, com curiosidade. Eu costumava deixar meus olhos passearem por todos os artigos interessantes que haviam espalhados pelo recinto. Esferas polidas e brilhantes nas prateleiras, frascos com conteúdos nunca antes vistos, livros inéditos. Mas desta vez não conseguia pensar em outra coisa que não fosse o motivo de minha visita à sua sala. Apesar da urgência do assunto, eu sentia que não estava sendo levada a sério.

A cicatriz dele doeu! Só pode significar uma coisa. argumentei furiosa para um Dumbledore incrivelmente calmo, me olhando por cima de seus óculos de meia-lua.

Precisamos de mais provas. ele disse, seus olhos azuis eram compreensivos quando encararam os meus. Não estou dizendo que está errada, mas é uma acusação grave contra os Malfoy. Pensei que já tivessem resolvido essa rivalidade.

Tentei me acalmar, mas a irritação continuava evidente em minha voz.

Eu amo Draco. Me surpreendi com a facilidade e naturalidade de minhas próprias palavras. Sim, eu o amava. E temia por ele. Sinto muito por isso, mas receio que os Malfoy estejam vivos e em segurança, e que estejam compactuando com tudo isso. Talvez tenham armado toda essa história para proteger Draco, para esconder as relações que ainda têm com os Comensais da Morte que sobraram. Tudo não passa de um plano que de alguma forma envolve Voldemort.

Voldemort está morto.

Mas Harry...

Eu sei que é assustador e difícil de compreender, mas com os últimos acontecimentos, Harry pode estar relacionando o perigo com a dor. Pode ser apenas uma lembrança de algo que costumava ser muito recorrente.

Mas estava vermelha!

Acalme-se, Srta. Granger. Prometo que pensarei em algo e tomarei providências. Mas devo lhe dizer que conversei francamente com Lúcio e Narcisa Malfoy, e o arrependimento me pareceu verdadeiro. Tome cuidado com como vai falar sobre isso com Draco. Ele não tem lidado bem com os últimos acontecimentos. Agora peço que retome seus estudos, Srta.Granger.

...

Sob o sol, no gramado, Draco deitou sobre meu colo, e eu acariciei seus cabelos lisos e loiros enquanto o explicava minhas teorias. Seus olhos continuavam fechados. Ele apensa ouviu, sem dizer uma palavra. Não era fácil, eu sabia. Mas ele precisava saber.

Eu sei que meus pais estão vivos. Tenho certeza. ele finalmente disse, depois de um instante de silêncio. Se estivessem mortos eu sentiria, tenho certeza.

Sinto muito. foi o que consegui dizer.

Acho que gostaria que eles estivessem mortos. seus olhos se abriram

Ah... Não diga isso. minha voz saiu levemente falhada.

Eu sentia orgulho deles. Não sei se ainda quero ser um Malfoy. Pior do que compactuar com as Artes das Trevas e Voldemort é passear entre os dois lados da batalha, traindo os dois lados. É nojento. Meu pai mentiu para mim. Ele olhou nos meus olhos e disse que tudo havia mudado. E então forja tudo isso sem se preocupar comigo, com o meu sofrimento. Cheguei a acreditar que nunca mais... Enfim.

Seus olhos se fecharam novamente, mas dessa vez algumas lágrimas escaparam mesmo assim, e ele tratou de secá-las com a manga de suas vestes rapidamente.

Vamos dar um jeito nisso. eu disse.

Não. Eu não posso ir contra meus próprios pais. Sei que isso é errado, mas não peça isso de mim. Eu ainda os amo. Você sabe, família sempre foi muito importante para mim.

Respirei fundo, sem saber lidar com aquilo.

Tudo bem, tudo bem.

Permanecemos em silêncio, meus dedos enroscados em suas mechas claras.

Draco

Mais um dia normal em Hogwarts. Acordei cedo, joguei uma água no rosto e me preparei para o desjejum. Não estava sendo fácil lidar com os últimos acontecimentos, mas era difícil de acreditar. Algo dentro de mim dizia que Hermione estava errada, que meus pais estavam em perigo. Mas se eu dissesse em voz alta pareceria loucura, todos estavam convencidos de que meus pais estavam atrás de Harry Potter, ou algo do tipo.

Quando todos começaram a receber cartas e lembrancinhas de casa, eu esperei pacientemente uma coruja que me trouxesse o Profeta Diário. Porém, quando todas as corujas já tinham voado para descansar no corujal, eu ainda não havia recebido nada. Estava tentando entender o que poderia ter acontecido quando todos olharam para cima para um estranho pássaro preto que entrara no salão.

O pássaro voa rápido por cima das cabeças de todos os alunos, por pouco não batendo em nenhum, e finalmente pousa à minha frente. Percebo então que se trata de um corvo, e que traz um pacote longo e estreito, como uma caixa de varinha.

Quando eu estendo minha mão para o pacote o corvo tenta bicar meu dedo. Eu tento de novo e ele acerta minha mão, deixando uma pequena ferida.

Sai, corvo! eu grito e ele se assusta, indo bicar os restos de comida de alguém.

Rasgo o papel pardo que envolve a caixa e percebo que realmente se trata de uma caixa de varinha. Mas minha varinha estava perfeitamente boa. Por que alguém me enviaria outra? E quem enviaria?

Resolvo então abrir a caixa, e tenho uma surpresa. A varinha que está ali é preta e delicada, com detalhes de prata enfeitando o punho também preto. Eu reconheço imediatamente aquela varinha, pois a conheço desde que nasci.

É a varinha de Narcisa Malfoy, e isso faz meu coração disparar, porque só pode significar uma coisa. Ela não entregaria sua varinha por vontade própria, e aquilo parecia uma tentativa de negociar um resgate. Queriam provar que tinham Narcisa para então pedir algo em troca.

Isso provava a inocência de meus pais, e então finalmente eu poderia tentar fazer algo para ajuda-los. Mas... onde?

Vasculhei a caia e o papel pardo em busca de um endereço. Pensei em olhar para as pernas do corvo, talvez eu não tivesse visto algo. Porém, olhei ao redor e o misterioso pássaro negro já havia sumido. Voado para longe, de onde quer que ele tenha vindo.

Eu precisava falar com alguém. O escritório de Dumbledore nunca fora mais movimentado.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram? Se sim, é aquela história... Acompanhem, favoritem, comentem, etc, etc.

Até o próximo!



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