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Capítulo 18
Auror


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco, mas aqui vai a surpresinha da semana!



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Não houve dúvidas ao entrar no labirinto que a melhor escolha era se dividir. Precisam encontrar Scorpius o mais rápido possível antes que os comensais o fizessem. Rose, por mais que estivesse com um certo medo sobre quem era aquele homem loiro, precisava mantê-lo vivo. Ele era o único que poderia salvar as crianças. Ela não compreendia o porquê, mas estava depositando sua confiança nele, esquecendo até mesmo de seu relacionamento com Oswin. No entanto, ainda existiam milhares de questões em sua mente.

Enquanto corria pelos corredores cercados por plantas, a ruiva pensava sobre os fatos. No sétimo ano, em frente ao castelo de Hogwarts, estava beijando Scorpius Malfoy. O pior não era saber disso, o pior era ele ter aquele acontecimento registrado em uma foto em cima de sua cômoda. Que tipo de homem casado guarda uma foto beijando alguém que não é sua esposa? Exceto se... Não. Era impossível. Depois que se formaram não se viram mais. E quanto a aparência das crianças? Muitas vezes via os gêmeos como pequenos Malfoy por causa da aparência.

Rose parou de correr, ofegante. Não praticava esportes desde que terminará os estudos. Quadribol era um hobbie que havia deixado no passado. O máximo agora era correr atrás dos filhos... Ainda tomava folego quando ouviu uma risada maligna seguida de um feitiço que ela já conhecia bem.

Talentosamente, a Weasley desviou o feitiço. Se alguém iria acabar ferido ali, não ia ser ela. Lutando bravamente com aquele comensal, Rose continuava correndo pelo labirinto, sempre parando no final de cada corredor e olhando para os lados que poderia seguir a fim de ver Scorpius. Parecia ter sido uns vinte minutos e não tinha sinal dele. De repente, ela ficou encurralada. O corredor não tinha saída. Estava prestes a dar a meia volta, vendo que o comensal não estava mais lhe seguindo, mas foi impedida. O corredor magicamente se fechou. Agora estava dentro de um quadrado. Ela lançou alguns feitiços, mas nada resolveu. As plantas que a cercavam começaram a crescer em sua direção.

"Não!" Ela gritou, assustada. Lentamente dava passos para trás. Em um desses, tropeçou e caiu. Uma das extensões da planta, agarrou seu pé e lhe fez gritar. Forçar se soltar parecia apenas prender-lhe mais.

Estava certa de que morreria ali. Não havia ninguém por perto e agora a planta subia em direção aos seus joelhos. Desesperada, nem mesmo se lembrou que já havia estudado sobre aquele tipo de planta. Quanto mais ela tentava se soltar, pior ficava.

"Socorro!" Gritou uma vez. Depois duas. Três. Quatro. Ninguém apareceu.

Quando seus braços foram presos, começou a pensar nos filhos e isso lhe fez começar a chorar. Eles precisavam tanto dela... A planta avançou mais, até que lhe cobriu por completo. A escuridão, por outro lado, só durou alguns segundos. Algo parecido com o sol, iluminou o local.

Braços fortes e quentes pegaram-na. Alguém lhe puxou para perto. Com medo de abrir os olhos, ela abraçou-o e sentiu o aroma de seu perfume misturado com o suor.

"Rose... Rose você está bem?" Disse a voz de Scorpius.

"O que diabos era aquilo?"

"A planta do diabo." Ele respondeu tirando o cabelo dela do rosto.

Ela não falou mais. Ficou quieta até ter a coragem de abrir os olhos outra vez.

"Venha..." Ele disse, se levantando com ela nos braços. "Precisamos sair daqui..."

"E-eles cercaram o labirinto."

Scorpius paralisou por um momento. Eles haviam o cercado em seu próprio ponto de fuga. Já deveria imaginar.

"Está falando sério?" Ele perguntou, colocando a ruiva em pé.

"Vimos pela janela..."

"Merda." Ele tomou fôlego e esfregou o rosto com as mãos.

"Eu vim para te salvar, mas você me salvou..."

"Ouvi você gritando. Só fiz o que qualquer um faria."

"Oswin não faria isso." Comentou baixo.

Uma careta surgiu no rosto do loiro.

"Scorpius..." Ela chamou ele de novo, mas ao olhar para ele, ficou quieta. Teria coragem de perguntar?

O Malfoy não pensou duas vezes sobre o que fazer naquele momento. Ele sabia o que ela estava pensando e cedo ou tarde teria que confessar tudo. Preferia tarde. Quase por impulso, ele tomou-a pela cintura e a beijou cheio de desejo. Havia segurado tempo demais aquela vontade. A suavidade dos lábios dela, os corações batendo no mesmo ritmo... Ela estava correspondendo. Pensou que ela não iria, mas ela estava. Poderia morrer naquele exato momento. Não se importava. Não enquanto tivesse Rose Weasley em seus braços.

“Graças a Merlin que eu...” A voz de Albus fez com que o casal se separasse e imediatamente virasse para ele. “Já era tarde.”

Rose sentiu-se extremamente desconfortável. Por que ela havia simplesmente cedido ao Malfoy daquela forma? Seria por que seu subconsciente queria saber como havia sido aquele beijo no sétimo ano ou por que desde o quinto ano ela tinha esse desejo, principalmente depois de ter sido tratada como qualquer outra garota? No entanto, não havia tempo para pensar naquilo. Albus que geralmente era branco, estava vermelho como um pimentão.

“Se acertaram...?” Ele perguntou

“O que houve com você?” Perguntou Scorpius, imediatamente mudando de assunto.

“Ah, entendi...” Disse o moreno, como se aquele fosse algum tipo de código secreto. “Bom, eu fui acertado por um comensal... Umas duas vezes. Poderia ter morrido, mas sabe como é... Para matar um Potter é preciso de um exército.”

“Ao assunto, Albus.” Pediu Rose cruzando os braços.

“Eles não vão demorar muito para pegar a gente.”

“Então temos que correr...” Mas no momento que Scorpius pronunciou aquilo, Albus caiu desmaiado no chão.

“Albus!” Gritou Rose

“Não tão rápido, meus amores.” Uma voz feminina disse logo atrás deles. “Peguei vocês.”

“O que você fez com ele!?” A ruiva gritou, olhando para a comensal que estava ali, logo atrás de onde estava o Potter.

“Coloquei o bebê Potter para dormir.” Ela riu, maniacamente. “Então, Scorp, meu querido, vamos embora?”

“Eu não vou a lugar nenhum com vocês, seus miseráveis.”

“Eu estou pedindo com delicadeza...”

“Enfie essa delicadeza no seu...”

“Oh! Que menino mal!” Fingiu estar ofendida. “Então não vão se importar se eu...”

Um feitiço fez com que a Comensal fosse lançada pelo ar.

“É melhor vocês correrem.” Gritou Oswin com a varinha na mão. “Eu vou distrair eles.”

“O que!?” Disse Rose surpresa. “Oswin!?”

“Surpresa?” Ele sorriu radiante. “Acho melhor você e Scorpius tirarem eles daqui... Não vai demorar muito tempo para que os outros venham.”

“Você não vai conseguir cuidar deles sozinhos...”

“Você se esqueceu que eu sou um auror.” Ele piscou para ela.

“O que!?” Scorpius pareceu muito mais surpreso.

“Você nunca...”

“Olha, não temos tempo para conversar agora...”

“Mas...”

“Rose, vamos...” Disse Scorpius sem tirar os olhos de Oswin. Era exatamente por isso que ele conhecia aquele rosto. Oswin Oswald era um dos aurores mais brilhantes que após um problema em Azkhaban havia sido enviado para os Estados Unidos... Mas havia algo naquela história que ele não entendia, mas resolveu aceitar a ajuda. Tirar Rose e Albus dali era a prioridade.


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