Bakemono Sentai Halloweenger

Night 27: O que os olhos não veem... Parte 1

Boo! Assustei vocês? Imagino que vocês já devem ter desejado o poder da invisibilidade, só que, a menos que você seja um monstro, tenha poderes mágicos, ou seja, capaz de se camuflar, talvez seja apenas um sonho. A questão é que, ser invisível tem suas vantagens, claro, mas acho que todos se incomodam ao se sentirem invisíveis perto dos outros... Seria essa uma benção ou maldição, então? Fiquem de olho.

(Passado o conturbado dia anterior, as garotas estavam radiantes por terem sido as estrelas da ocasião. Kagami estava à mesa também, pois havia ficado pra festa do pijama. Todos tomavam um café caprichado, organizado principalmente por Kageyama e os garotos como forma de agradecimento)

Kageyama: Bom, esse é o mínimo que pude fazer pra compensá-las por tudo que fizeram.

Garotas: Itadakimasu!

(Sem pensar duas vezes, elas aproveitaram o banquete de rainha que receberam)

Kurumu: Carambolas, Karasu-kun! Quem diria que você era metido a chef?! Tô chocada o quanto isso aqui é bom! –se esbaldando em uma fatia de bolo.

Cleo: A comida do Kage-chan é divina, gan!

Kageyama: É Kageyama... –sem graça- Mas que bom que tenha gostado. Quando possível, farei algo pra suas parceiras também.

Madoka: Não sei se elas gastaram toda a energia lutando ou na festa ontem à noite, mas estavam exaustas.

Kagami: É uma pena, elas tinham que provar isso. Muito obrigada pela hospitalidade!

Kageyama: Imagina.

Jack: Também estou deverás surpreso com suas habilidades culinárias, Kageyama-kun. Sou grato de vislumbrar um lado seu que desconhecia.

Kageyama: N-Não é nada demais... –sem graça. Troca.

Junior: Já “podemo” lanchar, agora?

Jack: “Junior, modos!” –repreendeu.

Kageyama: Bom, o objetivo era deixar as garotas se servirem primeiro, mas fiz o suficiente pra todos. Podem se servir!

Kiba: Até que enfim! Nunca mais quero ter que ficar perto de um forno se não for pra ter a primeira mordida.

Yuuki: Sempre me impressiona você pensar nisso tudo sozinho em tão pouco tempo, Kageyama.

Kazuya: É muita sorte ter alguém como você vivendo com a gente.

Kiriko: Organizado e talentoso, você diz.

Gargoyle: Definiu perfeitamente o Kageyama-dono.

Kageyama: Q-Que isso... –tímido.

Ryo: Puxa, senpai, isso é bom mesmo! E com tanta variedade. Né, Shiro?

Shiro: Posso comer isso pra sempre?

Kageyama: Acho que ainda da pra melhorar... –tímido.

Yuuki: Sigo com o Shiro nessa.

Kiba: Apesar do trabalho, não posso reclamar. Você realmente sabe o que está fazendo.

Kageyama: A-Assim eu fico sem jeito...

(Entre um elogio e outro, Kageyama sempre tentava se esquivar de alguma forma devido a sua timidez. Quem reparou muito nisso foi Junior, e a cada frase, sua paciência parecia se esgotar cada vez mais, até finalmente, dar um basta)

Junior: Ai, cabeçudo! –gritou chamando a atenção de todos.

Kageyama: S-sim...?! –nervoso.

Junior: Você está recebendo reconhecimento. A única coisa que deveria fazer é agradecer, não se encolher igual uma borboleta tentando entrar num vespeiro.

Kagami: O que foi que ele disse? –cochichou.

Junior: Orgulhe-se. É isso que tem que fazer. Só não deixe subir à cabeça. Ouviu, bocó?!

Kageyama: C-Certo! –reverenciou rapidamente- M-Muito obrigado!

Junior: Cabeça em pé. –nisso Kageyama se levanta- Que saco...

(Passada a “bronca”, Kiriko tentou retomar o clima)

Kiriko: A-Acabei de me lembrar! Daqui alguns dias vai ter um festival de verão na cidade!

Kagami: É mesmo, eu ouvi falar disso!

Veteranos: Festival?

Kazuya: Poxa, vocês não sabem nem o que são festivais?

Kiba: Claro que sabemos.

Yuuki: Só que, festivais do mundo humano são uma novidade. Aposto que não tem nada haver com festivais do Submundo. Lá se resume a fazer oferendas a uma entidade maior, selamentos e disputas de força.

Madoka: Eu me lembro vagamente de algum festival ou outro da minha vila na superfície.

Kageyama: E eu só li a respeito.

Ryo: Apesar de termos vivido na América, passamos várias férias no Japão, por isso estamos acostumados com essas celebrações. Podemos explicar do que se trata.

Kurumu: Que ingênuo, Ryo-kun. –chamando sua atenção- Não tem ninguém melhor nessa mesa pra falar sobre a cultura japonesa do que a família Yagami! –posando com Junior de forma extravagante.

Kiriko: Somos japoneses também, sabia? –perplexa.

Kurumu: Os festivais são um evento muito importante da nossa cultura!

Kiriko: Me ignorou... –revoltada.

Kurumu: Esses eventos além de grandiosos por si só, é um marco entre as gerações. É um símbolo de juventude e paixão ardente!

Cleo: Parece empolgante, gan! Mas o que acontece neles pra serem tão incríveis, gan? –Troca.

Jack: Perdoem a Kurumu-chan, ela se empolga quando se trata de festivais, então demora pra chegar aos pormenores.

Kurumu: Washoi!

Gargoyle: Fiz uma pesquisa rápida a respeito e com isso vou conseguir mostrar as imagens na integra. Podem prosseguir. Transmition On!—ele se liga, agindo como um projetor de imagens.

Kiriko: Bem, nesses festivais é comum ter apresentações de música e danças tradicionais.

Kurumu: E inúmeras barracas cheias de sonhos! –cortou.

Ryo: C-Como a Kurumu-san mencionou, existe uma organização com diversas tendas que vão desde comida, artesanato e até jogos valendo prêmios, como pescaria, tiro ao alvo, dentre outros.

Kurumu: Além disso, vestimos roupas lindas e graciosas, os Yukatas. Apesar de não superarem os quimonos... Mas o melhor de tudo... No final, é feita uma grande queima de fogos de artifício no céu limpo, criando uma belíssima paisagem que marca o coração de todos que o presenciam. Tal noite mágica é conhecida por abençoar os corações apaixonados de jovens casais, quebrando as barreiras que impedem seus laços eternos! É uma paisagem incandescente, o cumulo do romance~!

Yuuki: F-Fogos de artifício?

Jack: São explosivos controlados, feitos para criar um show. Eles são lançados como foguetes, bem alto e, quando explodem, apresentam diversas cores e padrões no céu.

Yuuki: I-Incrivel! –empolgado.

Jack: Se já se animou com a descrição, espere até vê-los pessoalmente.

Kagami: Esse também será meu primeiro festival de cidade grande. Dizem que os do interior são só uma fração dos daqui.

Kiba: Jogos valendo prêmios...

Cleo: Música, dança e vestidos graciosos...

Yuuki: Fogos de artifício...

Madoka: Uma paisagem incandescente...

Kageyama: Uau! São tantas coisas, além da carga cultural...

Veteranos: Festivais humanos parecem incríveis! –empolgados.

Kiriko: Guardem um pouco dessa empolgação pro evento. Ainda temos 4 dias até lá.

Yuuki: Mal posso esperar!

Cleo: Nem eu, gan!

Ryo: Esperem um instante... Tem uma coisa muito importante que devemos considerar antes de tudo.

Kageyama: O que?

Ryo: Esse festival realmente vai acontecer? Digo, eles não pensariam em cancelar devido aos ataques de monstro?

(Nesse momento, a empolgação de todos desapareceu, apesar da lógica de Ryo estar correta)

Kiriko: Tem razão... O mais sensato seria cancelar qualquer evento pra evitar riscos. Ainda mais depois do incidente com o Ministro.

Madoka: Pensando bem, uma grande movimentação de humanos assim seria o alvo perfeito pra um desses ataques em larga escala.

Shiro: Sem festival então, Ryo?

Ryo: Infelizmente, Shiro.

Shiro: Que pena... –desapontado.

Kurumu: Mais uma vez ingênuos! –gritou novamente- Não é uma coisinha dessas que irá acabar com a tradição milenar dos festivais!

Kiba: A situação é séria. Não importa que você ou qualquer um de nós ache um barato ir num festival, aqueles malditos não darão trégua e- Kurumu o corta mostrando a palma de sua mão para ele, sem largar a extravagância.

Kurumu: Não subestime os festivais! E principalmente, não subestime os Halloweengers!

Kiba: Como é?

Kurumu: Se os Halloweengers se proporem a proteger o festival, então eles não terão escolha a não ser realizá-lo.

Kagami: Olha, isso faz sentido!

Jack: Bem pensado, Kurumu-chan! Era óbvio! Se ficarmos atentos a qualquer sinal de Fear e resolvê-lo rapidamente, o caminho para realização do festival ficará livre de preocupações!

Cleo: Pode dar certo, gan!

Kageyama: Como faremos isso, exatamente?

Jack: Primeiro faremos o anuncio ao publico. Depois focaremos em fazer rondas por áreas populosas da cidade, sem chamar muita atenção. Talvez precisaremos adotar rotinas parecidas com o que vivenciamos na Escola Shogo.

Madoka: Você diz os turnos?

Jack: Quase. Mais precisamente, devemos fazer as rondas separadas para cobrir mais área, todas ao mesmo tempo, em todos os horários.

Cleo: Parece um trabalhão, gan... –Troca.

Junior: Querem o festival ou não?! Essas coisas não caem do céu, é preciso muito sangue, suor e lagrimas pra conquistar alguma coisa! Sigam o exemplo do Jack-sama aqui!

Kurumu: Fora que isso pode melhorar nossa “aceitação pública”, né?

Junior: Não é mesmo?! Yahahahahahaha!

Yuuki: Beleza, pelo bem desse festival, vamos nos dedicar, galera!

Todos: Sim! –retomando os ânimos.

Shiro: Viva.

Kageyama: “Como esperado do Jack-san, pensamento e organização rápidos. Espero que dê tudo certo.” –pensou.

Abertura

(No castelo negro, Necro e Doppel estavam reunidas no laboratório da cientista, onde discutiam os ocorridos do dia anterior, afinal, ainda estavam surpresas com o que acabaram por fazer: ajudar suas arquiinimigas)

Doppel: Achei que o plano era esquecer o assunto.

Necro: É eu sei... Mas andei pensando sobre aquilo que a Medusa disse. Sobre o Imperador e Hyde-sama serem “conceitos”...

Doppel: Mais um motivo pra gente não comentar nada. Vai saber se eles não estão nos vigiando.

Necro: Desde que Hyde-sama chegou a situação tem se tornado cada vez mais caótica. Os monstros que ele tem recrutado são sempre esquisitos de alguma forma. Teve a Jiang-shi-sama que tentou me avisar de algo também... Só sei que Hyde-sama me dá calafrios...

Doppel: Ele não é nenhum Hollow-sama e eu concordo com você, mas o Imperador o escolheu e ele tem chegado a resultados melhores do que tínhamos antes. O que podemos fazer pra passar por essa situação é justamente nos protegermos, assim como foi com a Medusa. Contanto que a gente disfarce, deve se safar.

Necro: Pra isso precisamos contar com o Jockey-san. Ele parece ser o que mais tá sofrendo com as mudanças por aqui.

Doppel: Se é pra ficar de olho nele e no Hyde-sama, então é serviço pra mim.

Necro: Tome cuidado, não sabemos ao certo onde estamos nos metendo. –preocupada. Enquanto isso, observava o anel e o pingente que Hyde lhes presenteou- Alguém capaz de recrutar tantos monstros desse calibre e ter a disposição tantas ferramentas mágicas...

Doppel: Eu já entendi. Como eu disse, vamos focar em nos defender. Agora anda, se demorarmos demais aí que vai ficar suspeito.

Necro: Tá bom. –suspirou.

(Apressada, Necro sai primeiro, dando a oportunidade de Doppel largar a pose de marrenta e demonstrar sua preocupação. Ela se lembrou de como o próprio Imperador lhe deu a tarefa de ficar de olho, na surdina, mostrando que as suspeitas que ambas levantavam tinham fundamento. Ela respira fundo e coloca os pensamentos no lugar, seguindo sua companheira)

Necro: Vem logo! –gritou.

Doppel: Agora é você quem tá apressando, tonta!

(Chegando ao salão principal, Hyde já conversava com seu outro subordinado, Invisible Man, enquanto Joker estava só de espectador perto da janela)

Necro/Doppel: Estamos aqui, Hyde-sama! –batendo continência.

Mr. Hyde: Chegaram bem na hora. Eu estava dizendo ao meu caro “Griffin” aqui que, como a Medusa falhou, era a vez dele. Já que ele afirma que faria um trabalho muito melhor que o dela.

Invisible Man: Pode apostar nisso! Quero que prestem bastante atenção em mim e em como eu viro a sociedade de cabeça pra baixo num simples sopro.

Necro: Prestar atenção nele...? –murmurou.

Doppel: Como exatamente? –murmurou.

Mr. Hyde: Estou ansioso por isso. Você, Killer Clown, acompanhe-o. ­—chamando a atenção de Joker.

Joker: S-Sim senhor! –batendo continência, nervoso.

Invisible Man: Por que tenho que levá-lo comigo? Ele vai chamar muito atenção, vai me atrapalhar!

Mr. Hyde: É justamente por ele ser chamativo que vai com você. Precisa de uma distração, afinal.

Invisible Man: Tsc! Que seja. Vamos logo, teremos um dia agitado, palhaço.

Joker: Me espere, não quero te perder de vista! Ihihihihihi!

(Invisible Man parte com Joker logo atrás)

Doppel: Quanto a nós?

Mr. Hyde: Lamento, meu camarada é um pouco orgulhoso, por isso não vai aceitar a ajuda de vocês diferente de Medusa. Quem pode ir é Doppelganger, pra ficar de olho, enquanto Necromancer pode ficar e me mostra um pouco de suas pesquisas. Caso não tenham reparado, sou um cientista também, e a tal poção Vivunt et Crescunt me parece fascinante.

Necro: C-Como quiser, senhor.

(Doppel ficou relutante, mesmo sendo uma ordem, já que dessa forma deixaria Necro sozinha com um ser no qual ela não confiava plenamente. Só que antes que pudesse arrumar uma desculpa, o próprio Hyde as corta)

Mr. Hyde: Só que antes de mais nada... Eu gostaria de ouvir o relatório de vocês duas sobre o que aconteceu ontem.

Necro: M-Mesmo que a Medusa tenha perdido? –nervosa.

Doppel: O-O que quer saber senhor? –nervosa.

Mr. Hyde: Só estou curioso de saber os mínimos detalhes. O que tiraram de aprendizado com Medusa e suas ferramentas mágicas. Os detalhes do plano da Medusa e por que acham que ele falhou. Lembram do que eu comentei sobre lealdade? Essa é uma das formas de me provarem isso, não concordam?

(As duas então engolem a seco, pensando no que deveriam dizer)

...

(Naquela manhã, do alto de um prédio num local bem movimentado os cidadãos tiveram uma surpresa)

CondeRed: Escute, povo de bem!

(Os Halloweengers estavam reunidos em formação, prontos para fazer seu anuncio, chamando a atenção de todos que ali passavam. Alguns pegavam os celulares pra registrar, outros ficavam receosos por ainda não confiar plenamente nos heróis, e outra estava empolgada só do fato deles aparecem dessa forma tão “casual” em público)

CondeRed: Viemos falar sobre o festival de verão da cidade! Fiquem tranquilos, pois ao longo desses 4 dias, dobraremos nossos esforços para que nada impeça sua comemoração! Então nada temam!

Homem 1: É serio?

Homem 2: Por que eles se importam com o festival?

Garota 1: Bem, se eles dizem que vão tomar conta, então não precisam cancelar o festival desse ano.

Garota 2: Que ótimo! Eu estava tão ansiosa pra ir!

Garoto 1: Acho bom manterem essa promessa!

Homem 3: Ainda acho arriscado...

CondeRed: Não há com o que se preocupar, manteremos tudo em ordem! Cuidem-se!

(Ele acena se despedindo, em meio a recepção dividida do povo, os Halloweengers se dispersam. Todos descem do prédio e aterrissam num beco mais isolado, onde se destransformam e se reencontram com os irmãos e Kagami)

Kurumu: Geez! Ficar parada numa pose tão estática dá uma canseira.

Kazuya: Foi um bom discurso de “super-herói”. Vão se acostumando.

Madoka: Ao menos o recado está passado.

Ryo: Temos que contar com a confiança do povo também... Mas por hora, vamos fazer nossa parte.

Kagami: Pode deixar que vou por o chefe pra trabalhar nesse mesmo ritmo, viu?!

Kiba: Contamos com isso, eu acho... –sem graça.

Yuuki: Certo gente, então todos em suas marcas.

Cleo: Pelo bem do festival, gan!

(Todos se cumprimentam e seguem para os postos de patrulha)

...

(Estavam todos centrados em suas tarefas, acompanhando os arredores como se fossem salva-vidas ou policiais a paisana, mas sabiam que não deviam chamar muita atenção. Mesmo nessa dedicação, não tinham idéia de quando um Fear poderia aparecer, tornando essa tarefa tão importante numa monotonia rapidamente. Para quebrar o gelo, eles entravam em contato entre si)

Kurumu: Vem cá, quanto tempo se passou? –comentou sentada numa escadaria.

Jack: Creio que, até então, uma hora. –comentou perto da área escolar.

Kurumu: Aaaaaaiiii! Que saco! Esses chatos podem aparecer a qualquer hora, enquanto isso temos que ficar plantados assim?

Madoka: Não podemos simplesmente abandonar os postos. E se surgir uma emergência? –comentou do shopping.

Kiba: Não era você a mais animada pra essa historia toda de festival? Sem dar mole agora! –comentou da área dos parques.

Kurumu: Mas é que... Desse jeito como vamos ter tempo de nos aprontar? Yukatas não se arrumam de um dia pra outro, sabia?!

Cleo: Agora que você levantou esse ponto, gan... –comentou da área mais nobre da cidade.

Kurumu: Já sei! Podemos alternar com nossos parceiros!

Ryo: Pras pessoas será o mesmo que deixar monstros à solta. É impossível. –comentou das docas.

Shiro: Mas eu saio com a Widow direto. Eles não podem colocar fantasias também? –comentou de uma sorveteria onde dividia uma taça com Widow.

Yuuki: Não é a mesma coisa. Widow é parte humanóide e usa o pó de fadas pra esconder as pernas, a maioria só consegue se esconder pelas ilusões da Miko e precisam estar perto dela pra isso. –comentou de uma avenida.

Kurumu: O que a gente faz então?

Kageyama: Bem, se eu puder comentar... –comentou meio tímido de uma área urbana movimentada.

Yuuki: Á vontade, irmão.

Kageyama: Tem algumas coisas que também devemos considerar na nossa organização. Pra começar, sobre a questão de turnos, acho que cada dia podemos variar as localizações, se ficarmos vários dias no mesmo lugar vamos chamar atenção.

Kurumu: É verdade, mas é o de menos!

Kageyama: Além disso, a Kurumu-san levantou um bom ponto. Se entendi certo, tem uma roupa especifica e outros preparativos que temos que fazer pra participar do festival. Realmente alguém podia ficar encarregado disso, mas tem que ser alguém que esteja mais por dentro da cultura.

Kurumu: Não é, não é?! E é por isso que eu– Kageyama a corta.

Kageyama: O que me leva a minha última observação. Nós praticamente não temos contato direto com Kazuya e Kiriko, usar o Gargoyle invés das pulseiras é a forma mais “sigilosa”, mas me parece imprático.

(Enquanto isso, na área residencial, os irmãos também estavam entediados. Kazuya levava uma mochila consigo onde Gargoyle se escondia)

Gargoyle: Se estiver muito pesado me avise, Kazuya-dono. –cochichou.

Kazuya: Contanto que você continue flutuando, não tem problema, certo?!

Kiriko: Fico pensando o que o pessoal está fazendo.

(Voltando a eles)

Kageyama: Acho que podíamos contar com eles pra fazer esses preparativos. Só que sobre a comunicação... Não sei um jeito mais prático...

Kurumu: Mas é claro! Vocês nem se prestaram pra arranjar celulares quando chegaram à superfície! Toda pessoa normal usa um hoje em dia! –se levantou bufando, chamando a atenção de quem passa em volta.

Veteranos: Celular?

Kurumu: Viu só!

Ryo: É o que nós carregamos. O disfarce dos nossos Grave Phones, são chamados de Smartphones, são aparelhos cheios de funções usados aqui na superfície. O Sensei também não é muito habituado com tecnologia moderna, por isso precisou de muita pesquisa e alguns toques da minha mãe e dos pais da Kurumu-san e Jack-san justamente pra prevenir falhas de comunicação.

Jack: Creio que agora não seria difícil que o Sensei arranje Smartphones pra vocês. Mas acho que podemos discutir tudo isso em casa. Bem observado, Kageyama-kun, acabei deixando de considerar tais detalhes, pois estava focado na empolgação de vocês. Mil perdões.

Kageyama: Q-Que nada! Não quis desconsiderar seu planejamento, Jack-san! –sem graça.

Jack: Não se preocupe, eu preciso justamente desses “feedbacks” pra entender que o que possa parecer simples para mim não seja o mesmo para os demais.

Kiba: Se já terminamos o papo furado, temos um longo caminho pela frente. –Troca.

Junior: De volta ao trabalho, cambada!

Kiba: Tá aí minha deixa...

(Todos seguem com sua patrulha após desligarem, enquanto que Kageyama continuava pensativo. Sentia ter desafiado os demais com suas observações, mas ainda as estava ponderando cuidadosamente)

Kageyama: Eu sei que o Jack-san só estava pensando na gente... Espero não ter parecido metido...

(Enquanto isso, ele reparou em um grupo de crianças, por volta de 10 anos, que voltavam da escola, pois estavam falando justamente do anuncio dos Halloweengers)

Garoto 1: Puxa, tomara que o festival aconteça mesmo!

Garota 1: Você não viu que os Halloweengers disseram que vão nos proteger? Eu já vou fazer os preparativos.

Garoto 2: Não sei... Meus pais não tem muita fé neles. Dizem que monstros são perigosos e que nem devo falar deles.

Garoto 1: O que você acha Toshio?

(Ele se referia a um garoto de óculos que vinha atrás dos 3, cabisbaixo. Na mesma hora que ele tenta chamar a atenção do colega, outro integrante do trio tenta cortá-lo)

Garoto 2: Ei cara, esqueceu? Nem toca nesse assunto perto dele... –preocupado.

Garota 1: É, coitado. –preocupada.

Toshio: O que foi gente? –se aproximando.

Garoto 1: N-Não foi nada. Q-Quer dizer, a gente ia marcar de estudar na minha casa, se quiser vir.

Toshio: Precisam de ajuda em matemática de novo? –os 3 reverenciam implorando, logo ele suspira- Tudo bem, vou estar livre mesmo.

Garoto 2: Brigadão!

Garota 1: Você nos salvou de novo!

Garoto 1: A gente se vê então!

(Com isso eles se despendem apressadamente, deixando Toshio a mercê da melancolia novamente. Kageyama, observando as feições do rapaz e reação das demais crianças, se compadeceu de alguma forma)

Kageyama: Será que está preocupado com o festival? Se for o caso, é mais um motivo pra fazermos nosso melhor. Pena que não posso falar diretamente pra ele...

(Após Toshio suspirar mais uma vez, ele se prepara para ir embora, mas bem nessa hora, um homem de terno ao telefone, na pressa, esbarra no rapaz sem prestar atenção, derrubando os óculos do garoto)

Homem de terno: Olhe por onde anda, garoto! –reclamou.

Toshio: D-Desculpe.

(Kageyama ficou incrédulo com tamanha grosseria e pelo fato de ninguém ter ido ajudar o pequeno menino a recuperar seus óculos. Todos ao redor pareciam ignorá-lo)

Kageyama: Pobre garoto. Ás vezes eu não entendo as pessoas. Que falta de consideração.

(Quando havia decidido ajudar o menino, uma pessoa tropeça bem na frente do mesmo, só que dessa vez ele não havia esbarrado em ninguém, tampouco, caiu de manso, deixando o jovem monstro Frankenstein encucado enquanto Toshio ia ajudar o homem. Além disso, mesmo com algumas pessoas passando na frente, ele começou a reparar num certo “borrão” se aproximando do garoto. Apesar de ficar alerta, sua atenção foi roubada naquele momento por um barulho muito alto vindo ali perto)

(Quando foi checar a origem do barulho, percebeu que uma multidão estava se formando em volta de alguma coisa e, no mesmo instante, a voz de Gargoyle repercutiu de seu Brace escondido)

Gargoyle: Tranquem as portas! Fechem as janelas! Os Fears chegaram!

Kageyama: Chegaram! E justo mais de 1! Provavelmente...

(Ele corre até a multidão temendo pelo pior, se espremendo entre as pessoas enquanto pedia licença até finalmente confirmar sua preocupação. No centro daquela roda estava Joker, entupido de instrumentos musicais como uma “banda de um homem só” fazendo uma apresentação publica, o que graças a sua aparência de palhaço comum, convenceu as pessoas)

Joker: Respeitável público, aproximem-se! Prestem bastante atenção em mim, garanto que não vão querer perder isso por nada!

Kageyama: Essa não, é o palhaço! Preciso chamar o pessoal, só que nem tenho sinal do outro Fear. E se eles- antes de concluir seu raciocínio, Joker o cortou.

Joker: É 1, é 2 é 3 e...

(Ele começa a tocar seus instrumentos todos de uma vez, mas o resultado é uma fanfarra toda desafinada que mais se assemelha ao som de um prédio sendo demolido, forçando todos dali protegerem os ouvidos pela dor)

Joker: Essa aqui é hit numero 1 nas paradas! Ihihihihihihi! Alias, o que aquele doidinho está fazendo? –em meio a multidão paralisada, ele procurava algo- Se bem me lembro, ele disse que procuraria uma “presa fácil”. Hm...

(Kageyama aproveitou a situação para pedir reforços sorrateiramente)

Kageyama: Pessoal, eu estou com o Fear! É o Joker! –berrou.

(A mensagem saiu abafada devido a todo o barulho de fundo, mas isso só confirmava que o amigo precisava de ajuda. Eles seguiram seu combinado, correndo para algum canto isolado para se transformarem)

Todos: Halloween Change! —eles ativam seus respectivos aparelhos concluindo a transformação, preparados para a próxima etapa.

CondeRed: Madoka, já tem a localização do Kageyama?

PinkWitch: O Gargoyle já me mandou, vamos direto pra lá. Preparem-se!

(Enquanto isso, Kageyama tentava se reerguer para então ganhar tempo antes de seus amigos chegarem)

Kageyama: Eu também preciso... Me transformar...

(Enquanto o fazia, em meio a busca mal-sucedida de Joker, o vilão nota Kageyama em meio aos civis)

Joker: Espera um pouco, esse aí não é...?

(Antes de tirar qualquer conclusão, assim como atrapalhou o ranger verde anteriormente, agora era ele quem era cortado quando repentinamente vários brilhos começaram a cercá-lo e deles surgiram os outros Halloweengers já em pose de ataque indo direto no palhaço)

Joker: O QUE???????

(Seus olhos até saltaram com a surpresa, recebendo todos os ataques das Candle Strikers de uma vez. Os instrumentos voaram para todos os lados livrando as pessoas daquele som insuportável. Como perderam o sinal de Joker depois do ataque, o foco dos rangers foi evacuar os cidadãos aflitos)

YellowMummy: Pra onde ele foi, gan?

BlackPhantom: Ele não foi amassado?

CondeRed: Vamos aproveitar pra ajudar as pessoas antes que ele dê as caras de novo.

(Enquanto os heróis ajudavam as pessoas, a verdade era que Joker de fato fora esmagado por sua tralha, assumindo uma forma cartunesca toda encolhida, a qual passou despercebido pelos Halloweengers, dando a ele a chance de recuperar-se do susto e mais uma vez procurar por seu “parceiro”)

Joker: Eu até gostava de surpresas até acontecer uma dessas comigo. Mas afinal, cadê aquele folgado?

(Antes que pudesse arranjar uma forma de encontrar Invisible Man, Kiba nota sua presença)

BlueWolf: Olha ele ali!

(O herói salta na direção de Joker, mas apesar do tamanho reduzido, ele é até ágil, escapando por um triz de uma estocada, assim podendo se regenerar e se afastar)

BlueWolf: Nem começa! –irritado.

CondeRed: Atirem nele!

(Todos mudam as Candle Strikes pro modo de pistola e começa a barragem contra Joker, forçando o palhaço a apelar para passos de balé afim de não ser atingido)

Joker: Sabem, esse “distanciamento social” que estão fazendo comigo já está me chateando. Sendo assim, vou entrar na brincadeira de não chegar perto, que tal?

(Ele saca uma caixa com uma manivela, girando-a enquanto tenta não ser pego no fogo cruzado, produzindo uma música alegre. Quando a tal música estava no fim, todos já esperavam pelo pior, e com razão. Era uma clássica luva de boxe na caixa, a qual foi disparada por uma mola acertando Kurumu em cheio e a jogando em cima de Madoka e Shiro)

Joker: Não se acanhem, tem pra todo mundo! Toma!

(Ele começa a disparar a luva em sequência, atingindo e arremessando os heróis, atrapalhando inclusive algumas pessoas que ainda fugiam. Poucas paravam pra ajudar os Halloweengers, outras só ficavam mais assustadas, mas em meio a isso Junior salta sem medo e apanha a luva no ar, aproveitando a elasticidade para avançar diretamente em Joker)

JackOrange(Jr): Seu idiota!

Joker: Sai fora, meu filho, isso não é pescaria não!

JackOrange(Jr): O que pensa que ta fazendo?! Arrumando confusão, justo na minha frente, seu vacilão! É muita cara-de-pau! –atacando com usa espada, revoltado.

Joker: Dessa vez a culpa nem foi minha, a situação está bem complicada pro meu lado!

JackOrange(Jr): E eu com isso?!

(Kageyama finalmente iria agir em meio a confusão, mesmo cercado de pessoas agitadas, seu dever era mais importante)

Kageyama: Se eu me encolher em meio a correria, talvez eles nem percebam... Halloween Change!

(Dito e feito, as pessoas que corriam só prestaram atenção quando o Halloweenger verde emergiu na algazarra, mas ainda preferiam se salvar a procurar uma lógica. Finalmente Kageyama pôde se juntar a batalha, auxiliando seus amigos a se levantarem, sendo o primeiro, Yuuki)

FrankenGreen: Vocês estão bem, desculpe demorar.

CondeRed: Sem problema, Junior já ta segurando ele. Sempre que esse daí aparece é uma dor de cabeça...

FrankenGreen: O que me preocupa mais é que o Gargoyle parecia ter avisado sobre mais de um Fear.

CondeRed: É mesmo... E ele ainda não deu as caras... Será um ataque coordenado? E o Joker é só uma distração?

FrankenGreen: Uma armadilha? –preocupado.

BlueWolf: Se tão encucados, é só tirar a prova com o Gargoyle. –se levantando. Troca.

JackOrange: Não será necessário, visto que temos uma opção mais simples logo a nossa frente. Certo, Joker-san?

Joker: Pois não? –confuso.

JackOrange: Seu parceiro, por acaso ele está nas proximidades? –questionou enquanto o pressionava na luta.

Joker: Pior que eu não sei. E mesmo se soubesse, não poderia dizer. Aliás, bem que eu queria saber o que ele tá fazendo enquanto eu to bem aqui! Que tipo de surpresa é essa?!–reclamou.

JackOrange: Ele não está mentindo.

Joker: Viu só?!

JackOrange: No entanto... –afasta Joker com um empurrão- Notei que algumas vezes você tem olhado os arredores e esse seu ênfase no final. Leva-me a crer que, por mais que você não saiba o paradeiro do outro Fear, ele esteja por perto.

Joker: Poxa, mas pense bem, eu sou mandado acompanhar o cara e ele me deixa fazer todo o trabalho?! Que injustiça!

(Jack desvia de um ataque advindo da revolta de Joker e se reúne com Yuuki e Kageyama)

JackOrange: Já que, mesmo com tantas oportunidades, o outro Fear não nos atacou até agora, é provável que seu alvo fosse a comoção o tempo todo.

CondeRed: E ainda tem gente nos arredores. Será que ele está entre elas?

FrankenGreen: M-mas onde...? E-Espera, acho que posso encontrá-lo pela aura magnética! Deve se destacar entre os humanos.

JackOrange: Então conto com você.

(Enquanto os demais voltavam a luta contra Joker, Kageyama agora tinha a missão de encontrar o outro inimigo, onde quer que estivesse se escondendo. Mas a verdade foi que, em meio a movimentação restante de pessoas, Kageyama identificou mais uma vez o garoto Toshio, sentado no chão, em meio as poucas pessoas que ainda se afastavam)

FrankenGreen: Não acredito, ninguém o ajudou a fugir? A busca terá que esperar.

(Quando se preparou para auxiliar o menino a ir à um local seguro, o ranger logo notou algo estranho atrás dele: era aquele borrão de novo, só que desta vez, ele conseguia ver nitidamente devido a aura que ele emitia)

FrankenGreen: Não pode ser...

(Toshio na verdade estava indiferente com a situação atual, claro, havia tomado um susto e o barulho que Joker provocou o atordoou, mas passado isso, estava curioso pra ver a luta enquanto uma força invisível que ele nem notou afastava as pessoas dele, acompanhado de uma voz com a qual conversava)

Toshio: Então você é a voz da minha consciência?

Invisible Man: Isso mesmo. Como manteve a calma mesmo numa situação dessas, está sendo capaz de me ouvir.

Toshio: Sei... Mas por que justo agora?

Invisible Man: Olhe a sua situação, mais uma vez sendo deixado de lado. E aqueles seus amigos? Aposto que mesmo se explicar sobre essa confusão, só vão se preocupar com seu atraso, aqueles parasitas. Não é frustrante?

Toshio: Na verdade, já estou acostumado.

Invisible Man: Pois não deveria. Você que é o inteligente e esforçado, todos deviam te respeitar, não fingir que você nem existe. Você devia mostrar pra eles quem é que manda...

Toshio: Mas como?

Invisible Man: É fácil, você só tem que...

FrankenGreen: Ei, afaste-se do garoto! –gritou apontando.

Toshio: Ele está... Apontando pra cá? –confuso.

Invisible Man: P-Por que um herói tão chamativo ligaria pra nós, não é mesmo? –disfarçou a surpresa- “É um blefe pra poder me achar, que patético.” –pensou.

FrankenGreen: Pessoal, o outro Fear fez uma criança de refém! –alertou.

PinkWitch: O que? Onde?

YellowMummy: Que sujeira, gan!

Toshio: Por acaso ele consegue te ver?

Invisible Man: I-Impossível! Sou sua consciência, afinal! –nervoso- “Isso mesmo, não é possível que só ele esteja me vendo, é mesmo um blefe.” –pensou, começando a suar.

VioletSuccubus: Eu não to vendo nada.

SilverKraken: Será que ele está escondendo a presença de alguma maneira?

BlackPhantom: Será que ele é invisível?

FrankenGreen: É isso! Tenho certeza que ele é invisível! Parece um borrão no ar, mas graças a aura que ele emite, vejo sua forma com clareza! Apesar de que ele parece com um homem de colã...

Invisible Man: E-Essa não!

Toshio: Que foi?

Invisible Man: É-É que se tem um monstro desses por aqui, o melhor seria ir embora, certo?- disfarçou- “Maldito, então ele consegue me ver, afinal?! E com o número de pessoas em volta diminuindo, ele deve estar me vendo perfeitamente... Droga!” –pensou, desesperado.

Toshio: Tem razão. Assim vai ficar perigoso.

Invisible Man: Não é? Vamos indo. –se acalmando- “Isso mesmo, se acalme e siga o garoto, eles não vão tentar nada se eu estiver próximo dele.” –pensou.

CondeRed: Ainda tem o Joker pra segurar, tem a posição exata do outro Fear?

FrankenGreen: Sim, está logo na nossa reta, na verdade.

BlueWolf: Não sinto nada naquela direção, mas...

Invisible Man: “Acho que me precipitei. Pelo jeito, só esse de verde está me vendo, os demais não fazem idéia. Essa é minha parte favorita, o momento em que a desconfiança é plantada e os conflitos destroem aqueles que antes eram aliados, de dentro pra fora. Deixem a paranóia tomá-los, aceite seu rótulo de mentiroso e veja seus amigos pisarem em você e na sua lealdade. Hahaha!” –pensou, retomando sua confiança.

CondeRed: Já que você consegue ver, já sabe o que fazer, certo?

FrankenGreen: Sim. Metade segura o Joker e a outra me ajude, por favor.

CondeRed: Com prazer! Madoka, Shiro, me dêem uma mão! –eles avança contra Joker.

FrankenGreen: Kurumu-san, afaste o garoto, por favor!

VioletSuccubus: Saquei!

(Com sua atração, Kurumu puxa Toshio pro lado, bem longe de onde Invisible Man estava)

Toshio: Aaaah! Ele me pegou! –assustado.

Invisible Man: O-O que?! –espantado.

JackOrange: O caminho está livre agora, correto?

FrankenGreen: Sim, podem disparar!

Invisible Man: Eles não se atreveriam a atirar a queima-roupa...

(Ao sinal, Jack, Cleo e Ryo disparam com suas pistolas e atingem Invisible Man em cheio, assim confirmando sua posição.)

Invisible Man: Gyaaaaha! –ele vai ao chão sem entender nada.

YellowMummy: A-Acertamos alguma coisa... No ar, gan? –confusa.

FrankenGreen: Bom trabalho, pessoal.

BlueWolf: Agora é comigo, né? –se alongando.

FrankenGreen: Sim, por favor. –com isso, Kiba avança até o recém descoberto inimigo- Cleo-san, Ryo-kun, fiquem de prontidão, por favor.

YellowMummy: Yes Sir!

SilverKraken: Claro, senpai!

VioletSuccubus: Eu vou conferir se o guri ta bem~. –Troca.

JackOrange(Jr): E o Jack-sama aqui vai se entender com aquele palhaço cabeça-oca. Nada mal, cabeção. –dando um tapinha em Kageyama, ele parte pra outra luta.

Invisible Man: I-Impossivel... O que está havendo...?

(Sem ter tempo de ficar perplexo com sua situação atual, BlueWolf se aproximava com velocidade e a espada em mãos)

Invisible Man: Aquilo foi um golpe de sorte... Não vai me acertar de novo.

(Refutando sua teoria logo de cara, Kiba desfere um golpe de espada nele, o fazendo rolar)

BlueWolf: Acertei.

Invisible Man: Impossível... Não pode ser... Vocês estão me vendo?! –desacreditado.

BlueWolf: Nem. Só o cabeçudo tava te vendo, ao menos até agora. Agora que senti seu cheiro e consegui ouvir sua voz, você não me escapa, covarde.

Invisible Man: Não faz sentido... Confiaram cegamente na intuição daquele desgraçado?

BlueWolf: Há! Ouviram essa, gente? Ele achou que não íamos acreditar no Kageyama e ficar de briguinha! Que patético.

CondeRed: Claro que a gente acreditaria no que nosso amigo diz, seja lá quem for, não sabe de nada mesmo sobre confiança. –gritou enquanto lutava.

Joker: Nem me fale! Eu aqui dando duro pra enfrentar esses Halloweengers e o grande plano magnânimo que ele tinha era ficar de fofoquinha no ouvido de uma criança?! Eu sou uma piada pra você?! –nervoso.

Invisible Man: Cale a boca! Pra começo de conversa, eu queria trabalhar sozinho e planejava fazer tudo sorrateiramente!

Joker: O que?! Convencer o moleque a jogar lixo no chão?! –ironizou- Aiii! –desvia do ataque de Madoka e Shiro.

PinkWitch: Preste atenção!

Invisible Man: Malditos, não vão me humilhar assim, não o grande Invisible Man! –ele saca um punhal, que por acaso também era invisível.

SilverKraken: Bem que eu suspeitei qual monstro era ele.

FrankenGreen: Kiba, ele está vindo!

BlueWolf: Pode deixar.

(Ao sentir o inimigo que agora estava próximo, guiando-se por seu cheiro, Kiba consegue desviar da investida inimiga e simplesmente devolver com um chute, levando o inimigo outra vez ao chão, derrubando sua arma no processo)

BlueWolf: Agora que estou perto, consigo dizer. A respiração funda, cheiro de suor, hostilidade... Esse cara é fraco.

FrankenGreen: F-Fraco? –surpreso.

BlueWolf: Por exemplo... Percebi que ele se levantou devagar e parece estar me rodeando... Cleo! A minha direita, 2,3 metros, amarre nas pernas!

YellowMummy: A-Acho que entendi, gan!

(Sem entender muito bem, seguindo as instruções como podia, Cleo arremessa seus trapos em direção ao chão, mas acaba por apanhar as pernas de Invisible Man, desequilibrando e o fazendo cair de cara no chão)

BlueWolf: Aí está.

YellowMummy: É mesmo, fraquinho, gan.

SilverKraken: Isso é novo...

Joker: Tá de brincadeira comigo?! –desacreditado.

JackOrange(Jr): Bem feito, olha seus camaradas aí.

Invisible Man: Malditos... Eu vou me lembrar disso! –zangado.

(Ele recupera seu punhal e rasga os trapos que o prendiam, só que ao invés de retomar a luta contra Kiba, ele corre na direção de Kageyama e dos outros)

Invisible Man: Palhaço, temos que reagrupar!

Joker: Então pra que serviu tudo isso, imbecil?! –bravejou- E ainda vai sobrar pra mim né?!

CondeRed: Você não vão fugir!

(Antes que eles conseguissem interceptar os dois Fears, Joker arremessa um pano para o alto que logo se expande numa grande lona que cobre a todos. Quando conseguiram se livrar da lona, os Halloweengers notaram que só haviam sobrado eles, Toshio e poucas pessoas ali)

PinkWitch: Esses truques baratos...

BlackPhantom: Até que foi rápido.

CondeRed: Isso não dá pra negar. Acho que agora é voltar aos postos e pensar em como pegar o Fear na próxima.

(Enquanto todos se reuniam e processavam o que acabara de se passar, FrankenGreen foi até o pequeno Toshio ajudá-lo)

FrankenGreen: Desculpa pelo susto. Se machucou?

Toshio: Não.

FrankenGreen: Qual seu nome?

Toshio: É Toshio.

FrankenGreen: Fique tranquilo, Toshio-kun, se precisar estaremos sempre a disposição. Além disso, não vamos deixar aqueles malvados acabarem com o festival, ok?!

Toshio: Tá... Que seja. Tchau. –ele só reverencia cabisbaixo e segue seu rumo.

FrankenGreen: Será que eu disse algo errado? –preocupado.

...

(No restante do dia, os Halloweengers voltaram a sua patrulha, e já haviam bolado uma estratégia para lidar com Invisible Man caso ele voltasse- o que eles sinceramente não se preocupavam muito. Kageyama por sua vez, estava em contato com seu pai, Dr. Von Death, para contar das novidades e sobre a experiência curiosa daquele dia)

Doutor: “Entendi, então precisam de celulares... Vou pedir umas dicas pros outros pais e providencio.”

Kageyama: Muito obrigado.

Doutor: “E, bem, depois de tanta confusão que passaram, acho que merecem celebrar neste tal festival. Façam um bom trabalho para que ele aconteça e se precisar de ajuda, não pense duas vezes em nos contatar.”

Kageyama: Está tudo bem, o pessoal já se organizou.

Doutor: “E tenho certeza de que com sua ajuda dará tudo certo.”

Kageyama: Eu só dou alguns palpites... Mas acho que não teremos problemas, o Fear de hoje não parecia grandes coisa, o problema é o general.

Doutor: “Que tipo de Fear era?”

Kageyama: A principio o Gargoyle avisou de mais de um Fear, que surgiram perto de mim, mas fora o Joker, o outro não aparecia. Só consegui notá-lo depois graças a capacidade de ver a aura magnética.

Doutor: Ele estava camuflado?

Kageyama: “Não, ele era invisível, era o Invisible Man.”

(No instante que a informação chegou aos seus ouvidos, o que parecia ser uma conversa tranqüila de pai e filho se tornou um alerta para Von Death. Sem levantar suspeitas, ele tenta tirar mais informações de Kageyama)

Doutor: “I-Invisible Man? Foi ele quem atacou vocês hoje?”

Kageyama: Você o conhece? Apesar de que ele é famoso até mesmo aqui na superfície, nas histórias dos humanos. Kazuya que nos contou.

Doutor: S-Sim... Anteriormente, Invisible Man era um humano, um cientista, mas devido aos experimentos com uma fórmula da invisibilidade, ele se tornou um monstro.

Kageyama: “Entendo... Mas se agora ele for um monstro do mal, nos definitivamente vamos derrotá-lo!”

Doutor: Eu sei que vão... Kageyama, meu filho...

Kageyama: O que foi, papai?

Doutor: “Terei que ir, pois haverá uma reunião em breve. Tomem muito cuidado daqui pra frente, entendeu?!”

Kageyama: Eu entendo, mas não tem com o que se preocupar. Esse Fear comparado aos outros era fraco.

Doutor: Fraco, não é...?! Bom, então aproveitem bem o festival. Nos vemos em breve.

Kageyama: “Certo, tchau!”

(Assim, o Doutor desliga e acompanhamos agora sua reação. Ele se levanta com intensidade de sua mesa e começa a cerrar os punhos, agora que seu filho não podia vê-lo, ele deixou o nervosismo e preocupação tomarem sua expressão mesmo que encoberta por seus óculos e máscara cirúrgica. Ele leva a mão ao rosto e segura seus nariz, no momento exato em que Dracula entra em seu aposento)

Dracula: Como estão os meninos?

Doutor: Dracula... Por favor, reúna os outros urgentemente...

Dracula: O que houve? Os garotos estão em apuros? –preocupado.

Doutor: Provavelmente...

Dracula: Então nós temos- o Doutor o corta.

Doutor: Eu descobri... A identidade do nosso novo inimigo...

Continua na Parte 2