Papai Fury escrita por bekayurio


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Essa história não me pertence, eu apenas fui a tradutora. Se alguém estiver interessado em ver a obra original ou mandar um feedback para recompensar a autora, o link estará nas notas finais. Boa leitura:



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Como um vingador ou qualquer agente da Shield lhe dirá, ser membro de uma equipe exige certas regras.

Regras como: Não mexa nas coisas do Bruce, se você gosta dos seus ossos inteiros. Não toque nos carros do Tony a menos que esteja disposto a ser usado em algum experimento. Não entre no chuveiro com Natasha sem ser convidado, mesmo se a ideia parecer boa no momento, porque ela faz as toalhas se tornarem armas muito perigosas. Não entre no chuveiro com Thor, só não entre, você dormirá melhor à noite sem saber como é seu outro martelo. Olhar feio para o arco de Clint é uma ofensa, ele tornará isso pessoal. Sujar o chão que Steve acabou de limpar de lama é uma ideia ruim. Também tem o Loki, qualquer coisa que envolva ele é uma ameaça para sua segurança.

De qualquer maneira, a regra mais importante é, e sempre será: Não deixe Fury bêbado.

Não importa se o Fury gritar ou te ameaçar, não importa o quão divertido você acha que seria (Obs: Não é.), e certamente não importa se você acredita que pode lidar com tudo. Qualquer coisa que comece com "Ei, eu tenho uma ideia, primeiro deixamos Fury bêbado" deve ser destruída instantaneamente. A pessoa que sugerir isso deve ser presa, deve ter a cabeça batida contra a parede algumas vezes e, apenas para garantir a segurança, a memória de todos deve ser apagada.

Como algo aparentemente tão inofensivo pode ser tão perigoso?  Duas palavras: papai Fury.

Segue-se os fatos importantes: Ninguém lembra quem sugeriu a ideia, tudo que se sabe é que eles trabalharam em conjunto para levar Fury para o bar. Bruce os ajudou dando um comprimido pequeno, que dissolveria sem deixar rastros, para Natasha colocar no café do Fury. Clint o distrairia enquanto Natasha colocaria o comprimido no copo, o que não era difícil para ele, sair dali sem se machucar é que seria um desafio. Thor procurou um bar e tirou as pessoas de lá, menos as da competição de cerveja, porque não sabiam qual tipo de bêbado Fury era, afinal. Pelo que eles sabiam, Fury era do tipo raivoso, o que colocaria os civis em risco. Tony concordou em pagar por tudo. Steve recusou-se a participar, mas não tentou impedir ninguém.

Com esse plano, conseguiram levar Fury para o bar e ficou sendo responsabilidade de Clint e de Natasha deixá-lo bêbado, porque Tony o irritava demais, Thor provavelmente acabaria com o estoque de bebidas antes de Fury tomar um único drink e Bruce não queria correr o risco de ficar bêbado e esmagar qualquer coisa que se definisse com "fraca".

Natasha e Clint se encontravam sentados um de cada lado de Fury, que era aparentemente mais forte do que eles imaginavam.

—Minha cabeça vai me matar.- Clint resmungou contra a madeira da mesa.- A não ser que meu estômago me mate primeiro.

—Você não pode culpar ninguém além de si mesmo.- Natasha comentou, como ela ainda conseguia se sentar reta ninguém sabia dizer.- Eu disse para beber devagar. Mas, não. Você resolveu participar da competição de bebidas.

—Beber devagar não funciona, e nunca conseguimos jogar poker assim.- Clint resmungou em resposta.

—Considerando em como você se saia ao jogar poker, você realmente quer tentar a sorte e terminar a noite andando completamente nu pelo bar?- Natasha perguntou.

—Bom argumento.- Clint fecha os olhos, tentando se recompor.- Como o Fury está?

A resposta de Clint veio na forma de um tapa forte nas costas:

—Bem, filho, estou muito bem.- aquela voz, extremamente feliz, provava que, obviamente, Fury não era um bêbado raivoso.- Me chame de papai Fury.- Então houve uma risada, não era uma risada agradável, ao menos para os agentes. Mostrava que Fury estava claramente se divertindo, mas ouvir a risada de Fury faz qualquer um congelar. É um som medonho e você acha que é a última coisa que vai ouvir.

—Papai Fury?- Clint perguntou, virando a cabeça para olhar o outro.

—Sim, filho.- Fury olhou de volta para Clint sem parar de sorrir, seu sorriso era o tipo de sorriso que você corresponderia apenas mantendo uma faca escondida nas costas.- Eu já te disse alguma vez que estou orgulhoso de você, filho? Você é um ótimo agente, mas você herdou isso do meu lado da família?

—Seu lado da família?- Clint ficou confuso, e não era só por causa da bebida subindo a cabeça. Ele olhou para Natasha, que apenas encolheu os ombros.

—Sim, e não do lado da família da Hill.- ele replicou com outra de suas risadas horripilantes.- Você ainda é muito pequeno, filho. Estou tão feliz por sermos uma família.

—Tash... Taaaaashhh...- Clint se arrasta, lentamente se afastando de Fury.- O que fizemos?

—Acho... acho que criamos um monstro, Clint.- Natasha respondeu antes de rir.- Papai Fury e filho Clint? Ninguém vai acreditar nisso.

—Natasha!- Fury gritou, voltando-se na direção dela com o mesmo sorriso.- Aí está a minha garotinha.- Fury abriu os braços para um abraço e, apesar de tentar escapar dos braços dele, Natasha foi puxada para o abraço.

—Papai Fury, seu filho favorito Clint e sua preciosa garotinha Natasha.- Clint sorriu antes de seu olhar encontrar o de Natasha sobre o ombro de Fury.

—Conte isso para alguém e eu juro que vou me vingar.- Natasha rosnou.

Fury soltou-a e sacudiu a cabeça:- Crianças, sem briga. Vocês sabem que eu não gosto quando brigam. Vocês são irmãos e família não briga. Agora, Natasha, abrace seu irmão e se desculpe por ameaçá-lo com vingança.

Natasha rola os olhos:- Fury acho que já está na hora de voltar para o Helicarrier.

—Sou o papai Fury e estou dizendo para você abraçar Clint e se desculpar. Faça isso e agora, mocinha. Ou esqueça sua mesada.- Fury ameaçou.

—Ele me ameaçou não me pagar?- Natasha perguntou para Clint, que apenas deu de ombros. Uma olhada rápida para Fury fez Natasha sacudir a cabeça antes de caminhar até Clint e pedir desculpas, mantendo seu tom neutro.- Desculpe por ter te ameaçado com vingança.- o aperto fez o ar deixarem os pulmões de Clint e o fez entender que a vingança ainda estava de pé, caso aquilo fosse muito longe.

—Assim é melhor. Agora coma seus vegetais ou pode esquecer o sorvete no caminho para casa, Natasha.

—Que vegetais?- Natasha perguntou.

—Esses...- Fury olhou para a tigela de Natasha, vendo apenas amendoins deixado para os clientes do bar.- Ok, quem jogou os vegetais para o cachorro?

—Temos um cachorro?- Clint perguntou mais para si mesmo.

—Papai Fury, estamos em uma bar, aqui não temos nenhum vegetal, muito menos um cachorro.- Natasha retrucou, voltando a se sentar.

—Ok, então coma seus amendoins, são quase vegetais.- Fury falou com um aceno. Natasha encolheu os ombros e começou a quebrar as cascas com uma das mãos para não deixar Fury reclamar de nada. Entretanto, aquele era o papai Fury e o pesadelo estava apenas começando.- Espera um minuto, um bar? Vocês não têm idade o bastante para beber.

—Você me trouxe aqui.- Natasha mentiu, ainda quebrando as cascas com a mão.- Você achou que seria um bom presente de aniversário. A ideia foi toda sua, mas eu não bebi nada porque você para não beber.

Fury pensou um pouco e então assentiu:- Claro que eu disse, muito bem. É por isso que você é a minha garotinha perfeita, você puxou isso do meu lado da família, e feliz aniversário. Talvez compremos um cachorro mais tarde.- A atenção de Fury se voltou para Clint.- E você?

—Sou velho o bastante para beber,- Clint respondeu.- então vim junto.- Diferente de Natasha, Clint não tinha como convencer de que não estava bêbado, então apenas deu de ombros e começou a procurar sua carteira com a identidade, por saber o que viria a seguir, mas descobriu que sua carteira não estava ali.

—Boa tentativa, mocinho. Você não é velho o bastante para beber! Esgueirou-se aqui enquanto eu estava de costas.- Fury cruzou os braços enquanto Natasha apenas assistia tudo de seu canto.- Estou muito desapontado com você, Clint. Você herdou essa raia de desapontamento do lado da mamãe Hill da família.

—Então, ela é claramente o lado divertido da família.- Clint replicou, dando de ombros.

—Inclusive, Clint, quando eu vou ter netos?- Fury perguntou.

—O que?- Clint levantou uma sobrancelha.- Há um segundo atrás você disse que eu não era velho o bastante para beber, mas sou velho o bastante para te dar netos? Não!

—Você continua me desapontando, Clint. Como eu pude ter duas crianças tão diferentes?- Fury balançou a cabeça.

—E a Natasha? Ela também não te deu netos.- Clint apontou.

—Ela é a minha garotinha.- Fury diz com um olhar de horror.- Não sabe como ter filhos, Clint? Não vou deixar ninguém fazer isso com minha garotinha sem minha benção. Você me decepciona, Clint.

—Uou! Pode ver de que lado da família o amor veio.- Clint rolou os olhos.

—Clint, talvez seja hora de você saber uma coisa.- Fury falou, colocando a mão no ombro de Clint.- Você sabe que eu e a mamãe Hill amamos você, mas já é hora de você saber.- Fury suspirou e parou por um momento.- Você é adotado, filho. Mas, te amamos tanto quanto amamos nossos filhos de sangue. Mas você ainda me decepciona.

—Nossa! Não sei o que dizer.- Clint disse com a voz monótona.

—Eu sei.- Fury disse, retirando sua carteira.- Ainda me lembro do dia em que te adotamos, assinando a papelada.

—Papelada, hum? Parece algo tão especial que não gostamos de fazer hoje.- Clint disse.

—Foi especial.- Fury puxou um pedaço de papel dobrado da carteira, desdobrando-o cuidadosamente. Clint conseguiu vislumbrar o papel nas mão do outro, Lar Santo Inácio para meninos órfãos, ele teve que olhar duas vezes para se tocar do que estava na mão de Fury.

—Tash... Como? O que? Onde Fury conseguiu isso?- Natasha se levantou depois de quebrar outra casca de amendoim com a mão e olhou para o papel sobre os ombros de Clint.

—Isso é do papai Fury.- Fury guardou o papel outra vez.- Eu disse, você é adotado.

—Eu só... eu...- Clint estava tão sem palavras que resolveu fazer a única coisa sensata a se fazer naquela situação, apoiou a cabeça no balcão e esperou que aquele pesadelo acabasse. Não funcionou.

Fury olhou para Natasha outra vez.- Natasha, lembre-se que eu e a mamãe Hill te amamos muito.- Natasha olhou para Clint, que estava viajando mentalmente, ela estava prestes a se juntar a ela quando Fury continuou.- Mas você é velha o bastante para saber... as mulheres Fury tendem a terem problemas oculares também, não apenas os homens. Talvez você tenha herdado algo da mamãe Hill para evitar isso, mas prepare-se.

Natasha deixou um riso nervoso escapar:- Ok, papai Fury, acho que já é hora de te levar de volta para o Helicarrier. Vou ligar para Coulson vir nos buscar.

—É Tio Phil!- Fury gritou quando Natasha se moveu para ligar para Coulson, mas não acabou por aí. Depois de alguns gracejos no telefone resposta final de Phil foi: "Não, ele não vai voltar para o Helicarrier, encontrem outro lugar. Não vou lidar com o papai Fury de novo." Natasha reclamou baixo e se voltou para Clint e Fury.

—O tio Phil disse que não vem.

—HA! Seu tio Phil é muito brincalhão. Bom, vamos ter que encontrar outro lugar para ficar.- Fury comentou.

Com isso, Clint sentou-se reto, embora não fosse o melhor a se fazer, olhando sua condição:- Sei onde, a torre. Os outros iriam amar ver o papai Fury, afinal eles nos nos colocaram nessa confusão.

Natasha pensou e acenou:- Boa ideia.

—Claro! Temos que checar seus outros irmãos!- Fury gritou.

—Irmãos?- Clint perguntou.

—Oh, deus. Ele não quer dizer...- Natasha comentou.

—O pequeno Bruce deve estar se perguntando onde estamos. Anthony provavelmente não terminou o dever de casa. Quem sabe que tipo de problema Thor está metido agora. E Steve!- Ele gritou.- Ele é o filho perfeito. Clint, por que você não é que nem Steve? De fato, por que todos os garotos não são como Steve?

—Oh, nossa. Você não é o filho favorito.- Natasha comentou.

—Sim, bom, quanto mais rápido deixarmos ele com nossos irmãos, mais cedo vou conseguir conviver com isso.- Clint comentou.- Vamos, papai Fury, vamos para a torre.

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Os três caminharam de volta para a torre. Natasha se encontrou sendo obrigada a puxar Fury toda hora para mantê-lo no caminho. Já Clint teve que si manter em pé, para não ter nenhum colapso de embriaguez por qualquer motivo. Fury gritava com todo homem que passavam por eles e se atreviam a olhar para Natasha, dizendo que arrancaria seus olhos e cérebros se ficassem olhando sua menininha daquele jeito.

—Vamos lá, papai Fury, estamos quase lá.- Os três entraram e foram para o elevador, uma vez dentro, Natasha e Clint trocaram olhares para decidir quem carregaria Fury se esse desmaiasse. Clint sorriu e apertou o botão do piso R&D, onde Tony e Bruce, vinham passando os dias. Se havia alguém que soubesse lidar com bêbados, esse era Tony. Assim que o elevador se abriu outra vez Natasha e Clint empurram Fury para fora rapidamente.- Até mais, papai Fury.- a porta se fechou, fazendo os dois escaparem para uma das cozinhas da torre para conseguir um pouco de água, comida e algo para aplacar a ressaca de Clint, que estava por vir.

Fury olhou ao redor do laboratório R&D e encontrou Tony e Bruce, que não poderiam estar mais confusos.

—Aí estão você, garotos! O papai Fury veio para dizer olá!

—Papai Fury?- Tony perguntou, olhando seu trabalho e para Bruce, que deu de ombros em resposta.

—O que os meus filhos gênios estão fazendo?

—Natasha e Clint deixou um Fury bêbado que, aparentemente, acha que é nosso pai no laboratório para gente?- Bruce perguntou.- Tipo, com os caras que mais tiveram problemas com os pais na torre?

—Parece que sim.- Tony concordou.- Fury, você precisa voltar para o Helicarrier?

—É papai Fury para você, menino!- Fury falou, olhando para tudo redor.- E não, vim para visitar meus filhos. Então, pequeno Bruce, o que está fazendo?- Fury se virou para Bruce, enquanto Tony ria silenciosamente.

—Hum... Tentando curar o meu problema monstro?- Bruce respondeu sem jeito, já que Fury entrou em seu espaço pessoal.

—Oh, Brucizinho, sei que sente como se houvesse um monstro dentro de você.- Fury disse, colocando a mão em seu ombro.

—E tem, se chama Hulk.- Bruce replicou.

—Mas você precisa saber que eu estou aqui para você. É a parte da vida em que as vezes parece haver um monstro, mas não importa o que acontecer, papai Fury e mamãe Hill ama seu pequeno Brucizinho. Sei que o verdadeiro monstro é aquele que fica te jogando para baixo dizendo que você não consegue, mas eu sei que você pode. Eu acredito em você, filho. Agora, venha aqui e me dê um abraço. Papai Fury está aqui para você, sempre.- Fury jogou seus braços ao redor de Bruce, dando-lhe um abraço de urso.- Meu floquinho de neve.

—Sou um monstro irradiando gama.- Bruce respondeu.

—Meu irradiante floquinho de neve.- Fury consertou sem soltar Bruce.- Você não é um monstro. Você é meu filho. Não se esqueça disso.

Tony se assustou e tirou uma foto dos dois se abraçando com o celular, enviando para todos da torre, inclusive para o próprio Fury, que continuava a chamar Burce de Brucizinho. Tony tentava segurar o riso enquanto fazia isso.

—Ok, Bruce, querido?- Fury perguntou, largando Bruce.

Isso faz o esforço de Tony ser inútil. Ele mandou outra mensagem à todos, informando o novo apelido de Bruce e riu alto.

Bruce apenas ficou ali, atordoado, na esperança daquilo nunca acontecer com ele novamente. Por tudo que fosse sagrado, ele esperava que aquilo nunca acontecesse novamente.

Fury virou-se para Tony:- E você, Anthony? Já terminou seu dever de casa?

—Você não acabou de me chamar de Anthony. E, dever de casa?- Tony perguntou, abaixando o telefone e olhando para Fury.

—Não terminou, como imaginei.- Fury franziu as sobrancelhas.- Se quer tirar notas boas, você precisa fazer seus deveres de casa, Anthony.

—Notas boas? Terra chama papai Fury. Eu graduei anos atrás, e, sério, pare com essa de Anthony.- ele disse.

—Chega disso, mocinho.- Fury balançou a cabeça enquanto cruzava os braços.- Vou confiscar seus brinquedos até você terminar o dever, e sem sair para brincar também. Quero ver seu dever todo feito, e vou lê-lo antes de te devolver qualquer coisa. E pare de hackear o controle parental da tv, os programas são proibidos por um razão.

—Controle... parental?- Tony comentou lentamente.

—Eu sei que você os cancelou, mas vou ativá-los outra vez e esse é o último aviso sobre isso, mocinho.- Fury afirmou.- Não me faça ligar para mamãe Hill para conversar com você. Você sabe que não quer ouvir os gritos dela. Agora, vejamos.- ele começou a olhar ao redor do laboratório e a andar, recolhendo algumas coisas enquanto fazia isso.- Essas coisas são muito perigosas para garotos da idade de vocês! Esses produtos químicos são perigosos, e essas ferramentas! O que eu disse sobre isso? Vocês podem ter de volta quando forem mais velhos.

—Mas, minhas coisas!- Tony reclamou enquanto Fury recolhia suas ferramentas.

—Meus produtos!- Bruce gritou.

—Você pode ter um estoque químico novo quando for mais velho.- Fury afirmou outra vez.- Agora, para de fazer beicinho por isso e vai brincar com seus irmãos lá fora.

—É uma da manhã.- Bruce comentou.- Ir brincar lá fora parece uma ideia ruim.

—Espera, ele pode ir lá para fora, mas eu tenho que ficar trancado fazendo dever?- Tony perguntou.

—O Bruce fez o dever dele.- Fury replicou.- E o que? Uma da manhã? Já passou da hora de vocês dormirem! Você sabe que fica estressado quando não vai para cama na hora certa. Agora, mocinhos, subam para o quarto e vão direto para a cama, mas não se esqueçam de escovar os dentes.

Bruce olhou para Tony, que encolheu os ombros e sugeriu:- Deixamos que o Thor lide com ele?

—Parece um plano.- Bruce acenou em concordância. Ambos caminharam até Fury, puxando-o pelo braço e arrastando-o até o elevador. Uma vez dentro, Bruce apertou o botão do andar de Thor.

—Ok, acho que posso ler uma história, já que você querem tanto.- Fury assentiu.- Mas, depois é melhor vocês irem dormir.

—Acho que Thor quer vê-lo.- Tony devolveu.- Vou me certificar de que o Brucizinho vá para a cama e farei meu dever, papai Fury. Eu mesmo leio uma história para Brucizinho.- Bruce olhou-o sem dizer nada, mas se olhares pudessem matar, Tony não existiria mais. Na verdade, todos os Tony's de todas as dimensões, se alguém acredita nas Teorias de Reed Richard, ele estaria morto.

—Bem, eu realmente preciso falar com Thor.- Fury concordou.- Certifique-se de que meu Brucizinho escove os dentes e esteja confortável. Brucizinho lembre-se de lembrar o Tony sobre o dever de casa.- As portas não podiam abrir rápido o bastante para Bruce, quando finalmente abriram, Fury olhou para os dois.- Agora venham dar um abraço de boa noite no papai Fury. Logo se viram presos em um abraço de de urso por um tempo, tempo demais para a opinião de ambos, aquilo era constrangedor. Fury finalmente os soltou e entrou no andar de Thor.

—_____________________________________________________________

Fury olhou ao redor, procurando Thor:- Thor? O papai Fury está aqui.

—Ah, Fury!- Thor entrou na vista do outro e seguiu até o mesmo com o sorriso habitual.- Vem, estamos celebrando esta grande noite!

—Estamos? Já chega, Thor. Você devia estar se preparando para dormir. Você sabe que a mamãe Hill quando você fica acordado até tarde, nem o papai Fury.- ele comentou.

—Papa Fury? Os costumes asgardianos sobre nomes me confundem.- Thor disse.- Mas é uma grande noite, Loki está aqui!

—Loki? Ele não é um bom filho- ele resmungou.- Vou colocá-lo no lugar dessa vez.

—Filho? Fury você está enganado.- Thor falou.

—Venha, Thor. E, mais uma vez, é papai Fury.- ele insistiu.- Vamos lidar com esse irmão problemático e depois te ensino como fazer a barba! Nenhum filho meu vai ter a barba desgranhada parecendo um sem-teto!- Fury começou a andar pelo piso de Thor com um Thor confuso seguindo-o até encontrarem Loki.- Loki!- ele notou o cabelo longo instantaneamente.- Dê-me uma tesoura. Loki, você terá seu cabelo cortado agora mesmo. Nenhum filho meu vai ter esse cabelo hippie.

Loki levantou uma sobrancelha para Fury e seu irmão.- O que está acontecendo? Alguma coisa bagunçou sua cabeça midgardiana?

—Parece que ele quer ser chamado de papai Fury.- Thor informou.- Ele estava se referindo à mim como filho. Talvez seja uma forma de nos mostrar que somos bem vindos aqui como um de sua família! É uma grande honra, tenho certeza.

—Nós somos uma família, Thor. Você é meu filho.- Fury falou.- E vamos cortar essa barba. Quanto a você, Loki, qualquer uma de suas bricadeirinhas mágicas e eu juro que você receberá uma passagem só de ida para uma escola militar. Não faça papai Fury fazer isso com você, filho.

—Há! Irmão, ele te aceitou na família também.- Thor sorriu.- Papai Fury, não acredito que Loki ache suas piadas engraçadas. Não acho que ele queira que você corte seu cabelo ou que seja enviado para essa escola militar de que falou.

—Não são piadas.- ele respondeu.- A palavra do papai Fury é lei quando se trata de meus filhos.

—Thor...- Loki o olhou para o irmão com um leve brilho.- Você ajudou os outros a deixá-lo bêbado?

—Ah, talvez.- Thor respondeu, encolhendo os ombros.- Era por diversão, irmão!

—... Isso explicaria.- Loki falou.- Quem deveria estar vigiando-o enquanto ele bebia?

—Ah, acredito que a honra foi para Natasha e Clint.- Thor respondeu com um aceno.- Tenho certeza.

—E onde eles estão.- Loki questionou.

O loiro deu de ombros:- Parece que não estão aqui, mas vem, vamos nos juntar a esse costume midgardiano desfrutar do conforto do papai Fury!

—Que bom. Então vamos fazer sua barba primeiro, depois você me ajuda a cortar esse cabelo.- Fury falou, conduzindo Thor para o banheiro. Loki resmungou e se esforçou para descobrir onde Natasha e Clint estavam escondidos. Fury era problema deles, não dele.

Um momento se passa antes de Fury gritar:- Ah, acabamos! Muito bem, Thor. Você me deixa orgulhoso. Vamos cortar o cabelo do Loki e você podem comer um pouco de leite e biscoito antes de se deitarem.

—Excelente, papai Fury.- Thor festejou.

Loki congelou no lugar, pensando em como evitar a humilhação pelas mãos de Fury sem perturbar ninguém na torre, incluindo o irmão, enquanto os dois voltavam. Isso significava feri-lo, fazê-lo explodir, teletransportá-lo para um vulcão e algumas outras opções que estava levando em conta. Loki olhou para eles, quando voltaram à sua vista, e deu um sorriu malicioso.

—Natasha e Clint estão à sua procura, papai Fury. Eles precisam te ver imediatamente.

—Um dos meus filhos e minha menininha precisam me ver?- Fury questionou.- Então tenho que encontrá-los agora mesmo.

—Vou levá-lo até eles.- Loki apoiou, indo para o elevador, fazendo qualquer coisa para se livrar de Fury. Thor se juntou a eles com seu sorriso habitual. Mais uma vez Fury foi levado à outro andar e empurrado para fora do elevador. Thor fez menção de segui-lo, mas Loki o agarrou e puxou-o de volta.- Se alguém te pedir para deixar esse homem bêbado de novo, diga não.

—Mas foi apenas por diversão, irmão.- Thor explicou.

—Outra vez, não.- Loki olhou-o, voltando para o andar do Thor.

—____________________________________________________________

Fury olhou ao redor, seguindo para a cozinha, de onde ouviu Natasha e Clint conversando:- Aí estão meu filho e minha menininha!- Fury sorriu enquanto Natasha e Clint o olharam chocados.

—Achei que Tony lidaria com ele.- Clint murmurou.

—Ou que Bruce seria bondoso o bastante para não nos dar um segundo round.- acrescentou Natasha.

—Certo, depois de receber as mensagens que Tony nos mandou, com a imagem e o apelido, acho que o brucizinho não tem mais tanta simpatia por nós.- Clint comentou.

—Pelo menos ele não nos deu apelidos além de "menininha".- a ruiva resmungou.

—Galvãozinho!- Fury rapidamente envolveu Clint com um braço, puxando-o para um abraço, e com o outro puxou Natasha.- E a minha menininha. Minha preciosa princesinha. Minha viuvinha.

—Eu te culpo por isso.- Clint falou.

—Eu me culpo também.- ela admitiu.- papai Fury, achei que estivesse passando um tempo com Tony e Brucizinho.

—Tony está colocando meu querido Bruce na cama. daí eu fui ajudar Thor, mas ouvi que vocês precisavam de mim, então eu vim imediatamente.

Clint riu um pouco sobre "Brucizinho":- Ele não vai deixar isso barato.

—Estamos falando de um cara que se transforma em um grande monstro verde e que pode te machucar.

—E pode fazer isso à uma distância segura.- Clint completou.

—Eu vou dizer à ele sobre você ser "Clintizinho".- Natasha implicou.

—Você está do lado dele? Não é engraçado.

—Agora entendo porque precisavam de mim.- Fury soltou os dois.- Vocês sabem que eu não sei porque vocês não param de brigar e ficam juntos. Não é incesto se você é adotado, Clint. Vou te dar permissão para ir à um encontro com minha menininha, mas quando você levá-la precisa trazê-la de volta às 10.

—Por favor, diga-me que isso não está acontecendo.- Clint implorou.

—E eu vi as fotos daquela sessão de fotos que você fez, Natasha. Estou muito decepcionado.- Fury cruzou os braços.

—Você me disse para fazê-las.- Natasha respondeu.

—Eu peguei alguns agentes com elas. Não se preocupe, já destruí. Ninguém faz isso com as fotos da minha menininha.- Fury comentou.- Mas você está de castigo. E espero que esteja de volta ao Helicarrier por volta das 8, mocinha!

—Mas e quanto ao encontro com Clint, você disse que eu podia ficar com ele até as 10.- Natasha olhou para Clint.

—Ok, quando você disse "já destruí" você se referia às fotos ou aos agentes?- Clint perguntou.

—Vamos discutir sobre esse encontro quando ele chegar, e é um encontro. Na verdade, vou acompanhar vocês dois só para ter certeza de estar tudo bem.- Fury afirmou antes de olhar para os dois e dar um suspiro.- Vocês estão crescendo tão rápido.- Ele sentou-se e pegou a carteira novamente.- Eu me lembro de quando vocês eram crianças, vocês eram tão lindos.

Clint olhou por cima do ombro de Fury:- Eh, Tash... Quando Fury conseguiu fotos de quando éramos crianças.

Natasha olhou sobre os ombros de Fury também. De alguma forma ele tinha conseguido a foto de quase todos, quando eram crianças. Na verdade, não eram eles realmente, Fury deve ter convencido outros a se vestirem daquela forma para tirar a foto.- Eu... Isso é assustador.

—Mas como vocês estão crescendo muito rápido, acho que é hora. Clint, sente-se. Natasha, você também. A mamãe Hill não quer ter essa conversa com vocês, então eu tenho que ter. Posso fazer isso com os dois ao mesmo tempo.

—Ele não vai.- Clint comentou, olhando para Natasha enquanto se sentava um pouco para se recuperar do fato de Fury ter fotos de sua infância.

—Agora o corpo de vocês está mudando. É completamente natural, mas vocês vão ter certos impulsos para isso acontecer.- Fury continuou.

—Ele vai.-  Natasha confirmou, sentando-se ao lado de Clint, completamente apavorada com o que estava por vir.- Ele vai nos dar uma palestra sobre sexo.

—O que é importante é saber lidar com os impulsos. Clint, de-me uma banana para eu mostrar melhor e ensinar à Natasha o que ela precisa para estar preparada.- Fury estendeu a mão para a banana.

—Isso... Isso não pode ficar pior.- Clint murmurou, entregando a banana. Ele sabia que Fury não deixaria aquela conversa de lado.

—Agora, uma forma de lidar com seus impulsos é por si mesmo.- Fury prosseguiu.

—Não... Acabou de ficar pior.- Natasha respondeu, horrorizada. Não por estar tendo aquela conversa, mas pelo fato de ser Fury quem estava falando.

—Agora, se alguém tentar qualquer coisa sem me pedir primeiro, vou pegar minha arma e caçá-los.- ele falou.- Ninguém faz nada com meus filhos sem o meu consentimento! Mas, vamos falar sobre a segurança.

—Natasha... vamos concordar de nunca, nunca mais deixar Fury bêbado de novo.- Clint disse.

—Eu mesma matarei quem tentar.- Natasha respondeu.

—É melhor estarem prestando atenção, vocês dois precisam saber disso.- Fury os olhou, repreendendo a conversa deles enquanto ele falava.

Clint encarou Fury perturbado, vendo-o colocar um preservativo na banana.- Bem, eu ia comer isso para diminuir a chances de ter uma ressaca, mas não me odeio tanto para isso.

—____________________________________________________________

—Agente Coulson.- Fury cumprimentou o homem quando saiu Quinjet, dirigindo-se rapidamente para dentro do Helicarrier enquanto o agente o seguia.

—Bom dia, diretor. Acredito que tudo ocorreu como planejado na noite passada.- Coulson comentou.

—Os nano-bots funcionaram perfeitamente.- o outro respondeu.- Sóbrio a noite inteira. Você atuou muito bem enganando a agente Romanoff ao dizer que não iria me buscar.

—Isso não foi difícil, exatamente.- o agente Coulson replicou.- Algumas ameaças e uma recusa final era tudo o que esse caso precisava.

—Estou contente que seja tudo.- Fury comentou.

—Nenhum deles vai tentar te deixar bêbado de novo, certo?- Coulson perguntou.

—A agente Romanoff e o agente Barton pretendem fazer tudo para ter certeza de que ninguém jamais tente isso outra vez.- Fury respondeu com um sorriso.- Agora, a única forma de eu ficar bêbado é sozinho, sob os meus termos.

—Não sei, não, senhor. A última vez que me ligou quando ficou bêbado você estava em uma festa maluca com um monte de gente.- Coulson comentou.

—Estava em meus termos.- Fury afirmou novamente.- E isso ainda é nosso segredo, agente Coulson.


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Notas finais do capítulo

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