Queridos Professores. escrita por Pizzle


Capítulo 7
Minha!


Notas iniciais do capítulo

Se preparem para ter uma overdose de fofura nesse capítulo. Este também conta a história de vida de Dwayne Stone e eu espero que gostem.
Narrado por Dwayne Stone:



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 Era até irônico o modo como a minha vida estava andando agora. Havia menos de um mês que conheci Patrícia, a professora de História mais linda que eu já vi. Admito que, no começo, eu achava que era apenas mais uma atração física, mas depois da primeira transa, tudo pareceu mudar completamente. Agora, ela era uma das pessoas que eu queria perto de mim, bem perto de mim, de preferência bem grudada para que nenhum marmanjo olhasse para ela. Me sentia um pouco pedófilo, aquela forma de pensamento remetia a uma adolescente de quinze anos descobrindo como dar em cima do primeiro homem, no entanto, ela continuava sendo a garota que eu sempre vou querer ao meu lado. Isso era um pouco estranho, eu nunca quis aproximação nenhuma de mulheres por mais de uma noite, e, do nada, aparece uma criatura de vinte e oito anos e rouba meu coração. Eu me importava tanto com ela, parecia que ela era minha responsabilidade desde o dia que quase a derrubei.

  -- Com esse sorrisinho bobo, aposto que está pensando na professora Patrícia.— Johnny comentou com as amigas.

 —Silêncio!—juntei minhas mãos, em ato de nervosismo.

 —O quê? Você ainda acha que isso é segredo?—Kimberly se espantou.— Desde que começaram a ficar, a professora fica distribuindo sorrisos e piadas por ai, e você não é muito diferente.

 —Já terminaram a prova? Irei recolher em cinco minutos.—avisei e me levantei, andando de um lado para o outro. Eu não havia visto Patty até agora.— Kimberly, você viu a professora hoje?

 —Você pediu silêncio, querido professor.—ela deu de ombros.

 —Eu tô falando sério.

 —Não, ela avisou que iria faltar pois está doente.

 Doente? Patrícia não parecia do tipo que ficava doente de uma hora para outra. Vasculhei em minha memória alguma mensagem que ela disse que tinha algum problema de saúde ou algo do tipo, mas nada me veio à mente.

 “Não é nada demais. Só uma gripe enjoativa, tenho isso quase todo mês, nem me irrito mais.”

 Ah sim, ela havia falado que estava com gripe ontem. Como eu não soube? Acho que malhei tanto meu cérebro que as informações se esvaíram.

 Eu estava ansioso, passaria na casa de Patty para levar um pouco de chocolate quente, no final eu sei como ela me recompensaria. Antes que você pense que eu sou um pervertido, eu me defendo dizendo que: você nunca viu Patrícia Vanscrutte do jeito que eu vi e, se visse, com certeza não se seguraria um minuto sequer. Também estava pensando em levar meu pendrive com algumas músicas do Justin Timberlake, seu cantor preferido, para ouvirmos juntos. Patético, eu tentando agradar uma moça que acabei de conhecer. Fazer o quê? Fui educado por uma mulher, e ela sempre me dizia que todos deveriam tratar as mulheres com respeito.

 Em quesito criação eu não posso reclamar. Minha mãe me criou sozinha, meu pai era um fisiculturista vidrado em fazer o corpo dele crescer e nunca deu atenção nem para mim e nem para minha mãe. Com quatorze anos, minha mãe percebeu que eu tinha problemas de dicção muitos fortes, mas nunca teve dinheiro o suficiente para pagar o tratamento, então permaneci com eles até a faculdade. Não foi fácil, um gago não é aceito na sociedade, ninguém tem paciência para nos ouvir, e por isso nunca tive amigos. Com vinte e dois anos, passei em uma faculdade pequena e fiz de tudo para me mudar para Harvad, consegui com muito esforço. Na época de estágios, eu ganhava um bom dinheiro e consegui pagar a fonoaudiologia e mais algumas contas de casa, nesse período meu pai já estava morto. Acabei a faculdade, não tinha tantos problemas de dicção, fui trabalhar em outro Estado e minha mãe começou a ter sérios problemas de saúde, mas ninguém sabia e, depois de tanto esconder a depressão por viver sozinha, ela faleceu. Hoje, com trinta e três anos, carrego meus aprendizados e uso-os quando necessário.

  —Professor? Já bateu o sinal!

 Levantei-me rapidamente, recolhendo a atividade que passei no começo da aula e rezando para o resto das aulas passarem rápido. Dei tchau para a turma e fui para a próxima sala..

  Uma coisa que estava me estressando ultimamente era as tais Olimpíadas de Basquete que o estado resolvera fazer. Eu dava aula apenas nessa, mas tinha alguns amigos que odiaram a ideia, esta atrapalhou a matéria do ano inteiro. Eu sempre subia para a quadra e tentava ensinar alguma coisa para não fazermos feio, mas as crianças pareciam não querer cooperar e eu sempre saía estressado de lá. Eu precisava reverter a situação, o mais rápido possível.

 Graças a Deus, o resto da manhã passou rapidamente, por mais chato que tenha sido. Despedi dos outros funcionários e fui para casa, não pretendia demorar muito, mas eu precisava tomar um banho e pegar o PenDrive. Coloquei uma regata branca, passei perfume, coloquei boxers pretas e uma bermuda azul, saí de casa com PenDrive e alguns doces em uma sacola.

 Cheguei no condomínio de Patty rapidamente, aquela hora o trânsito estava tranquilo. Falei com o porteiro e ele me mandou subir. Sua porta estava aberta, logo que entrei estava tocando alguma música de cantora teen.

 —Você demorou!— ela reclamou com a voz embargada.

 —Eu tive que tomar banho, não viria suado.—me aproximei para lhe beijar, porém esta recuou.

 —Não, eu tô gripada e não quero ver você assim também.—eu sorri e a puxei a força, selando nossos lábios, contra sua vontade.— Você é meio chato as vezes.

 —Eu baixei umas músicas do Justin Timberlake e comprei uns doces para você.— lhe entreguei as sacolas.— O som fica por ali, né?

 —Caralho, que homem chato.— ela resmungou.— Nem quando eu tô doente você me deixa em paz, que tipo de ser humano você é?

 —Daquele tipo que se importa com você, agora para de reclamar e abre esses doces logo!— número cento e vinte, começou a tocar Mirrors do Timberlake. Ela se sentou ao meu lado, ainda acanhada por estar doente.

 Ela abriu o primeiro doce, era um pirulito enorme, igual o da Chiquinha do Chaves. Ela me olhou como se tivesse acabado de ganhar um brinquedo novo.

 —Não acredito que você trouxe isso para mim!— ela ergueu o pirulito.— Dway, você é perfeito.— assim que terminou, ela soltou um espirro e se encolheu.

 —Vem aqui.— dei umas batidinhas em minha coxa, ela engatinhou e se sentou com uma perna de cada lado. Balancei a cabeça e arrumei suas penas, deixando ela sentada igual criança em cima de mim.

 —Tô com sono, não dormi a noite inteira com esses malditos espirros.—ela bocejou.

 —Então dorme, eu vou ninar você.— ela riu envergonhada, mas aceitou minha proposta e resmungou alguma coisa antes de apoiar a cabeça em meu peitoral.

 Aquele pensamento de pedofilia continuava, mas eu não via nada de mal ali, eu não era realmente um pedófilo apenas por trata-la bem. Eu não sei exatamente como, mas ela me laçou de um jeito que, eu acho, nunca pode ser desfeito, e eu me sentia a pessoa mais feliz por isso.

 

 

 

Leia as notas finais, é importante!


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Notas finais do capítulo

Irei doar um Dwayne amoroso Stone para todos aqueles que estão comentando essa fic ♥

Obrigada, pessoal. Até a próxima ♥