Contra o Tempo escrita por LohRo


Capítulo 18
Explosão


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo e eu não posso deixar de agradecer novamente pelos reviews que venho recebendo. O meu muito obrigada à todos!
Me desculpem pela demora, mas ultimamente eu ando passando mais tempo dentro de uma uti do que em meu quarto.
Este capítulo acredito eu que foi o mais difícil de escrever de toda a fic, espero que tenha ficado bom!
À propósito, restam somente mais dois!
Boa leitura!



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Seus olhos transbordaram e ela começou a chorar baixinho.

Grissom voltou a ficar na frente dela novamente e tocou seu rosto, enxugando suas lágrimas com carinho. Em seguida, sem que ela esperasse, roçou seus lábios de leve em um beijo terno, tentando lhe passar segurança. E então, sem dizer uma única palavra, se abaixou diante da bomba.

O peso de tamanha responsabilidade era enorme.

A vida dela estava em suas mãos. Sua própria vida também estava, mas saber que ele poderia matar a mulher que amava, era a pior coisa do mundo. Jamais se sentira daquela maneira.

Ele não podia falhar em sua missão.

Ele não podia decepcioná-la. Não mais.

Ele pegou o alicate e o apertou em sua mão.

O que fazer ?

00:00:53 ... 00:00:52 ... 00:00:51 ...

Ele a ouviu fungar algumas vezes. Olhando em seus olhos, percebeu o quanto ela parecia apenas uma garotinha assustada. Queria tanto poder confortá-la, mas não havia tempo para aquilo.

Ele começou a tentar entender como funcionava a cabeça de um psicopata. O que teria passado pela mente perturbada de Peter durante o momento de escolha das representatividades de cada cor. Qual delas interromperia a contagem e principalmente qual delas detonaria a bomba.

Ele suspirou. Tudo era apenas um borrão, pensamentos desconexos que não ajudariam em nada.

—Há duas maneiras dela ser detonada. - Ele começou, quebrando o silêncio. _Pelo tempo e se o fio errado for cortado. Porém, desses quatro fios, Peter disse que dois não fariam diferença alguma se forem cortados.

—Você ... acredita nisso ?

—Infelizmente não temos escolha.

Ela pareceu compreender e então, se lembrou de suas últimas palavras antes de fugir.

—Ele ... ele disse uma frase. Algo como a inteligência ser uma arma poderosa se você souber usá-la.

No primeiro momento, Grissom não entendeu. Assim como Sara, ele também considerava que sorte era bem mais apropriada para se encaixar naquela situação. Mas de repente foi como se algo tivesse acendido dentro dele.

“Tudo pode ser muito relativo, Dr. Grissom. O perigo pode ser interpretado erroneamente, a certeza pode ser destrutiva e a dúvida pode ser salvadora!”

“Por que diz isso ?”

“Apenas pense nisso!”

Havia um significado por trás daquilo, ele tinha certeza.

Peter havia criado aquele enigma e dentro dele, estava a resposta que precisava para agir corretamente.

—É isso! Representatividade das cores, Sara.

—Como assim ? Eu não entendo.

Sem tirar os olhos do temporizador, ele lhe explicou de forma clara e objetiva.

—O que Peter me disse. O perigo pode ser interpretado erroneamente, a certeza pode ser destrutiva e a dúvida pode ser salvadora.

Ela franziu o cenho e ele continuou.

—Nas culturas ocidentais, o vermelho representa o perigo. O azul, a confiança. O verde, a sorte e o amarelo representa o otimismo e a esperança. Agora, junte tudo isso com o que Peter disse.

—O vermelho que representaria o perigo, neste caso pode ser interpretado de forma equivocada.

—Exatamente!

—O azul que representaria a confiança, pode ser destrutiva.

—Estas são as duas cores de fios principais da bomba. Eu não acho que o simbolismo do verde e do amarelo, agradariam a Peter. Sorte, otimismo e esperança, seriam as últimas coisas que ele iria nos desejar depois de tudo isso.

—Então o vermelho interrompe a contagem e o azul detona a bomba! - Sara concluiu.

—Se o nosso raciocínio estiver correto ou não, é o que vamos descobrir agora!

Grissom pegou o alicate e o envolveu no fio vermelho.

00:00:09 ... 00:00:08 ... 00:00:07 ...

~♥~

Warrick freou por reflexo assim que as duas viaturas da frente pararam bruscamente. As outras que vinham logo atrás na comitiva fizeram o mesmo.

—O que será que aconteceu ? - Catherine perguntou.

Todos eles desceram do carro e quase não acreditaram quando viram dois dos policiais tentando conter Peter que praguejava aos quatro ventos.

—Me soltem! - Rosnou. _Seus idiotas, eu vou matar todos vocês! - Ele estava completamente desequilibrado.

Seu carro estava atravessado na pista, provavelmente ele tentou fazer um contorno às pressas para fugir e falhou miseravelmente. Com toda a certeza havia se assustado quando topou de frente com todas aquelas viaturas. Não esperava por aquilo.

Jim segurou em seus cabelos e o obrigou a lhe encarar.

—Onde eles estão ? - O capitão perguntou firme.

De repente, uma grande explosão iluminou o céu escuro. Não estavam muito longe do local.

Peter deu um enorme sorriso.

—Acho que seus amigos explodiram pelos ares!


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