Capítulo 26

POV BELLA

Não havia sensação melhor que essa, amanhecer abraçada a Edward. A noite de ontem a havia sido a melhor noite da minha existência e eu não queria que acabasse. Senti ele se levantar da cama e me deitar delicadamente no travesseiro, esperei alguns minutos para ele voltar e nada.

Abri os olhos varrendo o quarto com o olhar e encontrando Edward entrando no quarto com uma bandeja de café da manhã, ele riu quando me viu acordada.

—Droga, você estragou a surpresa— disse ele fingindo estar magoado e colocando a bandeja em cima da cama, ele engatinhou até mim e me deu um selinho. — Bom dia meu amor.

—Bom dia— disse sorrindo e o beijando novamente e ignorando totalmente meu bafo matinal.

—Precisamos infelizmente ser rápidos— disse ele sorrindo torto e acariciando minha perna enquanto eu comia— Hoje o Félix vai voltar para Volterra.

— Nãooooo, eu não quero acordar desse sonho — Falei manhosa colocando o travesseiro em cima da minha cabeça e Edward riu.

Ele tirou o travesseiro do meu rosto e eu fiz careta, ele riu da minha cara e me beijou me puxando para cima dele, no final realmente iriamos nós atrasar...

POV JEREMY

A culpa por ter matado Damon me corroía, ver Alaric fazendo planos para o natal com os três filhos e imaginado eles com o bebê que estava a caminho. Eu arruinei uma família, a minha família. Quando meu pai e Bella estavam no hospital, ouvi Carlisle dizendo que ela estava em transição e eu não sabia o que era isso, precisava descobrir o que era e como impedir minha irmã de virar vampira e eu acabar a matando.

Depois que matei Damon, ativei a maldição do caçador em mim e agora eu me controlava para não matar os vampiros ao meu redor. Eu preciso de ajuda e só havia uma pessoa que poderia me ajudar. A porta do quarto estava aberta, ele terminava de arrumar suas malas e eu me encostei na porta observando a cena.

—Você precisa de alguma coisa Jeremy? — Perguntou ele ainda virado de costas.

—Eu preciso da sua ajuda, Félix— disse mordendo os lábios e ele se virou para mim me olhando com fuso. — Mas ninguém pode saber...

—Sente— disse ele apontando para a cadeira azul que ficava no quarto, ele caminhou até a porta a fechando e em seguida queimou uma espécie de grama dentro de um pote. — Isso é verbena impede qualquer vampiro de ouvir a nossa conversa. — Disse ele sentando na beira da cama— Prossiga Jeremy.

—Vampiros originais podem ver a marca do caçador? — Perguntei e ele arregalou os olhos.

—Podem, mas como você sabe sobre os caçadores? — ele perguntou confuso e eu levantei a manga de minha camisa mostrando a marca para ele, Félix suspirou. — Você é um caçador e matou o Damon, não foi? Agora está com medo de matar os que você gosta ou até pior matar a sua irmã se ela quando ela completar a transição.

—Se ela completar a transição— rosnei, como ele poderia afirmar isso! Minha irmã não morreria, eu não deixarei isso acontecer.

—É inevitável Jeremy, um dia ela vai completar. — Disse ele com a expressão calma— Isso acontece com todos os originais, mais cedo ou mais tarde as bruxas do outro lado vão dizer que é a hora e nada pode mudar isso, a não ser a...

—A cura? —perguntei e ele assentiu. — Eu preciso matar vampiros para completar a marca do caçador e assim encontrar a cura.

—Se você quiser completar a cura e não machucar seus amigos , é melhor sair de Forks— disse ele levantando da cama—Existe um vilarejo perto de Volterra, lá existem muitos vampiros e você pode ir para lá.

—Você ta me oferecendo o seu povo? Um “rei” não deveria proteger? — perguntei fazendo aspas na palavra rei.

—Minha filha ter a chance de viver dignamente é mais importante, não quero que aconteça com Isabella o que aconteceu com Tânya. — disse ele com os olhos pesados— Eu lhe ajudarei Jeremy, mas tome cuidado.

(...)

Minha mãe andava de um lado para o outro enquanto meu pai colocava a mão nos cabelos. Félix havia inventado uma história de que eu iria para Itália fazer um curso de desenho e agora estamos tentando convencer meus pais.

—Itália, Jeremy? —Perguntou minha mãe preocupada.

—Garoto, é muito longe. — Disse meu pai.

—Charlie e Renné , eu me responsabilizo por Jeremy— disse Félix sorrindo.

—É isso mesmo que você quer, filho? — Perguntou meu pai.

—Sim— disse sorrindo.

—Então vá meu amor, vá realizar seus sonhos. — Disse minha mãe sorrindo

—Vocês são os melhores pais do mundo— disse os abraçando.

(...)

Estava no aeroporto de Forks com Félix, ele me deixava na aera de embarque e me entregava uns documentos.

—Quando chegar em Volterra, Alec meu filhos estará lhe esperando e amanhã eu chegarei para lhe levar no vilarejo. — disse ele me entregando a mochila. — Tente não se meter em encrenca e nem matar nenhum vampiro.

—Pode deixar— disse rindo.

—Tenho um presente para você. — disse ele tirando um anel de sua mão esquerda— Eu usava esse anel quando era humano, ele serve para adiar a morte. Usando ele você não vai morrer.

—Obrigado— disse sorrindo,coloquei o anel e ouvi meu voo ser chamado.

Me despedi de Félix e caminhei pelo saguão de embarque em direção ao avião. Ao entrar na aeronave, sentei em minha cadeira e vi o avião subir deixando Forks minúscula. Eu iria matar a quantidade de vampiros necessária para encontrar a cura e salvar a minha irmã...

(...)

No dia seguinte...

POV RENEÉ

Fazia um tempo que Félix havia ido embora para o seu jatinho particular, estávamos todos reunidos em casa. Charlie estava tentando paquerar Sue e sendo vítima das piadinhas de Emmett e dos garotos, eu tentava sorrir e não conseguia. Faltava alguma coisa, algo muito necessário. Levantei do sofá e caminhei em direção a cozinha, Bella veio atrás de mim e sorria.

—Por que esse sorriso? — Perguntei acariciando seu rosto.

—Estou feliz, aquele inferno acabou, eu me acertei com Edward e vou para Harvard cursar medicina— disse ela com os olhos brilhantes e fiquei orgulhosa, ela segurou minha mão e prosseguiu. — Mãe, não é justo que eu e Jeremy estejamos indo atrás dos nossos sonhos e você ficar e Forks. Você sabe o que precisa fazer para se sentir completa, a chave do volvo de Edward já está na ignição e o GPS já tem a localização do aeroporto particular. Eu quero que seja muito feliz. — Disse ela beijando minha bochecha e saindo.

Sorri já sabendo o que deveria fazer, corri até a garagem entrando  no volvo de Edward e dando partida até a minha felicidade...