De Deus ao Inferno escrita por Felipe Dornelles
Caminhando pela rua
Vejo tantas vidas
Desprovidas
Cada uma na sua.
São todos iguais
E tão diferentes
São indiferentes
Aos atos não tribais.
Não enxergam a beleza
Da diversidade
Vivem com a certeza
De que pertencem à verdade.
Mas na verdade
Nem se pertencem
E nem parecem
Estar à vontade.
Cabelos pintados
Sonhos frustrados
A cor não disfarça
A dor e a desgraça.
Drogas pra viajar
Mas não pode fugir
Tem mesmo é que aceitar
Que aqui é seu lugar.
Foda-se o mundo
Diz o imundo
Acha que não se importa
E desse modo se comporta.
Você não é inédito
É um entre tantos
Tolos e santos
Que pagam no crédito.
Paga pra ser exclusivo
Paga de descolado
Descola um baseado
E se diz depressivo.
Deprimente
Fábrica de dementes
Sociedade mentirosa
Vida vergonhosa.
Vergonha para aparecer
Vejam, não quero que me vejam
Não importa o que quero ser
Desde que vocês também sejam.
Não seja diferente, então será
Não queira o que eles querem, então terá
Não lute como eles, então vencerá
Não viva como eles, então viverá.
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