Entre Amor & Enganos - Concluída escrita por EllaRuffo


Capítulo 19
Capítulo 19




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Momentos depois ...

Inês estava fazendo suas malas no quarto dela. Ela havia decidido deixar de vez aquela fazenda. Que na verdade, era para ter feito isso a muito tempo, mas por covardia ou por simplesmente ser uma nata sadomasoquista que viveu ao lado do homem que sempre amou, casado com outras mulheres, ela não teve coragem de ir.

Mas agora, Inês estava decidida que iria! Iria deixar tudo para trás. Emiliano por muito tempo, foi tudo que ela teve na vida, e agora ele tinha abandonado a fazenda e ela tinha que procura-lo, para que longe de Las Dianas tentassem refazer suas vidas. Enquanto Victoriano,  Inês só pensava, que por anos ela viveu perto dele, mas ao mesmo tempo longe e ainda assim não morreu, então seguir como estava antes, tão pouco ela morreria. O que ela não podia permitir, era que por causa desse amor, novamente ela sofresse como estava sofrendo.

Inês  só chorava tirando todos seus pertences de uma cômoda a frente de sua cama.  Ela se perguntava, onde  que Emiliano estaria. E se iria perdoa-la. Mas se até as filhas de Victoriano pareceu estarem contra ela e a favor de Débora, quem diria, Emiliano . Inês então soluçou. O amor doía, doía demais da conta.

Com uma mala grande aberta sobre sua cama, Inês botava suas roupas nela. Até que Victoriano apareceu na porta do quarto dela. Ele havia passado quase uma hora resolvendo todo caos daquela noite infernal . Victoriano havia colocado Débora para fora, já que, o que ela foi fazer tinha conseguido, e com sucesso. E sobre ela estar grávida, era certo, ele viu os exames, e pelo tempo, batia de quando ele ainda estava com ela. Mas, por Victoriano ter começado conhecer quem realmente era Débora, ele não conseguia crer totalmente na paternidade da criança. E sobre Cassandra, Constância e Diana . Victoriano contou o que antes iria contar com Inês presente, sobre o amor deles.


E agora ele já não queria saber de nada, não queria saber das opiniões delas ou de suas aprovações de estar com Inês ou não. Ele só queria viver o amor deles, livremente como Inês merecia, como mereciam.


E por isso ao encontra-la, fazendo as malas, ele se  desesperou sentindo que o coração dele ser partia em pedaços.  E assim, Victoriano entrou dizendo grosso.


— Victoriano : O que pensa que está fazendo Inês?


Inês então parou com algumas peças na mão , e o respondeu sem rodeios.

— Inês : Estou indo embora Victoriano, estou deixando a fazenda. Achei que tinha entendido isso.


Victoriano então, sem mais,  pegou nos braços de Inês, e disse bravo.


— Victoriano : Não Inês, não vou deixar que você vá. Seu lugar é aqui, é do meu lado !


Victoriano então subiu suas mãos no rosto de Inês , e o segurou e a obrigou aceitar um beijo que ele dava com muita raiva nela .


Inês soltou as roupas que tinha na mão, e correspondeu ao beijo cheio de raiva de Victoriano, que se misturou com os sentimentos todos revoltos que passava dentro dela também. Então ofegantes, depois do beijo.  Victoriano encostou a testa na testa de Inês e disse, sofrendo.


— Victoriano : Não pode me deixar Inês . Se me deixar eu morrerei, porque minha vida sem você não tem sentido.


Inês então ao ouvi-lo declarar aquelas palavras, chorou. E entre lágrimas ela disse.


— Inês : Deixa eu ir Victoriano. Não me impeça. Já sofri demais por te amar todos esses anos, já sofremos. Por isso preciso te deixar pra tentar ser feliz e para que seja feliz também.


Victoriano pegou no rosto de Inês outra vez. Já entre Lágrimas também. E disse.


— Victoriano : Não Inês. Não.  Sua felicidade é ao meu lado, e a minha ao seu, tem que entender isso. Não deixarei que vá a nenhuma parte.

Inês moveu a cabeça, e saiu do toque das mãos de Victoriano no rosto dela.

E assim, ela disse ressaltando suas razões em querer deixa-lo.

— Inês : Está sendo egoísta Victoriano, pense em mim e em tudo que já passei por ama-lo. Eu não posso ficar, ainda mais agora que terá outro filho e com Débora. Siga meu conselho é volte ser feliz com ela. Que vou tentar ser feliz sem você.


Victoriano então sério, ele respondeu Inês.

— Victoriano : Se ser egoísta é te amar tanto assim Inês. Então eu sou, sou um grande egoísta! Mas nunca fui feliz com Débora, Inês! Nunca! Minha felicidade é você morenita. E não me importa esse filho, não importa.


Inês se afastou de Victoriano, levando uma mão na boca, para conter o choro . E depois de virar de costa para ele,  ela disse.


— Inês : Não fale assim é seu filho Victoriano. E ele não tem culpa de nada. Fica com ele, porque eu vou fazer o mesmo, como mãe irei estar aonde meu filho estiver.


Victoriano passou a mão na cabeça atordoado. E então ele disse.


— Victoriano : Débora está mostrando cada vez quem é Inês. E se esse filho não é meu? Por favor morenita vamos pelo menos dessa vez pensar só em nosso amor.

Inês então se virou para Victoriano . E o respondeu.

— Inês : E se é seu filho Victoriano? E se é o filho homem que sempre quis ter? Não é justo pra você e nem para ele que vivam separados!

Victoriano  pegou nos braços de Inês, para ter atenção dela. E assim ele disse convicto do que faria diante daquela hipótese.


— Victoriano : Se o filho for meu, serei o pai que fui igualmente para minhas filhas, serei pra ele Inês. Mas não preciso estar com Débora para isso!


— Inês : Mas e meu filho Victoriano? Emiliano deixou a fazenda, não faço ideia aonde ele pode ter ido. Ele deve estar me desprezando, me odiando. E me odiará mais, quando souber que estou tirando o pai de um inocente! Não, não. Tem que me deixar ir .


Victoriano agarrou Inês, tinha que convencer ela mudar de ideia, porque sem ela, ele não ficaria mais. E a abraçando forte, ele disse  .


— Victoriano : Não Inês.  Não ! Não vou deixar você ir, já me abandonou uma vez . Isso não vai se repetir mais.

Victoriano então soltou Inês depois de suas palavras . Ele olhou para dentro da mala dela e viu um colar com uma pedra que significava o amor infinito deles, e que um dia ele havia dado a ela . E assim ele pegou, ele tinha doces lembranças daquele dia. Então Victoriano fechou a mão com o colar nela, ele olhou Inês que limpava um lado do rosto dela. E assim ele disse, ciente que não conseguiria fazer ela voltar a razão como fez quando estiveram no riacho .

— Victoriano : Eu sinto muito Inês. Sinto por o que houve essa noite, sei que tenho culpa.  Mas não posso te deixar ir .


Victoriano então deu as costas para Inês, e andou com o colar na mão . Inês suspirou vendo que ele ia deixar o quarto, mas então Victoriano pegou a chave da porta e Inês percebeu o que ele ia fazer . E assim ele correu até a porta, mas já era tarde, Victoriano do outro lado havia fechado ela, e a deixado trancada.

Inês então bateu com as mãos na porta, gritando.


— Inês : Abre a porta Victoriano! Não pode me deixar presa aqui dentro! 


Victoriano então do outro lado da porta, disse. 


— Victoriano : Esse é o único jeito que encontrei para não deixar você ir Inês.


— Inês : Está louco Victoriano , não pode me manter trancada! Abre essa porta .

Inês depois das palavras dela encostou a testa na porta, enquanto Victoriano a respondeu, sem remorsos do que fazia .

— Victoriano : Estou louco por você morenita sempre estive, e eu avisei que dessa vez não te deixaria ir . Então ficará trancada até que perceba que somos para ficar juntos Inês, nascemos para morrer iguais . Aceite isso que sairá do quarto.

Inês se afastou da porta, passou as mãos nos cabelos, e depois nos olhos. E assim, depois de tomar fôlego ela disse .


— Inês : Não faz isso Victoriano. Não nos faça sofrer mais.


Victoriano suspirou, triste, até que disse.


— Victoriano : Volto quando tiver certeza assim como eu, que só seremos felizes juntos Inês, separados não .

Victoriano então se afastou da porta e Inês, começou gritar por ele.


E assim Victoriano colocou o colar deles no bolso, e ficou com a chave do quarto na mão . Ele desceu as escadas, e quando as filhas dele o viu se levantaram do sofá .


E Diana perguntou baixo.


— Diana : E minha Naná?

Constância também olhou Victoriano, e disse no mesmo tom de Diana .

— Constância : Queremos falar com ela papai

Cassandra tocou os cabelos sentida com tudo que houve, assim como as irmãs dela estavam. E também falou.

— Cassandra: Descobrir que tinham um caso, foi um choque para nós papai. Não esperávamos por isso.

E Victoriano já na frente das filhas ao ouvir Cassandra. Ele disse, olhando as três um olhar sério.

— Victoriano : Achei que tinham entendido que o que Inês e eu tivemos nunca foi um caso.

Diana então para acalmar o pai disse.

— Diana: Calma papai, entendemos . Mas o que Cassandra quer dizer é que não esperávamos por isso. Ela é nossa Naná.


— Constância : Sim papai. E pensar em você e ela . Nunca imaginamos tal coisa.

Victoriano então, respondeu bravo Constância.


— Victoriano : Não sei porque, Inês é uma mulher como qualquer uma . Podiam ter pensado nessa hipótese.


— Diana: Notávamos que se preocupava demasiado com ela papai. Mas não imaginávamos que era amor.


— Cassandra : Não mesmo. E agora Queremos vê-la, falar com ela. E até pedirmos desculpa. Débora chegou e disse tudo aquilo, nos deixou sem reação papai.

Victoriano então bufou, tinha em mente fazer algo.  Para tranquilizar Inês. E ter as filhas dele ali o prendendo, só fazia ele perder tempo. E assim ele disse, querendo encerrar aquela conversa que antes já tinham tido.


— Victoriano : Terão que pedir desculpa outro momento. Porque Inês está trancada no quarto, e aí de algumas de vocês se tira -lá de lá.

Diana arregalou os olhos, ao ouvir Victoriano e então ela disse .


— Diana : O que? Trancou nossa Naná no quarto, por que papai?

E Victoriano sem vacilar, disse.

— Victoriano : Ela quer me deixar. Graças a Débora, a Emiliano, e até vocês que demonstraram estar contra ela e a favor de Débora!


As três baixaram a cabeça . E Constância disse.


— Constância : Sentimos muito por isso papai. Por isso queremos pedir desculpas para nossa Naná. Amamos ela.


Victoriano então soltou um suspiro, até que disse olhando sua filha mais nova.

— Victoriano : As desculpas vem depois já disse. Agora vem comigo Constância, preciso de você para achar o irresponsável de Emiliano.


Constância se animou, sentindo que podia ajudar em algo naquela história. Então ela respondeu o pai.


— Constância : Está bem papai. E eu acho que sei onde podemos encontra-lo.


— Victoriano : Então vamos.

E logo Constância com pressa seguiu o pai que já saia . 

E assim, Victoriano pegou sua caminhonete e seguiu  com a filha ao lado, em busca de Emiliano.


Minutos depois estavam na estrada.  Constância tinha levado Victoriano até o bar que estiveram outra vez. Mas Emiliano não estava nele, além do mais ele tinha deixado a fazenda com malas. Então Victoriano fez Constância ao seu lado, falar com Emiliano pelo celular até que ele contasse aonde estava .

E foi então que Constância gritando, disse que ele estava na casa de Loreto.

E Victoriano rápido se dirigiu, para casa de Loreto .

E assim, ele deixou ordem para que Constância ficasse no carro, enquanto ele desceu.


Victoriano apressou os passos no corredor que bem conhecia, quando Inês esteve ali.


Então, entre suas malas na porta de Loreto, Emiliano estava a aguardo dele. Já que Loreto já não morava ali.


Emiliano estava agachado e quando viu Victoriano ele rapidamente se levantou, fechando a cara ao vê-lo e lembrar das fotos.


Emiliano estufou o peito de raiva. Victoriano tinha feito a mãe dele de amante, e ele desejava cobrar àquilo como o filho dela.


E assim Victoriano disse, vendo Emiliano o olhar feio. 


— Victoriano : Vim te buscar para que volte para fazenda Emiliano. E não me olhe assim, não tenho medo de cara de feia rapaz..


Emiliano então bravo respondeu, com os punhos fechados.

— Emiliano : Não vou a nenhum lugar .

Victoriano então insistiu.

— Victoriano : Não estou pedindo, estou ordenando que venha comigo Emiliano, facilite as coisas e me acompanhe.


— Emiliano : E por que teria que ir ? Estava tendo um caso com minha mãe e ainda casado!  Achou que era certo isso don Victoriano?

Victoriano bufou por ouvir Emiliano querendo lhe dar lição de moral. Mas com um longo suspiro, ele tentou entender o garoto.

— Victoriano : Eu entendo pela maneira que soube esteja na defensiva Emiliano. Mas amo Inês .  Nos amamos, e você não é nenhum menino mais para que não entenda isso. Agora pegue o que é seu e venha comigo, não faça que sua mãe  sofra mais.

Emiliano então sem querer baixar a guarda disse.

— Emiliano : Ela mentiu pra mim mais de uma vez. Você estava usando, manchou a honra de minha mãe fazendo dela sua amante.

Victoriano passou a mão na cabeça, pedindo paciência. Porque já tinha vontade de pegar o filho de Inês pelo colarinho e arrasta-lo até a fazenda. Até que contendo suas ganas, ele disse.

— Victoriano : Está bem Emiliano, quer defender Inês. A defenda, está em todo direito. E fique contra mim, não ligo . Mas Inês é sua mãe, então venha comigo.

Emiliano então ergueu a cabeça, e peitou de novo Victoriano.

— Emiliano : Só volto para tirá-la das suas garras Victoriano . Vou estudar e trabalhar para tirar ela de você.

Victoriano então quando viu estava com o peito colado em Emiliano, por não ter gostado nada, nada de suas últimas palavras. Então entre os dentes, Victoriano disse.


— Victoriano : Tente se for capaz. Agora deixa de besteiras e venha comigo. Porque pode ter certeza Emiliano, que não é de mim que você tem que protege -lá como faz.


Emiliano ficou olhando Victoriano, até que Loreto apareceu por trás dele, todo de preto e com dois homens ao seu lado.


E assim ele disse ao ver Victoriano frente a frente com Emiliano .


— Loreto : Algum problema com meu filho Victoriano?


Victoriano ao ouvir a voz de Loreto, se virou para vê -lo, desejando descontar toda raiva que passava naquela noite nele .


Loreto estava bem vestido, todo de preto botas de couro e chapéu. Além de ter dois armários ao lado dele. E Victoriano o olhou com atenção, aquele não era mais o Loreto que ele tinha visto a alguns dias. Certamente ele estava metido em coisas ilícitas.

E ainda assim sem temer,  Victoriano  disse .


— Victoriano : Vim buscar Emiliano, para que volte para o lugar da onde ele não  devia ter saído Loreto! E sabe muito bem disso.

Loreto então se aproximou mais, e os dois homens o seguiram. E assim, ele disse.

— Loreto : Não entendo, ele mesmo me ligou e me pediu ajuda. E por isso estou aqui. Diga, filho, quer voltar ou vim comigo?


Emiliano então olhou Victoriano, que o olhou a espera da resposta dele, e assim ele disse pegando suas malas.

— Emiliano : Irei contigo pai.


Loreto riu, olhou de lado para os dois homens que estavam com ele. E mandou.


— Loreto : Ajudem meu filho com as malas e levem ele até o carro.

Loreto deu a ordem, e então Victoriano notou descontente, um carro preto de valor alto na esquina, estacionado depois do dele.


E quando os homens levou Emiliano . Victoriano disse de uma vez.


— Victoriano : O que pretende com Emiliano, Loreto? Quer usa-lo contra Inês, é isso?

Loreto então sorridente disse.

— Loreto : Emiliano é meu filho, Victoriano. Só estou recuperando o que é meu . Eu disse que ia fazer isso. Agora só me falta minha Inesita.


Victoriano então não respondeu por seus atos mais, e puxou Loreto pela blusa cheio de ódio, e disse.

— Victoriano : Nela você não volta a tocar infeliz.


Loreto com raiva, olhando nos olhos de Victoriano, disse com deboche.


— Loreto : Se contente tendo ela agora Victoriano porque logo Inês estará de volta comigo. Porque eu sim posso dar a ela o que você não deu.


Victoriano então apertou mais as mãos na blusa de Loreto, desejando que ele fosse mais claro. E assim, ele exigiu.

— Victoriano : O que você está dizendo desgraçado!

Loreto então, o respondeu, jogando na cara de Victoriano uma história que só ele conhecia.


— Loreto : Um filho, é isso que estou dizendo . Posso dar isso a ela outra vez.

Victoriano olhou Loreto com atenção. Até que ele disse, com raiva .


— Victoriano : O único filho que tem com Inês é Emiliano que sabemos como você infeliz o concebeu. E quando ele souber dessa verdade te desprezara! E por isso terá nenhum mais, nenhum mais !

Loreto então de repente perdeu a pose que tinha. Pensar em Emiliano saber essa verdade, lhe desesperou. Emiliano era acima de tudo o filho dele, e ele não queria vê-lo novamente contra ele. E assim, Loreto disse cheio de medo de Emiliano saber a verdade.

— Loreto : Emiliano nunca saberá disso. Inês nunca diria! Aceite de uma vez Santos, ele é meu filho com Inês que você nunca terá!


Victoriano então soltou Loreto, que arrumou a roupa ignorando as palavras dele, mas ter notado sua reação. Ele tinha olhado muito bem nos olhos de Loreto e detectado o temor de Emiliano saber a verdade. E então ele disse, para concluir o que Loreto demonstrou.


— Victoriano : Quer dizer que tem medo de Emiliano saber a espécie de homem que é, que obriga uma mulher a estar contigo Loreto, e por isso seu maldito é que ele nasceu, por fazer isso com a mãe dele!


Loreto então abalado, se calou. E Victoriano riu, constando a verdade, de um jeito estranho Loreto demonstrava que queria realmente Emiliano. E talvez o rapaz fosse seu ponto fraco. Então, Victoriano decidido a usar isso ao seu favor, ele disse.

— Victoriano : Quero que saiba que Inês não pode ser capaz de dizer essa verdade, mas eu sim sou suficiente capaz de fazer isso Loreto. Com tanto que eu tenha o prazer de saber que terá o ódio pela vida toda desse rapaz.

Loreto então furioso, pegou na blusa de Victoriano com uma mão, e Victoriano o pegou também com as duas. E como feras, se olharam querendo se matar. 


E assim, Loreto disse em um tom de ameaça.


—Loreto : Se fizer isso, eu te mato Victoriano Santos!

Victoriano riu com raiva, e então ele disse sem largar Loreto, e muito menos ele larga-lo.

— Victoriano:  Correria esse risco com todo prazer Loreto Guzman, mas tenho a certeza que te mataria primeiro.

Loreto riu e então afrontou.


— Loreto : Não é só você agora que tem homens ao seu comando Santos. Eu também tenho.

Victoriano riu mais, por ter notado aquilo quando ele chegou. E disse.


— Victoriano: Não tenho nenhum pingo de medo deles Loreto. Então me escute hum. Faça com que Emiliano volte para fazenda, se não cumprirei minha ameaça.  E Emiliano irá saber o que foi capaz de fazer, além de ter matado um homem a sangue frio foi capaz de abusar da mãe dele!


Victoriano então, com desprezo soltou Loreto. E Não tendo mais nada para fazer ali saiu, pisando duro para voltar para o carro. Victoriano sabia, que Emiliano nas garras de Loreto, Inês não ficaria em paz e não seguiria com ele então para impedir isso seria capaz de fazer qualquer coisa, com tanto que não a perdesse.


E assim que Constância viu o pai entrando no carro, com uma cara de poucos amigos.  Ela disse.

— Constância: E Emiliano papai? Acabei de vê-lo passar. Ele não vai voltar com a gente?


Victoriano ligando o carro respondeu descontente.

— Victoriano : Emiliano não aceita que eu esteja com Inês . E por isso não quis voltar. Mas  sei que ele logo estará de volta, por bem ou por mal.


Mais tarde...


Na fazenda Las Dianas.


Diana e Cassandra foram falar com Inês da porta. Mas ainda que Inês pediu para que abrissem a porta, elas não abriram, apenas trocaram algumas palavras e pediram perdão enquanto se justificavam, o que fez Inês suspirar do outro lado da porta desejando vê-las e constar com seus próprio olhos que elas não estavam contra ela.

E assim na sala, Diana disse para Cassandra.


— Diana : Eu juro que se o papai não chegar em 15 minutos, eu abro aquela porta de algum jeito para que nossa Naná saia .


Victoriano então apareceu na porta, com Constância ouvindo Diana falar. E assim ele disse, em um tom bravo.


— Victoriano : Ninguém vai abrir aquela porta até que eu permita.

— Cassandra : Mas papai já faz tempo que minha Nana está lá dentro. Ela deve estar com fome.


— Victoriano : Já vou cuidar disso Cassandra. Já cheguei, então deixe ela comigo.

Victoriano então subiu deixando as filhas na sala, e Constância disse olhando o pai.


— Constância :  Como fomos tão cegas para não ter percebido que todo esse cuidado, essa atenção exagerada dele, para nossa Naná era amor? Isso é tão lindo.

— Diana : Coni isso não é lindo. Nosso pai está mantendo nossa Naná presa no quarto dela.


— Constância : Para ela não abandonar ele Diana. Ainda assim é lindo e romântico.

No quarto de Inês .

Ela estava deitada de lado na cama, ainda de roupas mas descalça . Inês estava exausta, psicologicamente e também fisicamente. Parecia que aquele dia não terminava, que aquela noite não teria fim.

E assim, ela estava quase dormindo. Enquanto em seus pensamentos ela via os olhos de Emiliano quando ele havia entrado no escritório e a olhado, além de recordar todas palavras de Victoriano antes dele deixar ela no quarto trancada. E Inês sofria, chorando por esses dois amores que a dividia.

Inês limpou com a mão um lado do rosto, e se encolheu na cama.  E Victoriano então entrou em silêncio no quarto, e quando ele fechou a porta, ela ouviu ele e rapidamente se sentou no meio da cama.


Eles se olharam em silêncio. O tempo que Inês se manteve trancada, ela havia se acalmado e pensado em todas as palavras de Victoriano. Se amavam, queriam estar juntos pois mereciam, mas sempre estava parecendo algo para impedir que fossem felizes. Como agora, também havia a questão de Débora estar grávida. Deitada, Inês havia pensado muito naquilo, ela não queria tirar o pai de um filho, e nem ser julgada por isso.

Mas Inês amava tanto Victoriano, que sabia que voltar viver sem ele seria mais cruel que antes e talvez ela morreria sim, mas por dentro e aos poucos.  Inês estava dividida, dividida entre seu amor de mãe, seu amor de mulher e até seus princípios que os tinha esquecido todos aqueles dias. Mas que depois que tinha feito isso, esteve feliz, como há anos não era. 

Victoriano como estava olhando Inês, soltou um suspiro pesado. Era louco por aquela mulher, e seria capaz de fazer qualquer coisa para não perde-lá outra vez.


E depois de passar a mão no rosto, Victoriano disse aflito.


— Victoriano : Como está? Por favor me diz que já passou a ideia de querer ir embora meu amor.

Inês olhou para os olhos de Victoriano, e baixo ela disse.

— Inês : Você é louco Victoriano. Não devia ter me trancado.

Victoriano então sentou na cama, e disse.


— Victoriano: Louco por você morenita. Não posso te perder, te trancar foi a única maneira que encontrei para que não me abandonasse de novo.

Inês suspirou olhando Victoriano. Sentida, porque tinha certeza que ainda que os anos passassem, ainda que a verdade tinha sido contada. Victoriano ia sempre sentir a partida dela . Então Inês baixou  a cabeça, passando uma parte de seu cabelo atrás da orelha.  E assim, ela disse, respondendo a pergunta de antes.

— Inês : Eu estou melhor Victoriano, estou mais calma. Mas penso onde está Emiliano, onde ele foi . De tudo que houve a partida dele é o que está me doendo mais. Eu queria que me entendesse. Por anos, eu só tive Emiliano, e  ver que não ia tê-lo mais ao meu lado me senti completamente sozinha Victoriano.

Victoriano pegou uma mão de Inês que estava sobre a cama. E assim ele disse.


— Victoriano : Eu sempre estive contigo Inês, você nunca esteve sozinha. Porque mesmo depois de ter ido embora. Você sempre esteve na minha mente, no meu coração. E depois apareceu novamente em minha vida. E te tive outra vez perto de mim, e só quis protegê-la mesmo nós não sendo um casal.

Inês olhou para mão de Victoriano que segurava a mão dela, sentindo que uma lágrima descia de seus olhos. E daquela maneira ainda sem olha-lo ela disse.

— Inês : Sim é certo Victoriano. Mas estivemos perto por todos esses anos, mas não como precisávamos. Eu não tinha você como precisava, não tinha o homem que amava porque ele estava casado com outra. Então não o tive, porque mesmo estando perto de mim, estávamos longe. E por isso só tive meu filho verdadeiramente ao meu lado.


Victoriano soltou o ar pesadamente ao ouvir as palavras de Inês. E assim, sem poder mudar aquele passado doloroso dos dois, mas decidido em mudar dessa vez o futuro deles ele disse.


— Victoriano : Sou capaz de tudo para não voltar a te perder Inês. Já disse que ninguém irá nos separar outra vez, até mesmo você eu não deixarei. Por tanto, quando sai desse quarto fui procurar Emiliano com Constância.

Inês levou a mão na boca, ao ouvi.  E assim, ela perguntou.


— Inês : E o encontrou Victoriano, encontrou Emiliano?

Victoriano suspirou para contar com quem Emiliano estava. E por fim ele disse.


— Victoriano : Ele está com Loreto, Inês.  Quis ficar com ele ao invés de voltar para fazenda.


Inês levou a mão nos cabelos e chorou. E então ela disse certa.


— Inês : Ele me despreza pelo que viu Victoriano, e  me desprezará ainda mais estando com Loreto.

Victoriano pegou no rosto de Inês, para acalma-la. E assim ele disse.


— Victoriano : Não Inês, não meu amor. Tenho certeza que não, o que Emiliano tem é ciúmes, não aceita que que esteja comigo. Ele está me detestando pelo que descobriu. Tenho certeza que ele não te despreza Inês, ele te ama é a mãe dele.

Inês então nervosa disse.

— Inês :  Eu não entendo, Emiliano me olhou de uma maneira Victoriano que partiu minha alma. Não pode ser só ciúmes de filho.


— Victoriano : Bom é certo que terão que conversar Inês, terá  que conversar com ele assim como fiz com minhas  filhas. Mas estou certo que essa raiva dele irá passar, pelo menos contigo Inês. Porque sabemos que ele não gosta muito de mim.

Inês suspirou cansada, e então jogou na cara de Victoriano outra vez .


— Inês : Sempre disse para trata-lo melhor Victoriano. E agora aconteceu isso. Meu filho não aceita que estejamos. E agora ele está nas mãos do maldito Loreto.


Inês chorou aflita, e buscou dessa vez os braços de Victoriano. Ele então a abraçou firme e rápido ele disse, convicto.


— Victoriano : Isso é por enquanto Inês. Emiliano vai voltar, e Loreto encarregará de fazer isso! Não ficará longe do seu filho, aquele infeliz não te tirará Emiliano. Se acalme morenita.


Victoriano então afastou  Inês apenas para olha-la. E olhando nos olhos dela, ele voltou a dizer, com as mãos ao lado do rosto dela.


— Victoriano : Tudo vai ficar bem Inês. Confie em mim, confie no nosso amor é a única coisa que te volto pedir .

Victoriano então, depois de ter beijado mais uma vez os lábios de Inês ele  se levantou. E assim ele olhou em silêncio, as malas dela ao chão. 

E com os dois em silêncio, Inês disse mais calma.


— Inês : Estou com fome, me deixou trancada sem nada para comer Victoriano.


Victoriano se virou para olha – lá. E perguntou, em dúvidas, ainda que já tivesse um pouco de esperança que Inês tivesse voltado a razão com mais aquela conversa deles. 


— Victoriano : Ainda quer me deixar ?


Inês olhou por um tempo Victoriano. Até que respondeu.


— Inês : Tenho que dizer que não, para que me dê comida Victoriano?

E Victoriano por fim disse.


— Victoriano : Vou buscar algo para que se alimente. E depois vamos dormir no meu quarto comigo. O seu está uma bagunça.

Inês se levantou da cama, onde ela tinha derramado rios de lágrimas. E assim, ela disse por ver que ainda restava uma questão que só ela podia decidir o que fazer com ela .


— Inês : Só quero algo para comer Victoriano. Não dormiremos juntos. Tenho que pensar em tudo que está acontecendo. Não esqueça que terá um filho com Débora.

Victoriano então tentou falar para se defender.

— Victoriano : Mas Inês, eu já deixei claro que diante disso não irá ter problemas. Eu te amo nada vai no separar.

Inês olhou séria para Victoriano, cruzou os braços, e então perguntou.


— Inês : De quanto tempo que Débora está grávida Victoriano? 

E Victoriano sem temer respondeu Inês.


— Victoriano : Mas ela está com 3 meses, foi antes de estarmos juntos. Porque eu juro pelo nosso amor Inês, por minhas filhas por tudo que é mais sagrado que não voltei tocar Débora, desde que decidi lutar por nosso amor.


Inês respirou fundo, mas dessa vez foi de ciúmes.  Ao imaginar Victoriano tomando Débora como sua mulher. Ela fez então as contas dos dias que ela e Víctoriano passaram juntos, e 2 meses já estavam completando.


Mas com raiva de seus pensamentos, e daquela situação ela disse.


— Inês : Eu te amo Victoriano, sempre vou ama-lo. Mas me dê um tempo para pensar por favor. E sem me trancar no quarto . Porque não irei fugir.

E assim, Inês depois virou as costas para Victoriano. Queria voltar estar sozinha. E Victoriano entendendo, deixou o quarto.

Ele não trancou a porta, mas assim que saiu do quarto. Ele foi dar ordens para todos que trabalhavam na sua fazenda, que não deixassem Inês cruzar o portão sozinha.


Dois dias passou.

E quando Victoriano estava a ponto de cumprir a ameaça que tinha feito a Loreto. Emiliano apareceu na fazenda. Decidido em ouvir Inês, decidido em voltar para estar ao lado dela. Pois assim, Loreto temendo Victoriano cumprir com suas palavras, ainda na guerra apenas perdendo aquela batalha não fez nada para que Emiliano voltasse para os braços de Inês. Mas já estava preparado para devolver aquele golpe baixo contra Victoriano, porque ele sempre estaria preparado para derrubar Victoriano Santos.

E assim, Inês foi avisada que Emiliano estava na fazenda.


Ela correu emocionada, e ainda no portão ela beijou Emiliano, o agarrou nos seus braços, com adoração e amor enquanto dizia.

— Inês : Meu filho, Emiliano. Meu amor.

Emiliano abraçava Inês também, ela era a melhor mãe do mundo ainda que ele fosse impulsivo demais como filho. E por isso ele estava de volta, para protegê-la, e ficar de olho em Victoriano . Emiliano era o único filho de Inês e homem, e como tal ele puxou a responsabilidade para ele . Mas o que Emiliano não estava ciente era que a única pessoa que ele precisava protegê-la era de Loreto.

As malas de Emiliano, Artêmio com Jacinta muito feliz por ter Emiliano de volta, levou as malas para o quarto dele. Jacinta com Candela estavam cientes e haviam fofocado toda a noite sobre o que havia acontecido no dia que Emiliano havia ido embora. Mas agora parecia que a paz reinava na fazenda Las Dianas outra vez.

E logo depois, Inês e Emiliano estavam sentados em uma mesa na cozinha apenas os dois. Inês estava na frente de Emiliano.

E assim, ela tocou o rosto dele e disse.

— Inês : Obrigada por vim meu filho. Estava sentindo tanta sua falta. Querendo tanto eu mesma explicar tudo o que soube naquela noite.

Emiliano baixou a cabeça, tinha ficado tão atordoado com o que tinha acontecido . De repente estava descobrindo segredos da mãe que tinha, e de uma maneira sempre distorcida.

E depois de olhar Inês novamente, ele disse o que sentiu.

— Emiliano: A senhora é minha mãe, e estava me escondendo mais aquele segredo mamãe. Quando iria me contar?

— Inês : Naquela mesma noite filho, mas não houve tempo. Eu amo Victoriano, o amo desde de muito jovem.


— Emiliano : Mas se o amava, por que o deixou pelo meu pai?


Inês baixou a cabeça com as mãos nervosas, segurando ainda nas mãos de Emiliano. E então ela disse.


— Inês : Tive que deixa-lo Emiliano. É um passado dolorido. Abandona-lo foi uma decisão difícil mas tive que fazer.


Emiliano então confuso perguntou.


— Emiliano: Mas pensei que tinha escolhido meu pai, mamãe.


Inês chorou indignada, porque sabia que aquela ideia, veio de Loreto. Então ela convicta disse.


— Inês : Nunca o escolhi, nunca o amei, nunca Emiliano!


Emiliano então saiu da cadeira que estava, se ajoelhou ao lado de Inês . E disse pegando nas mãos dela, sentido o coração apertar por ver abalada.


— Emiliano  :  Por que chora tanto mamãe, por que ficou assim? Me perdoe, me perdoe por ter fazer sofrer.


Inês então entre lágrimas disse.

— Inês : Não choro por sua culpa meu amor.

Inês então tocou o rosto de Emiliano beijando a testa dele, e voltou a dizer.

— Inês : Você acima de tudo que houve é meu amor Emiliano, meu filho, um pedaço de mim.


E assim, Inês e Emiliano seguiram conversando. Inês estava decidida a não esconder mais nada do filho, pelo menos não algo que o deixasse contra ela. Então, ela contou que tinha uma parte de ações nas empresas de Victoriano, que ambos tinham dinheiro suficiente para seguir bem durante a vida toda deles. E por fim depois de terminarem de conversar, em pé ao lado da mesa, com um na frente do outro , Emiliano disse .

— Emiliano : Não sei se Victoriano merece todo esse amor mamãe, que sente por ele.

E Inês apenas pediu ao ouvi-lo.

— Inês : Dê uma oportunidade a ele filho.

Emiliano pensou no assunto, mas nada respondeu.


Já a noite .

Inês estava no banheiro dela. Ela se olhava no espelho que tinha no seu banheiro, ela se via bem como estava vestida . Se via mulher, maravilhosa e muito sexy. Ela vestia uma camisola roxa de um pano fino, que tinha um decote sexy e rendado nos seios e era bem curta, deixando as belas pernas dela a mostra. 

Inês saiu do banheiro, foi até sua cama, e  pegou um robe da mesma cor da camisola de mangas compridas e o colocou. E assim, ela deu um leve laço na cintura, sorrindo. Além de estar bela vestindo aquele conjunto no corpo, Inês estava com os cabelos bem penteados e jogados nos ombros dela e estava com uma leve sombra nos olhos, e com um batom cor de boca nos lábios. E assim, Inês se via pronta para se entregar novamente para Victoriano sem mais nenhuma reservas, sem mais porquês ou um será, sem medo e sem precisar esconder o que sentiam.

Então Inês confiante, deixou o quarto dela e caminhou até o de Victoriano. Já era tarde e quando ela abriu a porta levemente, ela o viu dormindo.


E Inês sorriu, vendo Victoriano todo grande naquela cama, dormindo de lado e coberto até a cintura. Ele merecia todo amor dela, por não ter desistido deles quando mais de uma vez, ela quis desistir. Victoriano só tinha tamanho, e por ser genioso o julgavam, mas isso só era a casca grossa que ele usava por fora, mas que por dentro, ele era dos homens que chorava por amor e que amava intensamente. E Inês o conhecia como a palma de sua mão, e o amava como era do genioso e teimoso ao romântico que chorava sem vergonha de amar. E ama-lo, de qualquer maneira, Inês decidia que nunca mais tentaria deixá-lo, ele era dela, e ela dele. Sorrindo, Inês só pensou, que Victoriano estava mais que certo, nasceram para morrer iguais.  E ela não o deixaria na mão de outra mais, não o deixaria na mão de Débora.

Inês então se aproximou mais de Victoriano e tocou com mão no rosto dele. E depois de fazer uma carícia, ela declarou.


— Inês : Eu te amo Victoriano.


Victoriano então abriu os olhos, e viu ela ali do seu lado. Ele piscou querendo ver ela melhor, para acreditar que aquilo não era uma visão.

E ele pôde ver que era realmente Inês, e que ela estava linda, pronta para ser amada.  E analisando ela de cima a baixo, Victoriano foi sentando devagar, bebendo da visão do monumento de mulher que Inês lhe brindava naquela noite. 

E então Inês deu dois pequenos passos para trás. E depois disse, já o vendo sentar na cama pronto pra levantar, sem tirar os olhos dela.

— Inês : Me perdoe Victoriano. Eu já não quero pensar em nada mais. A única coisa que quero, é ser sua essa noite, e todas mais que a vida nos der.


Inês então levou a mão no laço do seu robe, sorrindo e o desamarrou. E Victoriano ainda sem palavras, se levantou sem tirar os olhos dela.

E assim, Inês deixou o robe cair ao seus pés. O pano liso escorregou até o chão, e os olhos de Victoriano seguiu o movimento dele. E quando ele subiu os olhos de novo, ele viu as bonitas pernas de Inês, até que parou no decote dos seios dela que estavam tão belos e redondos naquele decote em V .

Victoriano então respirou fundo já excitado, a comendo com os olhos. Ele não tinha tocado Inês desde da noite que ela quase o deixou. Então ele  esperava por ela, esperava ansioso para que ela dissesse que seguiriam juntos . E agora ela estava ali lhe dando a resposta que ele queria.

E assim Victoriano levou uma mão no rosto de Inês, ele acariciou com o dedão a bochecha dela. Inês fechou os olhos levemente, para senti-lo.


E então Victoriano finalmente disse algo.


— Victoriano : Você está linda morenita. E eu te amo mais que tudo.


E assim, Victoriano não esperou mais. Ele com uma mão na nuca de Inês, e outra levando na cintura dela, a puxou e a beijou de uma vez.


O beijo foi arrebatador. Victoriano buscou nele tudo que Inês podia dar, e não a largou até que ele a arrastou para o lado da cama. E Inês deitou no meio dela, atravessada no colchão.

Victoriano então se debruçou nela. Ele começou beija-la, nas pernas e foi subindo os beijos sem pressa. Inês como estava apertou os lençóis na mão, e fechou os olhos excitada. Victoriano passou os beijos na intimidade dela, ele roçou a boca e o nariz cheirando aquele triângulo tentador ainda coberto pela calcinha.

Então ele subiu mais os beijos, e quando esteve no meio dos seios  dela. Ele beijou com vontade. E Inês segurou a cabeça dele com tesão, mordendo os lábios.

E Victoriano ainda no meio dos seios de Inês, ele desceu um lado da fina alça da camisola dela que revelou um seio, e ele então, abocanhou com vontade aquele seio redondo e rosado que Inês tinha.  Inês gemeu sentindo seu sexo pulsar entre as pernas com ele com boca aonde estava. Victoriano gemia, mamando o seio de Inês, lambendo, chupando enquanto apertava o corpo dela com as mãos e pressionava sua ereção no meio das pernas dela.

Victoriano então tirou a boca do seio dela, e viu a pele aonde ele estava com a boca vermelho, e ele gemeu excitado, em olhar as marcas que havia deixado ali.

E assim, Victoriano buscou o rosto de  Inês, ela estava com os olhos dilatados de desejo e os lábios também avermelhados pelo beijos dele.  E ela então o puxou pela cabeça com as mãos e o beijou cruzando as pernas ao fecha-las na cintura dele. E assim Victoriano  voltou ataca- lá com seus beijos e caricias .


E ainda em cima de Inês, Victoriano seguia beijando-a, enquanto suas mãos, subia devagar a camisola dela. E ele então sem parar de beija-la, encontrou a vagina dela, colocou a mão por dentro da calcinha e gemeu de tesão, ao sentir Inês bem molhada na ponta dos seus dedos.

Victoriano então logo se afastou, e olhou Inês deitada como estava na cama. E rapidamente, ele subiu a camisola que ela usava até a barriga dela. Então cheio de tesão, Victoriano olhou a calcinha de Inês, e desceu ela lentamente entre as pernas dela .

E depois Victoriano soltou um gemido, olhando a vagina nua de Inês com aquela depilação que ela seguia fazendo, e que o enlouqueceu desde da primeira vez que ele viu. E sem mais querer perder tempo, Victoriano colocou a boca e sugou com fome.


E Inês gemeu alto, pela primeira vez naquela noite, com o que Victoriano acabava de fazer. E ela não parou de gemer mais, louca com cada chupada e lambida que Victoriano dava entre suas pernas.

Victoriano descia a língua sem cerimônia, até mais em baixo onde se encontrava o ânus de Inês, e depois ele subia sua língua travessa depois de brincar com a entrada molhada dela, até chegar no pequeno botão e chupar, fazendo Inês gritar puxando o lençol da cama. 


E quando ela gozou alto, ele subiu o corpo e procurou a boca dela outra vez para beija-la.


Se beijavam de língua, ofegantes e excitados . E quando se separaram outra vez, Victoriano  tirou a camisola de Inês. E ela se sentou na cama, toda nua  e de pernas abertas. Inês  olhava Victoriano tirar a camisa de seu pijama, e quando em pé na frente dela ele desceu a calça. Ela suspirou excitada, sentindo que se molhava mais, ao ver a grande ereção dele e que tinha saltado para fora do pijama por estar coberto só apenas com a calça.

Victoriano enquanto se despiu, não tinha tirado os olhos de Inês e nem do meio das pernas dela. E então assim que ficou nu,  ele cobriu ela com seu corpo outra vez, a  beijando e levando a mão ao meio das pernas dela.


Inês gemeu no beijo agarrando Victoriano pelos braços, enquanto sentia ser penetrada por dois dedos dele.

E então quando ele desceu a boca para o pescoço dela, ela gemeu pedindo por ele ansiosa.

— Inês : Victoriano por favor... Me faça sua de uma vez. Por favor...

Victoriano então, ao ouvir tirou os dedos  de dentro Inês, e levou a mão na  ereção dele, ele desceu a mão e subiu em um gemido baixo.  E depois segurando seu membro, Victoriano roçou no clitóris inchado  de Inês, que gemeu. E ele desceu mais sua ereção e por fim, escorregou para dentro daquele canal apertado e molhado que Inês tinha, e que clamava por ele. 


Inês quando sentiu Victoriano, todo dentro dela . Ela fechou os olhos desfrutando do prazer, cruzando as pernas na cintura dele outra vez .

E assim Victoriano começou mover lento, saindo e entrando dentro de Inês.

Os dois se olhavam gemendo, com seus corpos se encontrando no mesmo ritmo. Até que Inês gozava dessa forma, com Victoriano a amando lento com a cabeça enterrada na curva do pescoço dela, enquanto ele sussurrava palavras amor e paixão.


Victoriano sentia Inês pulsar, sugando ele dentro dela. E era a sensação mais gostosa que Victoriano amava sentir com ela. E por isso ele ficou parado, apenas querendo sentir o prazer dela.


Enquanto o corpo de Inês se acalmava do orgasmo, Victoriano dava beijos no peito, ombro e pescoço dela. Ele a cobria de beijo sem sair dela cheio de amor e desejo . E Inês desfrutava desses beijos, do peso de Victoriano sobre ela, do cheiro, da pele dele, e que se pegava com a pele dela já suados.  Mas então Victoriano voltou a se mover, e ela mordiscou ombro dele com tesão.

E Victoriano se levantou trazendo Inês com ele. Ele sentou no meio da cama, com as mãos nas costas de Inês. E ela se encaixou perfeitamente nele, e começou subir e descer sobre seu membro, enquanto estava agarrada nos ombros dele.

Victoriano apertava com as mãos em todo o corpo de Inês, enquanto tinha a o rosto no meio dos seios dela. Ele chupava eles, mordiscava, os lambia fazendo Inês gemer cada vez mais de prazer. Até que ele subiu o rosto, e agarrou nos cabelos dela,  e Inês o olhou com os olhos que detonava todo desejo que ela estava e o prazer que sentia.


Mas não disseram nada, apenas se olharam com fome um do outro, gemendo, vermelhos, ofegantes e suados. Inês, se moveu lento,  rebolando no membro de Victoriano, e logo depois, ela jogou a cabeça para trás sentindo que logo gozaria de novo. E Victoriano levou a boca no pescoço dela que se viu livre para o ataque dele. Ele mordiscou, lambeu e até chupou o pescoço dela.

E Inês não aguentou e gozou de novo, o agarrando, gemendo e tremendo de prazer nos braços dele.


E no meio dos espasmos de prazer como estava, Victoriano fez Inês deitar para trás . E ela se deitou abrindo as pernas, com ele novamente se posicionando no meio delas. Mas para surpresa de Inês, Victoriano desceu o corpo com beijo que de novo distribuía no corpo dela. E quando esteve a baixo, outra vez com a cabeça no meio das pernas dela, Victoriano chupou o clitóris dela com vontade mais uma vez naquela noite.

Victoriano sugou, e colocou dois dedos dentro de Inês, e um terceiro encontrou a segunda entrada dela mais embaixo, e entrou sem dificuldade pela forma que ela estava tão excitada. Inês gemeu choramingando com aqueles dedos nela, e a língua que Victoriano seguia usando judiando do clitóris dela. Ele entrava e saia com os dedos, e insana Inês só foi capaz de  se abrir mais, enquanto  tocava os seios com tesão, gemendo. E Victoriano seguiu com o que fazia até ver Inês, gozar gritando, enquanto apertava com as mãos o lençol da cama. 

Inês então ouviu Victoriano rir, e ela sorriu cansada jogada na cama. E quando Victoriano voltou dando beijinhos nela, ela disse olhando para teto o que queria.

— Inês : Eu quero fazer o mesmo que fez comigo, meu amor. Deixa eu fazer. 


Victoriano fechou os olhos, ele tinha a boca na barriga de Inês . Ele  sentiu assim que a ouvir se endurecer mais . Cada fantasia que ele teve com Inês, cada uma, até ela o acordando no meio da noite estava sendo realizada. E agora, ela com a boca no membro dele, também iria.


Inês então se sentou, e levou a mão no peito de Victoriano, o fazendo se deitar na cama.  E ela sem duvidar subiu nele, subiu se esfregando de leve na ereção dele. Enquanto Victoriano trincava os dentes gemendo baixo, controlando seu orgasmo com o que ela fazia.


E assim, Inês ainda em cima de Victoriano, baixou a cabeça, e começou beija-lo no peito . Ela beijava, acariciando ele com as mãos. E assim Inês foi descendo, até que esteve na frente do membro dele. Inês pegou na mão, pegou, subiu e desceu ela, e Victoriano fechou os olhos em um gemido rouco . E então Inês sem aviso colocou aquele membro em sua boca, a ponta gorda e rosada entrou pedindo espaço para boca inexperiente de Inês naquilo. Mas ela não vacilou, abriu mais a boca,  e o sugou forte segurando ainda com a mão.


Victoriano gemia, todo vermelho de tesão vendo a cabeça de Inês subir e descer o colocando na boca e tirando, com os cabelos dela cobrindo todo o rosto. Victoriano então segurou eles na mão, para ter a visão mas privilegiada do que Inês fazia . E ela seguiu chupando ele de olhos fechados. Inês chupava sem parar, aquele membro todo grosso e grande na mão dela. E dessa forma Victoriano não aguentou e gozou forte, urrando e Inês sem fazer questão, limpou o sêmen dele com a sua língua esperta.

Victoriano então de olhos arregalados, se sentou.  Maravilhado e safado, desejando muito mais daquilo que Inês acabava de fazer.

E assim com um riso no rosto,  ele disse com mais fogo ainda.

— Victoriano: Por que demorou tanto pra fazer isso Inês? Vem aqui mulher.


Victoriano pegou entre os cabelos de Inês por trás da nuca dela,  e tomou  aqueles lábios rosados que ela estava. Ele a beijou com mais desejo que antes a dominando entre seus braços. E quando Inês viu, Victoriano tinha colocado ela de quatro, empinada perfeitamente para ele. Ela apenas agarrava os lençóis da cama, ansiosa  naquela posição ter Victoriano mais intenso que antes.


E como preveu, minutos depois. Inês recebia cada investida de Victoriano para dentro dela com força, enquanto ela gritava, apertando os olhos fechados e puxando os lençóis da cama. Cada ida e vinda de Victoriano por trás de Inês, o corpo dela ia para frente  e voltava para trás, pelas mãos firmes dele no quadril dela .Ele estava vermelho, insano, perdido naquele prazer atrás dela. Inês era maravilhosa, deliciosa e Victoriano sabia que o corpo dela já tinha sido moldado nas mãos dele. Ela era sua mulher, toda sua, Victoriano já sentia que podia ter Inês tão lento como no começo, e tão selvagem como estavam agora.  Porque sem dúvidas, Inês cada vez mais mostrava disposta e pronta para qualquer forma que ele quisesse ama-la.

E daquela forma, quase gozando. Inês sentiu novamente Victoriano sondar com os dedos a segunda entrada dela, que estava a sua mercê. E ela gemeu gostando de tê-lo ali de novo. E mais que certa, Inês sabia que logo onde ele apenas tocava com os dedos, seria dele. E não só porque ele queria mas ela também, porque cada vez que ele a sondava por trás daquela maneira, ela descobria que sentia mais tesão.

E assim, logo depois Inês gemeu alto mais uma vez gozando. E Victoriano, com mais alguns golpes dentro e fora de Inês, gozou também .


E assim segundos depois caíram na cama exaustos.

Inês deu a costa pra Victoriano ficando de lado.  E ele alisou a bunda lisa que ela tinha.  E disse o que era mais que claro.

— Victoriano : Eu quero ela Inês. 

Inês ofegou, pensando. E perguntou sem ainda olha-lo.

— Inês : Agora?


Victoriano sorriu safado, beijou as costas de Inês. E depois ele disse, voltando a namorar o bumbum dela com os olhos.

— Victoriano : Agora não morenita. Mas se prepara, que ela também vai ser minha .


Victoriano então agarrou Inês por trás sem deixar ela falar nada, e ela virou a cabeça encontrando com a boca dele , que ele não perdeu tempo e beijou.

E amanheceu.


Victoriano dormia nu mas coberto na cama, ele estava deitado de lado, enquanto Inês estava sentada apenas com o robe olhando ele dormir.


Ela não sabia definir o tamanho da felicidade que  tinha acordado pela manhã, e encontrado Victoriano ao seu lado. Ela sorria radiante, com aquela manhã, que dividiu a cama com o homem que amava durante a noite e ele não precisou sair.

Aquele era o primeiro dia que  Inês e Victoriano começariam  a viver o amor deles, sem ser nas escondidas. E Inês ria feliz, ela já era a senhora Santos de corpo e alma sem precisar ainda de nenhum papel . E do lugar que estava  ninguém a tiraria, e nem ela ousaria querer deixar mais.


E assim ainda olhando Victoriano, Inês viu que ele acordava.

E ele sorriu, ao abrir os olhos e ver que lindo amanhecer ele estava tendo. 

E assim, Victoriano se aproximou indo até Inês que seguia sentada e ele deitado. Ele então, passou o braço na cintura de Inês, e depositou um beijo ao lado do corpo dela, antes de dizer.


— Victoriano : Bom dia meu amor. Acordou a muito tempo morenita?

Inês sorriu, negando com a cabeça, enquanto Victoriano  passou as mãos no rosto para despertar de uma vez.


— Inês : Bom minha vida. E não, acordei a pouco tempo meu amor.

Então Victoriano se virou deitando de barriga para cima, revelando seu peito nu para Inês. E assim ele disse.

— Victoriano : Vem aqui, vem meu amor.  Deita mais um pouco comigo.

E assim Inês disse, negando a cabeça enquanto sorria.

— Inês : Já temos que se levantar, então levante Don Victoriano.

Victoriano sorriu por Inês falar assim e disse.


— Victoriano : Não, tenho o direito de ficar mais um pouco na cama com a  mulher da minha vida.

Inês riu, desceu a cabeça até a de Victoriano e o beijou.

— Inês : Te amo meu amor.

Victoriano pegou na cabeça de Inês, e com os olhos atentos nela disse.

— Victoriano : E eu a ti Inês. Mas me diga hum, me diga que depois dessa noite seguirá sendo minha, para sempre. 


Inês beijou  Victoriano nos lábios em um beijo curto . E assim ela o respondeu com amor.


— Inês : Alguém me disse que nascemos para morrer iguais, eu acreditei meu amor. Porque eu quero passar o resto de minha ao seu lado a partir desse momento.

Victoriano sorriu completo, e respondeu Inês.

— Victoriano : Nascemos para morrer iguais morenita, que bom que entendeu.

No café da manhã, na mesa de jantar.

Algo raro acontecia, mas que a partir daquele dia seguiria assim.

Cassandra, Constância e Diana olhavam, Inês na mesa, tomando café com elas, ao lado de Victoriano que sorria de mais como um homem completamente apaixonado, que elas nunca viram. E as três, concordavam, que antes estavam cegas que não viram aquele amor. E  por isso elas ainda sentiam que estavam em dívida com Inês.

E Inês, procurou da ponta da mesa onde sentou os olhos de suas meninas, e cada uma delas lhe deram um sorriso terno que a devolveu.


— Jacinta : Dona Inês, quer mais leite no café?


Inês  então olhou de lado, e viu Jacinta. Que  muito feliz de vê-la aonde estava como patroa, com um bule de porcelana na mão perguntou.


E assim Inês sorriu, para ela e disse.

— Inês : Sim, por favor Jacinta.


Jacinta então serviu Inês. Enquanto ela ouvia Victoriano rir alto, por algo que Coni havia falado.


Inês sorriu com eles, agora Cassandra e Diana pareciam ter entrado em uma discussão entre elas mas em entre risos. Inês observou tudo aquilo, a mesa estava farta,  a harmonia não faltava. E ela se sentiu mais feliz, ainda que naquela mesa  um pedaço dela faltava que era Emiliano, que dificilmente sentaria com eles, mas ela não iria perder as esperanças porque o que importava era que ele estava na fazenda e ao lado dela.  Inês então suspirou, e sentiu Victoriano pegar na mão dela. Ela virou o rosto pra ele, e ele beijou a mão dela.

E Inês lhe sorriu apaixonada.


Enfim, ela estava apenas começando a tomar o lugar que sempre tinha sido dela naquela fazenda, na família e no coração de Victoriano. Agora Inês, estava sendo a única dona e senhora daquele lugar. Ela não servia mais, não recebia ordens. A partir daquele dia, Inês iria mandar e ser servida como sempre devia ter sido.

 


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