De Deus ao Inferno escrita por Felipe Dornelles
Era um anjo, tão obediente,
Não bebia, não fumava, era exemplar.
A única coisa que queria era estudar.
Ela ainda era Luci, doce Luci.
Tão doce quando criança,
Tudo era tão belo até os catorze.
Até o padre nela fazer a mudança.
Ela ainda era Luci, doce Luci.
Antes de conhecer o pecado,
Achava que devia se confessar, pobre Luci,
Foi punida sem ter errado.
Ela ainda era Luci, doce Luci.
Foi naquela pequena igreja,
A doce, tão doce Luci foi estuprada.
Deus a deixou abandonada.
Ela ainda era Luci, doce Luci?
A doce Luci já não era mais tão doce,
Encontrou a salvação em forma de heroína,
A doce Luci já não era mais Luci.
Aos dezesseis, grávida e viciada,
Luci se viu dominada pela violência,
Luci perdeu a lucidez.
Luci já não era mais Luci.
Luci se vendia pra sustentar o filho,
Enquanto o padre era beatificado,
Luci quis deixar o seu recado.
Luci já não era mais Luci.
De súbito, a doce Luci foi até a igreja,
E com a bênção de Deus, atirou,
E o santo padre gritou.
Luci já não era mais Luci.
Luci descobriu que sempre foi Lúcifer!
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