A patriota que perdeu a aposta. escrita por VivianLidi


Capítulo 1
Foram quatro sets!




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Na minha infância meus pais me incentivaram a gostar de esportes, mamãe por um lado era uma dama quis que eu gostasse de esgrima, meu pai era atlético e me incentivou a gostar do vôlei, coisa pela qual me apaixonei e prossegui meu desejo, só que eu sirvo melhor como telespectadora.

Meus pais por um lado cruel de quem me incentivou, se recusaram a ir comigo para a cidade da sede olímpica de 2016, mas me ofereceram a viagem e que não teria problema ir sozinha para ver as preliminares e ficar até a final.

E eu, com certeza, aceitei, apesar a insegurança de ficar tanto tempo sozinha.

Tratei logo de comprar todos os ingressos para o jogo de vôlei e basicamente ficar sem comer adequadamente durante uns dias para uma visão privilegiada durante um jogo.

Nesse jogo comprei bons lugares, eu quero definitivamente ver meu PAÍS derrotar os EUA, estamos invictos e eles perderam duas vezes, é vitória certa!

— O saque começa com o brasileiro, isso. Fiz uma espécie de cotovelada da vitória. — Vai, BRASIL! VAI VAI VAI LUCARELLI, LUCARELLI.

Meus gritos não chegavam perto dos outros apesar da mesma intensidade, temos a paixão por tudo aquilo.

— Go, Thor! YEAHH. Um ponto americano e um gringo com bandeira ao meu lado estava em pé de alegria.

— Acha mesmo? Sussurrei quase dizendo que era impossível os americanos ganharem.

— Coom toda a rwaça, perdemos mutcho nós outrws jogos.

— O que?

Realmente a gritaria me impediu de dialogar com o gringo de olhos azuis com uma bandeira estendida até mim, por impulso pedi emprestado a bandeira do meu vizinho de cadeira e peguei a bandeira do Brasil.

Levantei e fiquei frente a sua bandeira, aparecendo no telão e a minha se sobressaindo, dei um grito tenso de alegria e o gringo olhou-me confuso.

— Senta aí, gringo.

— Você é bem mal educada, típico de um brasileiro. Ele sorriu na esperança de que eu não entendesse inglês.

Porém, minha mãe infelizmente me fez frequentar uma escola de inglês e eu entendo inclusive o francês.

— Você que é, vindo até aqui mesmo sabendo que brasileiros odeiam vocês, não apenas nós, mas o resto do mundo. Resolvi devolver na dose inglesa.

— Por sermos os melhores.

— Vocês são péssimo!

Ele apontou para o jogo e o primeiro set anunciou a vitória do americano sobre nós brasileiros.

— Terá o segundo set.

— Ok.

Me senti desafiada e sentei calmamente na cadeira sendo penetrada por seu sorriso ouvindo alguma música norte-americana de pop no intervalo do jogo.

— Só veio você?

— Ah, sim, sim. Entreguei a bandeira para o dono e sorri agradecida. — Minha família daria uma surra em você se viesse.

— Vocês são muito mal educados.

— Eu… Você só sabe dizer isso?!

— O que eu tenho mais a dizer não seria apropriado para o momento.

O segundo set começou e eu não me contive sentada no banco, começou com a bola queimada na rede… Logo os americanos nos presentearam com um ponto indução e outro saque brasileiro… Aquele mesmo cara, que era apenas bom no bloqueio e péssimo em qualquer outra função.

— Que força é essa LUCAS? Puxei meus cabelos e ouvi a risada do gringo ao meu lado.

— Sabe, brasileira, você é bem bonita, vamos fazer o seguinte. Seu dedo indicador apontou até a quadra e ele prosseguiu. — Se o Brasil ganhar esse jogo eu lhe peço apropriadas desculpas por lhe chamar de mal educada e ainda admito que vocês são realmente melhores, caso contrário...

— E Santos Dumont?

— Oh… Eu… Ok, eu admito isso também. Pelo jeito o gringo é rápido. — Porém, caso meus Estados Unidos ganhem, você sairá comigo enquanto eu estiver no seu país.

— Isso não beneficia mais você?

— É meu orgulho contra algumas horas de seus dias, eu te achei bem engraçada.

— Você não me achará tão engraçada quando perder! Só serão olhos preenchidos de lágrimas.

— Vocês estão perdidos, não vê?

Apertei meus olhos contra ele fazendo um bico enquanto o Brasil fazia outro ponto, me fazendo gritar loucamente em consequência o idiota loiro rir em seu banco. Um pouco mais calma e alguns pontos americanos sentei, quando olhei para o lado seus olhos azuis me fitavam no rosto apoiado no cotovelo.

— Qual seu nome?

— Ama... Teresa.

— O que gosta de comer? Teresa.

— Hah?

— Quando sair daqui.

— Se eu ganhar você vai falar apenas português enquanto estiver no nosso país.

— Meo sotaquê ê fourte. Novamente voltou a falar português.

— Pffff. Levei minha mão a boca e ele sorriu timidamente.

— Mas se queser.

— Onde aprendeu a falar português?

— What?

— Where did you learn Portuguese?

— Oh, um dicionário que comprei no caminho, mas eu sou ruim, quer ser minha professora particular?

Novamente ele me causou ódio e veio o fim do segundo set… Deu EUA de novo e voltei para meu lado e o gringo tinha desaparecido para meu alívio.

— Ah. Sorriu e me ofereceu um segundo copo de água. — Deve estar cansada da gritaria.

Mas por pouco tempo.

— Eu não quero.

— Eu insisto como o vencedor da aposta.

— Ainda tem o terceiro set! Não cante vitória an...

— É aquela frase, brasileiro não desiste nunca, por favor, beba a água.

— Qual seu nome? Aceitei o copo.

— Nathan Lewis.

— E por que essa insistência na água?

— Desidratação e sua garganta seca.

Qual é a desse cara? Meus pais me deram cinco recomendações antes de viajar, não falar com estranhos, não sair tarde do hotel, não gastar todo o dinheiro, evitar lugares que pareçam mal frequentados e…

— Principalmente ter cuidado com homens gringos.

Eu… Falei alto?

Olhei para o gringo meio constrangida com um sorriso estranho.

— Por que eles disseram isso?

— Isso o que? Hahaha.

O terceiro set me deu um pouco mais de esperança.

É de todos, somos nós brasileiro, dessa vez eu que mostrei meu sorriso para o gringo que sustosamente me acariciou.

— Você faz isso sempre?

— Oh, você me parece ser atrevida então me atrevi a isso.

— Você está me assustando.

— Você também do modo que está gritando.

Quarto set… Era derrota.

Eu ia ganhar comida de graça, daquele gringo pretensioso.

— Foram os irmão Wright.

— Eu tenho certeza que ganharemos de vocês na final!

— Acha que seu país se classifica? Sorriu.

— EU TENHO CERTEZA.


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