Dramione - Fix You escrita por Solarium


Capítulo 9
Capítulo 9 - Enjoy the Silence


Notas iniciais do capítulo

Senta que lá vem história!

Minhas sinceras desculpas por essa demora (de quase 5 dias, eu considero demora) para postar o capítulo, mas olha, acho que esse capítulo compensa um pouco isso.
A segunda coisa que tenho a dizer é na verdade um agradecimento, a duas pessoas em especial: Thalia e Just A Girl.
Thalia, quero te agradecer por comentar sempre e me dar tantas dicas valiosas para o desenvolvimento da fic, sério, me ajudam demais, e quero te agradecer também por indicar a fic para a Just a Girl.
Just A Girl, quero te agradecer por recomendar a fic, fiquei encantada com suas palavras e se quer saber, o encanto ainda não passou (acho que isso me inspirou mais ainda a escrever esse capítulo), você foi maravilhosa em sua recomendação e eu só tenho a te agradecer, muito obrigada.
E também quero a agradecer a vocês leitores em geral, que estão acompanhando a fic.

Ufa, enchi tanta linguiça que vocês devem ter até perdido a vontade de ler, mas voltem aqui.

Vamos a leitura!


O link da música que deu origem ao título do capítulo:
https://www.youtube.com/watch?v=aGSKrC7dGcY



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Já na torre da Grifinória, decidimos jogar xadrez bruxo, Harry decidiu que queria desafiar a namorada, então, acabei fazendo dupla com Ron. Era, vamos dizer, desconfortável fazer dupla com Ron, considerando todos os últimos acontecimentos, mas o melhor de tudo era que eu podia ficar olhando apenas para baixo, fingindo que estava concentrada. Meus pensamentos com certeza não estavam no xadrez bruxo, mas sim na minha dupla, eu sentia tanta falta de Ron, de seus beijos, seus abraços, até de dar as mãos, o que não acontecia com tanta frequência.

— Realmente, você joga muito mal – Ele disse me tirando dos meus devaneios.

— Acho que minha mente funciona melhor para os estudos mesmo – forcei um sorriso.

— Com certeza – ele riu e eu quase derreti – Está muito bonita ultimamente, Mione – ele disse tomando um ar sério.

— O que? Por que diz isso? – eu disse me arrumando na cadeira.

— Por que é verdade – ele disse dando de ombros – Ei, Harry – ele disse chamando a atenção do amigo, que o olhou de relance – Temos que cuidar para que nenhum babaca chegue perto da Mione – completou e o amigo o olhou pesaroso.

— Acho que chega de xadrez bruxo por hoje – me levantei e dei boa noite a todos, meu coração havia ficado despedaçado para continuar ali.

Essa com certeza foi uma das partes que mais machucou, Ron estava preocupado em me proteger de outros garotos, como se fosse realmente um irmão, e isso era demais para suportar. Subi para meu dormitório e me joguei na cama, pensei que logo Gina iria subir para perguntar o que havia acontecido, e eu com certeza iria desabar no ombro dela e chorar minutos a fio.

Levantei-me e abri o malão, mexi um pouco no mesmo e logo localizei o que queria, a capa da invisibilidade, Harry havia deixado comigo, pois não queria usá-la de novo se não fosse extremamente necessário, com o pretexto de que se esconder não fazia mais sentido. Desdobrei-a com cuidado e joguei sob mim, me cobrindo completamente, fui em direção a escada e a desci cautelosamente, por sorte, ninguém subiu nesse meio tempo, já que a escada era estreita e provavelmente esbarrariam em mim.

Ao chegar na sala comunal, pude ver que Harry e Gina ainda jogavam e Ron os assistia atentamente. Fui em direção ao buraco do retrato, porém, me lembrei que não poderia abri-lo e simplesmente passar, isso ficaria muito estranho e provavelmente desconfiariam, então, esperei e torci para que alguém entrasse logo. Esperei uns 10 minutos até que alguém entrou, reconheci Bailey Hodgins, uma sexto-anista entrou apressada e eu aproveitei para segurar a porta e sair na mesma velocidade. Pude perceber que o corredor estava vazio e isso me aliviou, seria um trabalho a menos cuidar para não esbarrar em ninguém.

Draco Malfoy POV ON

Hermione Granger não havia olhado para a mesa da Sonserina nem uma vez durante o jantar, não dando oportunidade de sussurar um “preciso falar com você” quando ela olhasse para lá. Após o jantar, pude ver ela saindo com a ruiva, o cicatriz e o desmemoriado do Weasley, não me arrisquei a chamá-la, porém vi quando ela encarou alguém, e eu localizei o ponto de sua atenção, um garoto de cabelos pretos como carvão e olhos extremamente verdes, nunca havia o visto por ali, ele acenou para ela, mas ela ficou sem graça e não retribuiu o aceno, apenas seguiu seu caminho com os três.

Fomos para a torre da Sonserina e ficamos fazendo hora na sala comunal, Zabini começou a comentar sobre uma garota da Corvinal que ele havia achado super atraente e Astoria disse que torcia, seriamente, para que não fosse a “Di Lua Lovegood”

— Por que ainda chamam ela assim? – perguntei curioso.

— Na boa, ela ainda continua a mesma estranha de sempre, nem a batalha foi capaz de amadurecer ela – Zabini disse, deixando claro que não era pela Luna Lovegood que ele estava atraído.

Não me atentei muito ao resto do assunto, apenas ouvia as risadas deles e sorria fingindo estar interessado. Estava pensando nos meus pais e onde eles estariam, já que nas cartas eles não podiam dizer onde estavam e correr o risco delas serem interceptadas por algum comensal, eu estava com saudade deles, isso é um fato, porém teria que aguentar até que esse ano em Hogwarts acabasse.

— Draco, volta pra terra – alguém disse me chamando a atenção e me tirando dos meus pensamentos – Até que enfim, tem que me ensinar a sonhar acordada depois – Pansy disse se sentando na poltrona.

— Estava pensando nos exames – Menti, não queria falar que estava preocupado com a situação lá fora.

— Anda pensando muito neles – ela disse se apoiando no braço da poltrona sob os cotovelos – Preciso conversar com você.

— Pode falar – eu disse disposto a logo inventar uma dor de cabeça para não ter que encarar por completo o martírio.

— Aqui não – ela disse olhando ao redor – Lá no jardim, pode ser? – ela disse como se fosse uma intimação.

— Agora – perguntei arqueando a sobrancelha – Se Filch nos pegar...

— Qual é? Você é frouxo agora? – ela perguntou indignada.

— Não... é que... – pude ver o olhar dela pegando fogo – Tudo bem, vamos.

Nos levantamos e saímos pelo retrato, sem ser notados pois todos estavam ocupados demais rindo dos outros. Andamos cautelosamente pelos corredor e por sorte não havia ninguém, nem mesmo madame Norra, que não seria muito  ameaçadora, afinal, já estava pra lá de velha, mas mesmo assim ainda tinha o dom de ser seguida por Filch se visse algum aluno fora da cama.

Saímos do castelo e logo estávamos nos jardins, Pansy parou e se virou para mim.

— Sabe, Draco – ela disse pegando uma de minhas mãos – Você sabe que gosto muito de você – ela disse olhando profundamente em meus olhos – Na verdade, sou apaixonada por você – o olhar dela podia arrancar minha alma de dentro de mim, se por acaso eu tivesse uma.

— Pansy, eu já disse... – ela não me deixou completar.

— Draco, você nunca vai arranjar alguém melhor que eu – ela disse como se fosse a última mulher do mundo – Não tão apaixonada ou tão disposta a se dedicar a você, e cá entre nós, tão bonita – ela disse sorrindo e eu revirei os olhos- Não há porque não ficarmos juntos, Draco – quando abri a boca para responder a ela, ela voou em mim e me beijou.

Já havia beijado Pansy outras vezes, por mais que não tivesse admitido para ninguém, quando estava meio carente e confuso era Pansy que me consolava e acabávamos ficando, não era certo me aproveitar dela dessa forma, afinal, nunca tive um sentimento romântico por ela, se é que eu sabia o que era um sentimento romântico.

— Pansy, não podemos ficar juntos – eu disse afastando ela de mim, que me olhou com um olhar melancólico - Não posso ter proporcionar uma boa vida ou um bom relacionamento – eu disse tentando não dizer que não era apaixonado por ela.

— Mas Draco... – a interrompi bruscamente.

— Mas nada, Pansy – eu disse a segurando pelos ombros com suavidade – Entenda, por favor – eu a olhei com certa pena.

Assim que terminei minha frase, ouvi um barulho em um arbusto e olhei ao redor.

— Vá pra dentro – disse voltando minha atenção novamente a Pansy, que a essa altura já tinha os olhos marejados – Vá logo – eu disse e ela saiu em direção ao castelo.

Fiquei parado no mesmo lugar, observando tudo ao meu redor, porém, não ouvi mais nada, decidi voltar para o castelo, mas no caminho algo me chamou a atenção, a grama ficava marcada por passos a uns 3 metros de mim, em um impulso, corri e joguei minha mão no ar, com sucesso, agarrei algo. Ao puxar de vez o que eu havia agarrado, pude ver que era uma capa, e havia alguém embaixo, agarrei rapidamente as vestes com a outra mão.

— Droga, me solta – a menina exclamava enquanto eu segurava seu casaco.

— Você não acha que é feio ficar ouvindo a conversa dos outros, Granger? – eu disse para e menina de cabelos enrolados.

— Não enche Malfoy – ela disse tentando se soltar – Por que eu iria querer ouvir sua conversa com a Parkinson? – ela perguntou se denunciando.

— Acabou de se entregar, Granger – eu disse sério.

— Espero que esteja sendo sincera com ela, e que não a magoe – ela disse se desvencilhando de minha mão.

— E o que você tem haver com isso? – eu disse bufando.

— Nada, só sei como é sofrer – ela disse e logo depois fez uma pausa, como se tivesse dito algo errado – Não que a Parkinson tenha algum sentimento – ela disse tentando remendar.

— Não seja curiosa da próxima vez – eu disse e ela bufou – Aliás, me desculpe por hoje a tarde, Granger, eu tive... – ela me cortou.

— Não precisa se explicar, já conhecia seu tipo – ela sorriu de lado e eu fiquei indignado – Enfim, preciso ir – ela disse tomando a capa da minha mão.

Ela a jogou sob si mesma e logo desapareceu, decidi voltar para o castelo também, por sorte, ouvia os passos da Granger, meio abafados, mas ouvia, estava um pouco a frente de mim.

— Vamos querida, já pegamos uma – ouvi a voz de Argo vindo em nossa direção.

Apressei o passo e agarrei novamente a capa de Granger, que parou bruscamente.

— Não posso ser pego – eu disse e ela me olhou confusa – Preciso que me cubra com isso também, Granger – completei revirando os olhos.

— Mas nem morta, ela cobre mal a mim – ela disse puxando a capa.

— Ela não poderia estar sozinha – a voz de Filch soava mais perto agora.

— Anda, Granger – eu disse.

— Vai sonhan... – ela tentou dizer mas eu a puxei pela cintura e entrei em baixo da capa.

Aquilo foi extremamente estranho, nunca imaginei ficar nessa proximidade de Granger, ainda mais nessa situação. Pude senti-la estremecer e foi como se a corrente elétrica passasse por mim, pois logo após estremeci também.

Fomos andando pelo corredor e logo nos distanciamos da voz de Filch, eu sentia o cheiro do cabelo dela, e era muito bom, algo parecido com baunilha, mas com um aroma doce bem presente, não tão forte como a baunilha propriamente.

— Já pode sair, Malfoy – ela sussurrou.

— Claro, não aguentaria ficar aqui por mais um segundo – sai de baixo da capa e tentei disfarçar.

— Ótimo – ela disse se cobrindo novamente e se distanciou rapidamente.

Com certeza, essa seria uma história a não se contar pra ninguém. Encaria o silêncio como um igual.

Draco Malfoy POV OFF


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e juro que essa semana não vai ter demora na postagem, minhas provas estão acabando finalmente (yay!)
Deixem reviews para dizer se gostaram ou não, eles alegram meu coração e só sai coisa boa do meu coração quando ele está alegre (fica a dica).

Nos vemos no próximo capítulo ♥