Uma Segunda Chance escrita por LariValk


Capítulo 1
Capítulo 1




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Derrotado, era assim que Jellal se encontrava no momento. Havia planejado um dia perfeito ao lado de Erza, iria levar ela para um piquenique e logo depois para um parque de diversões já que ficara sabendo que no dia iriam soltar alguns fogos em comemoração ao aniversário do parque, e nesse momento ele pediria a ruiva em namoro, já que estava saindo já algum tempo. Mas tudo dera errado no final, ele foi rejeitado de uma maneira que ficaria marcado em sua vida para sempre... “Você é muito grudento, não gosto de caras como você para um relacionamento”, foram essas palavras que ela havia lhe dito após seu pedido de namoro.

Maldita hora que aquela ruiva de corpo escultural havia ido a sua confeitaria comer um bolo de morango, havia se apaixonado a primeira vista pela ruiva e quando percebeu já havia lhe chamado para sair. E foi assim durante um tempo até aquele dia aonde fora rejeitado. Já achava incrível como ela havia lhe dado bola sendo ele um rapaz não muito musculoso de cabelos azuis que possuía uma tatuagem estranha em seu rosto.

Jellal não se via como um homem grudento, ele se achava um romântico e preocupado rapaz. Erza trabalhava juíza para casos penais, era algo muito perigoso já que ela não se abalava por ameaças ou algo do gênero, então ele acaba por se preocupar com o bem estar da ruiva. Mesmo achando que ela era às vezes mais forte que qualquer pessoa dentro daquele tribunal.

Talvez ele não fizesse o tipo de rapaz com quem Erza se interessaria, ou de todas as mulheres já que ele era um completo azarado no requisito amor, não entendia como podia ser tão azarado com isso, será que as mulheres não gostavam mais de homens no estilo romântico?

Estava triste e muito chateado é claro, mas precisava cuidar de sua loja havia clientes e pedidos que contavam com seu trabalho. Estava na cozinha um tanto desanimado enquanto preparava um bolo para colocar na vitrine, preferia ficar em casa se lamentando pelo seu jeito um tanto diferente de tratar as mulheres.

—Se continuar nessa moleza esse bolo nunca irá para a vitrine - Falou uma voz na porta da cozinha.

—Eu sei Lucy, mas estou desanimado – Falou Jellal com um tom triste - Você sabe como eu fico depois de uma rejeição.

Lucy era a melhor amiga de Jellal, era loira de cabelos curtos cortados recentemente para facilitar no serviço, dona de olhos castanhos que o azulado jurava que eram da cor mel e um corpo esbelto. Ela trabalhava com ele na confeitaria, haviam se conhecido na faculdade ela estava fazendo administração e ele fazia gastronomia.

Ambos haviam juntando suas economias e aberto aquele estabelecimento, enquanto Lucy cuidava dos negócios financeiros e o caixa Jellal cuidava do doces e na organização dos pedidos para entregar. No local havia também uma garota trabalhando, ela ainda estudava e Jellal havia lhe dado um emprego de meio período ao ver como a garota tinha potencial, Wendy, uma menina gentil e animada de cabelos azulados que estava no ultimo ano do colégio.

—Qual é Jellal, ela não merecia você - Falou Lucy se aproximando do azulado - Vamos fique animado, já, já vamos abrir a loja e não quero ver os clientes fofocando sobre sua vida.

—Todas, você quer dizer então, pois Erza não é a primeira que faz esse tipo de coisa comigo – Falou Jellal soltando um suspiro cansado - Qual o problema comigo afinal?

—Mau gosto, você só procura mulher que não lhe da o devido valor - Falou Lucy um pouco irritada.

—Eu não tenho mau gosto Lucy!- Ele falou encarando a loira que estava emburrada.

—Mas para mim parece ter, já que não é a primeira vez que você arruma uma louca para “namorar”- Falou a loira fazendo aspas com as mãos - Você sempre procura meninas briguentas e nem um pouco normais, na faculdade você tentou namorar uma menina que lutava com espada como diversão em locais perigosos! E no colégio quando – a loira já se preparava para comentar o seu incrível histórico quando fora interrompida.

—Ok, eu admito que eu acabei me interessando por garotas estranhas, mas eu já tentei com garotas delicadas, já tentei garota de todo tipo – Falou Jellal emburrado - Eu devo ser gay e não estou sabendo.

—Elas só não gostavam de você na mesma proporção. Sabe você devia parar de procurar e deixar que as coisas aconteçam naturalmente, pare de tenta forçar algo apenas por ver alguém atraente, deixe o tempo lhe ajudar a encontrar a pessoa certa - Falou Lucy dando as costas - Eu vou abrir a loja, espero que tire essa expressão de derrotado a menos que queira que aquelas velhas fofoquem sobre sua vida.

—Ta, ta – Falou Jellal vendo a loira mostrar a língua e sair.

Jellal então pensou nas palavras da amiga, seria ele o errado naquilo tudo? Afinal ele sempre fora um pouco compulsivo acabando por falar com garotas começando por sua aparência em não sua personalidade, o que resultava em algo completamente oposto de si. Encarou a porta aonde Lucy havia saído, e abriu um sorriso, iria seguir o conselho da amiga e deixar de ser tão compulsivo.

Com isso os dias foram passando, Jellal havia parado de tentar algo com qualquer garota atraente que entrava em sua loja e lhe parecia educada ou até mesmo gentil, ele não iria mais cair naqueles joguinhos e acabar se machucando. E com isso ele começou a notar outra pessoa.

Estava sempre tão ocupado notando outras mulheres e se interessando por suas aparências, que nunca havia notado sua melhor amiga. E ficara surpreso consigo mesmo por isso, como nunca havia percebido como a loira era linda a ponto de fazer os rapazes a rondearem?

Ficou curioso com aquilo e acabou por observar Lucy mais frequentemente, mesmo tendo uma amizade longa o azulado nunca havia notado as manias da loira, o jeito que ela coçava a cabeça sempre que uma senhora lhe elogiava. A maneira de como ela colocava a mão na boca para evitar rir de um jeito estranho que lembrava muito uma foca, o que ele achava completamente adorável.

E quando foi perceber já estava começando a se apaixonar pela amiga, aquilo lhe deixou um pouco nervoso, afinal, ele conhecia Lucy desde sempre praticamente, já que não gostava de lembrar da época do colégio. Arrependia-se por ter contato para a loira suas aventuras no colégio, estavam marcadas para sempre em sua vida já que ela usava isso para sempre zoar com sua cara.

Agora Jellal se encontrava em um dilema de tentar algo com a amiga e dar tudo errado, não conseguira perder Lucy daquela forma e não vê-la mais em sua vida, ela já era algo insubstituível que não haveria como achar outra igual. Sem contar a loja, como faria para encara-la todos os dias caso recebesse uma rejeição?!

Jellal estava disposto a esquecer daquele sentimento, mas ao ver inúmeros rapazes darem em cima da amiga ou até mesmo passarem seus telefones, ele decidiu agir, pois não suportaria vê-la junto a outro homem que não fosse ele. Ele começou a chamá-la para sair depois do expediente com a desculpa que eles não faziam mais nada sempre de terem aberto a loja.

E cada vez mais ele convida-la a loira para locais diferentes, queria ficar o mais próximo de Lucy e ver se de fato ele era apaixonado por ela, mas no primeiro encontro ele já havia notado que estava parecendo um bobo apaixonado. Tentava a todo custo não transparecer para que Lucy notasse seu comportamento estranho.

Lucy não parecia notar aquele tipo de comportamento, era isso que Jellal achava já que ela nunca comentava nada, apenas ficava aproveitando os passeios que eles estavam fazendo ao longo dos dias. Entretanto o azulado viu que não podia mais ficar apenas saindo com ela, queria poder beija-la, e o medo de pensar que ela fizesse isso com outro piorava seu nervosismo.

Depois de muito pensar, ele havia decido que contaria seus sentimentos a Lucy, estava cansado daqueles joguinhos e não suportava mais ficar saindo como amigo. Ele estava planejando um local para contar seus sentimentos, mas fora surpreendido quando Lucy o convidou para ir ao mesmo parque aonde Erza o havia rejeitado, aquilo não era sua primeira opção, mas acabou aceitando se declarar naquele lugar novamente.

Por coincidência o parque teria mais uma vez um show de fogos, aquilo deixou Jellal irritado, já estava ficando ridículo em como parecia que o destino estava brincando consigo. Ele estava um tanto nervoso já que tinha medo de que a mesma coisa se repetisse, já estava na hora dos fogos e ele e Lucy estava na roda gigante para que pudessem ver melhor os fogos.

—Ne Jellal – Lucy falou chamando atenção do azulado - Esses dias foram muito divertidos fazia tempo que não saiamos assim.

—Sim foram divertidos - Falou Jellal com um sorriso triste encarando Lucy que olhava para fora - Lucy eu...

—Sabe, eu meio que sempre gostei de você – Lucy começou sem desviar o olhar do céu - Mas achei que nunca teria chance já que você nunca me deu bola, achei que havia esquecido esse sentimento, mas percebi ao longo dos dias que estávamos saindo que ainda sinto algo por você, eu não devia estar falando isso para as coisas ficarem estranhas conosco no trabalho, então apenas esqueça tudo bem?!

—Não – O azulado falou fazendo Lucy o encarar curiosa - Eu chamei você pra sair no inicio, pois estava interessado em você, e ao longo dos dias esse sentimento tem aumentado e eu fiquei com medo de que você pudesse me rejeitar por não fazer seu tipo. Ainda mais por você ter me chamando para esse parque maldito – Falou ele escutando uma risada da loira.

—Todos merecem uma segunda chance - Falou Lucy encarando o azulado - Nada melhor que uma declaração no mesmo lugar que você tomou um fora. Os fogos já vão começar – Falou a loira escutando o aviso sobre a contagem regressiva.

—Que se danem os fogos – Jellal falou puxando a loira para próximo a si e a beijando.

De inicio Lucy ficou surpresa com a atitude do azulado, mas depois sorriu e fechou os olhos ainda o beijando, ela colocou suas mãos no peito do azulado o puxando para mais próximo enquanto sentia seu cabelo ser puxado de um jeito necessitado por Jellal, o som de fogos e o brilho deixava tudo mais perfeito do que já estava.

—Quer ser minha namorada? – o azulado perguntou se afastando da boca da loira e juntando as costas.

—Eu adoraria – Lucy falou voltando a beijar o azulado.

Não importa o quanto demore, todos tem uma segunda chance no amor.


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