Contra o Tempo escrita por LohRo


Capítulo 20
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Chegamos ao final da fic, e eu quero agradecer de coração à todas que me acompanharam até aqui! Obrigada pelo carinho, pela compreensão e principalmente pela paciência.
O meu muito obrigada pelas recomendações que me arrancaram sorrisos bobos, aos reviews que pareciam desesperados (confesso que ri de muitos, do desespero que aparentava nas palavras). Enfim, obrigada pela companhia e por gostarem do que eu escrevo.
GSR será sempre o meu amor platônico e sempre que possível escreverei sobre eles.
Fiquem com este capítulo final, e se possível, me deixem saber a opinião de vocês.
Um super beijo no coração de cada uma!
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706309/chapter/20

Duas semanas mais tarde ...

Seus olhos se perderam no horizonte e ela não fora capaz de enxergar nada além de água. O sol imponente realçava o caminho, a imensidão azul ainda a percorrer.

Não existia a menor possibilidade de voltar agora, não que aquilo fosse de seu desejo.

Ela deu um longo e profundo suspiro, e gostou do resultado. Uma enorme sensação de paz tomou conta de si.

Aquilo parecia tão surreal, ainda era difícil de acreditar que realmente estava ali, em alto mar.

Um cruzeiro luxuoso. Presente de seus amigos que haviam lhe ameaçado se não aceitasse.

Seu tempo de recuperação havia superado as expectativas de seu médico. Seu corpo estava bem, fisicamente, mas o seu psicológico ainda precisava de cura.

Ela precisava se libertar daquelas lembranças, de todo o calvário que viveu.

Era o propósito daquela viagem, ajudá-la a deixar tudo aquilo para trás. Palavras de seus amigos.

Seus olhos pousaram na enorme piscina no convés.

Era um dia bonito, a temperatura agradável. Parecia ser a combinação perfeita para um bom mergulho. Talvez mais tarde ou em um outro dia. Ela tinha certeza que viriam muitos dias como aquele.

Ela deu um novo gole em sua bebida, voltando sua atenção ao pequeno folder sobre sua mesa. O navio era imenso, tudo ali era tão bem planejado. Dezenas de lojas, a maioria delas eram grifes famosas. Várias opções de restaurantes. Programação de teatro, de shows. Brinquedoteca, babás disponíveis vinte e quatro horas por dia.

Ela deu um pequeno sorriso antes de continuar sua leitura. Eles iriam atracar em três ilhas ao longo da viagem. Em uma delas ao anoitecer, onde um luau aconteceria.

—Senhorita ?

Ela levantou a cabeça ainda sorrindo. Ao fundo, muita conversa, gritinhos de criança. A área de lazer estava bem movimentada.

—Sim ?

—Me pediram para te entregar. - O garçom estendeu um pedaço de papel meticulosamente dobrado. _Deseja uma outra bebida ?

—Não, eu estou bem. Quem mandou isso ?

—O senhor que está sentado naquela me ... - Ele não completou. Já não havia mais ninguém na mesa. _Sinto muito, eu não o vejo mais. Com licença.

Sara abriu o papel, intrigada.

“Decidi que não posso esperar o seu retorno para estar com você”

—Grissom ? - Seus olhos arregalaram ao vê-lo diante dela.

Ele parecia bastante à vontade em seus trajes. Polo clara, bermuda e chinelos.

—Posso me sentar com você ? - Um sorriso nervoso brincava em seus lábios.

Ela simplesmente não conseguia formular uma frase completa em sua cabeça. Não fazia nada mais do que apenas olhar em seus olhos.

Quando ela não lhe respondeu, seu nervosismo aumentou. Era mesmo o correto ter vindo atrás dela ?

Eles pareciam tão mais próximos durante essas últimas semanas. Haviam se tornado cúmplices e se acostumado à presença constante um do outro.

As palavras quase sempre não saíam, mas em todos os seus gestos ficava explícito o quão grande era o seu amor por ela.

Se alguém mais percebeu, guardara para si. O fato era que, além dele, toda a equipe estivera mantendo os olhos nela. Cuidando, dando muito amor e carinho. Tudo que ela mais precisava para se reestabelecer.

Ainda assim, eles sentiam sua dificuldade em deixar o passado em seu devido lugar. No passado. Foi quando Catherine compartilhou com todos a ideia daquele cruzeiro. A decisão havia sido unânime. Era tudo o que Sara precisava para se libertar definitivamente daquele pesadelo.

—Sara ? - Ele insistiu.

—Sim, claro! - Ela tentou se recuperar do choque e sorriu.

Lhe pareceu um sorriso involuntário, talvez ela nem havia se dado conta de que sorria.

Estava tão bonita, saudável.

Ele se sentou de frente para ela, esperando pela pergunta que com toda a certeza viria. Estava preparado para respondê-la.

—O que faz aqui ?

—Tirei férias do laboratório. - Ele admitiu e mesmo estando tão nervoso, precisou se segurar para não rir de sua reação.

Era do conhecimento geral de que férias e Gilbert Grissom não combinavam na mesma frase. Ele mesmo concordava com aquilo. Bem, não mais.

Depois de muito pensar, ela criou coragem suficiente para a próxima pergunta, mesmo lhe parecendo muita prepotência de sua parte.

—Por mim ? - Sussurrou.

—Por nós! Me dê uma chance, Sara ... por favor ...

—Acho que posso fazer isso ... - Ela sorriu.

Ele sempre amou aquele sorriso de menina. Ela parecia tão adorável quando sorria daquela maneira.

~♥~

—Hey Peter, tem visita para você!

Ele franziu o cenho. Quem iria visitá-lo naquele lugar ? Estava sozinho no mundo, seu único parente vivo era sua filha e por uma questão de fato, o estado jamais permitiria sua presença ali. Não que aquilo fizesse alguma diferença para ele.

Seu julgamento aconteceria dentro de três semanas. Sua vida estava nas mãos de alguns idiotas. Cadeira elétrica, injeção letal ou fuzilamento não estavam entre os seus planos, ele precisava pensar em algo.

E lembrar que aqueles dois ainda continuavam vivos!

Ele esperou o policial abrir sua cela e estendeu os braços.

Algemado, foi conduzido à sala de visitas.

Um homem já o aguardava sentado do outro lado do vidro e fez sinal para que pegasse o telefone.

—Quem é você ? - Perguntou ao estranho que estampava um meio sorriso no rosto.

—Um grande admirador seu!

—Eu não te conheço, nunca o vi antes! - Disse desconfiado.

—Eu sim te conheço. Seu retrato esteve estampado nos noticiários constantemente! Não só o seu, daquela morena também.

—Aquela vadia! Me arrependo de não ter parafusado ela na frente de seu chefe quando tive a oportunidade! Eu teria gostado de ouvi-la gritar enquanto estava entre suas pernas! - Murmurou.

Os olhos do outro homem brilharam diante de tal confissão. O que despertou ainda mais sua curiosidade. Afinal de contas, qual o propósito dele estar ali ?

—Qual o seu nome ?

—Steve!

—Por que está aqui, Steve ?

—Digamos que ... eu quero terminar o que você começou!

Foi a vez de seus olhos brilharem. Aquilo sim era de seu extremo interesse.

Peter sorriu antes de concluir.

—Algo me diz que nos daremos muito bem!

                                               FIM


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Contra o Tempo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.