Rose Weasley e Scorpius Malfoy estavam namorando - escondido, obviamente - desde o seu sétimo ano em Hogwarts. Poucos aceitariam uma grifinória e um sonserino juntos, ainda mais sendo uma Weasley e um Malfoy, uma integrante de uma família que foi quase toda da Ordem da Fênix e um membro de uma família de ex-Comensais da Morte.

Poucas pessoas sabiam do envolvimento dos dois: Alvo Potter, melhor amigo do casal, e pretenso padrinho de casamento, e Hugo Weasley, o irmão chantagista de Rose, que só não contou tudo aos pais porque ela lhe comprou toda a coleção de sapos de chocolate.

Mas a formatura já estava chegando e Scorpius pressionava Rose para anunciar logo à família o seu noivado.

— Rose, querida, uma hora eles vão ter que saber!

— Scorpius, por que não esperarmos até depois da formatura?

Rose tentou várias vezes contar a Rony sobre o noivado, mas sempre acontecia algo que a impedia. Quando não era algo urgente pra resolver na loja, era Hugo que aprontava de novo ou Hermione que mandava o marido fazer algo.

A poucos instantes da cerimônia de formatura,  Hermione notou um nervosismo acima do normal na filha:

— Rose, o que você tem? Não é só a formatura, não é? Tem algo pra me contar?

Rose ficou pálida. Mas sabia que com a mãe poderia se abrir. Contou sobre Scorpius e pediu ajuda para fazer Rony aceitar a união dos dois.

— Está bem, querida! Não se preocupe, deixa que com seu pai eu me entendo!

Scorpius já tinha falado a Draco sobre uma namorada grifinória, mas não tinha dito que era Rose Weasley. Resolveu contar enquanto o pai bebia mais uma dose de uísque de fogo e ouvia a música favorita de Astória, ritual que ele sempre fazia no aniversário de casamento dele com a amada.

— Papai, eu vou me casar com aquela moça que eu te falei.

— A menina da Grifinória?

— Aham...

— Que bom, filho! Já pediu a mão dela?

— Sim - mentiu ele.

— Então traga para eu conhecer! Lembre-se, filho, não importa a origem dela, e sim que seja uma boa moça e te faça feliz assim como sua mãe me fez!

— Está bem...

Scorpius ia saindo da sala, quando Draco terminou de beber mais uma dose e perguntou:

— Filho, qual o nome dela?

— Dela quem, pai?

— Da moça com quem quer se casar.

— Rose.

— Rose? Hummm... Belo nome! Nome de flor, assim como o de minha mãe. Traga-a aqui, não se esqueça!

Na formatura, Rose e Scorpius dançaram juntos, trocaram olhares e se beijaram num canto escuro.

— Ai, Scorpius, aqui não!

— Logo vamos nos casar, Rose, o que é que tem?

— Alguém pode aparecer. E se nossas casas perderem pontos por nossa causa?

Scorpius não se importava muito com isso. Nunca ligou pra rivalidade entre as casas, ainda mais neste ano, que a Corvinal venceu disparado. Mas decidiu seguir o conselho da namorada e se afastar, afinal ainda tinha o cunhado Hugo, aquele moleque irritante e impertinente que...

— Ah, achei vocês!

— Hugo! O que tá fazendo aqui? Você nem é formando!

— Parentes de formandos podem assistir a cerimônia e EU sou seu parente, assim como a mamãe, que também é a Ministra da Magia, e o papai, que já foi auror e não se importaria de ir para Azkaban por azarar um Malfoy que se atreveu a sujar nossa família com seu sangue puro imundo...

— Cala a boca, seu mané! Senão eu é que vou te azarar...

Scorpius fez menção de que iria sacar a varinha e Hugo correu dali imediatamente.

Logo após a festa, Rony e Hermione encontraram Rose e a chamaram para ir para casa.

— Vem, filha, a vovó está reunindo a família toda para uma festança que vai durar até o sol raiar!

— Papai, eu vou, mas antes quero que conheçam alguém.

— Quem, querida?

Rose pegou o namorado pela mão e o levou aos pais.

— Este é meu futuro esposo, Scorpius Malfoy.