Fix You escrita por SammyBerryman


Capítulo 45
Baby blue (part two)


Notas iniciais do capítulo

[Garota azul (parte dois)]

Cheguei monamours, sorry a demora, mas é o penúltimo capítulo (berro) quero chorar mas vou ser forte... Não vou enrolar muito antes que me matem hehehe só gostaria de informar que tem um hot nesse capítulo meio pesado a pedido da galerinha do Twitter. Enton eu já deixei um aviso para quem não quiser ler por achar muito ousado, sendo assim logo depois vai estar escrito "Leitura liberada", assim todo mundo sai feliz nessa história.

Povo do Whats queria capítulo grande então fiz com muito amor...

Queriam que Freddie e Sam lutassem pelo relacionamento mais uma vez, então isso explica as diversas discussões no decorrer deste capítulo, mas com uma finalizada tão perfeita que eu dei, duvido muito que ficarão bravos comigo... Está sendo uma longa caminhada até aqui, simplesmente aproveitem e desfrutem:



P.S: Quando chegar no hot tirem as crianças da sala (Que?!)



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Povs Sam:

Abro a janela do meu quarto e vejo o Subaru parado na calçada. Hoje é dia do julgamento do Joshua e da Lorraine. Eu não estou com estômago para isso, mas terei que me fazer presente, pois sou testemunha do crime. Eu inalo o ar frio do mês de janeiro. É dia dezesseis e após passarmos um natal perfeito e um mágico ano novo, temos que relembrar os acontecimentos que quase tiraram o Freddie de mim.

Eu já estou pronta, vestindo um jeans casual, mas com um casaco grosso bastante sofisticado para dar um ar de riqueza no meu estilo.

Saio do meu quarto e passo no da minha mãe, ela ainda está dormindo, mas deposito um beijo na sua testa e sussurro um "eu volto logo". Desde que estive perto de perdê-la não saio sem me despedir. Ando pela casa sem omitir barulhos, atravesso a pequena sala e abro a porta para o ar frio e congelante.

Meus passos são rápidos até o carro. Eu entro e logo me acalmo ao sentir o ar quente preencher o interior do Subaru. Olho para o Freddie impecável no seu terno cinza. Ele sorri e é o bastante para eu beija-lo. Seus lábios são fofos enquanto se chocam com os meus diversas vezes, sua boca domina a minha, todo meu corpo manda um alerta de desespero e eu já estou praticamente subindo em seu colo, mas Freddie recua sabendo que não podemos ir longe.

Saio de cima dele meio desajeitada. Coloco o cinto e mantenho meu olhar nele.

— Como está Sam? - ele mantém a famosa mão na minha coxa.

— Um pouco nervosa e você?

— Contente em níveis diferentes.

— Ah...

Meu olhar se desvia do seu rosto para seu pescoço, em seguida para seu peito, vou descendo até suas calças, depois subo de volta, meus dedos coçam para toca-lo. Não fazemos amor desde que ele foi baleado, mesmo assim a nossa conexão só aumentou, em vez de física foi sentimental. Estamos tão certo a respeito dos nossos sentimentos que não nos importamos com o patamar físico, mas é ruim quando ele me pega pensando nisso. Eu sei que ele também pensa, mas ele teve que ficar em repouso depois do incidente, e com o passar dos dias ele nunca ficava sozinho. Sempre alguém no nosso pé e sem contar que o trabalho o manteve ocupado. Nós já não nos vemos com tanta frequência. Está parecendo um namoro do século passado, namorar somente na presença de alguém e sem toques intensos.

— No que está pensando? - ele pergunta enquanto dirige o carro pela rua molhada.

— O que vai fazer hoje a noite? - espero que ele não perceba minhas segundas intenções.

— Levar a Lana e a minha mãe para um teatro, você sabe que elas vão querer algo para manter a mente ocupada depois de estarem presente no julgamento logo agora de manhã. Elas não lidam com os problemas como nós... Não são tão fortes assim.- sua resposta destrói minhas expectativas.

— Claro... Você tem que ficar com elas, são sua família. - olho pela janela.

— Sam... Eu juro que estou tentando arrumar tempo para nós, mas está difícil, apenas espere um pouco mais.

Estresso-me rapidamente.

— Eu estou esperando. Estou esperando há dias, já se passaram semanas, em breve faz um mês, quem sabe até meses!

— Estou fazendo o que eu posso. - ele não quer começar uma discussão.

— Não está. Se estivesse já estaríamos aproveitando a companhia um do outro.

— Sinto muito, sei que tenho estado distante... Você vai ter que ser mais paciente.

— Paciência nunca foi meu forte.

Ele parece distraído, sequer está prestando atenção e não está querendo discutir comigo.

— Agora vai ter que aprender a ter. - é o que ele diz e isso me faz ver vermelho.

— Por que você não pode ser como o Austin? - as palavras estão fora da minha boca antes que eu tenha controle sobre elas, Freddie freia o carro e eu levo as mãos à boca- Merda! Freddie me desculpa, eu não quis dizer isso.

— A boca fala do que o coração está cheio. - ele está magoado.

— Não foi nesse sentido, eu só... Argh! Eu só quis dizer que ele dá atenção pra Lana, sai com ela e tudo mais, não fazemos 50% do que os casais normais fazem. Eu nem sei se somos um casal ainda. Eu só sei que te amo Freddie, te amo demais para te perder e você tem estado distante e isso tem me assustado muito, então se for para partir meu coração novamente fique a vontade por que eu sofro qualquer coisa por você, mas apenas me diga se ainda me quer. - eu jogo um balde de sentimentos sobre ele.

Freddie ouviu tudo atentamente, sua reação é rápida e precisa, ele me beija apertando meu rosto como se achasse que eu fosse escapar.

— Eu te quero muito. E se por algum momento te fiz pensar o contrário, então me perdoe. Eu vivo por você, mas apenas espere um pouco mais, eu tenho algo para lhe mostrar...

— E o que seria?

— Se lembra de que você prometeu que se eu encontrasse um lugar para você chamar de casa de novo, você retornaria para perto de mim? Esse dia está chegando, então começaremos a viver nossa vida juntos novamente.

Beijo sua boca devagar, depois olho em seus olhos.

— Está bem...

— Eu... - ele inicia, mas desiste em seguida.

— É... Eu também. - ele entendeu o que eu quis dizer.

 

 

 

 

 

 

 

 

Entramos na sala onde ocorrerá o julgamento. Eu esperava um ambiente enorme, amarrotado de cadeiras, cheio de pessoas e toda aquela coisa como nos filmes, mas na verdade é uma sala simples, com uma mesa de madeira mais alta que as outras, suponho que seja onde o juiz irá se assentar. Tem uma mesa de um lado com cinco cadeiras, o que suponho que sejam para a promotora, as outras deve estar destinadas para Austin, Lana, Freddie e eu. Do outro lado está outra mesa com apenas duas cadeiras, me pergunto se Joshua teve a cara de pau de contratar um advogado sabendo que não tem como se safar dessa nem ferrando, eu cavaria até as profundezas do inferno para encontra-lo se ele conseguisse ficar livre e fugir por ai. Lembro-me que ele está em uma cadeira de rodas, e não iria muito longe. Trinco os dentes e acompanho o Freddie que vai até a sua mãe.

— Não se preocupe, vai ser rápido, eles não investigaram tão fundo o seu passado no ano em que Joshua levou Lana. - gostei do fato dele não chamar o pai pelo nome.

— Isso é bom. Finalmente ele vai pagar pelo o que fez. - a senhora Benson abraça o filho rapidamente.

— Se já não está pagando. - murmuro baixinho quando Joshua entra na sala conduzindo sua cadeira de rodas até a mesa da esquerda, ele está usando um uniforme azul marinho de presidiário.

Lorraine aparece em seguida vestindo um uniforme laranja. Orange is the new black vadia! Uma policial a acompanha. Lorraine se senta na cadeira ao lado de Joshua. Um homem carregando uma maleta, suponho que seja o advogado que não vai servir pra coisa nenhuma se senta ao lado dela.

Uma mulher ruiva caminha em nossa direção, ela segura um café em uma mão, na outra traz uma maleta marrom, ela usa um blazer cinza com uma calça social cinza-lápis quase da mesma cor que o blazer. Reconheço como a promotora que já conversou comigo antes a respeito de que como vai funcionar o julgamento.

— Bom dia. - ela nos cumprimenta- O caso praticamente está ganho, mas caso queiram adicionar alguma coisa a hora é agora.

— Acho que já revisamos tudo, não temos nada a acrescentar. - Freddie responde usando seu tom de CEO.

— Muito bem, vamos tomar nossos lugares. - a ruiva é toda profissional.

Balanço a cabeça e quando vou segui-la para me sentar, Freddie pega minha mão e me leva para o canto da sala em silêncio.

— Eu te amo. Não sei por que não consegui te dizer aquilo no carro, tem sido difícil para mim, ficar longe de você, isso está acabando com a gente, quando esse julgamento acabar você vai passar o resto do dia na empresa comigo, tudo bem? - ele dispara tudo de uma vez. - Vai ser um dia diferente.

Devo recusar? E perder a oportunidade de passar o resto do dia com ele? Claro que não.

— Eu também te amo Fredonho. - aproveito o momento para dar um selinho amoroso nele - Claro que eu aceito passar o dia com você.

— Fico contente. - ele dá o sorriso de garoto americano.

— Em diferentes níveis?

— Alguma coisa assim.

— Por favor, tomem seus lugares, o tribunal está em seção. - o juiz avisa enquanto se senta.

Freddie e eu rapidamente tomamos nossos lugares ao lado de Lana e Austin. Fico a direita do Freddie e Lana a sua esquerda. Dou um aceno rápido para Austin que sorri de forma rápida. Foco a atenção no juiz.

— É agora... - escuto Lana dizer.

— O estado contra Joshua Ledger Benson e Lorraine Gilbert, como se declaram os réus? - o juiz pergunta.

— Os réus se declaram culpados meritíssimo. - o advogado responde.

— Joshua Benson é acusado de violência contra mulher, sequestro de incapaz, falsidade ideológica, formação de quadrilha, lesão corporal e tentativa de triplo homicídio, a pena para todos esses crimes dada as circunstâncias e somatória dos delitos é de 85 anos, três meses, duas semanas e quatro dias sob as jurisdições deste país, como o réu se declara?

— Culpado meritíssimo. - a voz do Joshua é vazia.

O juiz olha para a nossa mesa.

— A promotoria gostaria de acrescentar algo em questão?

— Não meritíssimo.

— Sendo assim... - ele pega o martelinho- Joshua Ledger Benson você está condenado há 85 anos, três meses, duas semanas e quatro dias de prisão no Centro de Detenção Federal Sea-Tac. Caso encerrado - o juiz bate sobre o apoio e eu levo um pulo por não estar preparada para o barulho, Freddie aperta minha mão me tranquilizando.

O julgamento de Lorraine foi tão rápido quanto o de Joshua, o juiz não quis enrolar muito. Ela foi condenada há alguns anos na Penitenciária feminina de Seattle, o suficiente para quando sair de lá ir direto para um asilo.

O juiz encerrou a seção e ficamos sentados respirando certamente aliviados.

— Pensei que teríamos que depor ou coisas assim. - Lana indaga.

— Isso somente é necessário quando o réu se declara inocente. Pela quantidade de provas e testemunhas não tinha nada que Joshua poderia usar em sua defesa. Ele poderia alegar algum tipo de insanidade como paranoia ou esquizofrenia, mas até que fizessem todos os exames necessários para provar isso, ele estaria apenas ganhando tempo. - a promotora é rápida no pequeno discurso- Tenho mais um caso ainda hoje, esse sim terá testemunhas e essas coisas... - ela usa as palavras da Lana.

— Eu estava pensando em me formar em direito... - dessa eu não sabia – Ser promotora.

A promotora sorri.

— Então me acompanhe, sei que terá muito para ver no meu próximo caso.

Lana morde o lábio pensando.

— É uma boa ideia, vou avisar a minha mãe. Austin você quer...

— Não vou ficar longe de você. - ele dispara na hora.

Sinto inveja branca.

Lana olha para o namorado.

— Teria algum problema se ele me acompanhar senhorita Olivia?

— Claro que não, é só ficarem nos fundos do auditório, certamente vai ser uma experiência marcante.

— Então ok. - Lana se empolga e vai para perto de sua mãe.

— Obrigado pelo bom trabalho Olivia. - Freddie agradece gentilmente.

— Foi um prazer, qualquer coisa eu estou disponível. - ela mantém o tom formal, mas a frase ficou um pouco estranha- Para outro caso. - Olivia completa ao notar minha cara confusa.

— Claro. - Freddie pega minha mão- Tenha um bom dia.

— Igualmente para vocês dois. - ela pega a maleta em cima da mesa e entra em algum assunto com o Austin sobre a Lana.

— Hora de irmos para a empresa fofinha. - meu namorado sussurra no meu ouvido.

Beijo seu rosto macio.

— E aqui vamos nós.

 

 

 

 

 

 

 

Entramos no carro e Freddie parece relaxado, mais calmo do que quando chegamos.

— Tenho que dizer a mim mesmo que ele mereceu... Mas não consigo.

— Eu te diria para esquecer isso, mas é seu pai então... - coloco o cinto esperando que ele ligue o carro.

— Não, você está certa, tenho que esquecer, vamos mudar de assunto, por favor.

Concordo com a cabeça.

— Onde está o Embryl?

— De férias, eu não escravizo meus funcionários como você pensa. - sua piada me faz rir- Gosto quando você rir.

— Falando em funcionário, eu arrumei um emprego na Pear Store do centro.

Freddie liga o carro e trinca os dentes.

— Por que você arrumou um emprego?

— Porque eu preciso de um trabalho, não vou viver nas suas custas e nem na sua sombra quando você senta na sua cadeira da empresa sendo o soberano de apenas vinte e dois anos.

— E por que não trabalha na minha empresa? Teria de tudo para você lá...

— Freddie, eu quero andar com as minhas próprias pernas, perdoe o trocadilho. - lembro-me do seu pai.

— Não acredito que estamos tendo essa discussão.

— Não sabia que isso era uma discussão, pensei que estivéssemos conversando.

— Pois pensou errado, você me frustra. - ele dirige o carro pisando no acelerador mais do que devia.

Penso em retrucar, mas isso só acarretaria uma discussão pior, então deixo isso de lado, as coisas entre nós estão ficando sobrecarregadas.

 

O resto do trajeto se segue em silêncio, pelo visto foi uma má ideia vir com ele e pedir para ele me deixar em casa é ser covarde, algo que eu não sou.

Ele estaciona o carro no estacionamento interno por que começou a chover, o que não é nenhuma novidade, essa cidade tem 266 dias nublados no ano. Eu não espero Freddie abrir a minha porta quando ele estaciona o carro, eu a abro, mas ele joga o braço sobre mim e fecha a porta. Sinto a energia mudar dentro do Subaru, de repente estou olhando para ele ofegante.

— Eu queria fazer amor com você dentro desse carro. - Freddie fala de maneira profunda e retira seu cinto de segurança.

Meu cérebro tenta encontrar uma resposta, mas não consigo pensar direito, só sinto meu corpo esquentar.

— Admito que eu iria gostar. - olho para o lado de fora- Eu não quero mais discutir com você.

— Nem eu. - ele se inclina contra mim, mas somente para abrir a minha porta, mesmo assim eu seguro seus ombros e o beijo depressa.

— Melhor nós irmos, não será bom darmos um show dentro do carro para seus funcionários. - saio do Subaru e fecho a porta.

Escuto ele murmurar alguma coisa dentro do carro.

Freddie abre a porta e vem ao meu encontro. Ele passa o braço em volta da minha cintura com carinho. Andamos até o elevador sem muita pressa.

Quando entramos eu apoio minha cabeça no seu ombro e inalo seu cheiro amadeirado. Quem eu estou tentando enganar? Eu mesma disse que ele tinha o cheiro de casa, então por que eu deveria esperar ele conseguir sei lá o que para voltar a morar com ele? Fico muito pensativa, mas não tenho tempo para finalizar meus pensamentos por que as portas do elevador se abrem rapidamente.

Freddie mantém a mão em torno de mim e não está disposto a dar bom dia para seus funcionários, que já notam a enorme tensão entre nós. Ele segura a porta do escritório para que eu entre, é estranho estar aqui sem Embryl.

Encaminho-me para o famoso sofá branco e me sento lá sem saber o que fazer.

— Deseja alguma coisa? - ele é atencioso.

Nego com a cabeça.

— Só faça seu trabalho.

— Estamos muito distantes, não é? - ele me olha com pena e eu faço que sim com a cabeça- Sam você é a melhor coisa do meu mundo, tenho prazer de chama-la de minha garota, se eu não puder me desculpar por estar errado, vai ser uma vergonha para mim, eu serei a razão da sua dor, então você pode colocar toda a culpa em mim. - ele se ajoelha na minha frente e eu permaneço calada.

— Não posso te culpar por nada, é só uma fase vamos passar por isso. - dou carinho nos seus cabelos castanhos.

Ele se levanta devagar e vai para a sua mesa.

 

 

E o que eu temia acontece: O dia se segue terrível.

Freddie teve diversas reuniões e só focava em seu trabalho, ele praticamente não me deu atenção. Carly trocando mensagens comigo do outro lado do mundo foi o que me deu o que fazer. Isso só contribuiu para piorar ainda mais o clima.

 

 

 

É por volta de três e meia da tarde e eu estou girando na cadeira do Freddie, já que ele saiu para resolver algum problema nas entranhas da sua empresa.

Alguém abre a porta da sala, paro de girar e vejo o Freddie se aproximar mexendo no celular, ele nem se dá o luxo de me olhar.

— A rainha solicita a sua presença... - pronuncio lentamente.

Ele por fim guarda o celular.

— Está se baseando em um reino ou em um jogo de xadrez?

— Bem, como estou disposta a te atacar, então estamos em um jogo de xadrez.

— Fale o que você quer. - ela já muda o tom.

— Isso aqui não deu em nada hoje.

— Santo Deus... É a terceira discussão hoje Sam, e nem estamos casados ainda.

Reviro os olhos com raiva.

— Novidade? Não...

— O que está acontecendo com a gente? - ele passa a mão no cabelo entrando em desespero.

— Não sei. - sussurro meio assustada.

— Que droga.

— E a rainha se movimenta... - eu ajo como se estivéssemos em um jogo me levanto da sua cadeira e me sento na outra ao lado dele.

— O rei está em xeque... O quê você faz agora? - ele desliza a mão pela mesa.

— Me jogo do prédio embaixo? - uso meu famoso sarcasmo.

— Sam, isso é sério. - Freddie arruma a gravata- Por que faz isso comigo?

Cruzo as pernas de maneira sensual e mordo o lábio para pensar.

— Não tenho uma resposta apenas quero você de volta, longe disso tudo.

Ele suspira chateado com o ponto em que chegamos à nossa relação.

— Vamos nos encontrar amanhã no endereço em que eu vou te enviar... Eu prometo que dessa vez vai ser diferente. - ele promete algo que eu duvido muito.

— Está bem. - me levanto da cadeira e dou as costas para ele, já caminho para a enorme porta da sua sala da empresa.

— Eu ainda não terminei.

Viro-me jogando meus cabelos sobre os ombros.

— Mas eu sim. - pisco para ele e abro a porta para sair.

 

 

 

Deram-me o dia de folga por causa do julgamento, agora não tenho absolutamente nada para fazer. Até que me lembro de que Jenner pediu que eu fosse visita-la assim que eu tivesse tempo, então pego um táxi e vou para lá.

O táxi estaciona em frente. Eu pago o motorista e ando para a portaria. Lewbert está dormindo sobre o balcão, eu aproveito para colocar dois lápis no seu ouvido devagar, dou um risinho e corro para o elevador.

O elevador para no andar do 8°C e eu apresso meus passos para a porta. Eu entro sem bater, mas tenho que parar com esse costume. Já estou dentro da sala mas bato na porta mesmo assim.

— Estou entrando.

— Você é tipo a polícia, primeiro entra e depois bate. - Jenner diz observando Aurora brincar com um chocalho no colo do Spencer.

— Sam, o que te traz aqui hoje? - Spencer sorri de forma calorosa para mim.

— Jenner precisava falar comigo, então aqui estou.

— Ah sim, quer que eu deixe vocês a sós? - ele já ameaça se levantar.

— Não precisa amor, a conversa não é nada tão particular assim. - Jenner que se levanta- Vamos para a cozinha Sam.

— Opa, melhor lugar. - meu estômago ronca.

— E como vai o Freddie? - Spencer pergunta cheirando Aurora.

— Ele está... - penso em mentir e usar palavras como bem, ótimo ou amoroso, mas não posso dizer isso- Ele está um saco, distante para ser exato, não sei quando nosso namoro ficou horrível.

Spencer franze a testa.

— Mas vocês pareciam tão unidos durante o natal e o ano novo.

— É, mas depois as coisas entre nós esfriaram muito... - me encaminho para a cozinha.

— Já conversou com o Freddie sobre isso? - Jenner pergunta enquanto prepara o que eu suponho ser um sanduíche pra mim.

— Não conseguimos conversar, acabamos discutindo. Hoje ele me levou para o trabalho com ele dizendo que dessa vez seria diferente, mas não foi... - apoio-me na bancada- Eu o amo, mas...

— Negativo. - ela me corta- Se você o ama não existe um "mas". A maioria dos relacionamentos acaba depois do "mas" então não dê motivos para ter um.

— Jenner está certa, Sam. - Spencer se aproxima com Aurora, eu não acredito que vivi para ver os dois me dando conselhos de relacionamento- Freddie é o amor da sua vida, não tem motivos para vocês acharem problemas, tente conversar com ele, sem agressões verbais ou físicas.

— Ai que está o problema. - pego um pedacinho de presunto e coloco na boca- É impossível não se estressar com ele.

— Sam, ele passou por muita coisa. Tem apenas vinte e dois anos e é diretor de uma empresa enorme. Tem que lidar com a mãe e com a irmã. Hoje com o julgamento do próprio pai que tentou matar você e ele, sem contar com os problemas ocasionais dele e ainda tem você na equação. O Freddie está sobrecarregado Sam, ele não aguenta tanta pressão na mente dele, não o culpe por estar distante, mas o culpe por não saber lidar com você. Apesar de que você também não facilita nada garota. - Jenner fala tudo com tanta sinceridade que eu tenho que respirar por uns dez segundos para responder adequadamente.

— Amanhã ele quer me levar para algum lugar, prometeu que vai ser diferente.

— Então vá com o Freddie. Ele é seu refúgio feliz. - Jenner parece encerrar o assunto.

Lembro que ela deseja falar comigo.

— Sobre o que queria conversar?

— Tem haver com a Carly. - ela me responde.

— Ah, então era sobre isso o assunto? - Spencer se senta em cima da mesa com Aurora nos braços.

— O que tem a Carly? - eu pergunto curiosa.

— Estamos pensando em fazer uma surpresa para ela, na verdade um presente, mas não sei se o Gibby iria concordar. - Jenner me entrega o sanduíche.

— O que planejam fazer?

— Jenner e eu queremos ter uma casa mais simples só para nós, onde eu possa ter meu estúdio para minha arte e ela um pequeno consultório para receber pacientes em casa... - Spencer me conta.

— Como você já percebeu, não podemos fazer isso aqui. - diz Jenner.

Mordo meu sanduíche e não espero mastigar para perguntar.

— E o que a Carly tem haver com isso?

— Queremos dar o 8°C para ela como presente de casamento. - Spencer sorri contente.

— Não exatamente um presente porque ela teria que pagar o aluguel, mas você entendeu. - Jenner ri de leve.

— A ideia é boa, não vejo problema.

Spencer se aproxima e passa Aurora para Jenner.

— O problema é o Gibby. - ele suspira- Ele é muito apegado com aquela mansão, não sei se deixaria o conforto para vir morar aqui.

— O Gibby ama a Carly, se ela quiser morar debaixo de uma ponte ele iria com ela, sem contar que aqui sempre foi a casa dela, teria coisa melhor? - deixo o sanduíche no prato e aponto em volta.

— Eu creio que não. - Spencer olha para o apartamento- Provavelmente vou deixar o robô aqui.

— É... Todo mundo gosta dele. - observo o Rafa parado no lugar de sempre.

— Então está decidido, quando Carly voltar contaremos a ela.

— Isso ae, uhuuul. - faço um high-five com o Spencer e depois com a Jenner.

— Uhuul. - Spencer comemora com uma dança estranha- Devia passar o dia conosco Sam.

— Também acho, preciso mesmo de alguém para ficar com a Aurora enquanto faço minhas unhas. - Jenner fala.

— É o que? - olho para o bebê.

— É brincadeira. - Spencer empurra o meu braço- Vamos assistir uns filmes e curtir o resto da tarde, depois a gente te leva em casa.

— Pode ser. - apoio a ideia.

 

 

Passar o resto do dia com Spencer e Jenner foi a melhor coisa que podia fazer. Estar perto de um casal tão carismático e agradável como eles me fizeram reavaliar a forma que eu venho tratando o Freddie. Jenner tem razão, lembro a época que o Freddie ficava me sufocando, agora sou eu que estou fazendo isso. Freddie precisa respirar e dar um espaço para ele é o melhor que posso fazer, mesmo que ficar longe dele me deixe triste.

Eu cochilei no sofá e Spencer me acordou para me levar para casa, eu agradeci meio sonolenta e ele me levou praticamente me arrastando até o carro lá fora na rua.

Quando eu entrei fechei os olhos querendo dormir, mas o comentário do Spencer me assustou.

— O Freddie te ligou, mas você estava dormindo ele não quis que eu te acordasse.

— O que ele disse?

— Só queria saber se você estava bem. Ele ligou pra sua mãe e ela disse que você não tinha voltado pra casa.

Esfrego meus olhos quando noto o carro em movimento.

— Bom, agora ele já sabe que estou bem.

— Não vai ligar para ele?

— Não. Ele está vendo um teatro agora.

— Hum.

— Spencer... - eu chamo baixinho.

— O que? - ele me olha com cuidado.

— Eu devo ligar para ele amanhã ou devo esperar ele me ligar?

— Uou. Hum... Nossa. - ele fica surpreso com a pergunta -Você deveria esperar ele ligar.

— Tá. - sorrio diante disso.

— Pode dormir, eu carrego você até sua cama. - ele fala comigo como se falasse com a Carly, ele sente falta da irmãzinha já não tão pequena.

Penso em recusar seu pedido, mas decido deixar assim mesmo.

— Obrigado, amo você Spencer. - digo diretamente a ele depois de anos e fecho meus olhos para dormir.

— Eu também te amo menina. - ele sussurra como se fosse um irmão mais velho para mim, diferente do que tenho com o Embryl que temos laços de sangue, Spencer e eu não temos nada, mesmo assim nos sentimentos unidos e ninguém pode quebrar isso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu desperto com o barulho do despertador. Hora de ir para o trabalho.

Tomo meu banho, me arrumo de maneira rápida, tomo café e saio carregando uns pãezinhos para comer durante o trajeto até lá.

O trabalho se segue tedioso como sempre, pelo meu antigo status na Pear Store de supervisora, eu consegui o mesmo nessa loja aqui. Não é tão ruim o emprego, mas o Freddie vem em minha cabeça o tempo todo e isso me deixou distraída.

É hora do almoço. Eu saio da loja desesperada para comer alguma coisa. Vou à lanchonete do outro lado da rua, mas quando chego à calçada meu celular toca. Coloco no ouvido e atendo na esperança que seja o Freddie.

— Alô?

Oi Sam...— Freddie parece nervoso- Sinto sua falta.

— Eu também sinto amor. – deixo meu amor transparecer- Como está o trabalho?

Vai bem. Eu queria estar com você.

— Eu sei...

Vou te passar um endereço de um lugar por mensagem, me encontre lá após o seu trabalho, venha de táxi ou de ônibus, nenhum veículo pode ficar na entrada.— ele diz como se estivesse atrasado para alguma coisa.

— Ok. - sou curta com ele.

Ele fica em silêncio por alguns segundos.

Tenho que ir se cuida.

— Espera!

Fala.— sua voz parece mais contente.

— Eu amo você. - sussurro para deixar o clima melhor.

Sinto seu sorriso do outro lado da linha.

Você é minha vida.

— Se vemos no entardecer.

Se vemos em breve.— ele desliga e isso me dá ânimo para continuar meu dia.

 

 

 

 

 

São dezoito horas. Por um milagre muito divino hoje não choveu. Paro um táxi na rua e dou o endereço que o Freddie me passou: 5047 SW 97th St.

O motorista pisca atônito como se eu tivesse dado o endereço de um castelo de conto de fadas. Ele acena com a cabeça e diz que o Puget Sound é lindo de se olhar a essa hora. Pergunto-me por que o Freddie quer que vá para lá... Lembro que eu planejava comprar uma casa nessas mediações, um plano que não deu muito certo, talvez em um ano eu consiga isso.

O céu nessa parte da cidade se afunda em tons roxos e azuis, alguns lugares estão vermelhos. O sol faz um espetáculo enquanto vai embora lentamente.

O motorista adentra em um bairro rico de Seattle. Ele conduz o carro por um pequeno contorno e para em frente ao que eu suponho ser o portão de uma casa, que parece enorme, mas por culpa das árvores que a encobrem não dá para ver direito.

Saio do táxi e noto que logo ao lado tem um Mustang parado. Mas não é um Mustang qualquer. É o meu Mustang recém-reformado. Deve ser por isso que o Freddie não quis que eu viesse de carro. Ele provavelmente vai contornar o Puget Sound como disse que faria um dia.

Eu caminho para o pequeno portão e me deparo com uma casa impecável. As paredes são de pedra e tem uma porta de madeira brilhante aberta. Em cada lado da porta tem um jarro com alguma planta alta que eu não sei o nome. Acima de minha cabeça tem uma cobertura de madeira com telhas pretas. Vou até entrada subindo os degraus de cimento com grama em volta.

Olho o interior do que eu suponho ser a sala principal. Até a metade é de cerâmica, a esquerda tem outra sala, em frente tem outro conjunto de degraus e eu tenho que desce-los para ver a parede de vidro que mostra as águas do Puget Sound, praticamente é o quintal da casa.

Então é quando eu o vejo.

Freddie está de costas com as mãos no bolso enquanto observa o mágico pôr-do-sol oferecido pelo Sound. Toda a casa se torna insignificante diante da presença dele ali. Eu praticamente corro para o lado de fora. Meus pés afundam na grama macia e verde, Freddie me escuta chegando e se vira para me receber.

— Achou o caminho para casa? - ele sorri e eu só falto pular em cima dele.

Você é minha casa. - não sei se me aproximo dele.

— E esta aqui... - ele aponta em volta- Agora é sua também.

Engasgo-me com o ar sem saber o que fazer.

— Você... Comprou essa casa?! - olho para trás e ele me segura ao ver que pisei em falso.

Duas chaminés enormes se erguem no teto da casa estilo vitoriana. Toda a casa é feita de tijolos artesanais ou pedras colocadas de forma estratégica. Tem um lugar para refeições ao ar livre. Noto um caminho de pedras iluminados com luzes que levam para o lado direito da casa. Árvores estão na minha esquerda e me viro novamente para ver a grama acabar em um murinho para onde Freddie me puxa.

Sentamo-nos no muro que é usado para sustentar a grama, pois logo nos meus pés tem troncos de árvores esbranquiçados trazidos pelas pequenas ondas. A areia cinza contorna os arredores e a menos de dois metros está as águas do Sound.

A vista é espetacular. É o pôr-do-sol mais bonito que vi na vida. Uma maravilha de Deus certamente.

Freddie e eu não dizemos nada por um tempo enquanto vemos o espetáculo no céu.

Ele é o primeiro a quebrar o silêncio.

— Vamos ser felizes aqui. - ele beija meu rosto- Você disse que queria dessa forma, que eu te pedisse em casamento sentado em um banco enquanto observaríamos o sol afundar nas águas do Puget Sound, e quem seria eu para não lhe conceder esse desejo... - Freddie desce do muro e se ajoelha na areia- Eu mantive o anel comigo- ele retira a caixinha roxa do bolso- Ele estava te esperando... Quero ser breve, pois tenho muito a te mostrar, mas creio que eu já sei o que você irá responder. - Freddie abre revelando o meu antigo anel- Puckett, eu estou diante de você aqui hoje, pedindo para ser seu, e que você aceite ser minha... - ele fecha o olho escolhendo as palavras certas- Acho que eu recebi o que merecia, te deixei esperando... Muito tempo, meu amor. Todo esse tempo sem uma palavra - sei que está falando da nossa distância- Eu não sabia que você pensaria, que eu esqueceria, ou me arrependeria do amor especial que eu tenho por você minha garota azul. - Freddie olha fundo nos meus olhos- Todos esses dias se tornaram tão longos, você realmente achou que eu te faria mal? O que posso fazer? O que posso dizer? - ele sorri pegando a minha mão e colocando a caixinha em cima- Exceto que te quero ao meu lado. Como posso lhe mostrar? Mostre-me o caminho, as vezes que você sabe... As vezes que eu tentei. Acho que isso é tudo o que tenho para dizer, exceto que o sentimento só fica mais forte a cada dia... Você quer passar o resto da sua vida comigo? Me daria a honra de ser minha esposa? Aceita se casar comigo?

— Sim. Sim. Sim. - eu falo o abraçando e caindo na areia cinza com ele- Eu aceito Freddie. Eu aceito. - encho seu rosto de beijos depois seu pescoço, enquanto ele ri emocionado.

Ele segura meu rosto e começamos a nos beijar de maneira feroz. Eu retiro seu paletó e o jogo na areia, ele tira o meu casaco e o joga no murinho. Ele tenta tirar a gravata, mas se levanta me puxando com ele.

Rapidamente ele coloca a aliança no meu dedo do lugar onde jamais devia ter saído e guarda a caixinha no bolso da calça.

Praticamente corremos para dentro da casa e chegamos ao que eu suponho ser a sala que vi antes. Ele não me dá tempo de me localizar e me derruba no chão. Ele joga algumas almofadas do sofá em volta e noto o fogo incandescente da lareira dando um romantismo ao momento.

 

 

NÃO RECOMENDÁVEL PARA MENORES DE 18 ANOS

Freddie se coloca sobre mim e me beija com todo o amor do universo. Eu tiro sua gravata a desamarrando para não romper o beijo. Desço a mão pelo seu peito e desabotoo sua camisa social. Com certo esforço consigo livra-lo dela. Ele para de me beijar e se coloca de joelhos para tirar as minhas botas, depois minhas meias, em seguida puxa a minha calça, me deixando apenas de calcinha. Eu aproveito para tirar a parte de cima, mas deixo o sutiã por que quero que ele retire para mim depois. Eu me sento no chão e o empurro no tapete macio, Freddie ri baixinho da minha pressa. Eu me ajoelho e tiro o cinto da sua calça. Ele levanta as coxas para que eu possa me livrar da sua calça e da sua cueca ao mesmo tempo. Noto sua ereção e tomo coragem para o meu próximo passo. Eu me inclino e o introduzo na minha boca.

— Ah!- Freddie geme e segura ao lado do sofá derrubando algumas almofadas.

Eu o chupo mais devagar só para escuta-lo gemer novamente. Rodo a língua na ponta do seu membro e ergo os olhos para vê-lo morder o lábio abafando um gemido. Ele tem um gosto bom.

Eu continuo dando prazer a ele dessa forma. Seus gemidos se intensificam e agora o coloco mais profundo na minha boca, mas não consigo ir muito longe. Sugo com mais força e Freddie murmura meu nome.

Suas costas se arqueiam no chão e tenho que segurar seu quadril para que ele fique quieto no lugar.

— Chega Sam... - ele arfa implorando- Eu não aguento mais. - prossigo fazendo o que comecei- Eu não quero ter um orgasmo na sua boca! - ele se senta e consegue me imobilizar no chão, seus lábios se juntam nos meus e sinto sua língua vasculhar cada canto da minha boca, como se ele procurasse sentir o próprio gosto.

Eu puxo seus cabelos desgrenhados quando sinto sua mão apertar a minha coxa com força.

Ele desliza as mãos pelas minhas costas e abre meu sutiã, depois ele cobre beijos do meu pescoço aos meus seios onde sua boca é implacável. Ele me faz gritar e as paredes fazem eco com o som dos meus gemidos abafados.

Freddie beija minha barriga e tira a minha calcinha sem enrolação. Ele se apoia na mão esquerda enquanto entra em mim devagar. Eu me agarro em seus ombros sentindo ele me preencher até o final. Aquela sensação perfeita de novo retorna pelo meu corpo.

Ele observa eu me contorcer em baixo dele e não se aproxima para me beijar, ele está apenas desfrutando. Quando eu fecho os olhos após ele se movimentar com mais força, seus lábios procuram desesperados pelos meus. Eu o beijo como se fosse a última vez, por que será a primeira de muitas nesta casa. Aproveito cada toque. Cada sensação. Desfruto ao máximo do que ele está me oferecendo.

Eu grito alto o sentindo aumentar o ritmo com força. Ele também geme contra o meu ouvido e passa a mão por todo o meu corpo.

Deixo minhas unhas se afundarem nas suas costas, ele me pune estocando com tanta força que eu acho que vou desmaiar. Meu corpo não aguenta mais, mas eu quero chegar lá com ele.

— Freddie, eu preciso de você agora. - murmuro rouca contra seu ouvido direito.

— Dá pra mim... - ele pede e eu concedo a ele.

Meu corpo encontra a sua liberação junto com a dele. O orgasmo afunda meu corpo no tapete macio e de repente me sinto engolida por um prazer perfeito demais. Freddie se movimenta mais algumas vezes antes de parar e seu corpo treme sobre o meu. Ele cai por cima de mim sem sair do meu corpo. Mas eu não me importo de tê-lo úmido dentro de mim. Eu não me importo com mais nada.

 

 

 

LEITURA LIBERADA

 

 

Nossas respirações é o único som que escutamos por alguns minutos. Eu observo a decoração da sala enquanto dou carinho nas costas do Freddie. Tenho que me lembrar de que essa casa é minha e eu posso decorar como achar melhor, mas na verdade está tudo perfeito.

Freddie se levanta devagar de cima de mim e se deita ao meu lado. Cubro-me com uma almofada, um pouco envergonhada mas não por estar nua, mas por te feito aquilo com ele. Eu não sei o que deu em mim.

— Eu não acredito que fez aquilo. - ele diz baixinho, se apoia no cotovelo e acaricia meu rosto.

— Nem eu. - coro até as raízes do cabelo.

— Eu adorei... Senti saudades disso. - ele sopra o cabelo do meu rosto - E como vamos fazer da forma tradicional, você ficará morando aqui e eu no apartamento, quando nos casarmos eu me mudo para cá com você, só iremos repetir isso na nossa lua de mel.

— E onde vai ser? - coloco a mão no seu peito.

Ele fecha os olhos.

— Onde você quiser.

— Que tal na Ilha?

Freddie abre os olhos e parece gostar da ideia.

— Sim. Na ilha. Depois em Vancouver, tenho planos para nós naquele chalé. - suas segundas intenções são visíveis.

— Gostei. - me aproximo e beijo seus lábios- Eu tenho algo para te contar... Na verdade te pedir.

— Peça qualquer coisa, até mesmo metade da minha empresa. - ele se apoia no braço para deitar a cabeça.

— Quando eu dormi após nossa primeira vez, eu sonhei que me casava com você... Tinha um arco no casamento, estávamos aqui em Seattle... Agora que vi o quanto temos espaço lá fora, eu queria te pedir para fazermos o casamento ali.

Freddie escutou com atenção então respondeu:

— Então será ali... Tudo será da maneira que você quiser... Você já me deu a honra de ser minha esposa, não tenho mais nada para pedir.

— Não é só você que está ganhando com isso.

— Hum... - ele me envolve com os braços.

— Você consertou meu Mustang.

— Sim. Iremos contornar o Puget Sound com ele, abusar da velocidade.

— Obrigado.

— Não há de que. - ele mantém a voz baixa como um sussurro.

— Quanto pagou nessa casa?

— Isso eu só te responderei daqui a alguns anos, mas prometo que irei te responder...

— Acredito na sua promessa.

— Por quê? - ele beija meu cabelo.

— Porque hoje você prometeu que seria diferente e realmente foi.

— Entendo.

— Depois iremos fazer um tour pela casa?

— Sim... Ela tem cinco quartos, sendo duas suítes, possui mais quatro banheiros parciais, duas salas de estar, uma sala de jantar, porão, sótão, cozinha de chef... Muita coisa para se dizer.

— Ela é perfeita...

— Como você.

Damos mais um beijo precioso.

— Se nós nunca tivéssemos encontrado esse amor, se nunca tivéssemos ido por esse caminho, se não tivéssemos tido o coração, não teríamos esta casa... - eu canto para ele devagar.

— Que bom que escolhemos isso. Escolhemos um ao outro.

— Obrigado por tudo.

Ele me olha de forma serena.

— Eu te amo Samantha Puckett. - entoou ele.

— Eu também te amo Fredward Benson. - murmurei docemente.


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só... Gostaram? Odiaram? Conta ai nos comentários, ou no Whats, ou no Twitter. Apenas escolham aqui pela última vez e até breve lindos:

OPÇÃO 1: Casamento no ponto de vista do Freddie.

OPÇÃO 2: Casamento no ponto de vista da Sam.



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