Cartas de um amor desconhecido escrita por A Menina Insegura


Capítulo 13
Capítulo 13 -O tão esperado encontro




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Cheguei na escola, entrei na sala como de costume, tudo normal. O Jack, me cumprimentou, a Ana me olhou com aquela cara de "hmmmm... Que lindos", ele me perguntou se estava tudo certo pra hoje, depois da aula e eu disse que sim.
Sentei no meu lugar e o Math veio me cumprimentar, ele estava estranhamente alegre.
O Dani chegou e sentou do meu lado, como as cartas eram escritas à mão, se eu encontrasse a caligrafia, encontraria o autor delas, precisava pegar o caderno dele de alguma forma, comecei a pensar, na hora do intervalo eu sairia depois do pessoal, pegaria o caderno dele e conferiria a sua letra.
Passaram a primeira, a segunda e a terceira aula, o Dani veio falar comigo, me perguntou se eu sabia o porquê de o Panda ter faltado. Meu Deus, eu não tinha notado isso, me senti a pior pessoa do mundo, que tipo de amiga eu estava sendo? Nossa, realmente fiquei mal por isso. Mandei uma mensagem pra ele na troca de aula dizendo:
—Panda, cade você? Por que faltou? Tá bem?
A última vez que ele tinha ficado online tinha sido na noite anterior quando estava falando comigo.
O sinal tocou para o intervalo, esperei todos saírem, mas o Dani quis me acompanhar, dei a desculpa de estar arrumando o material para a outra aula e ele me esperou terminar para irmos juntos, ele queria falar da lição de matemática que estava com dificuldade e eu, incrivelmente, sou boa em exatas. Resumindo, não consegui abrir o caderno dele, precisava de outra estratégia.
A última aula tinha acabado e o Panda ainda não tinha respondido, a mensagem não tinha nem chegado pra ele, isso era estranho, comecei a pensar se poderia ter acontecido alguma coisa, mas me dei conta que o Jack estava me esperando para irmos ao parque, comecei a ficar MUITO nervosa.
—Vamos Sofia?
—Vamos!!
—Posso levar a sua mochila? Ela parece estar pesada..
—Ah, claro, se você não se importar..
Nesse momento eu meio que fiquei sem reação e falei isso no automático, porque não sabia como lidar com aquilo, o Jack era alto, da pele corada, forte, dos cabelos castanho-escuros, com os olhos negros e profundos como se quisessem me falar algo, ele era lindo, desde o dia em que o vi, eu gostei dele e agora estávamos naquela situação ele levando minha mochila e nós indo em direção ao parque, seria um sonho?
—Eu não me importo -Ele diz.
Chegamos no parque e sentamos num banco debaixo de uma árvore grande com uma ótima sombra para um dia quente, com céu azul, como estava naquele dia e ele começou a conversa.
—Sabe Sofia, eu nunca me esqueci de você, sempre te achei muito linda, mas tenho que confessar, tinha vergonha de ir falar contigo
—Sério? Por que?
—Porque, por mais que não pareça, longe dos meus amigos, eu sou muito tímido, lembra quando éramos crianças e eu, sem querer, derrubei aquela pilha de brinquedos na loja do shopping e fiquei quase roxo de vergonha?
—Nossa kkkkk eu lembro, isso faz muito tempo Jack, não sabia que você se lembrava desses momentos.
—Eu nunca os esqueci, afinal eles fizeram parte da nossa história.
Nesse momento, eu fiquei vermelha, tipo muito corada.
—Quer ouvir música?- Ele pergunta
—Ah, pode ser
Então ele pegou o fone de ouvido e colocou Little Things do One direction, eu não sou uma directioner, mas admito que essa música é linda. Assim que eu peguei um dos lados do fone, ele me envolveu em seus braços e começou a me fazer cafuné, ficamos ali por um bom tempo, até que eu percebi que a música estava para repetir e, por isso, não trocava e decidi avisá-lo.
—Jack, por que a música está repetindo?
—Porque eu quero que você grave bem essas palavras em sua mente, porque elas são tudo que eu quis te falar em todo esse tempo que não tive coragem de te chamar para sair.
Eu fiquei paralisada e, provavelmente, muito vermelha, não soube o que responder e fiquei sem reação, foi quando ele me deitou em seu colo e começou a me fazer carinho no cabelo. Quando, finalmente, voltei ao meu estado normal, eu perguntei:
—E por que teve essa coragem só agora?
—Por causa daquela noite em que você foi me ajudar, que você tirou um tempo do seu sono para ficar comigo lá naquele frio e me ouvir, você mostrou que, mesmo depois de todos aqueles anos afastados, você ainda se importava, depois disso eu precisava fazer alguma coisa.
Eu não sabia, novamente, o que dizer.
—Está maravilhosamente bom ficar aqui com você depois de ter tomado essa coragem de te chamar pra sair, mas infelizmente está ficando tarde e nós precisamos ir embora...
—Você está certo...
Ele se levantou, me deu as mãos para me ajudar a levantar, pegou minha mochila, me deu novamente o fone e fomos embora até as nossas casas juntos de mãos dadas. Preciso admitir, nunca tinha ficado de mãos dadas com uma pessoa antes, assim que ele tocou nelas eu senti um arrepio na nuca e não pude evitar de sorrir e eu sei que ele percebeu, porque sorriu também. Assim que chegamos ele me deixou na porta da minha casa, me entregou a mochila, me deu um beijo na bochecha e sussurrou no meu ouvido "Até amanhã, minha linda". Entrei em casa em choque, toda vermelha de vergonha, com as mãos suando de nervosismo, com as pernas tremendo e com a cabeça no mundo da lua.
Estava arrumando minha mochila depois do jantar, quando, de repente, vejo um papel no bolso lateral da mochila com o meu nome, ele dizia:
"Você está tão linda hoje, minha pequena flor, seus cabelos castanho-claros, seus olhos verdes e seu perfume inigualável não me trazem dúvidas, é você a menina mais bela que roubou o meu coração desde sempre..
—O Menino Apaixonado"


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