Meu eterno amado escrita por victor


Capítulo 10
Asas


Notas iniciais do capítulo

Ola meus queridos.
Peço desculpas a todos pela demora, mas estava tão sem tempo devido aos trabalhos da faculdade.

mas em fim aqui esta.

Eu queria agradecer pelos comentários que estou recebendo, as vezes me da um desanimo, e eles me dão animo para continuar com esta história.

Muito obrigado.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/706040/chapter/10

 

O ser diante de mim era incrivelmente belo.

Seus olhos que antes eram verdes , com um leve tom de prata, como esmeralda, agora pareciam emitir uma luz vindo de dentro deles.

No topo de sua cabeça havia uma coroa bem diferente das que um dia eu já vi.

Ela era feita de flores vermelhas, que circulavam sua cabeça, juntamente com diamantes entre seus meios.

Seu cabelo branco tinha adquirido um mesclar com a cor dourada, e esta emoldurava seu rosto e descia até o seus pés.

Uma túnica azul safira, com detalhes em prata e lilás, cobria a parte inferior de seu corpo, longas botas azul celeste cobriam seus pés e subiam por suas pernas, nelas aviam perolas e cristais reluzentes incrustados por seus fios de amarre.

Seu peito estava nu, mas estava parcialmente coberto por desenhos incomuns, que escondiam suas cicatrizes dentre eles, cheios de flores de lótus e formas que lembravam a lua, o sol e as estrelas, eram de uma cor rosa pastel.

Esses desenhos desciam por seu peitoral e ambos os braços parando nas costas de suas mãos.

Mas nada disso foi o que me chocou.

Foi o par delicado de lindas assas translúcidas que se encontravam em suas costas, que chamou toda a minha atenção.

Elas não possuíam cor alguma, mas assim como meu corpo agora, elas tinham desenhos que nunca vira antes, mas reconheci dois deles.

No centro de sua asa esquerda havia o desenho do sol.

E no centro de sua asa direita o desenho da lua e algumas estrelas.

Conforme o movimento que eu involuntariamente fazia elas se mexiam e brilhavam com uma luz branca.

Era algo tão belo de se apreciar.

E de certa forma impossível de se acreditar.

—Esse não sou eu._Afirmei com convicção.

" Se aprese Jafar. "

Me lembrou EVEA.

Sim, eu tinha uma tarefa para cumprir.

O único lugar por onde poderia sair sem ser notado seria pela janela, não podia arriscar sair de meu quarto a essa hora da noite, ainda mais com a vigilância redobrada que Sinbad tinha colocado sob este país.

Se me vissem desse jeito exigiriam uma explicação, e Sin teria certeza de que eu estaria escondendo algo, ele já estava muito desconfiado disso, e seria o meu fim.

Mas eu ainda não sabia como voar.

" É só você se concentrar em suas assas, elas corresponde a seu comando como qualquer parte de seu corpo. "

Me informou EVEA.

Eu me concentrei nelas, e para minha surpresa elas brilharam e responderam aos meus comandos, realmente era como EVEA acabou de me dizer.

Era como mexer meus braços e pernas, era algo natural.

" Certo então. "

Me dirigi para a grande janela, hesitei ao olhar para baixo, a altura era muito grande, visto que meu quarto ficava no 7 andar do palácio, na área dos nobres, próximo ao quarto de Sin.

Fechei meus olhos criando coragem, inspirei profundamente e pulei da janela de meu quarto.

Mas eu sabia que não tinha que me preocupar, como EVEA me dissera, assim que pulei me concentrei em minhas assas e elas começaram a bater e assim sustentaram meu corpo sob o ar.

Ao fazer isso meu corpo foi coberto por uma camada fina de luz branca, assim como minhas assas, ela o envolveu como se fosse uma espécie de proteção, eu me senti reconfortado, e de certa forma, protegido.

Eu estava tão nervoso e preocupado que alguém pudesse me ver e descobrir o que eu estava prestes a fazer.

Mas agora me sentia tão calmo e despreocupado.

O vento soprava jogando o meu longo cabelo para trás, como se fosse um véu de noiva.

Sorri amplamente e abri meus braços, abraçando a brisa refrescante que me envolvia.

" Eu estou voando. "

A sensação era indescritível.

Melhor do que tudo o que já sentira em minha vida.

Eu estava em êxtase.

Eu subi em direção aos céus, o vento gélido circulando meu corpo, mas de alguma forma eu não senti frio.

Assim que passei pela barreira mágica de Yamuraiha, que cercava todo este país como uma cúpula, pude disparar rumo as alturas do céu infinito.

As nuvem passavam sobre mim, e eu deslizando pelo meio delas e rindo, olhei para baixo, ficando um pouco chocado ao ver a altura que eu havia alcançado.

Mas era maravilhoso, de lá de cima pude ver todo o meu país, pude ver cada canto de Sindria, minha visão parecia a de uma águia, foi como se cada canto no qual eu focava com meus olhos, apesar da distancia em que eu estava do chão, fosse aumentado 50 vezes seu tamanho.

Podia identificar até mesmo os rostos das pessoas que ainda estavam acordadas e do lado de fora de suas casas.

Eu sorri.

Como o lugar onde morava era maravilhoso.

A luz da lua me atingiu e refletiu por todo o céu estrelado.

As cores azul e laranja dançavam e começaram a me circular.

" Cante Jafar. "

Pediu EVEA.

Comecei a cantar, uma nova canção, uma sobre meu lar, o país onde morava, que estava bem abaixo de mim agora.

" HOOO SINDRIA.

HOOOHOOHOOOO QUERIDA SINDRIA.

PAÍS ONDE SE ENCONTRA A BONDADE E A JUSTIÇA.

ONDE TODAS AS FLORES DESABROCHAM E SEUS FRUTOS DEMONSTRAM SEU ESPLENDOR A ESTA TERRA FARTA.

HOOO SINDRIA.

LUGAR ONDE O SEU TRABALHO ARDUO É RECONPENSADO.

HOOO SINDRIA.

ESSA É MINHA CASA.

ESSA É MINHA TERRA.

O LUGAR QUE EU AMO.

HOOO SINDRIA.

HOOOHOOHOOOO QUERIDA SINDRIA.

SOMENTE AQUI FAZ MEUS OLHOS BRILHAREM E MEU CORAÇÃO SE AQUECER.

É UM SENTIMENTO AGRADAVEL E DIFICIU DE DESCREVER.

MAS EM NENHUM LUGAR EU IRIA QUERER VIVER. "

Cantei duas vezes esta canção, e como na ultima vês, após  terminar tudo voltou ao normal, o céu voltou a sua normalidade e eu me senti um pouco cansado.

Mas a lua ainda continuava a jogar seus raios em min.

"Absorva-os, sinta a energia e absorva ela, é do poder da lua que você renovara seu magoi. "

Falou EVEA.

Estava espantado, já ouvi e presenciei essa maneira de recuperar o magoi, Sinbad já havia feito isso uma vez absorvendo a energia do vento enquanto usava uma, de suas 7 transformações.

Mas da lua, nunca ouvi nada como isso, mas fiz o que ela me falou.

Fechei meus olhos, e senti a energia que fluía por meu corpo.

A luz do luar me proporcionou uma sensação incrível, foi como se varias plumas macias roçassem em minha pele, era gentil e delicado, pude sentir o frescor de seus raios, era frio mas agradável ao meu corpo.

Seus raios pareciam atravessar todo o meu ser.

Naquele momento não me sentia mais cansado, me sentia revigorado.

Como se minhas energias tivessem voltado.

Abri meus olhos, cheio de empolgação, algo que a muito tempo não sentia.

Ninguém parecia ter notado minha presença aqui no céu, ele estava muito alto para que alguém me visse, e se por algum milagre conseguisse, as nuvens abaixo me esconderiam.

Bem já que estou aqui, não a nada demais em aproveitar um pouco.

Voei em direção ao mar.

Dei um rasante em direção as ondas que se chocavam com os recifes de coral, com a minha visão aumentada foi muito fácil calcular quando eu deveria desviar, quando me aproximei na distancia certa eu desviei no ultimo instante.

Aquilo me fez rir.

Eu me assustei um pouco com isso.

O som de meu riso foi como um soar de sinos.

Eu estava acima do mar, um pouco mais de meio metro de altura entre meu corpo e ele, pairando sobre ele.

Deslizava minhas mãos sobre sua superfície me deliciando com a incrível sensação.

É claro que fazia isso com muito cuidado, pois poderia cair facilmente nas presas de algum monstro do mar que poderia estar por perto.

Todo cuidado era pouco, mas foi tão bom.

A água se agitou ao meu redor e começou a levitar para cima.

Ela se espalhou ao meu redor e adquiriu um brilho azulado com tons leves de prata, ela circulava meu corpo e dançava entorno de mim.

Foi quando notei os rukhs.

Eles saiam de dentro da água, que ate então estava girando em uma dança suave a minha volta.

Eu não podia acreditar no que via.

Somente as pessoas que nasceram com o dom da magia, como Yamuraiha ou os poderosos Magis, como Aladdin, e em alguns casos raros de pessoas especiais, como nosso rei Sinbad, podiam notar a presença dos rukhs e velos.

Mas eu nunca pude velos antes, nunca consegui exceto por duas ocasiões, mas aquilo era totalmente diferente da situação atual.

Eu os via, eles saiam de dentro da água e assim como ela se juntaram aquela dança, me circulando, lançando seu brilho e jogando um novo encanto a esta cena que se passava diante de meus olhos.

Agora podia simplesmente admira-los, eram tantos, eles tinham a cor azul, deveriam ser os rukhs do elemento água,  o que era mais do que obvio.

Existiam rukhs de todos os elementos compostos pela magia, ar, fogo, terra, água, dentre outros mais.

Muitos deles começaram a pousar em mim, nos meus braços e pernas, no meu cabelo, por todo o meu corpo.

Eu não entendi o que estavam fazendo, até que uma poderosa luz foi imitida deles e por um instante tive que fechar meus olhos, pois a luz era forte demais.

Senti meu corpo ser encoberto por..PODER.

Eu comecei a entrar em pânico, tentei abrir meus olhos, mais a luz os cegou assim que o fiz, de imediato eu os fechei de novo.

" O que era tudo isso. "

Mas tão rápido como aconteceu, também terminou.

Eu não sentia mais aquela sensação estranha de todo o meu corpo estar recebendo uma descarga elétrica, forte o suficiente para fazer meu coração disparar incontrolavelmente.

Tentei abrir meus olhos de novo, mas esta ves não havia mais aquela luz forte de antes  nos rukhs então pude encará-los sem nenhum problema.

Seu numero parecia ter dobrado nesse meio tempo em que fechei meus olhos.

" EVEA, o que foi isso "

Lhe perguntei, mas ela não me respondeu.

Me parece que ela só me respondia quanto sentia a vontade, ou quando fosse preciso que eu tivesse as respostas de minhas duvidas.

Tsc.

Os rukhs que estavam no meu corpo alçaram vôo de novo e assim como vieram eles também se foram, voltando de volta para a água, que aos poucos também foi perdendo seu encanto, e seu brilho.

Logo ela voltou para o grande mar azul, levando os rukhs com sigo.

A lua ainda brilhava lá no céu, jogando seus raios sobre mim.

Suspirei.

Essa foi uma noite inesquecível para mim, e um tanto confusa também.

Mas eu não queria que acabasse tão rápido.

Foi quando subitamente, a poucos centímetros de meu rosto, um corpo saiu de dentro d água  saltando para cima, dando piruetas, seguido de outros 3 fazendo exatamente a mesma proeza.

Eram golfinhos.

Eu ri mais uma vez, desta vês quando o fiz eles pararam de pular e vieram a min.

Saíram da superfície, deixando a parte inferior de seu corpo embaixo d água.

Ficaram me olhando e fazendo sons.

—O que foi ?_Perguntei feito bobo.

Eu não era como Pisti, que conseguia se comunicar com os animais, mas eu gostava muito deles, pelo menos da maioria, com algumas exceções.

Eles começaram a saltar em volta de mim, alguns chegavam a encostar suas nadadeiras em min.

" Querem brincar com você. "

Me disse EVEA.

Eu os encarei.

Seus olhos ostentando meu olhar.

—Querem brincar ?_Perguntei, e mais uma vez me sentindo um bobo.

Mas a resposta deles não foi nem um pouco boba.

Eles assentiram com suas cabeças, fazendo o mesmo movimento que nós, humanos, fazemos quando concordamos com algo.

E sabia muito bem que os golfinhos eram animais extremamente inteligentes, mais inteligentes do que muitas pessoas inclusive.

Mas não pude deixar de me encantar com o que via.

Eu sorri.

Eu brinquei com eles usando de meu poder de manipular a água, formei grandes bolas de água, que ficavam suspensas no ar cerca de 1 metro acima do mar, as quais eles saltavam de dentro do imenso oceano para dentro delas, e de uma em uma eles saltavam e espirravam água para todos os lados, pareciam se divertir muito com isso., depois voltavam para o mar.

Eu nunca me diverti tanto assim, quero dizer, estar com meus amigos e com Sin era ótimo, mas não era a mesma coisa, não era do mesmo jeito que me sentia agora.

É tudo novo para mim.

E eu estou amando isso.

Depois de um bom tempo de brincadeiras eu voltei para o palácio.

Tomei cuidado o suficiente para que ninguém me visse entrar pela janela de meu quarto.

Com a mesma esfera de luz rodeando meu corpo senti a transformação me trazendo de volta ao normal.

Exceto pelo meu cabelo, que mais uma vês estava muito comprido.

—Mas será que vai ser sempre assim _Resmunguei para o nada.

" Vai sim, toda vês que usar o meu poder isso vai acontecer, deveria parar de cortar e apenas amarrá-lo, ou fazer uma trança com ele, de qualquer jeito ninguém notaria ja que você usa seu keffiyeh para cobrir sua cabeça. "

Me informou EVEA.

Estava muito tarde para cortá-lo agora de qualquer jeito.

Eu teria muitos afazeres pela manha, o que seria muito em breve.

Resolvi amarrá-lo em um longo rabo de cavalo, decidiria o que fazer com ele pela manhã.

Eu estava em um campo florido com flores roxas por todo lado.

Eu deveria ter 6 anos de idade, meu cabelo encostava nos meus pés, eu usava uma veste verde clara com detalhes em azul marinho.

Em minha cabeça havia uma coroa de ametista com esmeraldas a adornando.

Havia mais alguém comigo naquele lugar.

Devia ter a minha idade.

Vi que seus cabelos eram negros com um reflexo azulado neles.

Ele segurava firmemente a minha mão, e seu perfume tinha o mesmo aroma daquelas flores ao nosso redor.

Ele vestia uma túnica azul marinho com detalhes e verde pinheiro.

Nós dois observávamos o por do sol juntos, eu estava com minha cabeça encostada em seu ombro, e estava muito feliz por ele estar ao meu lado.

Sei que ele é muito bonito, mas não podia ver seu rosto por causa dos raios do sol que refletiam nele.

—Nos dois vamos sempre estar juntos, e eu sempre vou te proteger._Falou ele.

Eu me lembro de ter sorrido amplamente ao ouvir aquilo.

—Eu também vou estar sempre ao seu lado, e serei seu, você tem meu coração._Lhe respondi.

Ele se virou para mim, neste instante uma nuvem estava passando em frente ao sol, e pude ver parte de seu rosto.

Vi lindos e profundos olhos azuis como o oceano, e tive vontade de mergulhar neles.

Acordei  ofegante.

Tentava controlar minha respiração mas estava difícil.

Eu estava todo molhado de suor e pude sentir gosto de sangue em minha boca.

Estava tão confuso, isso foi um sonho ou uma lembrança.

Sempre evitava pensar no meu passado, eu não tive uma infância feliz, muito menos agradável.

Suspirei me encolhendo e agarrando meus joelhos.

O sol já havia nascido e também já era bem mais tarde do que o horário que eu pretendia ter me levantado.

Me levantei e fui me banhar.

Assim que terminei peguei a tesoura e me encarei no espelho.

Cortar ou não cortar, eis a questão.

Se ele ia sempre estar crescendo de novo, seria um esforço inútil e uma perda de tempo estar sempre cortando ele.

Então optei por não cortar.

Ao invés disso eu o amarrei em um coque cheio, pela quantidade de cabelo, e firme, coloquei meu keffiyeh verde folha, e desci e fui direto para meu escritório pulando o café da manhã, já havia perdido tempo de mais.

SINBAD

 

 

 

 

 

Estavam todos a mesa comentando sobre a noite anterior.

Outra vês a noite foi invadida por uma doce e melodiosa canção.

Mas desta vês eu acompanhava através da barreira de Yamuraiha.

Desta vês uma canção dedicada a Sindria.

Era como se Jafar estivesse se desculpando com todos os moradores que aqui viviam, aquela canção alegrou imensamente meu coração.

O país que criamos juntos era exatamente o que ele descreveu nela, foi muito gratificante ouvir como ele se sentia em relação a isso.

Eu estava feliz da vida, mas durou pouco.

Apolo adentrou dentro do salão.

Por um instante fiquei aliviado por Jafar não estar presente junto conosco.

Embora este costume de Jafar não descer para o desjejum ser algo que eu não aprovava nem um pouco visto que esta era a refeição mais importante do dia, por ser a primeira refeição de nosso corpo, me sentia feliz por Apolo não poder se aproximar dele.

Algo neste homem fedia, e pelos poucos rukhs que o circulavam, deveria ser uma má pessoa.

Seus olhos varreram a sala, e pude ver a decepção neles.

Não pude deixar de sorrir.

Embora eu também me sentia da mesma forma.

Queria muito ver Jafar esta manha e confrontá-lo.

Lhe dizer que eu sabia muito bem que era ele quem estava cantando essas maravilhosas melodias, queria lhe perguntar o por que dele não ter me dito nada, por que não me disse nada sobre esse assunto.

E seria exatamente isso o que eu iria fazer, hoje a noite eu o seguiria e o confrontaria, ele não teria como negar, visto que eu o havia pego no ato.

Sorri, me vendo repentinamente ansioso para que hoje a noite chegasse.

—Jafar san não se juntara a nós _Perguntou ele.

—As vezes ele faz isso, quando esta mergulhado em seus deveres._Falou Yamuraiha enquanto passava geléia de damasco numa fatia de pão.

Aladdin e Alibaba devoravam seus ovos e bebiam suco de laranja.

—Talvez eu deva levar algo para ele com.._Começou Apolo mas eu o interrompi.

—Não se preocupe Apolo sama, eu mesmo me encarrego disso._Disse ao me levantar e pegar uma bandeja e rechea-la com os alimentos que sabia que agradavam a Jafar.

—Tem certeza, eu posso.._Ele insistiu.

—Esta tudo bem, de qualquer forma eu tenho que falar com ele a respeito de alguns compromissos que terei que desmarcar e remarcar para outra ocasião._Falei já me dirijindo para a porta.

Não daria nenhuma hoportunidade deste homem ficar a sós com Jafar, sabe se lá o que ele poderia fazer, ou melhor.

O que Jafar faria com ele se ele tentasse alguma gracinha.

" Provavelmente cortaria seus braços fora. "

Sorri ao imaginar tal cena.

Mas parei abruptamente ao visualizar outra em minha cabeça.

Nesta Apolo roubava um beijo de Jafar, e ao invés de Jafar se afastar dele, ele correspondia ao beijo.

Sacudi minha cabeça para clarear meus pensamentos.

" De jeito nenhum Jafar faria uma coisa como essa. "

Me tranqüilizei mentalmente.

O que estava pensando.

Passei direto pelas elas portas de seu quarto.

Fui para seu escritório, pois era mais que certeza que ele estaria lá.

Abrir a porta pude velo, ele estava de costas para mim, e parece que não me ouviu entrar.

O que era coisa rara, em geral ele era sempre muito observador, e não deixava passar nada.

Deveria estar distraído com algo.

Aproveitaria esta oportunidade para lhe pregar uma peça.

Me desloquei em sua direção sorrateiramente, procurando não fazer nenhum som.

Me aproximei por trás dele.

Ele estava debruçado sob um, dos muitos rolos que estavam em cima de sua mesa, em sua mão ele segurava uma pena na qual ele mergulhava no tinteiro para poder escrever.

Seu rosto estava concentrado em algo bem além daqueles rolos, parecia pensativo.

Uma mecha de cabelo branco estava fora de lugar, caindo em cima de um de seus lindos olhos.

Minha mão se moveu inconscientemente indo em direção a seu rosto, a fim de arrumá-la no lugar.

—Por quanto tempo mais você pretende ficar parado ai atrás Sin ?_Falou ele.

Droga.

Mesmo distraído com algo, ele nunca abaixava sua guarda.

—Achei que poderia querer comer algo, já que não compareceu ao salão para o café da manhã, você precisa colocar algo em seu estomago._Falei ao colocar a bandeja ao lado dele para que ele come-se alguma coisa.

Ele suspirou.

—Eu não estou com fome, acordei um pouco tarde hoje, estou tão atrasado em revisar estas procurações, fora o que ficou acumulado aqui durante os 3 dias em que fiquei desacordado._Ele falou.

—É por isso mesmo que quero que você coma algo, ainda esta se recuperando, não deveria nem estar nesta sala, deveria estar de repouso._O adverti.

Fiquei tão preocupado com ele nesses últimos 3 dias.

—É o meu trabalho Sin, eu me dedico com a finco, já me sinto muito melhor agora._Falou ele.

Eu ainda não estava certo disso.

Ele ainda estava pálido, quero dizer, ele sempre foi alvo, sua pele parecia de porcelana, e..parecia tão..macia.

Sacudi minha cabeça.

— Você tem um encontro marcado daqui uma semana para a reunião com o império Reim por favor não se esqueça._Falou ele.

—Esta reunião é só daqui 1 semana Jafar._Argumentei.

Ele se virou para mim e me deu um de seus sorrisos sarcásticos.

—Eu sei, mas você sempre da um jeitinho de adiar e.._Foi interrompido pelo barulho de seu próprio estomago, que nesse momento o havia traído.

Eu ergui uma sobrancelha para ele.

Ele corou e desviou seus olhos.

" Será que ele tinha noção de como ficava bonitinho quando agia dessa maneira tímida como esta agora. "

Mas o que eu estou pensando agora.

Ele suspirou e se virou para bandeja ao seu lado.

Vi um leve brilho em seus olhos ao verem a tigela de figos banhados com mel.

Era um de seus alimentos preferidos.

Ele sorriu ao pegar a tigela.

—Obrigado, isso esta ótimo._Disse ele ao provar das frutas

—Você deveria me escutar mais vezes._Disse a ele.

—Ei essa fala é minha não se esqueça._Falou ele sorrindo pra min.

Meus olhos vagaram por seu sorriso, era lindo quando ele sorria, quando faz isso seu rosto se ilumina.

Vi me olhando para seus lábios, o mel das frutas deixaram eles brilhosos.

Minha boca se encheu de água.

Eu vi aquela pequena língua rosada sair para fora e lambe-los, deixando os limpos.

Eu queria ter feito isso, queria ter provado o sabor de sua boca combinado ao mel daquelas frutas.

—Algo errado _Me perguntou ele parecendo confuso.

Eu o encarava sem se quer piscar, foi quando notei meu deslize.

Pigarreei.

—Na verdade não, apenas quis me certificar de que você esta se alimentando direito e cuidando de sua saúde._Disse já me retirando daquele lugar.

—Não vá perder o almoço Jafar._O alertei.

—Tudo bem, eu irei descer._Me assegurou ele.

—Até lá então._Disse já me afastando.

Eu realmente precisava de uma bebida.

JAFAR

 

 

 

 

 

 

O tempo pareceu voar enquanto eu assinava as cartas de entrega de mantimentos, revisava novas procurações, e renovava novos contratos de transições.

Logo já era hora do almoço e como prometido eu desci as escadas rumo ao salão de banquete.

O salão estava cheio, e todos falavam em apenas uma coisa.

Em como Sindria estava alegre hoje.

— Os navios regressaram com o quatriplo de peixes que normalmente conseguem pegar em suas redes._Comentou Drakon._Hoje foi uma ótima pescaria._

—Jaksho disse que finalmente sua plantação pareceu reagir ao fertilizante que criei, todos as plantas e arvores dele já estão com flores, é questão de tempo darem frutos._Falou a alegre Yamuraiha.

Sorri feliz.

Já faz algum tempo que Jaksho vem tentando fazer sua plantação reagir, mas não obtivera resultado algum, por isso Yamuraiha criou uma espécie de fertilizante usando um pouco de sua magia para tentar dar um empurrãozinho em sua plantação.

E pelo que ouvi deu muito certo.

—Esta um dia maravilhoso lá fora._Comentou Pisti ao entrar.

—Eu que o diga, já estava sentindo falta daqui._Falou Pipirika ao vir logo atrás dela.

Meu sorriso aumentou.

—Pipirika como é bom te ver._Falei ao ir complementá-la._Por que não nos avisou que já estava chegando ?_Lhe perguntei.

Ela era a irmã mais nova de Hinahoho, era também quem me auxiliava com as procurações e toda a papelada.

Ela tinha feito uma viagem a negócios até Artemira já faz algumas semanas.

Era bom vela de novo.

Ela sorriu e me cumprimentou.

—Jafar san, que alegria revelo._Ela disse._Eu acabei por esquecer, estava tão ocupada com revisando nossa mercadoria e fazendo o balanço do quanto adquirimos._Ela comentou.

—Eu entendo bem como é isso, mas que bom que já esta de volta Hina vai ficar feliz._Falei.

—Pois deveria tirar umas ferias, pois já esta começando a ficar parecida com nosso conselheiro, só pensando em seu trabalho e se esquecendo do resto._Falou Sharrkan.

—Ao menos eles se dedicam em seus deveres diferente de alguém que ainda nem conseguiu ensinar ao Alibaba técnicas de luta mais avançadas por que estava ocupado de mais tendo que lidar com a ressaca da noite passada._Acusou Ymuraiha.

—Hora sua bruxa, como se eu.._Eles foram interrompidos.

—Hora não comecem de novo vocês dois, mas que coisa._Falou Hinahoho ao adentrar no salão.

Com um sorriso grande foi cumprimentar sua irmã que não via a algumas semanas.

Fui para meu acento.

Reparei que Apolo não estava presente, o que me trouxe certo alivio, não gostava de ficar perto dele, ele tinha uma aura perversa que emanava dele, me dava calafrios.

Mas meu rei, o qual eu queria ver, também não estava presente, o que me trouxe certo incomodo.

Onde ele estaria.

—Onde esta Sinbad ?_Perguntei a Spartos, o qual estava ao meu lado.

—Ele esta provavelmente em seus aposentos, quando o vi ele estava tomando uma taça de vin..oe Jafar ?_Ele me chamou.

Me levantei assim que ouvi a palavra taça de vinho.

Ele não tinha jeito mesmo a uma hora como essa ele não deveria estar bebendo.

E conhecendo o tão bem quanto o conhecia, eu sabia que algo o estava incomodando.

Ele sempre bebia durante os festivais e outras festanças que ocorriam em nosso país, bebia até não poder mais.

Mas isso por que era um dia de celebração, quando ele bebia assim, estando perturbado com algo, não era nada bom.

Me dirigi para seu escritório.

Abri as enormes portas de madeira maciça e adentrei.

Ele estava pensativo, nem notou a minha presença, uma taça de vinho pela metade se encontrava em suas mãos.

Imediatamente olhei para a garrafa que estava em sua mesa, ela ainda estava acima da metade, o que indicava que não bebera mais do que meia taça, o que era bom.

Mas também dizia que ele estava muito preocupado com algo, o que era mau.

—Sin ? _O chamei.

Ele balançou  sua cabeça e ergueu seus olhos, encontrando os meus.

Ele parecia surpreso ao me ver ali.

—Esta tudo bem ?_Lhe perguntei ao me aproximar de sua mesa.

Ele suspirou e me deu um meio sorriso.

Um sorriso que não chegou até seus lindos olhos.

—Claro que sim Jafar._Ele me disse._Estou um pouco cansado apenas._Falou.

Isso estava estranho, a pouco ele parecia tão perturbado, e eu sabia muito bem o por que.

—Não se preocupe, já esta na hora do almoço não é ?_Me perguntou.

—Sim, a acho que vai gostar de saber que Pipirika acabou de retornar de Artemira._Falei com um grande sorriso.

Ele nada disse, ficou ali me encarando, seus olhos pareciam marcar meu rosto, um leve sorriso surgiu no canto de seus lábios.

Ele piscou algumas vezes e riu.

—O que foi ?_Lhe perguntei._Tem algo errado, algo no meu rosto ?_Falei apalpando na procura de alguma coisa que poderia telo feito rir.

—Como poderia haver algo de errado em uma face tão perfeita._Ele falou.

Eu corei profundamente.

Senti meu coração inchar, ele nunca falou dessa maneira, nunca me elogio desse jeito.

—Hora deixe de bobagem._Falei meio embaraçado.

—Não é bobagem Jafar, é a mais pura verdade._Ele falou.

Ele se levantou de sua mesa e fico de frete para mim.

Topázio e esmeralda se encarando.

Ele sorriu e colocou ambas as mãos sobre meus ombros, elas eram tão grandes e fortes, tive de me concentrar para não ceder ao desejo de me jogar naqueles braços fortes e sentir mais de perto seu maravilhoso perfume, e me aconchegar no calor que vinha de seu corpo.

—Jafar desde quando éramos jovens, desde aquela época em que você era apenas uma criança, a única coisa em que eu podia pensar era " Eu preciso fazer ele sorrir mais vezes. "_Falou ele.

Eu o encarava atônito.

—Tudo o que você passou, e tudo o que nós dois sofremos..as vezes me pego relembrando o dia em que nós dois nos conhecemos._Ele falou.

Eu abaixei minha cabeça, não era um momento do qual me orgulhava de me lembrar, foi neste mesmo dia que eu estava tentando de tudo para matá-lo.

Sua mão pousou embaixo do meu queijo em um pedido silencioso para que eu o olhasse.

Ergui meus olhos.

Ele estava perto de mais de meu rosto agora.

Eu só podia encará-lo.

—Desde aquele dia eu fiz uma promessa a mim mesmo, eu faria com que você sorrisse mais, ao menos 3 vezes ao dia, faria com que você encontrasse alegria e felicidade em cada momento de sua vida, fico muito feliz de ver que estou conseguindo manter minha promessa a cada vez que vejo você sorrir._Ele falo.

Meus olhos ficaram marejados, algumas lagrimas escorreram por meu rosto, eu já fui tão infeliz em minha vida miserável, já fui uma pessoa tão suja e abominável.

Uma pessoa que andava e vivia nas trevas onde para mim, a vida era cruel e as pessoas eram impiedosas.

Mas ele.

Ele me mostrou a luz, e eu vi que mesmo neste mundo mau, ainda havia boas pessoas.

Construi uma família, uma família que me salvou, eu morreria por ela.

Por ele.

Eu sorri.

—Obrigado por não desistir de min._Falei ao me lembrar daquele momento assustador, no qual ocorreu em uma Dungeon fria, em um país onde o gelo e a neve reinavam.

O país onde conheci Hinahohol..e minha mãe.

—Eu nunca o abandonaria._Disse ele com convicção._Você é muito importante para min._Disse ele.

Ele estendeu sua outra mão que estava livre para secar as lagrimas que escorriam por meu rosto, enquanto a outra ainda permanecia em meu queixo.

Foi quando Apolo adentrou no escritório e viu a cena.

Primeiro vi surpresa em seu rosto, depois vi uma raiva mau disfarçada em seus olhos e algo mais, pela primeira senti um arrepio de medo descer por minha espinha.

Ele limpou sua garganta, fazendo um rei, que até então estava de costas para ele, se virar para encará-lo.

Mas Sinbad apenas ostentou seu olhar, ele deslizou seu braço por meus ombros e o encarou.

Não entendi.

—Sim Apolo sama, algo em que posso ajudar _Perguntou ele com um sorriso, agindo como se nada tivesse acontecido.

—Todos estão a sua espera para o almoço rei Sinbad._Ele falou, depois me flitou com seus olhos apavorantes._E você também Jafar san, alias eu gostaria que terminássemos o quanto antes para que possamos treinar com nossos recipientes de metal e usar o poder de nossos Djinns, lembre-se de que o senhor me prometeu uma disputa amigável._Ele cobrou Sinbad.

Então Apolo também tinha derrotado uma Dungeon, o que me deixava ainda mais receoso quanto a ele.

Algo me dizia para não permitir tal duelo entre eles, mesmo sendo um confronto amigável.

—O que _ Questionei._Mas Apolo sama, Sinbad sa.._Eu estava prestes a começar quando Sin me interrompeu.

—Mas é claro que não me esqueci, depois de comermos iremos fazer um duelo amistoso entre nós._Ele lhe garantiu.

—Mas meu rei.._Tentei argumentar, mas foi em vão.

—Jafar não há problema algum em apenas uma simples disputa amigável._Falou Sinbad de maneira divertida.

O que me alertou, ele estava planejando alguma coisa.

Mas seria inútil discutir com ele, acabei por ceder.

—Jafar san devo dizer que senti sua falta hoje de manha no café, fico animado em ver que poderá me agraciar com sua presença._Ele disse ao se aproximar de mim, ignorando totalmente Sinbad, que estava bem do meu lado.

Ele tomou minha mão mais uma vez e a beijou, olhou para mim e sorriu.

—Ha..obrigado vossa alteza, mas realmente não precisa me tratar com tanta formalidade sou somente um conselheiro.._Eu comecei.

—De maneira alguma eu trataria de outra forma a segunda maior autoridade de Sindria, não é mesmo Rei Sinbad _Ele finalmente voltou a dirigir a palavra para Sin.

Que estava o encarando de uma maneira intimidante, pude ver que seu maquicilar estava sendo forçado, parecia que estava trincando os dentes.

Mas foi rápido de mais, embora eu tenho certeza que Apolo notou isso tanto quanto eu notei.

Sinbad sorriu.

—Certamente, meu conselheiro real é muito importante, respeitado e querido por todo este país._Disse ele.

Mas não pude deixar de notar que ele deu um certo ênfase na palavra MEU, nesta frase.

O que estaria havendo entre esses dois, o clima parecia tenso de repente.

—Muito bem vamos comer então._Disse Sinbad ao sair da sala, mas não antes de aguardar na porta por Apolo, e por min.

O almoço seguiu animado com a chegada de Pipirika, todos pareciam estarem felizes hoje, como se um encanto tivesse sido jogado neste país para que todos tivessem um ótimo dia.

—Muito bem vamos lá._Falou Apolo ao se levantar.

—Não seria melhor esperarem um pouco._Falei._Afinal vocês dois acabaram de comer, não é uma boa idéia fazerem essa disputa agora._Os adverti.

—Que tal ao entardecer ?_Sugeriu Sinbad._É um bom horário e a esta hora não estaríamos tão cheios._Falou.

Apolo não pareceu gostar de ser contrariado, ao meu ver ele parecia ser o tipo de pessoa que estava acostumado a ter tudo o que queria, sem que ninguém o questiona se.

—Claro, tem razão._Ele cedeu relutantemente.

Eu me senti mais aliviado.

Me levantei.

—Bem eu tenho alguns deveres atrasados para organizar._Falei._Se me derem licença._Falei ao me retirar.

—Deveres atrasados, desde quando Jafar san atrasa algo ?_Falou Pipirika incrédula.

Logo ela pareceu ficar um pouco abalada.

—Foi por eu não estar aqui para lhe ajudar não é ?_Me perguntou ela.

Revirei meus olhos.

—mas é claro que não._Lhe tranqüilizei com um sorriso.

—Aconteceu muita coisa durante a sua ausência Pipirika._Falou Yamuraiha.

Ela pareceu ter ficado preocupada.

—Mas agora esta tudo bem, depois contamos os detalhes._Falou Pisti.

Ela assentiu e me deu um olhar de quem sente muito.

Eu sorri para ela e deixei o salão de banquetes, mas fui impedido por uma forte mão que agarrou meu pulso.

Apolo.

—Jafar san, você assistira nosso duelo certo _Perguntou ele.

Ele parecia fazer questão de que eu visse sua disputa, o que eu não tinha um pingo de vontade, afinal eu ainda tinha muito trabalho a fazer.

Mas eu também sabia muito bem que não deveria negar esse pedido, por respeito a esse príncipe.

—Mas é claro que não._Respondi com um sorriso amigável.

Ele apertou meu pulso, um pouco forte de mais.

Eu cheguei a sentir dor.

Tive vontade de afastá-lo.

Mas ele soltou antes que eu tentasse empurrá-lo para longe.

—Eu mau posso esperar._Falou ele com um tom baixo para que só eu ouvisse.

Mais uma vez os arrepios percorreram minha espinha, ele parecia ter certeza de que venceria.

Definitivamente eu não perderia esse duelo.

SINBAD

Eu os observava pelo canto de meus olhos.

Eu vi quando Apolo apertou o pulso de Jafar, e pelo seu semblante, Jafar estava prestes a jogá-lo do outro lado do salão de banquetes.

Mas nosso conselheiro tinha mais controle do que isso, o que me decepcionou.

Assim que Apolo o soltou eu vi ele sussurrar algo para que somente Jafar o ouvisse, cerrei meus punhos por baixo da mesa.

Tive vontade de ir até lá e exigir que me disse-se o que ele avia dito a Jafar, e mais uma vês, por que eu estava tão preocupado com isso.

Não é como se Jafar se interessasse por Apolo, assim como ele parecia estar por Jafar.

Foi quando vi o pulso de Jafar enquanto ele se afastava de Apolo.

Ele estava vermelho.

Tsc, mais que desgrassado.

Me levantei abruptamente, pronto para ir até aquele moleque idiota e confrontalo pelo que havia feito.

—Algo errado Sin ?_Perguntou Hinahohol.

Ele olhou na mesma direção que eu.

Tsc.

—Não, nada._Falei sorrindo para ele._Bem se precisarem de mim eu estarei repousando em meus aposentos._Lhes informei.

—Não se esqueça de nosso compromisso._Me lembrou Apolo.

Ele tinha um leve sorriso em sua boca.

—Mas é claro, eu não perderia por nada._Falei.

Eu certamente daria uma boa lição nesse menino, para que ele aprenda a ter modos.

xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

JAFAR

O dia se arrastou de maneira lenta.

E eu não podia deixar de pensar no que me esperava esta tarde.

Que aparentemente havia chegado antes do que eu imaginava.

—Jafar ?_Chamou Pisti ao entrar em meu escritório.

Eu estava acabando de organizar os rolos com as ultimas procurações que eu havia acabado de revisar.

—Vai começar._Ela falou.

Com isso eu corri pelos corredores do palácio, que me pareceu vazio.

Onde estava os guardas, os generais, os serviçais.

Todos tinham desaparecido, mas pelo barulho que vinha do lado de fora, eu pude ter uma boa ideia da onde eles estavam.

Desci pelas escadas, atravessei o grande pátio do palácio rumo a grande área aberta que se localizava bem atrás dele.

Lá eu encontrei todos, que assistiam a disputa entre nosso rei e o príncipe de Atlântida.

Eles já haviam começado.

Sinbad havia escolhido Focalor como transformação, o cabelo longo e negro que esvoaçava ao vento e as vestes vermelhas não deixava nenhuma duvida quanto ao Djinn escolhido.

E foi uma boa escolha, pois de todos os 7 este era o mais rápido dentre eles.

Além de ter ataques bem poderosos.

Quanto a Apolo..bem..ele estava muito bem.

Eu tinha que admitir.

Ele estava semi nu, suas pernas fortes e bronzeadas estavam a mostra.

Sei peitoral impressionante reluzia com o suor recém derramado, seu cabelo balançando ao vento dando lhe um ar de rebeldia.

E sua veste violeta, a qual era de um tecido que nunca vira antes, cobria o básico de seu corpo.

O básico mesmo.

—Ele é um sonho._Falou uma das cervas, e as outras que estavam próxima a ela concordaram.

Estavam falando de Apolo.

Sinbad sempre atraia toda a atenção das mulheres, principalmente nesta forma, que era uma das mais belas que assumia quando se transformava.

Mas Apolo havia lhe roubado esses olhares e suspiros que as mulheres estavam lhe dando.

Não pude deixar de sentir certa alegria com isso, mas depois me censurei por ter tido tais sentimentos egoístas.

Os dois estavam voando um circulando o outro.

Eu sorri ao me lembrar do quão maravilhoso a sensação era, e só de pensar que hoje eu faria de novo já me dava certa ansiedade.

Apolo começou a investir contra Sinbad.

Em suas mãos haviam dois machados, ele investia contra Sinbad pelos flancos, tentando pega-lo com a guarda baixa, mas este não lhe dava nenhuma oportunidade, era rápido demais.

Apolo então começou a tomar distancia de nosso rei.

Ele ia usar um ataque de longa distancia.

Eu olhei para Sin para ver se ele tinha percebido o que Apolo estava prestes a fazer, e é claro que ele não me decepcionou.

Em uma de suas mãos, que estava atrás de suas costas, um pequeno tornado estava começando a se formar.

Ele girou seus machados, que com esse movimento se incendiaram, fortes chamas laranja os consumia, mas estes permaneciam intactos.

Ele então atirou um de seus machados em chamas mirando em Sinbad, ele desvio.

Mas o machado contornou e voltou em sua direção novamente, desta vês ele passou perto de mais de seu braço esquerdo, um corte foi feito ali.

O machado ornou a voltar em sua direção, como se tivesse vida própria.

Eu automaticamente afrouxei minhas linhas vermelhas por baixo de minhas vestes, mas eu sabia que se tratava de uma disputa amigável, embora eles parecessem estar levando esse duelo um pouco serio de mais.

Sinbad então liberou o tornado de sua mão, este por sua vez se tornou grande cobrindo o machado de Apolo e o atirando para o mesmo, ele o agarrou pelo cabo, mas quando fez isso foi levado para trás, devido a alta velocidade e força com que fora atirado pelo tornado.

Apolo aterrissou no chão com um estrondo, a nuvem de poeira que se ergue era muito grande.

Eu não podia ver nada agora.

Será que havia acabado.

Não.

Tive essa resposta bem rápido, as nuvem foram dispersadas por um forte lançar de chamas laranjas e furiosas, tendo como alvo mais uma vês nosso rei.

Sem a poeira pude ver Apolo.

Uma cratera havia se formado abaixo dele, conseqüência do impacto, ele estava com ambos os machados juntos, mirando em Sinbad, e as chamas vinham do contato deles.

Ele tinha um sorriso arrogante em seu rosto, mas este se esvai ao ver que não estava conseguindo alcançar Sinbad.

Ele então parou e voltou a voar, ele subiu bem acima de onde Sinbad estava.

Ele fechou os olhos e  se concentrou.

Ele não vai fazer o que eu acho que vai não é ?_Perguntei a Spartos.

—Acho que vai sim._Respondeu Yamuraiha por ele.

Ele começou a falar algo, não pude escutar o que era pela distancia que estava.

Uma grande estrela se formou atrás dele.

MAGIA EXTREMA.

O movimento mais forte que um Djinn poderia proporcionar para seu amo, e esse movimento SEMPRE costumava ser devastador.

Sinbad ao notar isso se dirigiu em direção ao oceano atrás dele e com isso já estava criando, não um mas 4 tornados ao mesmo tempo.

Apolo então abriu seus olhos.

—RHAJIKAFCK FLAMMY !_Gritou ele.

Um machado gigante surgiu atrás dele, ele era feito de fogo, as chamas laranjas pareciam vivas e selvagens.

Ele então se dirigiu ate Sinbad e com um só movimento de seus braços fez a lamina do machado descer em direção a ele.

Mas Sinbad agia tranquilamente como se já tivesse ganhado.

Ele uniu os quatro tornados, que já estavam muito grandes, em apenas um de tamanho colossal.

A ventania que se formava foi inigualável a qualquer tempestade que já atingiu este país.

Meu Keffiyeh vou de minha cabeça e subiu aos céus, mas não estava prestando a atenção nele.

Sinbad fez seu tornado descer ate o mar e com isso se formou um grande furacão.

A água se fundia com os fortes ventos, ele então atirou todo aquele poder em Apolo.

Seu machado gigante foi apagado como uma chama fraca de uma vela.

Apolo foi pego pela combinação, muito inteligente, de água e vento.

Ele foi engolido por essa proeza, literalmente.

E com isso a luta em fim foi encerrada.

E nosso rei foi o vitorioso, como sempre.

Ele aterrissou e foi até onde Apolo se encontrava.

Ele estava encharcado, e parecia um tanto quanto frustrado por ter sido derrotado.

Mas escondeu bem isso ao ver Sinbad se aproximar.

Ele se levantou e sorriu.

—Essa foi a melhor luta que já tive, então essa é a força do rei de Sindria._Ele disse animado.

Sinbad sorriu.

—Bem essa não é a minha transformação mais poderosa._Ele ri ao ver a expressão de espanto de Apolo ao ouvir o que falou.

Eu revirei meus olhos, ele não tinha que ficar revelando esse tipo de coisa para todos, especialmente para alguém como Apolo.

—Jafar ?_Me chamou Pipirika._O que fez com seu cabelo ?_Me perguntou ela.

Eu paralisei, como se meus pés tivessem criado raízes no local onde eu estava.

Droga, como pude deixar isso passar uma coisa dessas, meu Keffiyeh voou de minha cabeça.

E pelo que pude ver o meu cabelo não estava mais preso.

—Jafar san..hoo como é bonito._Falou uma das cervas atrás de mim.

—Nunca havia notado antes._Falou outra.

Eu comecei a dar passos para o lado, pretendia fugir dali o mais rápido possível.

Mas trombei em algum muro.

Me virei para encontrar meu irmão mais novo, embora já estivesse tão alto e forte quanto nosso pai Hinahohol, Kikiriko.

Ele me encarava com curiosidade em seus olhos, mas eu também pude ver que seu rosto estava levemente corado.

—Hey irmão._Ele começou ao se aproximar mais perto de mim._Por acaso voce é uma garota e não me contou ? _Me perguntou fazendo um biquinho.

Eu corei.

—Kawaiii !!!_As cervas começaram a dar gritinhos.

—Não sege bobo Kikiriku, é claro que não._Eu rosnei para ele.

Ele riu.

—Mas você esta tão diferente com esse cabelo desse jeito, parece uma bela mulher, e você sempre teve uma estrutura delicada, pensei que estivesse me enganando._Ele riu alto.

Com isso atraiu a atenção dos generais, que também começaram a me encarar.

Ele começaram a vir em minha direção.

—Ainda bem, você não o cortou, fica tão bonito assim._Falou Yamuraiha.

A situação só parecia piorar.

Sinbad e Apolo se viraram para ver o alvoroço que se formava atrás deles.

Ambos me flitavam com espanto.

Apolo parecia me comer com os olhos, ele começou a vir em minha direção também.

Sinbad vinha logo atrás, mas sua expressão estava um tanto quanto seria.

—Aqui._Uma mão forte me devolvia meu Keffieh.

Era Masrur.

O alivio que senti foi inconfundível.

Eu enrolei meu cabelo para trás e o prendi com uma tira de couro que eu tinha a disposição no momento.

Rapidamente coloquei meu Keffieh verde em minha cabeça.

—Obrigado Masrur._Lhe agradeci.

—Jafar você deveria deixar de usar isso em sua cabeça._Falou Kikiriku.

—E atrair atenção indesejada, como se não bastasse a cor do meu cabelo já ser diferente._Eu pestanejei irritado com os olhares que recebia.

—Mas veja como as deixou triste._Falou ele de maneira inocente apontando para as cervas que ainda trocavam olhares entre si e me observavam dando risadinhas e fazendo comentários.

Até mesmo Pipirika estava corando e desviando os olhos de min.

Uma mão pousou em meu ombro direito, me fazendo virar.

Era Apolo.

Ele tinha um brilho perigoso nos olhos.

E estava perto de mais de mim.

—O que esta fazendo ?_Questionei quanto a distancia de nossos rostos.

Foi quando ele tentou me beijar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não percam o próximo capitulo pois eu garanto, ele promete.

Até lá.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Meu eterno amado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.