Simplesmente escrita por Helly Nivoeh


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas,
Sabe de quem é aniversário hoje? Do nosso milho favorito, Nico di Angelo!
Em honra a esse dia especial, trago um capítulo para essa fic especial.
Especial para a Dobler, que fez uma linda e emocionante recomendação. Obrigada, Sweet!

Ademais, boa leitura!

Recapitulando:
Nico e Thalia estavam brigados e foram presos no quarto pela filha, Layla.
A menina correu para o apartamento vizinho, de Jason e Will.
Thalia e Nico conversaram e ela contou que a briga foi porque ele se arrisca demais e quase morreu por lutar sozinho há duas semanas, ainda tendo um ferimento no peito;
Nico conseguiu que fizessem as pazes de madrugada;
Thalia está grávida.



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A primeira coisa que Nico pensou ao acordar, foi que tudo havia sido um sonho e que ainda estava brigado com Thalia. A luz forte iluminava o quarto, fazendo-o girar na cama, deitando de barriga para baixo e fechando os olhos com força em meio aos travesseiros. Era óbvio que as cortinas deveriam estar abertas e isso só acontecia quando Thalia estava irritada. No entanto, podia sentir a brisa que tocava seu torax e a maciez dos lençóis em sua cintura, de uma forma que não seria possível se ele não estivesse nu. E, bem, Nico só dormia nu quando era despido pela esposa.

Ele passou o braço ao lado da cama, esperando encontrar o corpo quente dela, mas havia apenas o lençol frio. Suspirou, tentando criar coragem para mais uma batalha com Thalia, quando ouviu uma voz masculina cantarolar:

— Bom dia, raio de sol!

Nico entreabriu os olhos confuso, encontrando um verdadeiro raio de sol esparramado em sua cama. Will estava sentado preguiçosamente no lugar de Thalia, seus cabelos dourados tão brilhantes que fizeram Nico praguejar, reclamando de como Will era tão luminoso.

— Você não deveria estar tão mau humorado, vejo que se divertiram ontem à noite!

Nico praguejou novamente, mandando-o para um lugar pouco educado, que Will respondeu gargalhando.

— Will, Will. — A voz melodiosa de Thalia soou pelo quarto e, dessa vez, Nico se forçou a abrir os olhos completamente, virando-se de lado para olhá-la. — Não posso te deixar um segundo com meu marido e você já tira casquinha?

Nico sentiu o coração falhar uma batida e todo o seu corpo reagir ao vê-la se aproximar da cama. O sorriso sarcástico, o corpo magro destacado pelo robe preto, e a maneira como suas pernas ficavam a mostra. Ela era absolutamente linda, Nico pensou.

— Juro que sou uma pobre vítima, senhora. — Will declarou dramaticamente. — Seu digníssimo ousa me enfeitiçar com essa aura fúnebre. Só estou tentando fazer o meu trabalho!

Thalia balançou a cabeça em negação, virando-se para Nico:

— Nesse caso, milhozinho: facilite sim?

Nico bufou com o péssimo apelido e chutou o amigo quando ele ousou rir, mas foi em vão.

— Ande, Menino da Morte. — Will ralhou, um sorriso encrenqueiro ao se virar para o criado-mudo, pegando o que parecia ser algodão e umedecendo com o líquido numa vasilha. — Obedeça sua esposa encantadora.

Nico resmungou mais uma vez, ainda que soubesse não adiantar. Com tantos anos se ferindo e sendo tratado por Will, não era necessário que o instruísse, sabia que o Solace estava ali para checar o machucado.

Enrolando-se mais nos cobertores, Nico se forçou a sentar, concentrando os lençóis na cintura, sem se importar em cobrir o torso. Quantas vezes Will havia lhe visto sem camisa mesmo? Com todo cuidado e dedicação, o curandeiro começou a tirar as bandagens do ferimento, uma careta surgindo em Nico quanto mais a dor aumentava.

— Vocês precisam ter cuidado. — Will ralhou, pressionando o pano sobre o ferimento e aumentando a ardência do machucado. — A infecção sarou, mas arrebentou um ponto. Você não pode fazer esforços, sabe disso. E você também, Thalia.

— Não pode me culpar por isso, pode? — Nico retorquiu com um sorriso malicioso

— Por que Thalia? — A própria Thalia reclamou. — Você deu passe livre pra ele voltar a treinar os campistas e eu sou culpada por um ponto?

— Tem razão: melhor pegar umas férias. — Will ordenou, ainda cuidando do ferimento. — Vocês dois.

Lançou um olhar breve para Thalia, que apenas deu de ombros, virando as costas.

— Ele está proibido de cozinhar também? — A filha de Zeus perguntou, revirando o guarda-roupa. — Ou posso já ir fazer o almoço? Você e Jason estão intimidados a almoçarem com a gente, aliás.

Nico observou Will engolir em seco e trocaram um olhar cúmplice: de jeito nenhum eles deixariam Thalia chegar perto da cozinha e contaminar a todos.

— Quer saber?! — Will se pronunciou. — Nico já está ótimo! Pode te amar, cozinhar, lutar e até tentar se matar de novo!

Thalia apenas riu, fechando as portas e se virando para os rapazes.

— Então andem logo, não quero minha família morrendo de fome. — Ordenou, saindo do quarto e deixando marido e amigo discutindo.

(...)

— Papai, o Tio Jason me deixou tomar duas taças de sorvete e comer muita jujuba! – Layla contou assim que chegou em casa, saltando dos braços de Jason e acenando com um pirulito grande para o pai.

— Ei, esse era o nosso segredinho. — Jason brigou com a menina e, em seguida, deu um sorriso amarelo para a irmã que o julgava com os olhos.

— O seu tio Jason vai te transformar em uma formiguinha, mio amore. — Nico balançou a cabeça rindo, acenando para o banco vazio ao seu lado. — Agora venha aqui, precisamos conversar.

Layla fez um bico e obedeceu, abaixando o queixo e erguendo os olhos azuis para o pai.

— Agora não. – Thalia o advertiu.

— Nossa, Pinhazinha! — Will reclamou, fazendo um bico. — Só por causa da nossa presença?! Vai esperar a gente sair?!

— Precisamos ter uma conversa séria com Layla. — Thalia disse irresoluta, lançando um olhar sério para Will. — Uma que não envolva dois tios nos olhando como se fossemos monstros.

Nico os ignorou e se ajoelhou na frente da filha, lançando um rápido olhar para Jason, Will e Thalia manterem um pequena distância.  Sua expressão era séria, séria o suficiente para Thalia suspirar e cruzar os braços, observando-os. Por mais severo que fosse o olhar de Nico naquele momento, ele sempre foi o mais delicado e temeroso dos dois ao lidar com a criança, o que acabava por ter um peso maior para Layla quando a bronca vinha dele.

— Desculpa, papai. – A pequena pediu, o bico ainda nos seus lábios. – O tio Will disse que o que eu fiz foi errado, mas você e a mamãe tavam assim demais. Não falavam nada! — Ela fez uma pequena pausa, abaixando a cabeça e murmurando tão baixo que era difícil de entender. — Eu fiquei com medo.

— Medo? — Nico perguntou, sua expressão e voz firme, mas Thalia notou a forma como o corpo dele ficou tenso. Ela própria havia se sentido estremecer com as declarações de Layla.

— Hanna disse que o pai e a mãe dela estavam brigando muito. — Layla continuou. — A mãe dela foi embora. Eu não quero que a mamãe vai embora.

— Ah, mio amore, a mamãe e o papai se desentendeu, mas isso é normal. — Nico desmanchou o tom severo, segurando as mãos da menina e a acalentando no tom mais doce que conseguia. — Se isso aconteceu com os pais da Hanna, não quer dizer que vai acontecer com a gente.

— Mas com o pai e a mãe do Josh também. — Layla argumentou, seus olhos azuis apertados como sempre acontecia quando era contrariada. — Ele disse, que o pai dele disse que ia mudar porque a mãe dele não falava nada. Eu não queria que você fosse embora também.

A menina fez uma pequena pausa, olhando para seus dedos que se apertavam os do pai em um gesto de nervosismo e medo. Thalia sentiu a garganta apertar e a vontade de ir até a filha, deixando claro que aquilo não ia acontecer com eles, que ela ainda amava muito o marido… E era justamente por amá-lo que eles brigaram. Mas, a filha de Zeus apenas continuou parada.

— Layla, o papai entende o que você fez, tá? — Nico começou, apertando as mãos da filha e fazendo-a olhá-lo. — Mas também não foi certo o que você fez. Imagina se algo tivesse acontecido com seus tios, ou algo acontecesse com você, como nós iamos sair de lá? E se algo acontecesse com a gente? Você se colocou em perigo nos trancando lá. Não só você, mas colocou eu e sua mãe em perigo também.

O bico de Layla estremeceu e seus olhos lacrimejaram novamente, como se só agora percebesse a gravidade da situação. Nico fez uma pequena pausa, suspirando e, então, continuou:

— Olha, se isso acontecer de novo você deve falar comigo, tá? Eu sei que às vezes, eu e sua mãe podemos brigar e, às vezes, isso assusta você. Sei que a gente pode emburrar um pouco um com o outro, mas é por pouco tempo, mio amore.

Nico parou novamente e, dessa vez, lançou um olhar para Thalia. Ela podia ver nos olhos escuros que ele estava tão fragilizado com as ações e medos de Layla quanto ela, mas também podia ver que tudo o que ele estava falando vinha do coração.

— Eu amo sua mãe muito e muito. — A voz de Nico ecoou pela sala e Thalia sorriu, o olhando nos olhos. Ele retribuiu o sorriso e voltou-se novamente para a filha. — Assim como eu amo você. Sua mãe é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. E, graças à ela, eu tenho você, minha pricipessa, que eu amo do mesmo tanto. Vocês duas são as melhores coisas que aconteceram na minha vida e isso nunca vai mudar.

Thalia sentiu seus próprios olhos lacrimejarem, amaldiçoando os hormônios por deixá-la tão frágil, mas engoliu o choro e se aproximou, abaixando-se ao lado do marido, colocando a mão em seu ombro.

— Você é minha princesa, não é? – Nico perguntou, olhando para a filha que assentiu com a cabeça. – E sua mãe a minha mais linda rainha. — Ele lançou um rápido olhar para Thalia, que o afagou no ombro, incentivando-o. — Eu sou louco por vocês. Eu amo muito vocês.  E nada no mundo vai mudar isso. Ok?

Layla balançou a cabeça que si novamente, uma pequena lágrima escapando. Ela balbuciou um pequeno “desculpa”, e foi a vez de Thalia não conseguir segurar as lágrimas.

— Venha cá. — Nico chamou, puxando Layla com o braço esquerdo e envolvendo a cintura de Thalia com o direito, envolvendo-as em um abraço apertado.

(...)

— Thalia?— A voz de Nico soou pelo quarto, fazendo-a engolir em seco e fechar os olhos, em busca de se livrar de qualquer resquício de lágrimas.

Forçando um sorrindo confiante, Thalia se virou para o marido, um jeito tão natural que poderia enganar qualquer um.

— Ei, o que está fazendo aqui? — Ela ergueu a sobrancelha, sua voz em um tom calmo. — Achei que estava cuidando do almoço.

— Eu estou. — Nico respondeu, se aproximando mais da esposa até estarem lado a lado. — Mas vim pegar isso.

Ele sorriu travesso, esticando o braço e pegando o pequeno estojo de maquiagem cor de rosa e acenando. Thalia soltou uma risada, balançando a cabeça ao reprovar a atitude dele.

— Que vai ser a vítima desta vez? — Ela perguntou, cruzando os braços e se recostando na parede ao lado da estante.

— Will. Ninguém mandou dar de presente pra Layla.

Nico resmungou e sorriso de Thalia se alargou. De fato, a culpa era realmente de Will Solace: No início do ano, havia dado de presente pra Layla um estojo pequeno de maquiagem colorida. A ideia de deixar a filha se maquiar não agradava Thalia nenhum pouco, então a regra era clara: Layla poderia brincar com os cosméticos, desde que fosse para maquiar bonecas, o pai ou os tios. Afinal, Thalia jamais permitiria que passassem uma miligrama de sombra rosa em seu rosto. Na época, Thalia não fazia ideia que isso lhe daria tantas gargalhadas ou fotos incríveis de Will, Nico e Jason.

— Ele definitivamente merece. — Thalia concordou, dando as costas para o marido e terminando de ajeitar as coisas na estante, incluindo o porta-retrato que trazia a imagem de Will, Nico e Jason preparados para participarem de um circo ou um show da Barbie.

No entanto, Nico não se afastou. Seus dedos tocaram o ombro de Thalia, nu pela regata, em uma carícia que a fez suspirar, sentindo as familiares correntes elétricas que aconteciam em alguns momentos que Nico a tocava há anos.

O filho de Hades deixou seus dedos deslizarem por todo o braço esquerdo da esposa alcançando sua mão e, em seguida, o dedo anelar, girando a aliança de casamento. Thalia respirou fundo novamente e se recostou no corpo do marido, sentindo-o envolvê-la pela cintura em um abraço, seu nariz roçando na orelha dela, provocando mais arrepios e fagulhas de energia.

— Quer conversar? — Nico sussurrou e Thalia engoliu em seco. Ela poderia parecer natural para qualquer um, mas Nico havia aprendido a ver quando ela mentia, pelo menos, na metade das vezes.

— Eu estou bem. — Thalia o assegurou, repetindo em sua mente como um mantra para se assegurar também. — E você?

Foi a vez de Nico suspirar, deixando estojo de volta na estante, e Thalia se virou lentamente, olhando-o nos olhos ao envolver seu pescoço, uma pequena distância entre eles no abraço.

— Estou preocupado. — Nico admitiu, seus olhos escuros transbordando o medo. — Eu não sabia que ela estava sendo tão afetada, não sabia que ela estava pensando que íamos nos divorciar.

— Ainda bem que ela não sabe da nossa história. — Thalia sorriu de canto. — Aliás, já devíamos saber que não enganamos ninguém quando estamos fingindo que está tudo bem, mas, na verdade, queremos nos matar, não é? Afinal, já tentamos isso há anos.

Nico apenas riu, aproximando mais o rosto de Thalia e a acariciando na bochecha.

— Pelo menos não fingimos mais que estamos perdidamente apaixonados.

— Não? — Thalia debochou. — Eu ainda estou fingindo. E tão bem que até você acredita.

— Ah, tenho certeza que é só fingimento. — Nico revirou os olhos, fechando a cara. Thalia apenas riu, aproximando ainda mais o rosto, até que seus narizes se tocassem e pudessem sentir a respiração um do outro.

— Gostei da sua declaração hoje.... — Thalia sussurrou. — Então, quer dizer que eu sou sua rainha?

Nico sorriu, mostrando a covinha. Ele tocou seus lábios nos de Thalia, sentindo os leves choques que faziam seu coração acelerar, seus olhos negros focados nos azuis elétricos.

— Isso significa que… — Thalia continuou, seus lábios roçando nos de Nico a cada sílaba. Ela fez uma pequena pausa, mordiscando o lábio inferior de Nico e, depois, sorrindo travessa ao continuar. — …que eu sou a rainha do milho?

Nico ficou parado por um segundo, registrando a brincadeira. Então, revirou os olhos e se afastou, deixando uma Thalia rindo em deboche.

— Poxa, Thalia! — Ele reclamou. — Depois eu que estrago o clima!

— Me desculpe, você sabe que eu não consigo me conter. — Thalia pediu, tentando segurar as mãos de Nico para puxá-lo para si, mas ele protestava se afastando. — Vamos, foi apenas uma brincadeira. Você sabe que é meu rei dos fantasmas.

Ela arqueou uma sobrancelha e sorriu de canto, de uma forma que sabia que Nico não resistia muito tempo. De fato, ele deixou de se afastar e Thalia se aproximou, abraçando-o pela cintura.

— Não é? — Ela sussurrou, sorrindo travessa e o puxando para um beijo.

— Isso não é justo. — Nico murmurou durante o beijo. — Seus golpes são baixos.

— A vida não é justo. — Thalia riu, separando seus lábios dos de Nico, mas o apertando em mais um abraço. — Mas eu realmente gostei do que você disse pra Layla. Sabe… Você se sai bem melhor do que eu esperava.

— Isso significa que sou um ótimo pai? — Nico debochou, afastando-se o suficiente para poder ver o rosto da esposa.

— Quando não está ressuscitando ossos de cachorros porque esqueceu o presente de aniversário dela? — Thalia ergueu a sobrancelha. — Sim, é.

— Ah, vamos: Layla adorou Bones. Pena que você não nos deixou ficar com ele!

— São as regras do prédio: Sem animais. Vivos ou mortos. — Thalia esclareceu em uma expressão séria, que não durou muito. Logo se desmanchava em um sorriso diante o olhar de Nico. — O importante é que você é um ótimo pai e Layla sabe disso.

— E será que o novo bebê também vai saber? — Nico questionou, erguendo a sobrancelha e sorrindo de canto.

— Novo bebê? — Thalia questionou, apertando os lábios para se fazer de desentendida, mas desistindo logo em seguida. — Como sabe disso?

— Eu te conheço, Thalia Marilyn Grace-Di Angelo.

— Marilyn não. — Thalia resmungou, mais uma vez odiando o fascínio que sua mãe teve com Marilyn Monroe.

— E eu não sou tão lerdo quanto Percy. — Nico continuou. — Eu sabia que tinha que ser algo mais sério para te abalar nas últimas semanas. Apenas juntei as suas insinuações e as de Will. Além de que você é minha esposa há anos, eu conheço seu jeito e seu corpo também.

— Está falando que eu engordei? — Thalia rebateu, estreitando os olhos.

— Não, não. — Nico sorriu malicioso, movendo as mãos pelo corpo de Thalia, desde o ventre e depois subindo pelos seios. — Você sabe que não é só a barriga que muda. E você tem esse brilho nos olhos… Só quando estava grávida de Layla você tinha ele.

— Você está virando um especialista então? — Ela continuou, debochando. — Nosso segundo filho e já traçou um padrão?

Nico não respondeu, apenas riu e levou novamente as mãos para o ventre de Thalia, acariciando.

— Nosso filho. — Murmurou, um tanto hipnotizado.

— Tudo outra vez…. — Thalia cantarolou. — Enjoos matinais, pés inchados, desejos estranhos de madrugada.

— Você ainda mais linda, sorrindo e se emocionando o tempo todo… — Nico também cantarolou, implicando.

— Depois fraldas sujas,  noites sem dormir para cuidar do bebê, pilhas de roupas sujas se acumulando... — Ela rebateu, implicando.

— Novas gargalhadas, primeiros passos, primeiras palavras… — o filho de Hades continuou, sem se abalar.

— Brigas pra escolher o nome.

— A primeira vez que nos chamar de “papai” e “mamãe”.

— Ah, e meses sem sexo. — Thalia finalizou, sorrindo vitoriosa.

— Não sei nada sobre isso. — Nico replicou, sorrindo malicioso.

— Ah, não?! — A semideusa rebateu. — Devo te lembrar de todas as suas desculpas? Ou quantas vocês você dizia “vai machucar o bebê”? Admita, amor, seu desejo some cada vez que vê minha barriga!

— Isso não é verdade! — Nico resmungou. — Eu só me preocupo com o bebê.

Thalia ficou em silêncio, sorrindo debochada para o marido, deixando claro que ele não enganava ninguém. Nico apenas suspirou.

— Então vamos fazer uma aposta. — Ele ofereceu.

— Você sempre rouba. — Thalia o lembrou, fechando a cara.

— Dessa vez nem tem como! — Nico continuou, exasperado. — Se depois do sexto mês nós não fizermos amor por minha causa, você escolhe o nome da criança.

Thalia riu pensando em como, mesmo depois de tantos anos, Nico ainda dizia coisas como “fazer amor”.

— Oito meses. — Ela negociou.

— Não quero machucar o bebê! — Nico exclamou exasperado. No entanto, o olhar de Thalia era irresoluto, fazendo-o ofertar. — Sete meses.

— Fechado. — Thalia sorriu, aceitando. — Então, se for menina, vai ser chamar Nicoly. E, se for menino, Dimitri.

— Isso se você ganhar. — Nico rebateu. — O que não vai acontecer. Então, se for menino, vai se chamar Thor. E, se for menina, Giullieta¹.

— Certo, Shakespeare. — Ela confirmou. — Eu tenho a impressão de que você vai me engravidar até conseguir colocar o nome de Giullieta, não?

— Romeu e Julieta é a melhor história de amor. — Nico rebateu. — Mas sim, esse é meu plano.

— Então estamos combinados, meu amor. — Thalia finalizou. — Você tem a sua aposta. E, dessa vez, até quero que você vença...


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez, obrigada Dobler pela recomendação, eu amei!

Bom, os nomes das crianças vieram de filhos do Nico e da Thalia em outras fics Thalico, exceto no caso do Thor, mas que também merece estar nessa lista:
* Nicoly: Raio e Sombra, escrita por mim;
* Dimitri:De Raio e Sombra e também Fita Azul, ambas minhas;
* Thor: Um projetinho da MaryDiAngelo;
* Giullieta: Favourite Sweater da Dama do Poente.

Quem vocês acham que vai ganhar a aposta? E a reação do resto da família? Deixem seu parabéns pro nossos rei dos fantasmas/milhos!
O que vocês vão dar de presente pra ele nesse dia tão feliz?!
Espero que vocês tenham gostado e adoraria saber as opiniões.
Até mais!