Amor ou ódio? escrita por pedrojoao


Capítulo 19
Capítulo 19 - Briga




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A turma, agora só com três membros, ia a sair pelo portão da escola. Mônica avistou Cebola ao longe, e passou apenas de uma troca de olhares. Cebola olhava para Mônica com um sorriso, mas  ela não correspondia, ela lhe virou as costas.

 

- É ele – a líder da turma dizia, meio zangada, de braços cruzados, para Magali – o Cebola. Ele não me larga, credo! Me envergonha à frente de todos e depois ainda diz que foi por... nós. Eu odeio aquele garoto!

 

- Como você pode nutrir ódio por ele? Afinal, ele era da nossa turma até há uns dias e nós tinhamos a relação de amigos que qualquer um deseja ter. Só você pode sentir ódio por ele. Nós não... – Magali respondia à sua melhor amiga.

 

- Claro – o sujinho dizia, pois como Magali, ele ainda era amigo do rapaz de 5 cabelinhos, ups, agora 6 cabelinhos – eu ainda sou o melhor amigo de Cebola. E você percebe, Mônica? Só porque você quer eu não vou deixar de ser amigo de Cebola!

 

Mônica se preparava para falar, mas decidiu que não, pois percebia os amigos: desde sempre se tinha habituado, em criança, a ameaçar bater nos colegas com um coelhinho, o Sansão, e ter tudo o que queria: brincadeiras e muito mais.

 

- Bem, eu vos percebo. É melhor não dizer mais nada. – a dona de Sansão disse, para poupar os amigos.

 

- Ora aí está! Tempos de adolescente não são tempos de criança. Bem, vamos à sorveteria? Estou cá com uma fome! – Cascão falava, mas Mônica e Magali acharam estranho, pois ele nunca foi garoto de ter muita fome.

 

Eles caminhavam em frente para a sorveteria. Mônica foi a primeira a entrar na sorveteria, e quando se preparava para pedir 3 picolés de banana, mas viu que a empregada tinha um longo cabelo loiro e brilhante, que lhe ia um pouco menos até à cintura. A filha de Luísa conhecia aquele cabelo. Ela hesitou, mas perguntou à moça se a conhecia.

 

- Ora que bela surpresa! O que a traz por aqui, querida inimiga?

 

Mônica ficou boquiaberta com o que tinha acabado de ver. Sua inimiga número um trabalhava na Sorveteria do Limoeiro.

 

- Irene? Mas você não tinha ido para... o colégio Geminoid? – a dentuça interrogou Irene.

- E voltei, fofucha. Afinal, aquela conversa entre si e mim que houve no seu quarto, me deixou a pensar. Afinal, esse colégio era... indelicado para mim. Em meio de tanto robô, eu boiei. Eu vim para aqui trabalhar porque precisava de algum dinheiro. Ah, e onde anda o meu Cê? Saiu da vossa turminha reles?

 

Mônica estava preparada para arrancar todos os cabelos de Irene um por um. Isso daria uma lição à sua inimiga número um (merece medalha). Mas iria dar barraco.

 

- Sim, o Cê saiu da turma. E pare de chamá-lo Cê! E ele não é seu! Ele pode ser de alguém quando ele quiser... mas ele nunca irá ser meu.

 

- Ah, não poderia estar mais feliz por você! Sabe? Já que vocês querem três picolés de banana, posso arrancar esses cabelinhos de banana que você tem na cabeça e mandar o pagamento para a Kibon? É que já não temos fruta fresca! – a inimiga de Mônica disse, rindo-se maliciosamente no final.

 

Mas o seu riso não foi para ficar por muito tempo. Mônica atravessou o balcão e lhe arrancou um fio de cabelo com sua mão. Se ouviu um grande grito (aaaaaaaaaahhhhhh!!), e todos que estavam tomando sorvete na Sorveteria do Limoeiro olhavam para Irene a gritar histericamente dentro do balcão. Alguns deles cochichavam uns com os outros:

 

- Será que é tão mau trabalhar naquele sítio?

 

- Pelo menos eu não sou uma gorda que pensa que é esperta mas é muito burra mesmo! - Irene reclamou com Mônica, mas a dentuça lhe respondeu:

 

- Me diz isso outra vez na cara, olhos nos olhos. E depois vemos quem arranca o cabelo a quem. Vai ver só, impostora. E, caham, se não quer que eu deixe uma assinatura no livrinho de reclamações, é melhor me arranjar os três picolés. E depois vamos ver quem é a esperta aqui.

 

Irene sentiu-se contrariada. Se despachou a ir à arca congeladora de gelados e tirou os três picolés de banana.

 

- Agora está melhor! – Mônica disse, satisfeita.

 

Mônica chegou à mesa em que os amigos estavam sentados e entregou os picolés a cada um (Magali e Cascão).

 

- Geladinhos para todinhos! Hê hê hê!

 

- Demorô, não? Para isso tinha lá ido eu! – Cascão refilou com Mônica, furioso porque estava com fome.

 

- Reclamar, não! Eu encontrei a maldita Irene, agora trabalha aqui – Mônica respondeu – parece que não iremos vir aqui muitas vezes, ou pelo menos eu não irei vir cá enquanto esta... zinha estiver cá a trabalhar. Eu espero bem que ela saia daqui rapidamente.

 

Mônica se sentou para relaxar-se um pouquinho. Mas essa paz acabou rapidamente:

 

- Melhor amiguinha do meu coração... você está com ciuminho, claro que está. E melhores amigas não mentem, por isso estou a falar uma verdade muito verdadeira.

 

- Me poupa, Magali. Se eu quisesse alguma coisa com ele, não me desfazia em desculpas e me deixava reconquistar por aquelas maneiras de reconquistar uma garota...  mas ele não me vai deixar cair naquele seu jogo de sedução!

 

- Credo, Mônica, você agora me assustou na maneira de como você falou. Até rimou! Ups, até rimou agora!

 

- Pare lá com essas coisas de rimas, que eu já estou achando que você está falando muito estranho. E quando digo muito, digo muito. – o melhor amigo de Cebola disse, já saboreando e acabando de comer o picolé – E bem, vou ter de ir ter com o Cebola conversar com ele.

 

- Vai lá, mas vê se não tem um desgosto de amizade! – Mônica chupava o picolé, desanimada e triste.

 

Cascão fez um sinal com a mão de “sempre às ordens, chefe”. Ele saiu da sorveteria, e avistou um jovem de cabelos espetados a ler um livro vermelho, que dizia qualquer coisa “Garotas”.  Claro que era Cebola, ele próprio percebeu isso.

 

- Então maninho, o que está lendo aí? Garotas, garotas... esqueceu a Mônica e está lendo um especial de Garotas de Biquini? Já li uma dessas às escondidas da Cascuda, ó musa do meu coração.

 

Cebola continuava a caminhar, sem ouvir o colega. Cascão correu e chegou perto dele, e lhe perguntou se estava tudo bem, mas  Cebola lhe respondeu:

 

- Seu chato! Pare de me chatear! Não quero falar com ninguém meu... inimigo. – o rapaz de 6 cabelos espetados deu um murro ao seu antigo melhor amigo.

 

Os dois envolveram-se numa grande briga. Mônica e Magali iam a sair da sorveteria para ir chamar Cascão de volta mas viram Cebola desmaiado no chão, com um olho negro.

 

- Cascão? – Magali ficou estupefacta.


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