Uma notícia inesperada?!

Um mês após o Bando ter ido pra Guerra.

Leah's POV

Não é que eu não confie em ninguém para contar o que acontece comigo, eu tenho amigos os quais eu sinceramente confiaria os meus mais infames segredos. A questão é que eles são poucos.

E às vezes eu me sinto sozinha porque eles foram pra Guerra e me deixaram pra trás e principalmente, porque estão distantes de mim.

É chato não ter com quem implicar... Não ter em quem descontar as minhas frustrações.

Nenhum deles convive mais ao meu lado, e eu perdi a minha essência de ser espontânea sem eles.

Não que eu seja aquela pessoa que deixa de fazer as coisas, mas tenho minhas restrições. Confiar em alguém é uma dádiva. Eu confio em poucos.

E eu sei que por mais que eles odiassem o meu temperamento, eles me suportavam... Eu não posso fazer o mesmo com as meninas – Kim, Rachel, Emily e as crianças – elas não merecem se preocupar com os meus problemas nem com o que me atormenta.

Eu sei que há algo errado por aqui, algo horrível se aproxima.

Mais e mais sanguessugas estão chegando a Forks. Mas, eu não posso preocupar os rapazes.

Nesse momento enquanto eu estou meditando, eles estão lutando dando o melhor por nós, eu tenho que me virar sem eles.

Mesmo que eu arrisque a minha vida.

Só espero que seja suficiente.

- Merda,?! - Leah refletia sentada na cadeira de balanço do lado de fora da casa dos Clearwater. Os rastros deles parecem ficar mais evidentes a cada dia que passava.

Não sei qual é a intenção em não serem discretos, talvez achem que estamos desprotegidas. Ou são prepotentes... Vai saber vampiro ou é burro demais ou forte demais, de qualquer jeito não me agrada. (n/a: que maldade, leelee)

- Tiaaaa, Tiaaa Leeah- Claire gritava de dentro da casa.

-Aqui fora. Ela respondeu.

A pequena garotinha se aproximou, e com as mãozinhas levantadas pediu para se sentar no colo de Leah.

-O que foi?

- Todos estão tristonhos, Tia. Será que é por que os meus papais não estão mais aqui? - Claire perguntou aconchegando-se mais no colo dela. -Eles estão bem, não estão?!

Leah congelou com a pergunta, já que os pais de Claire tinham sido mortos por vampiros recentemente.

Todos estavam amedrontados pelo fato.

Foi a partir disso que todos os habitantes da reserva que ainda estavam por lá se mudaram para a casa dos Clearwater.

- Querida, é lógico que eles estão bem... Eles sempre vão estar perto de nós. Confia em mim, meu amor, quando tudo isso acabar nós vamos estar bem mais contentes.

A menininha sorriu.

- Eu confio na senhora, Tia.

Segundo mês:

O primeiro mês foi bem legal, todas conseguimos nos distrair, e não pensar tanto que nossos familiares, amigos, namorados estavam lutando para que nada nos acontecesse, arriscando a vida por sanguessugas sem noção.

Mas o segundo nos atingiu de uma forma brutal... Além de termos de lidar com a ausência dos pais de Claire, muitas pessoas começavam a sumir.

Eu sabia que os vampiros estavam tentando achar o ponto fraco dos lobos para fazê-los recuar.

E adivinhem: Nós éramos o ponto fraco.

Eles queriam nos encurralar e já tinham sentido o meu cheiro há muito tempo, eu estava marcada para morrer.

Só não sabia o momento em que eles atacariam.

A minha missão era simples: proteger as preciosas "impressões" deles.

Ok. Eu estava ficando chateada com isso, era irônico demais.

Enquanto meus pensamentos continuavam a martelar, eu penteava os cabelos da "graciosa" Nessie.

Eu deveria ser má.

Eu poderia estar com raiva ou eu simplesmente poderia deixar que ela fosse morta pelos vampiros que nos rodeavam, ela era um alvo fácil, só tinha um porém...

Eu gosto da pirralha, mesmo ela sendo quem poderia me destruir mais na frente.

Ela é só uma criança.

E merda, uma criança que precisava de mim.

Eu ando muito sentimental. Merda.

- Lee, penteia meu cabelo igual o seu?" A pequena ruivinha pediu. - Quando a minha mãe voltar, eu vou pedir pra ela, pra você morar com a gente.

Eu tive que rir dessa. Imagina: eu e Bella-sem-sal-açúcar-songa-monga compartilhando o mesmo teto... Crianças são tão inocentes. E é por isso que eu não odeio a pirralha.

-Lee, Nessie, Claire, as panquecas estão prontas.- Emily gritou da cozinha.

Três meses depois

Eu devo admitir, eu to pirando demais.

Dessa vez não tem haver com vampiros. Merda.

Eu acho que a Emily está doente, e isso me preocupa... Ela se faz de forte e tudo mais, mas eu sei que ela não está bem, e o pior é que o bebê dela, Peter, acabou de nascer.

Ela está apática desde o parto. O médico falou que ocorreram algumas complicações e que ela tinha escapado por pouco.

Sam não vai viu o filho nascer...

Não. Eu não estou comemorando. Como eu já disse: estou muito sentimental.

Merda.

Ok, eu sei que ando falando muito "merda" ultimamente. Mas eu sei a razão pela qual eu estou sentimental.

Merda.

Eu estou cansada de correr na direção contrária, de ver as pessoas serem felizes e eu ficar pra trás.

Eu vou contar para a minha melhor amiga o que está acontecendo.

Adentrei o quarto sorrateiramente, e por causa da pouca iluminação eu sabia que Emily não podia me ver. Isso me daria mais coragem.

Sorri. Era bobagem estar com medo dela.

Ela era minha amiga. Eu a tinha afastado.

Eu precisava fazer aquilo... Por ela, mas principalmente por mim. Porque amigo é aquele que está do seu lado quando você adoece.

É aquele que te consola quando você está triste.

Te aconselha independentemente do assunto.

Te faz rir nos momentos mais inoportunos.

Te aponta os teus erros e defeitos, mesmo sabendo que você vai ficar com raiva.

Amigo de verdade, não é só aquele que curte as mesmas coisas que a gente, mas sim aquele que te dá "socos" de realidade.

Ele diz a verdade, mesmo que isso machuque, não porque ele é um sado masoquista e queira te ver sofrer.

Ele sabe que independente do tamanho da queda, ele vai estar do teu lado pra te reerguer.

E eu sei que um dia nós fomos assim. E hoje mais do que nunca eu preciso dela. E acho que ela também precisa de mim.

- Emm. Eu chamei. Mas não obtive respostas. -Emm.

- Oi Lee. - Ela acendeu a luminária que estava do lado da cama. Estava surpresa por me ver ali, com certeza. Mesmo que estivéssemos morando sobre o mesmo teto durante esses meses eu não dava muita abertura. Só o básico mesmo.

- Oi. Eu disse me deitando na cama bem ao seu lado.

Ela não mudou de expressão nem nada.

Eu deitei a cabeça em seu ombro e disse: - Eu te amo.

O silêncio se fez presente por alguns minutos até que eu ouvi alguns soluços.

- Emm, eu ainda nem me declarei e você já está chorando.- Eu debochei.

- Eu sou assim mesmo, você sabe.

- Pelo menos vai me poupar às palavras.

Ela riu, mas um riso triste. Eu estranhei.

- O que foi?" Resolvi perguntar. - Tem algo errado com o bebê?

Ela balançou a cabeça negando.

- Então o que foi? Você anda pálida e pelos cantos. O que está acontecendo?

Eu não esperava por essa, e acreditem: eu me senti muito mal.

- Eu estou morrendo, Lee.

Meu mundo caiu. Como uma pessoa que acabar de dar vida a alguém podia falar aquilo?

Merda. Eu sabia que ela nunca brincaria com isso.

- E eu estive pensando, prima, eu...- Ela começou a chorar torrencialmente.

E a minha única atitude foi abraçá-la. Niná-la como uma criança, até que finalmente se acalmasse.

- Não pense, apenas me conte o que está acontecendo, de preferência desde o inicio.

- Eu tive uma gravidez de alto risco, Lee. E eu sinto que vou morrer.

Gravidez é uma coisa estranha. Admitam.

-Mas isso não quer dizer que você vai morrer.

- Eu sei, eu só quero que você saiba que se algo acontecer comigo eu quero que você fique com o meu filho e com o Sam.

- Não, Emm, pára com isso!- Eu me senti ultrajada, eu não queria os restos dela. - Você vai ver o fim dessa guerra, o Sam voltar pra você e pro seu filho, nunca mais diga que vai morrer, eu te proíbo.

- Lee, Eu pensei que era isso que você queria...

- Emily eu nunca fui tão feliz. O Sam é seu, eu tenho um bom motivo pra viver.- Acariciei o meu ventre.

A moça deitada ao meu lado da cama arregalou os olhos e me encarou.

- Não... Não me diga que... - As lágrimas eram visíveis nos olhos de Emily. -  Como? – Ela balançou a cabeça e deu o melhor de seus sorrisos. – Eu estou tão feliz por você.

Como é chato a gente conhecer tanto uma pessoa, que apenas um olhar é capaz de falar milhares de coisas. E aquele olhar dela me pedia tudo... Eu não tinha como dizer não.

"Eu sei, Em. E eu posso ajudar o Sam a cuidar do Peter, não se preocupe com isso. Prometo. Mas pare com isso. Você ainda vai ter que me ensinar esse lance de ser mãe.

Nós rimos. Imaginem: Leah Clearwater como mãe.

Enquanto isso, nos arredores da casa dos Clearwater.

"Eu não quero saber de desculpas dessa vez. Estamos aqui há muito tempo, já é hora de agir"

"A lobinha parece ser forte" Uma vampira de cabelos castanhos disparou.

"Mas é só uma."

" Eu a quero morta... Na verdade, eu quero todos mortos, antes do amanhecer.

Fim do cap 2:

Ok, minhas queridas. Aqui estou eu de novo. Fala sério, eu nem demorei a atualizar.

E eu sei que esse capitulo está meio "podre", mas eu juro que vou me esforçar mais.

Siiim! A Leah está grávida! E adivinhem quem é o papai??! Vou deixar uma pista: começa com J e acaba com ACOB. Já sabem?

Outra coisa importante que deve ser notada, essa passagem de tempo foi bem rápida. E o próximo cap promete ser igual. Pelo menos até que se chegue à parte em que o Casal mais sexy do mundo se reencontre. ;)

Bjos

Agradecimento especial pra leah_susan e pra todos os que leram...

Até a próxima