Canção do Infinito escrita por Benihime
Esquecida no alto da estante
Descartada, abandonada, juntando poeira
Condenada a uma espera sem esperanças
Somente mais uma pobre boneca quebrada
Esquecida em um canto escuro
Sempre em silêncio, fora de vista
Para sempre e tão somente
Uma observadora do mundo
Seus cabelos uma vez loiros em adoráveis cachos
Hoje acinzentados de poeira, emaranhados
Um delicado vestido cor de rosa rasgado
E nos pés faltando um sapato
As lágrimas rolam
Em silêncio pelo rosto de porcelana
A boneca espera e não compreende
Espera e espera por uma nova chance
Chance de ver novamente a luz do sol
De rir e ser feliz
De ter alguém que realmente a enxergue
De ser mais uma vez abraçada e amada
Bonecas não sentem fome, sede ou frio
Não sofrem com dor ou exaustão
Mas sentem, como todos nós, o abandono
Mesmo que, com suas expressões congeladas, não possam demonstrar emoção
Por fora fria e imóvel
Por dentro uma criança que chora
Sem nunca ser ouvida
Lágrimas jamais serão vertidas por olhos de vidro
Relegada à poeira e à solidão
Confusa, magoada e implorando por atenção
Pois nem mesmo seu corpo de porcelana jamais será tão frágil
Quanto o seu coração
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