Cartas de um amor desconhecido escrita por A Menina Insegura


Capítulo 31
Capítulo 31




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Depois de ele ter respondido, eu não sabia mais o que falar, ainda estava no caminho para a casa da Sam, mas algo me dizia que eu iria gostar de conhecer ele, mesmo que fosse um perfil falso num Snapchat.

—Como você está? E como devo chamar você, Menino Apaixonado?

—Eu estou muito bem, ainda mais agora que podemos conversar de verdade, pode me chamar de "P" e você como quer que eu a chame, minha Pequena Flor?

—Pode me chamar de flor, já que você me chama assim desde o começa, mesmo eu não entendo o porquê..

—Pense e procure nas suas lembranças do passado e você saberá o porquê de eu te chamar assim.

—Então já nos conhecemos?

—Talvez 

—Por que tanto mistério?

—Porque eu não me sinto preparado para te falar quem eu sou..

—Medo?

—Pode ser 

—Você não precisa ter medo!

—Por que não?

—Hm... Porque o que tem que ser, será, eu gostei do que você fez, parece que você sempre está lá quando eu mais preciso..

—Que bom que gostou, mas agora que você está partindo, acho que tenho que mudar minha estratégia, vamos nos falar por aqui e talvez eu mande algumas cartas ok? O que você acha?

—Eu gostei da ideia, posso te fazer uma pergunta?

—A vontade

—Você escreve textos ou alguma outra coisa? Se sim, eu poderia ver?

—Eu escrevo textos, posso mandar alguns em forma de cartas pra você se quiser, mas por que você quer ver?

—Porque eu acho que a melhor forma de conhecer alguém é entender o que se passa dentro da pessoa e dá pra fazer isso através dos textos que esse alguém escreve.

—Então você quer ver meus textos para me conhecer e me entender melhor? 

—Sim!

—Nossa, por essa eu não esperava, gostei, me mande seu endereço e eu vou enviá-los pra você

—Obrigada, assim que chegar eu mando pra você o endereço de lá, algo me diz que eu vou gostar de conversar com você P.

—Eu sinto o mesmo!

Ai ele precisou sair e eu fiquei pensando em nossa rápida conversa e em como parecia que eu já o conhecia, de alguma forma, fiquei curiosa, quem seria P? 

Depois de algumas horas no ônibus, eu cheguei até a rodoviária e a Sam e os seus pais estavam lá me esperando, assim que a vi a abracei forte, porque fazia uns meses que a gente não se via, sentia que seria muito bem acolhida lá, como se fosse uma chance de recomeçar, de ter uma nova família e novas escolhas, por mais que eu ainda sentisse que meus pais me amavam e que em algum tempo eu voltaria pra lá, eu também sentia que poderia criar raízes com a Sam e seus pais. 

Assim que chegue, peguei o endereço e enviei para P, ele disse que em alguns dias a primeira carta chegaria e eu fiquei mais ansiosa ainda, quando peguei meu celular tinha uma mensagem do Math dizendo que já estava com saudades e uma do Daniel me pedindo desculpas, nós conversamos rapidamente e nos acertamos, afinal, os dois foram vítima das Ana e Jack que, no caso, eu havia bloqueado o número deles por um tempo, até eu me sentir apta para tocar nesse assunto de novo. 

                                      ***

Já havia se passado quase uma semana que eu havia chegado e as coisas estavam super bem, fui passear e conhecer a cidade com a Sam, íamos a praia quase todos os dias, afinal estávamos numa cidade litorânea, mas uma coisa que eu achei engraçada é que eu comecei a falar com o P todos os dias, é como se ele sempre estivesse presente lá, a gente falava sobre tudo, eu comecei a conhecer ele, na manhã seguinte o correio passaria e a carta seria entregue, pelo o menos foi o que ele me disse, ainda estava ansiosa, é como se ele me conhecesse desde sempre, eu estava começando a me apegar e isso me assustava, afinal eu não sabia quem ele era, mas ele me passava uma confiança, como se eu não precisasse ter medo, mas lá no fundo eu tinha, até porque, eu não sei quem ele é, mas eu vou descobrir, de alguma forma eu vou descobrir.


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