Quinn e Puck e Drizzle escrita por WaalPomps


Capítulo 1
Capitulo Unico!!




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A babá eletrônica chiou e eu ouvi um resmunguinho.

Eu levantei da cama, coçando os olhos e cambaleei pela porta.

Quando cheguei a porta branca, me detive com o enfeitezinho da porta: “Drizzle!” ao lado da menininha de madeira com o guarda chuva.

Quando eu entrei, o resmungo se transformou em um chorinho manhoso.

_ Eu já falei que você é muito safada!! – eu disse, enquanto a apanhava do berço – O papai sabe quando é manha.

Ela me olhou com aquele par de olhos lindos, idênticos aos da mãe e, como os da mesma, capazes de me derreter.

_ Você é muito esperta para uma menina de quatro meses sabia? – eu murmurei a encaixando no meu ombro. Ela voltou a chorar e dessa vez, de fome.

_ Vamos pegar a sua mamadeira Drizzle!

A cozinha do apartamento era ao lado da sala. Enquanto a mamadeira esquentava, eu peguei a cadeira de balanço e coloquei na sacada. O apartamento foi um presente do Sr. Schue. Agora que ele mora com a Emma, não precisa mais do apartamento.

PIII, PIII, PIII!

O microondas apitou e eu peguei a mamadeira, indo me sentar na sacada com a minha filha.

Enquanto ela tomava a mamadeira, eu fiquei em silêncio a encarando. Como ela parecia com a Quinn. Os cabelos loirinhos, o rosto, a boca...

Ela terminou a mamadeira rapidamente, a gulosa. Eu coloquei a cadeira para dentro, enquanto a colocava para arrotar.

_ Belo arroto pequena! – eu disse, quando ela deu um arroto digno de um Puck.

Quando entrei no quarto dela, acendi a luz (rosa bem clarinha) e fui até a poltrona ao lado da janela.

_ Estou sem a menor inspiração para cantar Drizzle! – eu disse, já que toda a noite eu canto para ela dormir – Que tal uma história?

Em resposta, ela enroscou a mão no meu cordão, como sempre faz quando eu conto.

_ Hum... Acho que vou te contar sobre o dia em que você nasceu! Assim, economizo uma vez essa história no futuro.

_ Foi no dia das regionais. Nós ganhamos do Vocal Adrenalina, apesar de tudo. Mas nós quase desistimos, por sua causa. A médica disse que era perigoso a mamãe participar grávida de 38 semanas, você podia querer nascer!

“Mas ela não quis nem saber! Colocou o vestido e foi na cara da mocreia da diretora do Vocal Adrenalina, que já estava cantando vitória e disse:

_ Você acaba de estressar uma adolescente grávida, com os hormônios a flor da pele!

Nós tentamos de tudo, até que sua mãe ameaçou entrar sozinha no palco. Uma coisa nós temos de reconhecer. Quando ela coloca algo na cabeça, ela realmente coloca.

O tio Will havia nós colocado juntos em um numero pela primeira vez, para que eu pudesse segura-la caso fosse preciso. Mas não foi.

Ela agüentou a coreografia toda, agüentou até a hora em que anunciaram o resultado e ainda agüentou zombar da cara daquele Jesse St. James ou como quer que ele chame.

Nós todos fomos a festa na casa do tio Will e da tia Emma, e foi lá que eles anunciaram o noivado.

Próximo às 23h, a sua mãe pediu pra irmos embora. Eu concordei e nos despedimos de todos. No caminho, ela estava muito quieta

Quando chegamos a porta do apartamento, ela tampou meus olhos.

_ O que foi Quinn? – eu perguntei, rindo.

_ Eu tenho uma surpresa para você! – disse ela, baixinho no meu ouvido.

_ Pronto Noah? – disse ela, beijando meu pescoço.

_ Uhum! – eu gemi. Tá, acho melhor você não ouvir isso. O que importa é que, quando nós já estavam começando a fazer amor, sua mãe deu um berro.

_ QUE FOI QUINN?

_ ELA TÁ NASCENDO! A BOLSA ROMPEU PUCK!

Eu fui a loucura. Enquanto sua mãe recolocava o vestido, eu enfiava a camiseta de qualquer jeito, pegava a bolsa e as chaves.

_ Puck, ta doendo! – ela disse, enquanto chorava. Eu joguei a bolsa no ombro, as chaves no bolso e a apanhei no colo.

Eu desci correndo e a coloquei no banco de trás, deitada. Entrei e parti que nem um foguete. A casa da tia Emma era no caminho e eu passei por lá bem na hora em que todos estavam se despedindo.

Eu parei o carro quase no meio da rua e deixei sua mãe chorando, enquanto ia até o pessoal.

_ Puck, o que aconteceu? – perguntou o tio Will, enquanto a tia Britt e a tia Rachel corriam para o carro e entravam no banco de trás com a mamãe.

_ A bolsa rompeu e ela ta com muita dor! – eu disse num fôlego só.

_ PUCK! – berraram as meninas e a tia Britt mostrou a mão suja de sangue.

_ Eu dirijo! – berrou a tio Mike, entrando no carro. Eu pulei para trás com a mamãe e a as tias e o tio Finn sentou na frente.

_ Calma Quinn, já estamos chegando meu amor! – eu disse pra ela.

O tio Matt e a tia Santana haviam saído com a moto dele antes, e os médicos já estavam esperando.

_ Calma! Calma! – dizia o médico enquanto eu deitava a mamãe na maca.

Nós todos fomos correndo para a sala de parto. Ou melhor, eu e a mamãe.

_ Puck... Eu não consigo! – chorou ela, quando não agüentava mais empurrar.

_ Consegue sim meu anjo! Consegue! – eu disse, tentando não entrar em pânico. Por que ela não parava de sangrar?

E nessa hora eu tive uma inspiração. Eu sai correndo até a sala de espera e gritei.

_ Todos do Glee Club, para dentro da sala de parto agora!

Os médicos me encararam chocados enquanto eu dava os aventais a eles.

_ O que você está fazendo cara? – perguntou o tio Artie, enquanto a tia Tina o ajudava a por o avental.

_ Ela precisa de vocês lá. – eu disse, enquanto nós entravamos.

_ Puck... O que? – disse ela, ou melhor, murmurou, porque ela não tinha forças para falar direito.

_ Lembra quando todos achavam que a bebê era do Finn, que nós cantamos uma música? – eu disse – Você lembra o que dizia?

Todos ficaram quietos, porque se lembraram.

_ Conte comigo, Quando não for forte, Eu serei o seu amigo e Te ajudarei a seguir em frente! – eu disse.

Ela sorriu fraco e apertou a minha mão. Ela olhou para eles por cima do meu ombro e começou a chorar.

Eles vieram para o nosso lado. O tio Finn sentou do outro lado e pegou a mão dela. E todos os outros ficaram ao nosso lado, segurando na gente.

_ Pronta? – perguntou a médica.

A mamãe confirmou e começou a empurrar. E nós ficamos ao lado dela, dando apoio. Até que:

_ É uma menina!

A médica te tirou de baixo de todos aqueles panos. Um bebezinho todo sujo de sangue, mas ainda sim, a coisa mais linda que eu já vi nesse mundo.

_ Minha filhinha... – sua mãe disse, chorando.

Eu cortei o cordão e te peguei no colo. Foi a primeira vez que eu soube o que era ser feliz de verdade. Eu coloquei você no colo da sua mãe e você abriu os olhinhos, igualzinho aos dela. 

E o seu choro... Ah minha filha, parecia um coro de anjinho cantando no meu ouvido.

_ Drizzle Caroline Fabray Puckerman! – disse a sua mãe em um sussurro, te dando um beijo.

_ Drizzle? – disse o tio Finn, em um fio de voz.

_ Uhum! –eu disse, enquanto a sua mãe te entregava para ele – Em homenagem ao padrinho dela!

Ele te olhou com os olhos molhados, sorrindo todo bobo.

_ Não precisa colocar esse nome se não quiser... – disse ele.

_ Não poderíamos pensar em um nome melhor! – a sua mãe disse.

_ Eu prometi que iria cuidar de você, não prometi! – ele disse, num sussurro – Que eu estaria sempre ao seu lado. Então, eu estou cumprindo a minha promessa Drizzle!

Nós todos olhamos para ele, em duvida, mas ele só sorriu e te estendeu para a tia Rachel... E antes que qualquer outra coisa acontecesse, sua mãe gritou.

_ Droga! – eu exclamei, vendo um jorro de sangue saindo das pernas dela.

_ Vocês tem que sair daqui! – disse a médica, começando a nos tirar da sala.

_ Puck! – a sua mãe chamou, segurando meu braço.

_ Calma amor!

_ Promete que vai cuidar dela! Não importa o que aconteça!

_ Eu prometo meu anjo! Mas calma, não vai acontecer nada e... Quinn? QUINN?

Ela desmaiou nos meus braços e os médicos a levaram de mim, antes que eu pudesse me dar conta.

Quando eu cheguei a sala de espera, as enfermeiras haviam te levado e os pais da tia Rachel e a mãe do tio Finn haviam chegado.

A vovó e o vovô também. A tia Emma ligou para eles. Naquela noite, eles resolveram perdoar a mamãe e foram lá, mas chegaram tarde.

_ Cadê a Drizzle? – eu perguntei, lutando com as lagrimas.

_ No berçário! – disse a tia Mercedes.

Eu me afastei deles e fui para o berçário.

_ O Sr. é o pai da Drizzle? – perguntou a enfermeira, me conduzindo até você.

_ Que roupa é essa? – eu perguntei ao te ver.

_ As “tias” dela que entregaram. Disseram que era pra por nela!

Era um macacão, quase idêntico ao uniforme da escola, e embaixo do M, estava bordado Glee Club.

_ Com licença senhor, eu tenho que ir ver outro bebê! Qualquer coisa, eu estou aqui ao lado.

Eu concordei e ela saiu, me deixando a sós com você pela primeira vez. Eu te peguei no colo e fiquei encarando a semelhança entre você e a sua mãe...”

Nesse ponto, eu não consegui prosseguir. As lagrimas encheram os meus olhos e meu peito doeu.

Eu vi que ela havia adormecido e a coloquei com cuidado no berço. Eu comecei a encará-la. Drizzle. A primeira vez que a Quinn disse o nome, me pareceu estranho e até ridículo. Mas hoje eu vejo que não poderia haver nome mais perfeito.

_ Meu anjo! O dia mais feliz da minha vida, foi o dia em que você nasceu...

_ Contando daquela maneira, parece o mais triste...

Eu sorri e me virei.

_ Foi o mais feliz, porem o mais assustador! – eu disse, a encarando – Eu tentei não te acordar.

_ O microondas faz muito barulho Puck! – disse ela, me abraçando.

_ Quinn, eu falo sério quando digo que aquele foi o dia mais assustador da minha vida.

_ Eu sei! Foi o da minha também. Bom, depois do dia em que eu descobri que estava grávida! – ela disse, rindo.

_ Não tem graça! – eu disse, a abraçando mais ainda – Eu acho que não iria conseguir sem você!

_ Puck, não adianta ficar sofrendo! Deu tudo certo! Eu estou aqui, ela está aqui, você está aqui! Nós somos uma família agora meu amor! – disse ela, me beijando.

_ É melhor sairmos daqui, antes que ela acorde! – eu murmurei, sem me afastar dela.

Ela riu e saiu do quarto, enquanto eu apagava a luz. Quando eu já estava fechando a porta, me detive e voltei, agachando ao lado do berço e sussurrando.

“Alguns minutos depois, a médica apareceu.

_ Nós conseguimos controlar a hemorragia!

_ Ela está bem? – eu perguntei, chorando.

_ Está sim e está acordada! Você pode vê-la se quiser! Vocês dois podem!

Eu sai do berçário com você e fui até o quarto da sua mãe. Quando nos dois entramos, ela nos recebeu com o maior dos sorrisos, um dos que eu nunca vou esquecer na minha vida. Naquele momento, eu soube o que era ter uma família de verdade!”

Eu beijei o topo da cabeça dela antes de sair, e quando cheguei ao quarto... Bom, prefiro não comentar!


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