Mafia Princess escrita por CarolFonseca


Capítulo 6
I Need You


Notas iniciais do capítulo

Bom, demoramos, mas nós (finalmente) chegamos! Não vou falar muito pq tenho certeza q todos estão ansiosos pra saber o que aconteceu com o nosso casal favorito não é?
Então, boa leitura e nos vemos nas notas finais!



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Você já teve uma sensação

de que não estamos sozinhos?

Segure para chamar a sensação senil

Eles desenterram mais

Descendo as estradas poeirentas

Nós estamos com frio e transparentes

 

Eu preciso de você

I Need You – M83

 

Clarke

Levantei-me rapidamente abrindo os olhos, sentindo uma lufada de ar fria entrar por minhas narinas. Cada centímetro do meu corpo doía, só não ultrapassando a dor de minha cabeça e barriga. Me sentei, e olhei ao redor. O mundo girou, e precisei me esforçar muito para afastar a tontura e os pequenos pontinhos pretos que começavam a se formar da minha visão. Bellamy. Onde estava Bellamy?

Avistei a limusine alguns metros à frente, capotada, de cabeça para baixo. Depois de três tentativas falhas, consegui me levantar, gemendo de dor. Com muito esforço e mancando, consegui alcançar o carro.

— BELLAMY?

Cuidadosamente fui andando entre os cacos de vidros que estavam na pista, conseguindo alguns cortes no processo. Parei de frente a limusine, constatando com um susto, que Jimmy estava morto. Com sangue saindo de um dos ferimentos da cabeça, e olhos arregalados, vidrados para o nada. Suspirei.

May we meet again. - sussurrei, fechando suas pálpebras.

Mas se Jimmy estava morto, provavelmente Bellamy poderia estar... Balancei a cabeça. Não. Ele não poderia estar morto. Andei mais rápido, ainda mancando, sentindo mais pedacinhos de vidro se pregarem em meu pé. Não liguei muito, já tinha sentido dores piores.

Porque limusines são tão grandes? Perguntei a mim mesma. Por fim, alcancei a porta, vendo Bellamy pelo vidro trincado. Tentei abri-la sem sucesso. Provavelmente ela tinha emperrado, quando o acidente aconteceu.

Rasguei uma parte do meu vestido, cobrindo minha mão com ele, como se fosse uma luva. Reunindo toda a minha força, soquei o vidro – não que meu soco fosse muito forte – que acabou terminando de se partir. Gemi pela dor que se instalará na minha mão.

Apertei ligeiramente os olhos, focando minha visão em Bellamy e na bagunça de cacos de vidros quebrados que se instalara lá dentro.

— Bellamy. – suspirei aliviada. – Pare de se mexer. – Pedi, quando percebi que ele tentava se soltar do cinto, sem sucesso.

Ele me olhou meio grogue, e percebi que uma parte de sua testa começava a inchar. Provavelmente havia batido a cabeça. Me agachei no chão, ficando com os joelhos contra o assoalho, tentado tirar a trava do cinto. Sem sucesso. Mais à frente, vi um brilho metálico. Quando cheguei perto, percebi que era uma faquinha de serra. Teria que servir.

Comecei a cortar o cinto o mais rápido que pude. Franzi meu nariz, quando um cheiro levemente familiar entrou em minhas vias respiratórias. Gasolina. Vazamento de óleo.

Já com o desespero tentando tomar conta do meu corpo, enfiei a faca na trava do cinto, liberando Bellamy no mesmo instante. Com agilidade – provavelmente recuperado da pancada na cabeça – ele saiu de lá, me puxando no processo.

— Gasolina. – ele sussurrou.

— É, eu sei. Temos que sair daqui.

Ele me olhou com dor, mas assentiu. Se apoiando em mim, caminhamos o mais rápido possível que nos era permitido -  que não era muito – para longe do carro. Quando estávamos alcançando o outro lado da pista, a limusine explodiu, nos lançando a alguns metros de onde estávamos. Sorte que era grama, caso contrário...

Minha barriga começou a doer mais do que nunca. Rolei até ficar de costas, começando a tatear a grama em busca de Bellamy.

— Clarke? – ele grunhiu. – Você está bem?

— Acho que sim. – comentei, finalmente o achando e apoiando minha mão em seu braço. – Escuta, nós precisamos levantar e dar o fora daqui. Rápido.

Ele levantou o rosto – recém adquirido de cortes - do chão e assentiu, me oferecendo a mão. Puxou-me para cima e começamos a caminhar.

♕♛♕

Meus pés já protestavam de dor, como se estivéssemos andando a madrugada inteira, mesmo sabendo que ainda faltaria alguns minutos para dar uma hora de caminhada. Fora a pista totalmente deserta, só havia mato pra todo lado – lugar onde estávamos no momento. A grama era espessa, precisando ser capinada urgentemente, e, além dela, só havia, bem... Nada. Nossa atual paisagem era toda composta de grama. E .

Depois de mais uns vinte minutos caminhando, conseguimos avistar alguma coisa ao longe, constatando que era uma espécie de cabana, depois de mais quinze minutos de caminhada.

Ela era toda feita de madeira, e por julgar certas placas da casa, seu material já estava apodrecendo. Como não consegui abrir a porta, Bellamy fez as honras, arrombando a fechadura.

— Onde aprendeu a fazer isso? – perguntei.

— Por aí.

Balancei a cabeça, com um mínimo sorriso nos lábios, entrando na casa. Dando uma rápida olhada pelo local, descobrimos que só tinha três cômodos: uma cozinha pequena, um banheiro – com água fria – menor ainda e um quartinho com uma cama de casal e uma pequena cômoda.

Vendo que Bellamy estava mais pálido que o normal, o mandei para o quarto – depois de alguns protestos da parte dele – e fui procurar alguma coisa que pudesse servir como vasilha. Achei no armário da cozinha algumas panelas velhas, pegando as duas mais bem cuidadas e colocando água dentro. Ainda no armário, pude ver que atrás dos utensílios de cozinha, havia um kit de primeiros socorros. Suspirei. Aquilo provavelmente tornaria tudo mais fácil. Coloquei uma das panelas para ferver, levando a outra, juntamente com o kit, para o quarto.

— Bellamy, onde mais você se feriu?

— No peito e na perna.

Coloquei as coisas que segurava no chão, começando a tirar sua camisa lentamente, ouvindo alguns resmungos da parte dele.

Em seu peito haviam pequenos arranhões, no máximo alguns cortes, o que eu arrumei e limpei rapidamente com a ajuda de algumas tiras de tecido de sua camisa e curativos. Já na perna... Não sabia nem como Bellamy havia conseguido caminhar até aqui. O sangue que manchava sua calça social escura concordava comigo.

— Bellamy, consegue tirar a calça sozinho?

— Eu... – ele tentou se levantar, caindo deitado na cama. Provavelmente a adrenalina em seu corpo já havia passado. – Não.

— Ok... Eu preciso que fique parado ouviu?

Rapidamente abri sua calça, começando a desce-la cuidadosamente, para não esbarrar no corte.

— Sabe... – Bellamy começou a falar. – eu sabia que mais cedo ou mais tarde você iria tirar minhas calças. Só pensei que iria ser em um momento mais... oportuno. – me lançou uma piscadela.

Revirei os olhos: - Se ache menos Blake. – aconselhei, terminando de tirar a calça, o fazendo ficar só de cueca box. – Agora, posso saber como conseguiu um corte desses? – apontei pra sua perna.

Ele deu de ombros. – Não sei.

Peguei o restante de tecido que havia sobrado de sua camisa e a entreguei, o fazendo segurar no local do corte, mais especificamente em sua coxa - para estancar o sangramento.

Peguei uma agulha e fui pra cozinha, pegando a panela com a agua já fervida a colocando em cima do balcão, desligando o fogão. Despois de alguns minutos esterilizando a agulha, voltei pro quarto, tendo uma visão do paraíso. Bellamy Blake, deitado em uma cama, só de cueca box Calvin Klein.

Saindo do torpor onde me encontrava, caminhei rapidamente até a cama, pegando uma linha no kit de primeiros socorros e começando a costurar seu ferimento. Ele não reclamou em nenhum momento, apesar de seus punhos estarem cerrados, ressaltando seus músculos do braço. Quando enfim acabei, ele chamou minha atenção.

— E os seus ferimentos Clarke?

Me sentei na cama, começando a tentar tirar meu vestido. Bellamy, provavelmente vendo meu fracasso, se sentou na cama com um pouco de custo, me ajudando a descer o zíper, me deixando só de lingerie.

— Obrigada. – murmurei.

Rasguei o resto da saia do meu vestido e comecei a limpar minha cabeça já com sangue seco, sendo seguido pelo ferimento no lado esquerdo da minha barriga.

— Posso te ajudar... – ofereceu-se.

— Não, não precisa. Estou quase acabando...

Limpei rapidamente a agulha na agua, a secando e comecei a costurar meu ferimento. Como ele era pequeno, três pontos bastaram.

Depois de guardar tudo o que havíamos usado, voltei pro quarto e apaguei a luz, me deitando ao lado de Bellamy, jogando uma coberta velha que eu havia achado em cima de nós dois.

— Clarke? – murmurou.

— Uhn?

— Minha perna tá doendo. – reclamou minutos depois.

— E o que você quer que eu faça? – reclamei grogue de sono.

— Minha mãe dizia que um beijinho sempre resolvia. – contou manhoso.

Revirei os olhos. Como esse menino tinha a cara-de-pau de me pedir isso?

— Esqueça Blake.

— Mas porquê?

— Nós nos conhecemos ontem! – Falei o óbvio.

— E já estamos casados. Aliás, era pra estarmos aprov...

O puxei para mim, colando meu lábios com o dele. O beijo começou furioso, mas foi se acalmando aos poucos, ficando doce, até nos separarmos com falta de ar.

— Satisfeito?

— Você não imagina o quanto. – comentou, me fazendo corar e dar um sorriso mínimo.

Sorte que estamos no escuro.

— Só mais uma coisa. Onde aprendeu a fazer essas coisas? Os curativos e tudo mais? Tenho certeza que não foi na máfia.

— Por aí. – brinquei o imitando, logo bocejando pelo sono. - Sou formada em medicina. – sussurrei.


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Notas finais do capítulo

E então? Ai gente, é muita fofura em um capítulo só né não? Por isso, esperamos que vocês nos perdoem com muitos comentários (e quem sabe até recomendações)!
Estamos muito ansiosas pra saber o que vocês acharam, então, comentem! Ah, e aproveitando, falem também o que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo!
P.S.: O que vocês acham de começarmos uma pequena brincadeirinha? Vocês topam? Bom, espero que sim (risos).
Como vocês puderam ver, cada capítulo novo vem com uma música pra dar uma acrimentada na história, e absolutamente em todas as músicas eu coloco o(a) cantor(a) certo? Sendo assim, o desafio é o seguinte: eu vou comentar o nome do(a) cantor(a) e vcs vão ter que adivinhar qual a música que estera no próximo capítulo ok?
Então pra começar, a nossa cantora do capítulo 7 é nada mais nada menos que Hilary Duff!
Estamos ansiosas para os seus chutes!
Beijinhos!



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