E Falando de Mudanças Repentinas da Vida escrita por carol-chann


Capítulo 1
1momentos em que o coração se parte


Notas iniciais do capítulo

eu queria pedir um pouco de paciência para com a mina lesada pessoa porque essa é a primeira fanfic que eu publico..



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Eu abri os olhos assustada e gritando pelos meus pais, eu sabia o que havia acontecido quando finalmente recuperei um pouco da sanidade me perguntei se havia desmaiado. “tenho que ajudar os meus pais” esse era meu único pensamento agora. Tentei me levantar, mas meu braço foi puxado para trás por algo e doeu olhei para ver o que era e vi a agulha do soro saindo do meu braço e machucando a minha pele, nesse momento eu percebi que era tarde demais! A verdade veio como uma bofetada na cara. Eu comecei a chorar e me desesperei arranquei o soro de uma vez do meu braço nesse momento já estavam entrando enfermeiras no quarto, duas delas me seguraram tentando-me por de volta na cama, mas eu tentava me soltar e gritava desesperada. As lagrimas escorriam pelo meu rosto e eu podia sentir seu gosto salgado quando elas chegavam a minha boca, pela minha visão periférica pude ver Sakura na porta com lagrimas escorrendo pelo rosto me olhando chocada. E por mais que para mim parecesse uma eternidade só havia se passado dois minutos desde que eu abrira os olhos.

Quando eu finalmente parei de gritar e de tentar me soltar das enfermeiras eu chorei, como eu nunca havia chorado em toda a minha vida! As enfermeiras respiraram fundo assim que perceberam que meu ataque havia passado e eu fui escorregando dos braços delas até me sentar no chão desolada, Sakura veio correndo em minha direção se ajoelhando ao meu lado e me abraçando com força e balançando o corpo para frente e para trás como se estivesse me ninando, como se eu fosse o bebe e ela mãe ninando após um pesadelo, em outro momento acharia a cena engraçada, mas não naquele momento mesmo Sakura não conseguiria me reconfortar agora, era impossível. Eu havia feito a mesma coisa na tarde anterior, tarde anterior? Eu nem sabia há quanto tempo estava naquele hospital, mas para o que para mim parecia o outro dia eu me lembrava muito bem o que havia acontecido.

Flash back on

Eu havia levantado cedo de manhã “coisas impossíveis podiam acontecer” foi o que eu pensei sorrindo, afinal Ino Yamanaka acordar cedo em um domingo? Era impossível, mas ali estava eu acordada e de bom humor Sakura teria rido de mim se visse! Desci as escadas correndo e quase cai e cheguei à cozinha rindo de mim mesma, estava de muito bom humor minha mãe sorriu para mim a me ver na cozinha rindo.


– O que é tão engraçado Ino? – ela me perguntou sorrindo.


– milagres acontecem mãe! – foi só o que eu disse.

– que tipo de milagres minha filha?

– eu acordei cedo em um domingo, ou seja, o mundo ainda tem salvação!

Ela riu junto comigo e disse que tinha que dizer essa para o meu pai, eu concordei. Olhei para mesa e o café da manhã estava posto, o que mais uma garota que acaba de completar vinte anos e ainda esta na casa dos pais e se orgulha disso poderia querer? Eu amava meus pais, acordar e saber que o café estaria lá me esperando e minha mãe com seu eterno bom humor! Meu pai como olhei para me certificar estava na sala assistindo ao jornal, olhou para mim como se se adivinhasse que eu estava olhando para ele e sorriu para mim e ainda piscou o olho e mandou beijinho. Eu ri e pisquei de volta, comecei a tomar meu café da manhã, eram panquecas tudo que mais gostava de comer de manhã. Olhei novamente para o meu pai, ele era sempre tão brincalhão e galanteador, eu achava tão lindo ele galanteando a minha mãe mesmo eles estando casados há vinte e dois anos parecia que o amor deles nunca ia morrer, alias não parecia nunca iria morrer mesmo, mesmo quando eles estivessem velhinhos, mesmo depois da morte, eu acreditava que eles iam continuar se amando e isso me dava esperanças de encontrar um amor assim um dia, e eu sabia que eles me amariam pra sempre assim como eu ia amá-los para sempre.

A manhã se passou calma e lenta e eu gostava disso, era domingo e eu não precisaria ir à faculdade, tinha que ir à casa de Sakura após o almoço estava feliz pelo dia calmo, afinal estava cansada da agitação dessa semana, afinal tinha feito muita coisa, como por exemplo, ajudar Sakura a convencer a mãe dela a deixar que ela casasse com Sasuke, mas ela alegou que Sakura era muito nova para isso, Sakura queria o consentimento da mãe à benção, mas a mãe não queria deixar Sakura sabia que se a mãe não deixasse não poderia casar. A mãe dela atrapalharia a de fazer a cerimônia se fosse à cidade então Sakura tinha pensado em fugir com Sasuke para Las Vegas, e iria falar com ele, mas ela ainda pensava em convencer a mãe nós duas nos ajoelhamos aos pés da Sra. Haruno, mas não foi de nenhuma utilidade ela estava convicta, mas eu não me arrependia nenhum pouco para ajudar Sakura eu faria qualquer coisa! Ela era minha melhor amiga desde que eu me entendia por gente, assim como nossas mães.

Quando deu umas duas da tarde lá fui eu na casa de Sakura, sai de bicicleta afinal sua casa era tão próxima a minha somente duas ruas abaixo. Ao chegar lá perguntei a mãe dela onde ela estava achei estranho o rosto preocupado dela ao dizer que Sakura estava no quarto e fui até lá muito preocupada. Qual não foi o meu susto ao entrar no quarto e ver Sakura sentada bem no centro dele chorando desolada, corri até onde ela estava e me ajoelhei ao seu lado a abraçando muito forte e comecei a mexer o corpo para trás e para frente como se ninasse um bebe, o meu bebe! Após meia hora Sakura parara de chorar e começou a me explicar por que chorava, a mãe tinha negado mais uma vez, ela estava muito triste por que a mãe não entendia que ela queria muito se casar com Sasuke e ele também, mas a mãe simplesmente não aceitava. O amor de Sakura e Sasuke é como o dos meus pais, eles iam se amar para sempre também, eu tinha certeza. Perguntei sobre Sasuke e então ela deu um sorriso pequeno, mas um sorriso lindo e disse que ele estava tão disposto quanto ela para fugir para Las Vegas e se casarem, que eles eram maiores de idade e a mãe dela não poderia mais fazer nada depois disso, eu sorri para ela. Disse mais, que eles planejavam morar no apartamento dele. Sasuke estava trabalhando na empresa do pai enquanto terminava a faculdade de administração de empresas e então eles já tinham um meio de se sustentar, eu virei para ela e disse “ me poupe Sakura cada um de vocês dois tem uma poupança bem gordinha dinheiro ainda não tem que preocupar vocês, mas que bom que já estão pensando no futuro” nós rimos e ficamos conversando.

Assim que notei que o céu começava a escurecer fui para casa e assim que cheguei à esquina da minha casa fiquei apreensiva não entendia por que, mas meu coração se apertou e quase cai da bicicleta ao chegar ao portão de casa o abri jogando a bicicleta em qualquer canto e correndo para dentro de casa, a cena que eu vi assustou-me minha mãe estava jogada no chão da sala sangrando enquanto meu pai avançava para cima de um homem todo de preto e encapuzado “um ladrão” foi tudo que pensei chocada e paralisada, olhei novamente para minha mãe e depois para meu pai que tinha parado o avanço assim que o assaltante apontou a arma para mim, desabei no chão sem forças e fiquei lá sentada sem saber o que fazer olhando para o corpo já sem vida da minha mãe sem querer acreditar no que eu via! Meu pai implorou pela minha vida e o assaltante apontou a arma para ele nesse momento fiz algo impulsivo pelo qual vou me arrepender toda a minha vida. Corri na direção do assaltante sem saber o que fazer e ele por medo atirou no meu pai, me joguei em cima dele falando todos os palavrões que eu conhecia caímos no chão tentei bater nele, mas ainda era uma garota e ele um homem e ainda por cima era muito mais forte que eu, me bateu no pescoço e me senti sem ar por alguns segundos sem cessar minhas investidas de agressão, ele me bateu de novo e de novo, mas quando o derrubei a arma tinha escapado das mãos dele senão eu já estaria morta nessa hora, ele se levantou pronto para ir em direção a arma, mas nessa hora eu o puxei pelos pés e ele caiu, eu protegia a minha vida como podia, mas ele era muito mais forte que eu de repente ouvi as sirenes a policia estava chegando provavelmente algum vizinho escutara os tiros e ligara para a policia. Eu já sabendo que precisa agüentar até eles chegarem briguei o mais bravamente que pude para ele não pegar a arma o mordi soquei chutei, com a mesma violência que ele também me batia ouvi o carro parando na rua quase aliviada, mas ainda não havia acabado assim que ouvi a porta ser aberta e os passos se aproximando respirei aliviada ao mesmo tempo em que perdia a consciência, mas ainda pude ouvir alguém dizendo “ pegue-o, a garota ainda esta viva!”.



Flash back off




Sakura ao notar que eu estava me acalmando aos poucos parou de me ninar e ficou só me abraçando até minutos depois assim que eu estava quase ficando inconsciente novamente, a ouvi pedir para as enfermeiras ajudarem-na a me por na cama.


Assim que acordei novamente estava um pouco zonza e quando abri os olhos vi o quarto rodar ao meu redor e ouvi Sakura falar comigo sem conseguir responder ainda, minha garganta estava muito seca então sussurrei para ela.


–sa... Sakura.


–sim Ino?- ela disse sorrindo para mim.

–estou zonza e com sede- minha voz era só um sussurro rouco, mas ainda assim ela me entendeu.

–vou pegar uma água para você.


Ela saiu e voltou em alguns minutos sorrindo e com um copo de água para mim, disse que a enfermeira explicara que eu estava zonza por causa dos medicamentos e eu olhei irritada para o soro, ela riu da minha reação infantil. O soro agora estava no outro braço, pois o que estava anteriormente possuía um curativo, eu devia ter feito um belo estrago quando o puxei naquele momento. Fitei o teto e minha expressão deveria ser tão desolada quanto eu me sentia por que Sakura me olhava com mais pena do que na vez em que eu quebrei a perna aos oito anos e fiz um escândalo dizendo que doía, mas é verdade em comparação ao que eu sentia agora aquilo nem se quer podia ser chamado de dor. Sakura parecia ler meus pensamentos.



–porquinha como você se sente?


–quer a verdade? Ou parte dela?

–eu quero a verdade!- ela disse me olhando indignada por eu ter perguntado.

–vai se arrepender. - eu a repreendi. – me sinto como se um caminhão tivesse passado por cima de mim e não satisfeito deu a ré e passou novamente e repetiu o percurso umas trinta vezes. Pode chamar esse caminhão de realidade ou de vida, os dois são cruéis de toda forma, e não satisfeitos com isso decidiram me torturar mais um pouco.


Ela me olhou, e de novo pude ver a pena em seus olhos o que me fez sentir ainda mais fragilizada, lagrimas escorriam sem permissão pelo meu rosto, e eu pensava se não teria sido melhor não ter lutado pela minha vida naquele momento, se meu pai ainda estaria vivo se eu não tivesse seguido meu impulso. Era melhor ter vivido com toda certeza ao olhar para Sakura eu sabia disso, sabia que ela teria sofrido se eu também morresse a mãe dela que devia sofrer com a morte da minha mãe sua melhor amiga, também ficaria mais triste se eu tivesse morrido com ela, assim como Hinata minha amiga desde que eu fizera oito anos, que chorara comigo quando eu quebrei a perna onde nossa amizade havia começado de verdade, ela também sofreria se eu morresse não sofreria? Assim como sofreu quando eu quebrei a perna e ela mal me conhecia naquele dia. Dei um sorriso triste e Sakura beijou minha testa.



–durma Ino Hinata disse que voltaria a noite, por favor, esteja acordada tudo bem ou ela vai acabar me esgoelando por eu ser a única a te ver acordada. – nós duas rimos, a imagem de Hinata esgoelando quem quer que fosse era cômica já que ela era tão tímida e certinha, eu nem mesmo a tinha visto irritada nenhuma vez nesses doze anos.


–você sabe que ela não faria isso Sakura. Eu acusei.

–é eu sei, mas ela ficou bem irritada e com ciúmes quando chegou e soube que eu estava aqui quando você abriu os olhos pela primeira vez e ela não. E quando foi embora disse que voltaria a noite, alias ela saiu quinze minutos antes de você acordar!

–eu vou esperar por ela acordada então. Que horas são?

–já são 18h35min, ela logo deve estar ai, ela fica aqui enfurnada e só vai para casa por que sabe que o pai não a deixara mais vir se ela não for pra lá frequentemente.

–eu estou aqui há quanto tempo?

–há uma semana e três dias Ino. – seu semblante ficou sério.

–é bastante tempo, e como vai indo as coisas com Sasuke? – eu tentava manter uma conversa sobre assuntos que não me lembrassem o porquê eu estava ali.

–assim que você sair do hospital nós vamos comprar três passagens para Las Vegas e eu e Sasuke vamos nos casar você vai ser a testemunha e madrinha!

–Sakura eu... Eu fico muito emocionada, mas não sei se eu conseguiria.

–você vai comigo esta decidido não quero você enfurnada dentro da sua casa triste e sozinha. – ela estava falando super sério eu pude notar isso, não tinha como discutir com ela agora.

–Hinata tem que ir junto eu não quero ser a vela de vocês. – tentei mudar de assunto não queria falar sobre aquilo ainda.

–você sabe que o pai dela mataria-a por isso.


Ficamos falando sobre trivialidades até Hinata chegar e encher meu rosto de beijos com medo de que se me abraça-se eu pudesse me machucar. Eu lhe dei um sorriso por que ela chorava muito enquanto falava e eu não entendia o que ela dizia ao ver meu sorriso o choro dela se amenizou.



–Ino eu estava tão preocupada com você. Sabe levei um belo susto! Sakura também. E então pronta para sair daqui.


–eu vou sair daqui? – meus olhos brilharam de empolgação quando ela disse a palavra sair.

–quando eu passei nos médicos antes de vir para o quarto perguntei guando você ia ter alta e eles me disseram que você precisa de mais uns três dias de observação e daí vai poder ir.

–que bom não é gente?! – agora era Sakura quem comemorava minha saída eu estava chocada demais e feliz demais para comemorar.


Como seria quando eu voltasse para casa e visse ela vazia? Quem cuidaria da empresa do meu pai? Eu ainda não tinha terminado a faculdade de administração. Quem cuidaria de mim? Como ia ser sem os meus pais? Eles já tinham sido enterrados?



–meninas têm algo que quero perguntar para vocês.


–pergunte Ino. – disse Hinata, e ela e Sakura me olharam apreensivas.

–meus pais... Eles já foram enterrados? Velório? O que aconteceu enquanto eu estava aqui.

–sim amiga, já houve o velório e o enterro. – disse Sakura me olhando preocupada com a minha reação.


Eu não tive nenhuma reação. Eu só conseguia pensar “eu não me despedi deles.” O que eu ia fazer, eu queria levantar da cama agora mesmo e correr até o cemitério para poder deitar em cima do tumulo deles e ficar sem fazer mais nada!



–Sa... Sakura! Eles queriam ser enterrados um ao lado do outro, fizeram isso? – eu disse quase caindo no choro, mas tentava manter a calma, mas as lagrimas me traíram e escorreram livremente pelo meu rosto.


–sim Ino foi assim.


Meu coração de repente ficou um pouco mais leve, ainda pesava e doía muito, mas agora era um pouco suportável, não era mais como morrer. Eles ficariam juntos mesmo no fim, eu podia imaginar a cena um implorando pela vida do outro para o assassino.


Ao pensar nisso meu coração doeu como se houvessem cravado uma faca e agora estivessem revirando ela em meu peito. Eu respirei fundo e a dor foi diminuindo. As meninas me olharam já perguntando se precisavam chamar a enfermeira neguei com a cabeça. Hinata parecia que ia chorar a qualquer momento pediu desculpas e correu para o banheiro que havia ali no quarto. Sakura e eu olhamos para a porta preocupada com ela.


–Hinata venha aqui! – chamei-a.


–desculpe Ino-chan! Eu não consigo conter a lagrimas quando vejo você tão triste.

–não tem por que se desculpar por chorar Hinata obrigada por se importar comigo. – agradeci.

–ta agora vamos nos alegrar. Afinal Ino vai sair do hospital daqui a três dias e nós vamos fazer uma comemoração. – disse Sakura dando um sorriso.

–eu não quero comemoração. Só quero fazer um pedido. – disse eu.

–tudo que você quiser Ino. – disseram as duas em uníssono.

–quero que assim que eu saia do hospital Hinata me leve até o cemitério onde meus pais foram enterrados, Sakura, por favor, vai passar na minha casa e pegar uma mala de roupas pra mim e já vai estar com tudo programado para nossa viajem para Las Vegas para o seu casamento. Não vou suportar passar em casa!


Elas me olharam preocupadas, mas não disseram nada para me contradizer. Mais tarde Hinata foi para casa e eu mandei Sakura para casa disse que ela tinha que resolver tudo em três dias, que não queria nenhuma das duas morando dentro do hospital já me bastava. Nesses três dias Sakura ficou no corre, corre! Para resolver tudo e passava no hospital umas quatro vezes ao dia, Hinata vinha e ficava muito tempo e eu logo a expulsava, mas ela voltava duas horas depois. E eu senti como era amada por elas. Sasuke veio algumas vezes com Sakura. Naruto, Tenten, Neji, e até mesmo o preguiçoso do meu amigo Shikamaru vieram me ver algumas vezes. Fiquei sabendo que finalmente Tenten e Neji haviam firmado o namoro e assumido e que Naruto ainda não se tocava que minha tímida Hinata era apaixonada por ele. Tentei me envolver nas tramas do dia a dia, mas não conseguia me animar, estava abatida triste e ficaria assim pra sempre. A vida tinha me pregado uma peça cruel.


No terceiro dia eu recebi alta e todos eles vieram me buscar eu até consegui sorrir, sorrir de verdade, nada de sorrisos forçados, eu havia sorrido realmente para eles. Fui ao cemitério somente com Hinata como eu queria, queria que Sakura estivesse ali, mas ela tinha coisas pra resolver para nossa viajem. Quando eu e Hinata entramos no cemitério eu já me senti triste minhas pernas bambearam e eu quase corri de volta para o carro chorando, mas já tinha me decidido que queria me despedir deles, por mais que isso me doesse. Assim que chegamos as lapides deles, não consegui me conter sentei entre as duas e me debrucei por cima da lapide da minha mãe como se estivesse chorando em seu colo como havia feito tantas vezes em minha vida, mas agora não tinha o colo realmente eu chorava e não conseguia parar, meu corpo se balançava pelos soluços e o som do meu choro passeava com o vento entre as lapides, foi então que eu comecei a gritar enquanto chorava meu corpo todo tremia. Eu queria ter dito tantas coisas a eles queria ter dito que os amava todos os dias, ou três vezes ao dia, queria ter dito a minha mãe que ela tinha covinhas quando sorria e isso era muito bonito, que eu adorava saber que ela nunca ficava irritada ou magoada com as pessoas, ter dito que ela a minha estrela guia que eu fazia tudo pensando se era o que ela e meu pai fariam. Queria ter dito ao meu pai que ele tinha um ótimo humor, e que eu só me fingia de brava quando ele brincava dizendo que seria uma péssima dona de casa, dizer o quanto eu adorava a risada dele, e que ele era o meu herói o meu ídolo. Queria ter pedido desculpas, por muitas coisas, como quando eu gritava com eles, ou quando eu dizia que eles não me entendiam, desculpas por ter sido uma adolescente tão rebelde, pedir desculpas por ter chegado tarde. Desculpas ao meu pai por ter agido por impulso. Hinata me olhava chorando triste por mim, ela era uma amiga especial do tipo que você não encontra em qualquer lugar, ela era fiel e sempre apoiava os amigos, ela era uma perola. Assim que eu consegui me acalmar ela se aproximou e me abraçou e ficou assim até eu parar de chorar e minha lagrimas secarem, e então beijou a minha testa.


–obrigada Hinata.


–não precisa agradecer Ino.

–obrigada por vim aqui comigo obrigada por ser minha amiga e por sempre me apoiar e não desistir de mim! – eu sabia que era fácil perder as pessoas amadas, então tinha que agradecer logo, e dizer como a amava. – eu amo você Hinata!


Ela chorou, mas não de tristeza como eu àquela hora eu a abracei e nós duas nos levantamos e fomos embora dali, Hinata ligou para Sakura que já estava preocupada e então ficamos esperando ela e Sasuke passarem para nos buscar. Assim que Sakura chegou, eu corri e a abracei.



–Sakura amiga. Obrigada por me aturar, obrigada por estar sempre comigo e por sempre me apoiar e por estar aqui hoje e por me chamar para o seu casamento e por pedir para eu ser sua madrinha!


–não precisa agradecer Ino é isso que as amigas fazem, não é?! – ela estava chorando.


Nós três entramos no carro onde Sasuke esperava, eu olhei para ele e lhe dei um coque dizendo “Obrigada por fazer a minha amiga feliz baka!” Sasuke fez uma careta e as meninas riram. Eu estava quase feliz, sentia falta dos meus pais muita falta dos meus pais, mas podia senti-los ali comigo quase podia ouvir minha mãe dizendo “não é assim que se agradece Yamanaka Ino” e o meu pai rindo ao fundo. Deixamos Hinata em casa dizendo que voltaríamos logo. Fomos ao apartamento do Sasuke onde ele fez as malas dele deixou o carro na garagem e nós fomos os três de táxi para o aeroporto, pegamos um avião e chegaríamos a Las Vegas de noite. Eu fiquei na poltrona da janela Sakura no meio e Sasuke no corredor. Fiquei calada o caminho todo e eles me deixaram ficar quieta, iam falando baixinho e carinhosamente, e isso me lembrava meus pais conversando quando eu estava triste quase tive vontade de dizer isso a Sakura, mas mantive a minha boca fechada. Chegamos lá à noite e eu estava cansada disse isso para Sakura então pegamos um táxi e fomos para um hotel Sasuke queria ficar em um quarto com Sakura, mas ela disse que ia ficar comigo ele fez manha, mas acabou aceitando quando olhou para minha face que deveria estar em choque sem expressão eu nem mesmo opinei. Eu deitei na cama e como ainda não tinha me recuperado totalmente, meu corpo ficou dolorido da viajem então a primeira coisa que fiz ao entrar no quarto foi deitar em uma cama e dormir, nem mesmo tive a curiosidade de saber o que Sakura tinha posto nas nossas malas, que em outra ocasião eu teria ficado louca para saber. Sakura foi tomar banho e eu nem vi quando ela voltou já estava dormindo.


Acordei às oito e meia da manhã com Sakura me dizendo que o salão do café fechava as noves, e ela tinha prometido ao medico cuidar de mim até melhorar isso incluía me fazer comer, descemos e tomamos café junto com Sasuke, eles conversaram e eu falava algumas coisas. Depois que voltei para o quarto disse pra Sakura e Sasuke darem uma volta por ai se divertirem e decidirem onde ia ser a cerimônia, que tinha muitas capelas em Las Vegas e que eles tinham que escolher uma logo, e que ela tinha que ser bonitinha. Fui para o banheiro só de toalha assim que eles saíram liguei o chuveiro e deixei a água gelada cair sobre o meu corpo como se ela pudesse lavar a minha alma, eu fiquei quase uma hora em baixo da água, mas não pareceu adiantar eu estava exatamente igual por dentro. Fui para o quarto abri a minha mala peguei um short uma blusa me vesti e me joguei na cama chorando até dormir.

Acordei no horário do almoço, levantei e Sakura ainda não havia chegado olhei em volta e vi um bilhete dela para mim.

“Ino,


Eu e Sasuke chegamos e como você ainda estava dormindo resolvemos almoçar fora, por favor, vá almoçar lanchar, não sei, quando você acordar, mas coma ta legal?!



Beijos. Sakura.”



Sorri para o bilhete troquei o short por uma calça jeans e desci para o restaurante  do hotel para almoçar. Quando estava me servindo esbarrei em um ruivo e os nossos pratos caíram, ele me olhou irritado e eu dei um sorriso sem graça enquanto coçava a nuca pedindo desculpas. Sakura ia rir quando eu contasse e dizer que essas coisas só acontecem comigo.



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Notas finais do capítulo

Bem é isso se vocês gostarem eu continuo ..beijos e até a próxima.



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