The mine word: Mortarya. escrita por gurozu


Capítulo 2
Capítulo 2: Sorriso.


Notas iniciais do capítulo

Eai galera, tudo bem? Trazendo continuidade a essa fic. Eu senti falta da reação de vocês no último capítulo.Queria que, pelo menos, comentassem uma vez para que eu saiba o que vocês acharam. Bora lê?



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Sijôme estava maravilhada com a tremenda beleza da grande cozinha do palácio. O cheiro do pão assando, da carne sendo preparada, do frescor dos vegetais, tudo a encantava. Guho havia pedido para que ela esperasse o seu retorno, já que a garota não poderia ir de um canto ao outro descalça.

Enquanto permanecia sentada a mesa, esperando o amigo retornar, Sijôme encontra olhares com outra garota. Ela adentrava a cozinha sem sequer perceber sua presença, indo direto até os cozinheiros.

—Os meus bolinhos já estão prontos? –Perguntou a garota em um tom alegre, porém direto.

—Sim, senhorita. –Respondeu um dos cozinheiros. –Aqui estão eles.

—Obrigada. –A garota se dirigiu a mesa e se sentou ao lado de Sijôme, que estava encantada com o cheiro dos bolinhos. –Quem é você? Nunca a vi por aqui.

—E-Eu...? Bem... E-Eu sou uma amiga do Guho.

—Do meu irmão? Interessante. Não sabia que ele tinha amigos nobres.

Aquela era a segunda princesa do reino, Lili. Ela era descrita como tendo grandes cabelos que pareciam não ter fim, dona de um corpo capaz de dar inveja a qualquer mulher, de uma voz angelical e de um carisma digno da realeza. Tal pessoa havia confundido Sijôme com uma nobre. Um reconhecimento talvez digno de orgulho.

—V-Você vai comer todos?

—Uhh? Fala dos bolinhos? Pode pegar um se quiser.

—Obrigada! –Sijôme pegou um dos bolinhos e logo deu uma mordida. O gosto era divino, tão doce, mas, ao mesmo tempo, meio amargo. Os bolinhos eram de limão, um produto muito caro em todo reino. Comer aquilo uma vez na vida já deixaria Sijôme mais do que satisfeita. –Que gostoso...

—São mesmo, não é? Eu como eles todos os dias. Meus irmãos não gostam, então acaba sobrando bastante.

—Como ele pode não gostar disso?

—Também gostaria de saber. Às vezes penso que não tem como nós sermos irmãos.

Guho aparece nas portas da cozinha com um par de sapatilhas azuis em suas mãos. Ele corre até Sijôme e as entrega à amiga.

—Desculpa pelo atraso.

—Tudo bem.

—O que você pensa que está fazendo com uma das minhas sapatilhas, Guho?! –Perguntou Lili parecendo meio brava.

—O Sijôme está descalça, e as suas sapatilhas são as únicas que serviriam nela.

—Poderia ter pedido pelo menos. Onde já se viu deixar uma nobre andar descalça pelo palácio? Eu poderia ter providenciado tudo que ela precisasse. Esse vestido que ela está usando é um antigo meu, não é? Você é um xereta, Guho.

—Eu achei que você não fosse ajudar uma plebeia, então...

—O que? Que plebeia? –Perguntou Lili confusa.

—Ela. –Guho apontou para Sijôme, que fez uma cara de constrangida. –Eu a trouxe para passar uns dias aqui.

Os olhos de Lili se arregalaram na hora. Ela pegou a bandeja com os bolinhos e se dirigiu até as portas da cozinha.

—Fique longe de mim, imunda.

Aquilo partiu o coração de Sijôme, que parecia não entender a raiva da princesa. Ela permaneceu estática, paralisada pelo choque. Guho, que ainda segurava as sapatilhas, a tirou de seu transe.

—Não ligue para o que ela diz. A minha irmã é maluca.

—Tudo bem. Já estou acostumada com esse tipo de coisa.

—Coloque as sapatilhas enquanto eu peço algo para comermos.

Sijôme calçou as sapatilhas, as primeiras da sua vida. Elas prendiam e apertavam os pés livres da garota, que vivia com suas botas largas, mas traziam mais beleza do que elas jamais trariam.

Guho volta com a comida, dois pães recheados com caldo de carne. A garota estranhou aquilo, não pensava que no palácio fosse possível encontrar algo tão rotineiro nas favelas do reino.

—Eu pedi que preparassem especialmente para você. –Disse Guho.

—Pra mim? –Sijôme olhou para o pão e deu uma mordida, sentindo o sabor extraordinário da carne, algo que nunca poderia provar no seu dia a dia. –I-Isso é muito bom!! –Disse ela atacando o restante do pão.

—Eu sei. Costumo comer isso fora do palácio, mas imaginei que você fosse gostar se fosse preparado por um cozinheiro do rei.

—Gostar? Eu adorei! Tem mais?

—Depois, você não quer ter apetite para o almoço?

—Mas a sua irmã estava comendo muitos bolinhos.

—Ela é um saco sem fundo. Sorte de ela ser tão magra.

—O que vamos fazer então?

—Quero te mostrar uma coisa. –Disse Guho pegando na mão da amiga e a levando ao desconhecido.

Sijôme estava animada com o que Guho iria mostrar a ela. Todo o remorso dela já havia sido substituído por curiosidade e encanto. Os dois atravessaram o pátio do palácio e foram até um enorme, mas enorme mesmo, galpão. Um cheiro forte vinha de lá de dentro, misturado a um som não muito familiar, mas conhecido por Sijôme. O amigo abriu as portas do galpão, revelando que, na verdade, era um estábulo.

—E-Esses são... Mamutes?

—Sim, os mamutes da família real. Mas é esse cara aqui que eu quero que você conheça. –Disse ele olhando para um pequeno mamute de pelagem branca. –Esse é o Howa, ele é o meu mamute.

—Uau! Ele é tão bonito!

—Pode fazer carinho nele, ele adora.

Sijôme aproximou sua mão direita com cuidado até a tromba do animal, que ficou de cabeça baixa enquanto ela o afagava.

—Isso é tão legal... –O animal deveria ter uns três metros de altura, o que era pouco perto dos outros que chegavam a cinco ou seis metros de altura, com presas de até dois metros e meio de comprimento, que também eram pequenas em relação às dos outros. Seus olhos eram azulados e encaravam Sijôme com tamanha curiosidade e afeto. De certo era um animal muito dócil.

—Quer dar uma volta nele?

—Posso mesmo?!

Guho então levou Sijôme até a lateral direita do animal, onde uma escada de corda presa a sela estava posicionada. Ela sobe na frente, sendo seguida logo atrás pelo amigo. Guho recolhe a escada de corda e toma a direção do animal.

—Eu vou levar ele lá fora e aí você pode guiar um pouco.

—Está bem. –Disse Sijôme completamente animada com a ideia.

Guho guiou o Howa até o pátio, onde teria bastante espaço para Sijôme guiá-lo. Ele passou as rédeas a ela, que se sentou na frente da sela e começou a dar voltas com o animal. Ela ria e se divertia como nunca, mostrando o sorriso que tanto encantava Guho. A amiga quase nunca ria, mas quando o fazia era uma coisa bela de se ver. Uma risada doce e agradável de ouvir e apreciar, esse era o encanto de Sijôme.

Após meia hora brincando com o mamute, Guho o coloca novamente no estábulo, prometendo a Sijôme que ela poderia voltar após o almoço. O sino tocava, sinalizando que todos estavam se reunindo na sala de jantar para o almoço.

Guho levou a amiga até a sala, sem medo de causar estranheza em sua família. Ao chegarem, percebem que são os últimos que faltavam. Guho puxa a cadeira para Sijôme e logo após se senta a mesa. O olhar reprovador de sua irmã já era sinal de que algo iria acontecer, Guho só não sabia o que ou como.

Seu pai, o rei, se pôs a falar, chamando a atenção de todos. –Como podem ver, Guho trouxe uma convidada para a nossa mesa hoje. Minha jovem, poderia se apresentar?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem um comentário. Não gostaram? Deixem um comentário também.
Eu realmente gostaria de saber a opinião de vocês com relação a essa fic. Estou gostando muito de escreve-la e não gostaria de ter que parar de fazer isso pelo fato de não ter apoio.
Até o próximo capítulo.



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