Poesias dos pássaros escrita por O corvo


Capítulo 12
Gaiolas & Maldição


Notas iniciais do capítulo

alguns perdem a liberdade, com a grande crueldade de se poder olhar o céu mas não poder voar.



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Gaiolas

 

Caminhei com os joelhos nas nuvens 

e bem perto das estrelas 

contemplei o horizonte

onde o céu beija o mar

 

nunca me prendi

foi um pouco solitário não ter alguém para voar ao meu lado

mas vi o mundo de uma forma que poucos vem

e vivi como o fogo que se consome

 

mas cortaram minhas assas

pois me disseram os anjos

que não era digno

 

me colocaram em uma gaiola dourada

com vista para o céu

não para me confortar

mas para me torturar como  Tântalo

 

então canto de minha prisão

melodias tristes

a espera de um dia poder voar de novo

em companhia as estrelas 

 

Maldição

 

pareço com vocês

amo como um dos seus, talvez até mais

mas não sou como vocês

 

o tempo não me toca, e eternamente jovem sou

com uma alma velha escondida por um sorriso sofrido

minhas feridas se curam mais rápido do que posso me ferir

 

sou mais forte que 10 de vocês

e mais fraco do que qualquer um

posso me mover rápido como o som

mas não posso fugir de mim

 

sob a noite de prata mudo 

minha feição gentil é animalizada

sem racional só os instintos

 

profunda liberdade da caça 

e a escravidão da lua

sou temido como monstro

e odiado como homem

 

 

o homem é o lobo do homem 

 

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Oi, só para constar a frase final é do filosofo Thomas Hobbies do livro Leviatã se não me engano, não é minha autoria