O Destino Quis Assim escrita por Bia Flor Escritora


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Me desculpem o atraso, a vida dessa autora aqui anda bastante corrida! Aqui está mais um capítulo para vocês! Espero que gostem!
Ah! antes que me esqueça, quero agradecer a linda EliDiva pela recomendação da história! Obrigada amore!!
Boa leitura!



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O som da música Il Sole Mio na voz do grande tenor Luciano Pavarotti podia ser ouvido por todo o departamento e ele pouco se importava para o que os outros pudessem pensar dele. Na certa pensavam que ele era louco ou pelo menos surdo, devido o volume elevado. Porém escutar aquela voz aguda e harmoniosa lhe trazia paz, ao contrário das pastas dos casos que tinha em cima de sua mesa. Aqueles assassinatos estavam tirando-lhe o sono há bastante tempo. Ainda não haviam conseguido capturar o maldito assassino. E para piorar não havia uma única pista. Ele não deixava uma única evidência.

 Sentado em sua poltrona de couro, recostou sua cabeça na cabeceira do assento e friccionou levemente suas têmporas, tentando assim amenizar a crise de enxaqueca que lhe atormentava. Desde que os assassinatos começaram, ele não tinha mais uma noite de sossego. Sempre tinha alguém para cobrar-lhe resultados em seu trabalho, ora eram seus superiores, ora era a sociedade quem os cobrava.

 Ainda que fosse sabido que Las Vegas, a conhecida Cidade do Pecado, fosse  uma das cidades mais violentas de todo os Estados Unidos – ainda que tivesse muito glamour – era inadmissível que um assassino saísse impune. Principalmente quando a cidade estava sob seus cuidados. A população se sentia insegura quanto a sair de casa, temendo ser a próxima vítima do meliante. Entretanto, ele não acreditava nessa possibilidade. Seus longos anos de trabalho – dez para ser mais exato – tinham-lhe ensinado a confiar em seus instintos e a desconfiar do que parecia muito provável.

 Aqueles casos que tinha diante de si, aparentemente não tinham nenhum elo, nada que os ligasse, contudo ele sabia, sentia em seu íntimo que algo lhe escapava. Ele levantou-se e socou a mesa com brutalidade.

 — Maldição! – ele praguejou sozinho.

 Ouviu a porta de seu escritório ser aberta e por ela entrar uma mulher alta, trajando uma saia secretária preta, uma blusa com decote V cor de rosa e um blazer também preto. Ela tinha grandes olhos castanhos encobertos por um pequeno, porém elegante, óculos de leitura. Seu cabelo era da cor de abóbora, cacheado. Em seus pés trazia uma linda sandália de salto alto preta. Tinha aproximadamente trinta anos.

 — Precisa de alguma coisa, senhor Hoffmann? – ela perguntou receosa.

 Hoffmann olhou para sua eficiente secretária e balançou a cabeça. Ela não tinha culpa de sua irritação. Stella Carter era a melhor secretária que poderia desejar. Ela sempre estava a postos para executar seus exigentes pedidos e sempre suportava suas constantes crises de mal humor. Não entendia como uma mulher tão linda ainda se encontrava solteira.

 — Não senhorita Carter – ele enfim respondeu – Não preciso de nada. O que eu quero ainda estou longe de alcançar. Quero colocar minhas mãos no miserável que anda assustando Las Vegas e todos os Estados Unidos.

Aaron Hoffmann era o típico homem da justiça. Era o delegado chefe do  Departamento de Polícia do Estado de Nevada. Tinha 35 anos e uma carreira sólida. Sendo o filho mais velho de policiais era mais do que natural que ele seguisse os passos dos pais. Ainda aos vinte e cinco anos entrou na Academia de Polícia e conseguiu formar-se com louvor.

Não se considerava bonito, embora sempre recebesse elogios do público feminino. Enquanto esteve no curso de formação para policiais, cansou de ouvir gracejos, assovios e cantadas das poucas mulheres que também compunha o corpo discente.

Era dono de exatos 1,90m tinha incríveis olhos cinza e cabelo louro escuro um pouco desgrenhado. Por mais que tentasse nunca conseguia deixar seus cabelos da maneira que queria. Não era magro, tampouco era gordo. Tinha o peso ideal, pois fazia exercícios e se alimentava bem e saudavelmente. Seu rosto era alongado. E ainda que gostasse de vestir-se informalmente, seu trabalho exigia que ele trajasse roupas formais. Por isso é que naquele dia usava camisa branca, calça social e terno cinza, além de uma gravata também cinza. A barba por fazer dava-lhe um charme a mais. Estava impecável. Pelo menos fora isso o que Stella dissera.

Voltou seu olhar para as pastas que estavam em cima de sua mesa. Não queria que ocorresse outro assassinato para que enfim pudesse ter alguma pista através da qual pudesse ir atrás do desgraçado que assolava a segurança não somente da cidade como do país inteiro.

Sua preocupação era ainda maior porque seu emprego estava em jogo. O xerife lhe havia alertado que se ele não pusesse as mãos no assassino o quanto antes, poderia ter como certo como dois mais dois são quatro que ele, Hoffmann, não conseguiria trabalho nem como ajudante de gari. Hoffmann era orgulhoso demais para não aceitar o desafio e fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para conseguir ganhar a disputa.

Voltou para trás de sua mesa, sentou-se em sua poltrona e voltou a reler os arquivos a fim de descobrir algo que tivesse passado despercebido.

— Quem é você, seu filho da mãe? Quando irá cometer um erro para que enfim eu possa colocar minhas mãos em você e mandá-lo para o lugar que você merece, o corredor da morte? – Hoffmann conversou com o assassino imaginário. Muitas vezes seus colegas lhe chamaram de louco por ele corriqueiramente conversar sozinho, com seus botões, como ele dizia.

Aaron rogava para que não fosse preciso ocorrer mais um assassinato para que ele enfim pudesse capturar o criminoso. Seria muito azar se isso de fato ocorresse e talvez não tivesse a chance de agarrá-lo.


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Notas finais do capítulo

O que estão achando? Gostaria muito de saber a opinião de vocês! Deixem seu comentário que terei o maior prazer em responder.
Beijinhos da Bia



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