Contra o Tempo escrita por LohRo


Capítulo 10
Boas Intenções, Más Consequências


Notas iniciais do capítulo

Confesso que não tinha a intenção de postar tão cedo, mas depois de uma recomendação dessa, não poderia ser diferente.
Middle, minha linda, dizer que eu amei é quase redundante. Muito obrigada pela grata surpresa, não imagina o quanto me fez feliz. Portanto, este capítulo é dedicado à você!
Às minhas queridas leitoras, eu já não tenho palavras para agradecer aos maravilhosos reviews que me presenteiam. Toda autora sabe o quanto um review faz toda a diferença, recomendação então nem se fala! kkkkk
Bem, sem mais delongas, vamos ao que interessa. Algo me diz que ao final deste capítulo vão querer a minha cabeça!
Boa leitura!



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Catherine passou a mão no cabelo e suspirou cansada. Toda a equipe continuava na sala que escolheram para trabalhar no caso de Sara. Todos, exceto Grissom que havia saído há mais de uma hora e ainda não retornara. Por experiência própria, não podia julgá-lo.

Ela entendia que ele precisava desse tempo, tinha certeza que ele se culpava, afinal de contas esse tipo de coisa sempre pesa mais para o chefe. O mesmo acontecera com ela, se lembrava perfeitamente de como se sentira quando Nick fora sequestrado em sua cena do crime.

Assim como ele ficara bem, ela pedia silenciosamente aos céus para que o mesmo acontecesse com Sara. Não queria pensar no pior, mas com o avançar das horas aquilo se tornava cada vez mais difícil.

Ela preferiu guardar tais pensamentos consigo, porém, ao analisar as expressões de seus companheiros, ela tinha certeza que eles não pensavam diferente dela.

—Grissom está demorando. - Greg murmurou, ganhando a atenção de todos. Ele parecia péssimo e em nada lembrava aquele CSI brincalhão, sempre bem-humorado.

Os peritos balançaram a cabeça em concordância, Catherine foi a única que não reagiu ao comentário.

—Seria errado um de nós ir atrás dele ? - Nick perguntou.

Primeiro, Catherine pensou em proibi-los de fazer aquilo, mas depois pensou que talvez seu amigo estivesse precisando de apoio, de alguém que entendia pelo que ele estava passando, e resolveu se pronunciar.

—Eu faço isso.

O primeiro lugar que pensou foi em sua sala, mesmo com a porta fechada e as luzes apagadas, resolveu prosseguir com a ideia. Bateu na porta e a abriu.

—Gil ? Você está aqui ?

Silêncio.

Ela acendeu a luz e deu uma rápida olhada no lugar, da porta mesmo, depois a fechou e continuou pelo corredor. Pensou em ir até o estacionamento, mas com a chuva forte que caía era improvável encontrar alguém ali fora. Parou na recepção e aguardou impaciente que a secretária terminasse a chamada.

—Precisa de algo, senhora Catherine ?

Em outro momento, ela a teria corrigido. Detestava ser chamada de senhora, sentia-se velha.

—Judy, você viu o Grissom ?

—A última vez que vi o Dr. Grissom, ele estava indo para a sala dele. Havia recebido uma encomenda.

—Encomenda ?

—Sim, uma caixa deixada aqui na recepção.

Algo se acendeu dentro de Catherine e ela voltou rapidamente para a sala. Aquilo só podia ter a ver com Sara. Abriu a porta e correu até a mesa quando viu a então caixa sobre ela, rodeada por papéis que contavam a vida de Peter.

—Droga! - Não havia nada ali dentro, a não ser uma minúscula quantidade de pó escuro em um dos cantos, sem relevância para o momento.

Ela procurou pelo remetente, mas não o encontrou, apenas o nome de Grissom estava ali, reforçando suas suspeitas que era mesmo sobre Sara. Foi então que notou o pequeno gravador sobre um montante de papéis. O ligou com o coração na mão.

“Olá Dr. Grissom. Não acho que seja necessário apresentações, conhecemos um ao outro, e creio que neste momento deva saber muito mais sobre mim do que propriamente eu de você ... mas podemos mudar isso ... tem algumas coisas que gostaria de saber a seu respeito. Como por exemplo ... gosta de jogar, Dr. Grissom ? Eu acho fascinante, inspirador, me alimenta a alma ... você me parece um bom jogador. Já sei ... costuma fazer apostas altas! Acertei ? O que me diz de um jogo diferente ... interessado ? Se ganhar, seu prêmio será uma vida. Creio que sabe de quem estou falando! À propósito, ela está aqui na minha frente sendo uma boa menina, me deu um pouco de trabalho, mas nada que uma boa correção não resolvesse! E então ? Quer se juntar a nós ? Tem menos de uma hora para isso. Este relógio está com um dispositivo, o que me permite saber em tempo real a mesma hora que você está vendo ... mas tem um porém ... se bancar o espertinho e alguém mais vier junto, ainda que não saiba que está sendo seguido, o jogo termina antes mesmo de começar. Lembre-se, eu não tenho nada a perder! Se por ventura, não estiver aqui no prazo que determinei, vou entender que ela não significa nada para você, e portanto ... o jogo também termina. Se quer um conselho ... é melhor se apressar! Espero que goste de um pouco de adrenalina, estamos há uns bons quilômetros de onde tudo começou. O que me leva a lembrar que ainda não lhe informei nossa localização. É simples ... basta olhar no verso da foto ... para o bem de Sara é bom que tenha entendido perfeitamente as regras do nosso jogo e esteja ciente das punições que ela sofrerá, caso venha infringi-las. Agora tem tudo o que precisa para tê-la de volta, Dr. Grissom ... a vida dela está em suas mãos ... só depende de você!”

—Oh meu Deus!!! - Catherine gritou em horror.

Rapidamente começou a vasculhar entre os papéis, procurando pela foto mencionada, mesmo sabendo que não iria encontrá-la.

—Ele foi atrás dela!

Ela puxou seu celular do bolso, buscou o seu número na chamada rápida e esperou completar a ligação enquanto corria ao encontro dos demais, levando o gravador junto.

~♥~

—Ela precisa se hidratar, comer alguma coisa ...

Peter foi tirado de seus pensamentos por Grissom. A preocupação em sua voz era nítida, quase palpável.

—Se ela se comportar, eu prometo pensar no assunto.

—Mas você mesmo disse que ...

—Cale a boca! - Ele gritou visivelmente alterado. _Se eu ouvir mais uma palavra sua, juro que não vai gostar do que estou pensando em fazer com ela aqui na sua frente!

Sara reprimiu um soluço.

O toque de um celular chamou a atenção de todos.

—Você está brincando comigo, Dr. Grissom ? Eu vou te mostrar o quanto gosto ser feito de idiota!

Ele puxou Sara à força pelo braço, sem dá-lhes tempo de reação.

—Não faça nada a ela, Peter! Por favor! Eu juro que não me lembrava do celular.

—Jogue-o no chão e o destrua, agora!

Grissom prontamente atendeu. Pisou com toda a sua força no aparelho como se a vida de Sara dependesse daquilo, seu coração parecia pular para fora do peito.

Peter riu de seu desespero e apertou Sara ainda mais contra ele, como se ela fosse sua propriedade. Ele brincava com a arma, deslizando o cano em seus cabelos.

—Meu, meu, você tem um cheiro tão bom, Sara.

Grissom daria qualquer coisa para ficar sozinho com aquele canalha e matá-lo com suas próprias mãos, seu estômago revirou com aquela cena. Seus olhos buscaram os dela, sua expressão era de nojo em ter aquela mão em seu corpo, tocando-a.

—Solte-a! - Ele rosnou e sem pensar nas consequências, partiu para cima dele.

Sara foi empurrada para o lado e perdeu o equilíbrio. Do chão, ela assistiu a ambos brigando pela arma e então, um novo estampido alto rugiu no pequeno cômodo, paralisando-a.

Ela engasgou com a visão da camisa de Grissom adquirindo lentamente um tom de vermelho carmesim.


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