Bakemono Sentai Halloweenger escrita por Maxirider


Capítulo 73
Night 25: Shh! Silêncio nos corredores. Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Ola, Feliz Ano novo... Infelizmente
Eu sei q prometi q o capitulo sairia mais cedo, e q parece q agr tem so 2 caps por ano de Halloweenger, mas eu juro q n desisti, só q dessa vez realmente aconteceu um monte de coisas nos ultimos tempos ent acabei me desorganizando, tanto por minha culpa como por fatores externos, ent de agr em dia, foi parar de prometer tanto em relação a velocidade, mas vou focar em escrever, pois é isso oq preciso fazer.
Esse capitulo demonstrou isso, acabei ficando meio enferrujado na escrita e me perdi bastante fazendo esse ao msm tempo em q me soltava nas ideias, ent espero q tamanho já n seja mais uma questão a ser discutida nesse ponto :v.
Eu terminei ele no começo da semana depois de varias revisões, mas pensei em escrever primeiro a proxima parte pra ent posta-lo pra conferir se determinadas partes deveriam estar nessa parte 2 ou na proxima e vice-versa, mas achei melhor botar a prova, ent msm depois de tanto tempo, espero contar com seu feedback mais do q nunca agr. Fiquem com o capitulo (Lamento n te ruma capa nova, mas acho q isso tbm n é uma grande preocupação, certo? :v)



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Bakemono Sentai Halloweenger

Night 25: Shh! Silencio nos corredores. Parte 2

???: C-com licença... V-vocês sabem onde fica a saída?

(Houve um breve silencio após as crianças e Kurumu visualizarem a criatura, mas, a reação não seria outra- ou quase. Kurumu e a criatura, coincidentemente, taparam a boca para abafar o grito, enquanto Rintaro, congelou no lugar, mas lembrou-se de tapar seus ouvidos para evitar os gritos ensurdecedores de seus colegas que deram no pé)

Garoto 1: Um monstro apareceu mesmo! –apavorado.

Garoto 3: Foi uma péssima ideia! –apavorado.

Garoto 2: V-vamos reagrupar, até lá, cada um por si! –desacreditado.

Madoka: E-esperem! Não dispersem, é perigoso! –tentando, inutilmente, pará-los- Droga! Kurumu, vá atrás deles ou avise os outros, eu cuido do Fear! –colocando-se a frente pronta pra luta.

Kurumu: Deixaram o amigo pra trás e eu fazendo questão de evitar gritar! Covardes! –irritada.

(Percebendo a constatação, Rintaro sai do baque olhando rapidamente pra trás, vendo seus “amigos” simplesmente fugirem desesperados, abandonando-o sem pestanejar, transformando o medo do momento numa forte decepção. Infelizmente não tinha tempo pra pensar nisso, pois a dama fantasma ainda estava à frente deles com a boca até mais tapada que Kurumu)

???: E-espera...—recuperando-se, confusa.

Madoka: Então você e o Saci que raptaram as crianças? Vão pagar caro se não entregá-las imediatamente! –bravejou.

???: “C-crianças raptadas”? “Saci”? Aaaaah...

(Por algum motivo ela começou a tremer, não de uma maneira “assustadora”, mas de nervosismo. Ambas as heroínas estranharam tal comportamento, mas não planejavam baixar a guarda, foi quando a assombração rumou rapidamente até elas, flutuando sem fazer qualquer barulho que não fossem seus grunhidos. Kurumu abraça o garotinho para protegê-lo enquanto Madoka preparou-se para revidar o ataque, porém...)

???: P-perdão! Perdão! Perdão! Mil Perdões! P-por ter assustado vocês e por esse m-mal-entendido!

(Qualquer sensação de perigo se quebrou quando viram a cena daquela fantasma chorosa reverenciando freneticamente com extremo arrependimento em sua voz baixa, fazendo, ao menos, Kurumu baixar a guarda)

Kurumu: Isso é serio? –confusa.

Madoka: Cuidado, pode ser um truque. –desconfiada.

Kurumu: Olha, se realmente for, ela seria uma ótima atriz. Talvez se você abrir o jogo, a gente até te perdoe, viu, “fofa”.

???: S-s-sim! E-eu explico tudo! D-desculpem novamente! - chocada.

(Enquanto isso, Yuuki e Kiba no segundo andar receberam o recado de suas companheiras, correndo em direção as escadarias, acreditando que as crianças sairiam do prédio em seguida. Isto resultou, avistaram o garoto do cabelo de tigela e o suposto líder do grupo justamente dobrando a esquina, segurando-os para que não se perdessem)

Garoto 1: É o nosso fim! –desesperado.

Garoto 2: Me larga! Me larga! –se debatendo.

Yuuki: Acalmem-se, não vamos machucá-los. Estamos aqui justamente pra ajudar.

Garoto 2: São amigos daquelas bruxas?!

Yuuki: “Daquelas”? –estranhou.

Kiba: Já podem parar, estão seguros com a gente, de verdade. –soltando os garotos, depois dando um tapa na cabeça de ambos.

Garoto 1: Ai!

Garoto 2: Disse que estávamos seguros! –bravejou.

Kiba: Isso é pra pensarem no que fizeram. Vindo a um lugar perigoso tão tarde, deviam agradecer por isso ser a única coisa de mal que aconteceu com vocês, oras!

Yuuki: Falou e disse, hein?! Mas espera, a Madoka disse que tinham 3 de vocês...

Garoto 1: Verdade, cadê o Kojiro?

(Nesse momento, os dois rapazes se entreolharam preocupados, assim Yuuki toma a frente deixando os meninos com Kiba)

Yuuki: Vou procurá-lo nesse andar e avisar o resto pra ficar de olho, você os leva pra fora.

Kiba: Trate de encontrá-lo, hein! Vamos! –levando os meninos.

Yuuki: Se eu não achar, aí que a Madoka vai me ignorar mesmo... Não é hora de pensar nisso!

(Apesar de confuso, ele segue em busca do garoto desaparecido. O problema era que, já era tarde demais. Saci estava em posse do garoto Kojiro, que parecia estar em um transe, ambos estavam escondidos nas sombras entre armários)

Saci: De onde brotou esse povo a essa hora da noite? Pelo menos, não vou levar só más noticias pra “Patroa”. Perdeu, guri! Hehe! –assim, após provocar mais uma ventania no prédio, eles desaparecem.

...

(Enquanto isso, Madoka, Kurumu e Rintaro estavam prestando atenção à explicação da, um pouco mais calma, fantasma)

???: M-me chamo May, e eu sou... U-u-uma Banshee...

Madoka: Uma Banshee?! –preocupada.

Kurumu: Que foi, que isso?

Madoka: Banshees são fadas mórbidas, um mau-presságio anunciado por um grito fatal... O que uma faz numa escola no Japão? –suspeitou, mas Kurumu interveio.

Kurumu: Calma, Senpai. Isso parece sinistro e tal, mas na hora que a gente se viu, ela também fez questão de segurar o grito, e deve estar falando baixo de propósito. Digo... Ela não parece ser má! –defendeu.

Madoka: E é exatamente por isso que... Quero ouvir sobre o que ela está passando. –empática.

Kurumu: Senpai... –aliviada.

Rintaro: É serio...? –desconfiado.

May: M-muito obrigada!—gritou animada- D-desculpem... É exatamente como você disse, por ser uma Banshee, eu trago infortúnio por onde passo, e é por isso que estou aqui...

Kurumu: Quer dizer que...

May: Eu fugi de casa!—declarou tapando a cara de vergonha.

Os 3: Como é?

May: Acontece que... Desde sempre, tenho a capacidade de prever e sentir quando algum desastre fosse acontecer, só que por mais que tentasse, nunca conseguia impedir... Não conseguia alertar ninguém por terem medo de mim. Se tentasse ajudar, acabava atrapalhando. Tudo que eu podia fazer era esperar, chorar e gritar quando acontecia...—melancólica.

Kurumu: Coitada... –tocada.

May: As minhas irmãs já tinham aceitado, mas eu não conseguia engolir esse destino cruel... Então pensei que se eu fosse embora, as tragédias diminuiriam... Mas...

Madoka: O que houve?

May: Por onde eu passasse, algo de ruim acontecia, era como se eu fosse atraída pra um desastre... Até que eu finalmente decidi me isolar de vez pra tentar dar um fim nisso, mas... Mas...—todos esperam ansiosos a resposta, quando repentinamente ela tapa a boca- E-e-eu sempre me perco! —exclamou chorosa.

Os 3: Como é?

May: P-por ser atraída por tragédias, mesmo que eu tente ir pra algum lugar, quando dou conta, já estou em outro totalmente diferente, foi exatamente o que aconteceu pra chegar até aqui... M-mesmo que ache a saída, eu logo volto aqui pra dentro! Por quê?!—berrou de boca tapada.

Rintaro: Talvez você só não tenha senso de direção...

May: E pra piorar, aquele tal Saci... Eu tentei pedir ajuda pra ele, mas tudo o que fez foi me deixar ainda mais perdida...

Kurumu: Então além das crianças ele ainda mexeu com você? Metido a valentão... –irritada.

Madoka: Então... –cortou- Se está aqui... Quer dizer que uma tragédia vai acontecer nessa escola? –repentinamente, o clima fica pesado.

May: Provavelmente... Enquanto eu estiver aqui... A-a culpa será...

(Repentinamente, Kurumu se aproxima, segura as mãos dela e tenta olhar pra seus olhos marejados)

Kurumu: A culpa não é sua.

May: C-como é?

Kurumu: Você só prevê, não causa essas coisas, certo? Então não tem motivo pra se culpar. Pelo contrário, você fica triste toda vez que algo ruim acontece, né? Se isso não mostra o quão gentil você é, não sei o que prova, então relaxa. Aqui, May-chan, né? Pronto, pronto, vai ficar tudo bem. –consolou colocando a cabeça dela em seu ombro- Eu me chamo Kurumu, aquela meio séria é a Madoka-senpai e esse guri aqui é... Qual seu nome mesmo?

Rintaro: Rintaro... –impaciente.

Kurumu: Isso aí.

May: L-lady Kurumu... O-o-obrigada! —chorando abafada no ombro de Kurumu.

Kurumu: “Lady”... Gostei disso. Não se preocupe, May-chan, está em boas mãos agora.

(Nesse momento, Yuuki chegava correndo ao segundo andar, desesperado por ainda não ter encontrado o garoto que sobrara)

Yuuki: Ei, vocês duas! –aproximando-se- Por acaso esse não é o terceiro garoto, não é?

Rintaro: Acho que sou o quarto, não que importe...

Yuuki: Não pode ser... –pensando no pior- Gyah! Quem é essa aí? –espantando ao ver May- Essa é a tal Hanako-san?

Madoka: Resumo da historia, ela é uma Banshee perdida, mas o importante agora é: Não conseguiu achar os garotos que se separaram? Devem ter corrido pras escadas.

Yuuki: Só conseguimos encontrar 2 deles, achei que esse com vocês fosse o terceiro, mas se não é, ele ainda está perdido. –preocupado.

Madoka: Essa não! Precisamos achá-lo, depressa! –preocupada.

(Porém, uma ventania e uma risada tomam o corredor, provando que o pior de fato havia acontecido)

Saci: “Hehehe! Quem mandou não dormir cedo, hein?! Isso é hora de criança ta na rua?”

May: E-esse é...

Yuuki: Desgraçado, apareça! –bravejou, mas sem resposta, o vento já havia cessado- Maldição! –frustrado.

Madoka: Mas como é possível? Se ele tivesse aparecido e pego o menino antes de descer as escadas, daria pra sentir a ventania, certo?

Yuuki: Deve ser obra do outro Fear...

Rintaro: Não era nem pra gente estar aqui... –frustrado.

Madoka: É verdade, mas por agora levaremos você e seus amigos pra fora daqui. Precisamos de um plano...

Yuuki: O pessoal do turno do dia pode continuar a investigação, mas o mistério continua...

Kurumu: Esses dois estão realmente centrados... –pensativa.

May: Viu só, se não tivesse encontrado vocês, talvez o garotinho ainda estivesse aqui... —lamentou.

Kurumu: Já disse que a culpa não é sua, poxa!

Yuuki: Ela ta bem?

Madoka: A pergunta na verdade é: O que faremos com ela?

Kurumu: A gente não pode só deixá-la sozinha!

Yuuki: Mas acho que mostrá-la pro Tsurugi-san pode complicar as coisas.

Madoka: Fora que, pelo que explicou, ela voltaria aqui pra dentro de qualquer jeito, a menos que resolvemos essa confusão.

May: E-ela tem razão... Não se preocupem comigo... —Kurumu a encara brevemente, então se decide.

Kurumu: Eu me prontifico a ficar de olho nela. Por enquanto, podemos deixá-la escondida em algum lugar e visitamos ela durante nosso turno. Eu sugiro o banheiro feminino, aí ela pode ficar de olho na Hanako-san se for o caso.

May: N-não quero incomodar... —envergonhada.

Yuuki: É o jeito.

Madoka: Certo, vamos reagrupar e escoltar os garotos, se não resolvermos esse mistério do outro Fear não vamos chegar a lugar algum.

Kurumu: Se cuida, May-chan, amanhã a gente se vê.

(Todos se despendem da nova amiga, enquanto ela seguia as instruções de se esconder no banheiro)

May: E-eles foram tão gentis comigo... Espero que nada de mal aconteça a eles...

...

(Era um novo dia de buscas na escola, as informações sobre a noite anterior já havia sido dividias com a diretora Misaki, a família dos garotos que apareceram de noite e, claro, ao grupo daquele turno: Kageyama, Cleo, Kiriko, Kagami, Ryo, Shiro e Jack. Todos se encontravam com a diretora no portão de entrada)

Misaki: Não compreendo, além do portão da frente e dos fundos que estavam trancados e vetados, não existem outras entradas na escola. Não teria como as crianças terem entrado nem mesmo pulando o muro, é muito alto pra elas.

Kageyama: É justamente isso que precisamos descobrir, acreditamos que seja obra do outro monstro que está à solta.

Ryo: Ele estaria criando alguma entrada para as crianças, como uma aranha esperando a mosca pousar na teia. Mas como ele faz isso?

Kagami: Elas teriam estranhado uma “porta mágica” que dá na escola, não teriam?

Shiro: Depende.

Cleo: O que me deixa mais preocupada é justamente o fato delas terem vindo até aqui, rin. Os pais delas devem ter ficado muuuuuito preocupados, rin!

Kiriko: Isso também está me incomodando... Temos que encontrar pistas o quanto antes e evitar que qualquer outra criança entre aqui e seja levada novamente. Vamos lá!

Misaki: Boa sorte a todos.

(Eles então adentram o local para iniciar novas buscas, porém quando iriam se organizar notaram que Jack ficou pra trás, um tanto estranho)

Kageyama: Tá tudo bem, Jack-san? Algum palpite sobre o truque do Fear?

Jack: Eu? Claro! Tudo nos conformes! E que bom que a Kurumu-chan também está mesmo depois de ontem! Não que eu esteja preocupado! Estou pronto pra focar no dever 100%! –frenético.

Kageyama: Certo... Só não exagere, por favor. –preocupado.

Jack: Afirmativo! –após todos se afastarem, suspirou.

Junior: “O cabeça-de-parafuso tem razão, nerd. Não vá perder a cabeça só pensando na Princesa, vai invadir meu espaço.”

Jack: Você está certo, Junior. Não somos mais crianças... Fora que se eu falhar nisso, como conseguirei encará-la?

(Agora decidido, ele vai se juntar ao grupo, mas antes, olha pra diretora Misaki de relance quando ela ia embora, ficando encucado brevemente, depois focando em ir até seus colegas)

Kiriko: Então, Jack-san, iremos todos nos separar pra cobrir mais espaço. Mesmo que algum Mistério esteja envolvido, não conseguiremos nenhuma pista durante o dia, por isso pedi pra Ryo-kun e Shiro-kun darem uma olhada rápida no prédio principal, por garantia. Claro, ficando de olho em qualquer “detalhe”. –piscou, pois referiu-se a May e não queria anunciá-la na frente de Kagami- O restante deve procurar vestígios das crianças ou da suposta entrada que o monstro tenha criado. Eu vou pra norte, Kagami-san pra oeste, Kageyama-kun pro leste e por fim a Cleo-chan pro sul, você pode cuidar da área central se ainda estiver nervoso.

Jack: Não se preocupe comigo, este é o local perfeito para nós.

Kagami: E pode me chamar de Kagami ou Kagami-chan, ok?! –animada.

Kiriko: Certo, seja lá onde estiverem, vamos achá-los.

(Todos estavam apostos, podendo finalmente separar-se pra vasculhar suas áreas designadas. Apesar de ainda agitado por estar longe de Kurumu, Jack seguiu para sua localidade, que pra ele, de fato, seria perfeita. No centro do local ficavam a horta e o playground das crianças. Ele se aproxima e lê a nova mensagem no quadro de Shukakkun: “Mais uma criança sumiu, não foi?”)

Jack: Infelizmente, lamento.

(Notando que não havia mais ninguém por perto, Shukakkun ficou a vontade com Jack, pegando seu quadro caso precisasse escrever outra mensagem)

Jack: Por enquanto o que temos é o nome daquele que causou a ventania e está envolvido nos sequestros: Saci, um monstro brasileiro. Porém, acreditamos que ele não esteja sozinho.

Shukakkun: “Como planejam pegá-lo?”

Jack: Ainda estamos pensando nisso, a velocidade do vento dificulta sequer se aproximar dele... –comentou enquanto caçava pistas.

Shukakkun: “Entendo... Infelizmente não há muito que eu possa fazer.” (Carinha triste).

Jack: Não é verdade, se preocupar já é alguma coisa. Tem certeza de que não viu nada anormal? Nem mesmo quando sua amiga Kyoko veio até aqui?

Shukakkun: “Não tenho certeza...” –escreveu.

Jack: Entendo... –troca. Junior fica de costas pra ele e se agacha.

Junior: Você... Não se sente solitário?

(Shukakkun recuou, aquelas palavras pesaram, logo, se prontificou a respondê-las rapidamente)

Shukakkun: “Muito! Muito mesmo! Mesmo que não seja a primeira vez, ainda dói...” –mostrando o quadro pra Junior.

Junior: Você... Se for se abrir, vai fundo, aposto que o nerd vai achar familiar.

Jack: “Junior...?”

Junior: Trate de escutar, digo, ler, com atenção, quatro-olhos.

(Shukakkun aproveitou a deixa para caprichar na escrita, afinal, contaria sua historia a dupla abóbora. Quando achou ter terminado, ele mostrou a Junior um esquema parecido com um quadrinho)

Shukakkun: “Eu era um espantalho normal, vivia numa plantação normal, e dia após dia cumpria meu papel, isso durou varias colheitas, até chegar às ultimas...” –próximo quadro- “Fui jogado fora e fiquei abandonado por um tempo, foi quando eu ‘acordei’, estava muito confuso, então sem poder voltar pra casa, me senti sozinho...” –próximo quadro- “Um dia, o jardineiro me achou e cuidou de mim, me deixou de cara nova. Me trouxe pra escola e me deixou cuidando da horta, ele confiou em mim pra isso!” –próximo quadro- “Quando eu comecei a trabalhar aqui, logo conheci as crianças. A maioria delas foi muito gentil comigo, até me deram um nome e disseram que éramos amigos, principalmente a Kyoko e o Rintaro, então eu quis conhecê-los ainda mais. Comecei a acompanhar algumas aulas da janela, outras pedia pros bichinhos me contarem, aprendi muitas palavras novas e até mesmo ler e escrever.” –próximo e ultimo quadro- “Estava tudo tão bom, as crianças eram gentis comigo e com a horta, eu me sentia útil de novo, até essas coisas começaram a acontecer e meus amigos sumirem... Sinto muita falta deles, só quero que tudo volte ao normal...” (Fim).

Junior: Te deram uma segunda chance, hein?! São seu porto-seguro? –Shukakkun dessa vez só balançou a cabeça confirmando- Sua vez nerd. –troca.

(Logo que Jack retomou o controle, ele já segurou Shukakkun pelos ombros, estava tocado por sua historia)

Jack: Eu entendo muito bem seus sentimentos. Acontece que nós também já fomos por muito tempo porto-seguro de alguém. Sabe, nós e nossa prima Kurumu-chan fomos criados lado a lado por sermos metade monstro, e por sermos mais velhos, nos dedicamos a protegê-la da forma mais perfeita que podíamos pensar, mas... Ainda haviam momentos que não era suficiente. Ela não se deu bem nas primeiras escolas do mundo humano, e por mais que tentássemos, a segurança que criamos parecia insuficiente... Só que... Em algum momento ela mudou... Decidiu ser mais chamativa, mais segura e principalmente... Ela decidiu que não devíamos mais nos sacrificar por ela a todo momento. – Shukakkun começava a entender- Com passar do tempo, percebi que Kurumu-chan havia se tornado nossa incentivo, eu senti que já estava na hora de amadurecer igual a ela. Claro que o caminho pra nós todos foi esburacado e temos muito que aprender ainda, mas enquanto eu puder fazê-la sorrir e, em troca, ela nos inspirar, ficará tudo bem. Ainda mais com nossos amigos apoiando-nos também. –troca.

Junior: Em resumo, o que o quatro-olhos quer dizer com tudo isso é que: Se você tem um porto-seguro, faça por merecer. Um porto precisa de outro, sacou?!

(Shukakkun ficou pensativo, ainda mais tendo um raciocínio limitado, mas ele não teria tempo pra uma conclusão, pois largou sua lousa sem aviso, já que, Kyoko havia chegado à horta)

Kyoko: O que está fazendo com o Shukakkun?

Junior: Eu que te pergunto o que você faz aqui, pivete?! Perdeu o juízo?! –bravejou.

Kyoko: Que grosseria... Eu vim cuidar da horta, ta! Se não, quem mais cuidaria dela e do Shukakkun? –mostrando a língua.

(Junior estava prestes a dar um piti, mas Kyoko parecia mais preocupada com o que estava escrito na lousa dessa vez- ou seja, o relato recém lido pelos Jacks. Ela leu brevemente, tocada com a historia, apesar de estranhar o ponto de vista ser do espantalho. Mas repentinamente, ela fecha a cara e para de ler quando chega à parte em que seu nome e o de Rintaro são citados juntos.)

Kyoko: Shukakkun, se foi mesmo você que escreveu isso, é melhor esquecer o Rintaro. Ele nos traiu, lembra?! –irritada. Troca.

Jack: Como assim?

Kyoko: Eu e o Rintaro éramos amigos há anos e éramos responsáveis por cuidar da horta com alguns outros garotos, mas eles eram um bando de preguiçosos que viviam pegando no nosso pé. Até que 1 dia antes dessa confusão, o Rintaro simplesmente se juntou ao grupo daqueles idiotas...

(Flashback ON)

Rintaro: “É isso mesmo, eu já cansei dessa horta estúpida!” –bravejou.

Kyoko: “Como pode dizer isso depois de trabalharmos tão duro? Não parece o Rintaro que eu conheço... Parece aqueles imbecis!” –apontando para os garotos que estavam só se divertindo com o drama.

(OBS: Coincidentemente, 3 deles eram os mesmo que estavam com Rintaro na noite anterior)

Garoto 4: “Quero ver falar assim com a gente depois que destruirmos essa horta toda!” –disse o magrelo.

Garoto 5: “Mostra pra ela, Rintaro!” –disse o baixinho.

Kyoko: “O que vai fazer?”

(Ele se dirige até um pé de alface, que, inclusive, tinha uma plaquinha com seu nome ao lado. Sem aviso prévio, ele começa a pisoteá-las sem dó)

Kyoko: “Para! Para com isso! Para!” –berrou em lagrimas, tentando frustradamente, impedi-lo.

(Depois disso, o zelador vendo a situação- Kyoko aos prantos e parte da horta destruída- levou ela e todos os garotos para a diretoria. Depois da bronca de Misaki, Kyoko estava pronta para dar a própria em seu ex-amigo)

Kyoko: “Não acredito que fez uma coisa dessas! Por quê?” –bravejou confusa.

Rintaro: “Não fale mais comigo...” –indo embora

(Flashback OFF)

Kyoko: Aquele idiota... Não me importaria se ele também sumisse, igual Yusuke e o Shigeru! –bravejou.

Jack: Não se deve desejar mal a quem quer que seja, sabia... –No meio do sermão, ele percebe algo ao prestar atenção nos nomes citados- Por acaso... Conhecia esses garotos?

Kyoko: Infelizmente. Eles eram os preguiçosos que não ajudavam, e ainda incentivaram o Rintaro a fazer aquelas maldades, eles e mais 3 moleques do grupo deles. Eles mexiam com todo mundo!

Jack: Um instante... Rintaro não era o nome de um dos garotos que Kurumu-chan encontrou de noite...? –murmurou- Me diga...

(Rapidamente, Jack contou os detalhes da noite passada, principalmente as características dos garotos que foram encontrados incluindo Rintaro. Kyoko então confirmou que se tratava sim do grupo de garotos com quem brigara à 3 dias atrás)

Kyoko: E pensar que viriam até aqui... Com o que estavam na cabeça?

Jack: Junior, também percebeu? –murmurou.

Junior: “Sim. Dois dos moleques que foram pra diretoria viraram presa de Fear, e o resto brotou na escola ‘trancada’ à noite... Se isso é coincidência, então anêmonas podem voar.”

Jack: Então achamos um padrão... Mas ainda há peças faltando... Kyoko-chan, como conseguiu entrar na escola exatamente?

Kyoko: Foi pelo... Estranho, eu só lembro de ter passado pelo portão...? –confusa.

Jack: O da frente? Alguém abriu pra você?

Kyoko: Eu realmente não lembro...

Saci: Yehehehehehaha!

Jack: Essa voz...!

(No momento que ouviram aquela risada vinda do prédio principal, uma forte ventania cobriu o local vinda da mesma direção. De repente, da janela do segundo andar, SilverKraken e BlackPhantom foram arremessados, caindo no pátio ao lado, enquanto Saci apenas observava do alto)

Saci: Caíram que nem jaca podre! Kkkkkkkkkk! –rachando.

SilverKraken: Quando parecia que tínhamos alcançado...

BlackPhantom: Ele te venceu no cabo de guerra.

Kyoko: Aqueles são...!

Kagami: Os Halloweengers! –gritou enquanto se aproximava.

Kiriko: Vocês aí, estão bem? –chegando logo em seguida.

Jack: Estamos. Mas aquele... Monstro... Apareceu do nada...

Kagami: Cadê os outros? Justo agora que os Halloweengers vieram pra lutar. Será que... –nesse momento, Kiriko e Jack gelaram- O clube de vocês tem o contato deles então o pessoal foi chamá-los? –empolgada.

Kiriko e Jack: V-você adivinhou! –disfarçando.

(Enquanto conversavam, FrankenGreen e YellowMummy chegaram para auxiliar seus companheiros, ajudando-os a levantar)

FrankenGreen: Vocês estão bem?

SilverKraken: Não foi nada demais, senpai. O Black nem sequer tocou o chão.

YellowMummy: É verdade, ele flutuou, rin.

BlackPhantom: Não podia?

SilverKraken: Tomem cuidado, o vento dele é muito forte.

YellowMummy: Yes Sir!

(Após recuperarem-se, todos se preparam para entrar no prédio novamente, mas quando chegaram à porta, Saci já estava lá para recebê-los)

Saci: Desculpa, não tem ninguém.

SilverKraken: Quando foi que... –espantado.

FrankenGreen: Que rápido! –surpreso.

(Os heróis tentam aproveitar que estavam finalmente de frente com o inimigo para golpeá-lo, mas ele desvia tranquilamente como se dançasse. Então, sem aviso, ele inicia novamente seu pequeno tornado, soprando os heróis com força enquanto saia correndo pelo pátio da escola. Detalhe que YellowMummy foi jogada pra longe no processo, mas se agarrou a um poste de luz com seus trapos para não voar de vez)

FrankenGreen: Yellow! –preocupado.

YellowMummy: Me ajudem, rin!

SilverKraken: Senpai, eu cuido da Yellow, tente pará-lo com o impacto do seu martelo.

FrankenGreen: C-conto com você!

(Enquanto isso, Jack apenas observava sem poder fazer nada, mas utilizava-se do tempo pra raciocinar sobre o caso em si)

Kiriko: Uma pena não poder se transformar, Jack-san... –sussurrou.

Jack: Sim... Porém, tem algo que eu preciso checar... Conseguem levar a Kyoko-chan e o Shukakkun pra um local seguro?

Kiriko: Shukakkun?

Jack: O espantalho.

Kiriko: Por quê? –confusa.

Jack: Ele é um monstro também. –sussurrou.

Kiriko: Aaaah. –compreendeu- Kagami-chan, pega a garotinha! –disse enquanto pegava o espantalho- Que leve.

Kagami: Tá, mas o que ele vai fazer?

Jack: Corram pro portão de entrada, irei... Distraí-lo!

Kagami: Mas por quê? Os Hallowengers já estão enfrentando o monstro!

Kiriko: Ele encontrou algumas pistas. Vamos! –puxando Kagami pelo braço enquanto leva Shukakkun nas costas.

(Com isso, eles se separam, com Jack indo à fundo no que ele acreditava ser uma peça importante nesse quebra-cabeças. Na luta, FrankenGreen havia invocado seu martelo, mas Saci começou a rodeá-lo, divertindo-se com a confusão, porém ele mal esperava que atrás dele viesse a lança de BlackPhantom)

Saci: Que desgrama é essa? –espantado, quase sendo alcançado.

FrankenGreen: Aí vai!

(Na distração de Saci, FrankenGreen conseguiu lhe acertar uma martelada ao mesmo tempo em que a lança espetava sua traseira, jogando-o contra a parede no impacto)

Saci: AAAAAIIIIIII! Na buzanfa é vacilo!

FrankenGreen: Chega de correr! Devolva as crianças agora!

BlackPhantom: Olha que ela cutuca de novo.

Saci: Vão me forçar a apelar, é? Tranquilo...

(Repentinamente, de dentro de seu gorro ele saca um estilingue e o usa pra atirar projéteis parecidos com mamonas contra os dois heróis, tirando-os de seu caminho para que pudesse se recuperar e voltar a seu furacão)

Saci: Vazei, otários!

FrankenGreen: Espera!

(Seguindo em sua correria, ele avista o grupo de Kiriko tentando escapar, então ruma até eles. O grupo então avista o Fear, logo apertam o passo para chegar ao portão o quanto antes, crendo que dessa forma estariam salvos até os Halloweengers interceptarem-no novamente. Faltando pouquíssimos metros da saída, o moleque travesso apronta mais uma usando seu estilingue, disparando com precisão num poste de luz, de um jeito que a mamona rebate acertando a perna de Kagami, fazendo-a perder o equilíbrio na sua direita, dessa forma caindo sobre Kiriko e Shukakkun, além de, obviamente, derrubar Kyoko também, numa verdadeira bagunça)

Saci: Gostaram da mira do “pai”? São anos de treino. –gabando-se.

Kagami: Desculpem...

Kiriko: Levantem, depressa... –se esforçando.

(O problema que era tarde, Saci se aproximou rapidamente e usou a potencia do vento pra mantê-los onde estavam, assim conseguindo facilmente capturar Kyoko)

Kyoko: Me larga! Socorro! –esperneou.

Saci: Quem mandou não ficar em casa? Foi marcada, menina, então agora aguenta!

Kyoko: Socorro!

Kiriko: Solta ela! –tentando se erguer.

(Infelizmente o vento atrapalhava muito, então, no desespero, Shukakkun parou com o fingimento e tentou com todas as forças se erguer sem ser soprado, estendendo sua mão para tentar alcançar Kyoko, mas sem sucesso, Saci já estava partindo)

Kyoko: Shukakkun, me ajuda!

(Esse ultimo grito machucou ainda mais o impotente espantalho, assim Saci ruma de volta ao prédio principal por alguma razão, levando Kyoko consigo. Quando estava prestes a adentrar, vindo do nada, JackOrange (Junior) chegou se jogando na frente do Fear brasileiro, conseguindo resgatar a garota, rolando com ela nos braços)

Saci: MASOQ?! –confuso- Pega ladrão!

JackOrange (Jr): Foi mal, pirralha, era isso ou te explodir...

Jack: “Tomara que ela só tenha se arranhado...” –preocupado.

Saci: Você de novo... Devolve! –irritado.

JackOrange (Jr): Se eu fosse você já ia me escondendo, pé-de-valsa. Chamamos reforços, vão chegar antes que você pense em descascar uma maçã com um lápis. Sacou?!

Saci: Nem um pouco, mas se é de esconde-esconde que querem brincar, pra mim ta beleza! Tá com você, trouxa!

(Levando a ameaça como brincadeira, Saci correu pra dentro do prédio e seguiu para o segundo andar)

JackOrange (Jr): Dessa vez eu pego!

(Ele corre atrás de Saci, subindo as escadas o mais rápido que podia, ficando poucos metros de diferença, mas no final, o resultado foi o mesmo- Saci havia desaparecido novamente)

JackOrange (Jr): Desgraçado...! –furioso. Troca.

JackOrange: Pelo menos, confirmamos o fim da linha. Basta “ela” confirmar também... –olhando para o banheiro.

(Ao final da confusão, Kiriko e Kagami foram ao encontro de Kyoko para ver seu estado e, fora os arranhões da queda, estava sã e salva)

Kagami: Graças a Deus você está bem! –aliviada.

Kiriko: Os outros Halloweengers devem ter chamado ajuda.

SilverKraken: F-foi isso mesmo. –disfarçou enquanto se aproximava com Mummy, Franken e Phantom.

FrankenGreen: Pelo visto ele fugiu de novo. Essa foi por pouco, que bom que ninguém se feriu.

(De repente, alguém cutuca seu ombro, ele se vira para ver, e era Shukakkun mostrando em seu quadro a mensagem: “Obrigado por protegerem a Kyoko.”)

FrankenGreen: Mas hein?! O espantalho?! De pé? E escrevendo? – afastou-se surpreso.

BlackPhantom: Legal.

Kyoko: Shukakkun! –ela corre até seu amigo e lhe abraça- Você está vivo! Que incrível!

Jack: Ele é um Tsukumogami, afinal. –comentou enquanto se aproximava de todos.

Kyoko: Tsukumogami?

Kagami: Jack-san, onde esteve? –preocupada.

Kiriko: Achou o que queria?

Jack: Sim, talvez até mais, mas por hora, vamos aproveitar que o monstro foi embora e levar a Kyoko-chan pra casa.

(Shukakkun aproveita a deixa para se separar de Kyoko, um pouco cabisbaixo, e notando a preocupação no olhar da garota, escreveu uma mensagem)

Shukakkun: “Kyoko, só volte pra escola quando tudo se resolver, por favor.”

Kyoko: Mas e você? Não vai ficar sozinho?

Shukakkun: “Eu cuido da horta até lá. Se você vier e ele aparecer de novo, não serei capaz de protegê-la...” (Carinha de preocupação).

Kyoko: Eu... Eu entendo... –mesmo receosa, ela lhe abraça mais uma vez- Prometo voltar logo, ta? –o espantalho confirma com a cabeça.

Kiriko: Vem cá, vamos ligar pros seus pais. –dando a mão para Kyoko e a levando até a entrada.

Kagami: Eu te acompanho. Apesar de querer procurar Cleo-chan e os outros... –ouvindo isso, os Halloweengers tinham que improvisar desculpas.

SilverKraken: N-não se preocupe com eles. Evacuamos os dois que estavam dentro do prédio quando o Fear apareceu.

BlackPhantom: Foi?

YellowMummy: F-fizemos o mesmo com os que estavam lá do outro lado quando nos chamaram, rin. Devem estar todos juntos agora, vai encontrá-los em breve, rin.

Kagami: Então eles realmente tem o contato de vocês, que legal! Estou tentada a entrar pro clube! Haha! –brincou- Bem, até a próxima, resgatem as crianças, por favor! –despediu-se.

FrankenGreen: Que bom que ela é toda inocente...

BlackPhantom: Eu gosto dela.

Widow: “Como é, Honey?!” –bravejou de dentro da Essence.

(Enquanto Kraken e Mummy foram resgatar o amigo de uma “briga de casal”, Jack observou o prédio brevemente e se dirigiu a FrankenGreen)

FrankenGreen: E você Jack-san, como saiu do prédio sem ser notado?

Jack: Junior saltou da janela e nos destranformamos ali ao lado, espero não sentir as pernas depois... Mas diga, Kageyama-kun, não acha estranho o Fear aparecer e sumir dentro do prédio?

FrankenGreen: Agora que mencionou... Ryo-kun nos chamou quando o Fear apareceu lá dentro do nada, então se ele voltou pra lá, deve ser onde está se escondendo.

Jack: Também pensei nisso. Você vê ondas eletromagnéticas, certo? Então me diga, consegue ver alguma onda estranha lá dentro?

FrankenGreen: Deixe-me ver... –ele observa o prédio rapidamente e nota algo- Tem algumas ondas vindas do segundo andar, na esquerda. –apontou- E parece ser mais de uma.

Jack: Exatamente pra onde ele correu... Se não estiver enganado, naquela direção são os banheiros no final do corredor, onde a Banshee da Kurumu-chan está, mas ele sumiu depois disso... Estou começando a entender, mas faltam alguns detalhes pra ter certeza. Prefiro deixar pro pessoal da noite terminar de investigar, já que agora ele deve estar cauteloso esperando todos os Halloweengers chegarem. Obrigado pela ajuda.

FrankenGreen: Não foi nada, queria poder ajudar ainda mais. Melhor voltarmos logo antes que a Kagami-san suspeite.

(Com isso, ele arrasta os outros 3 para poderem se destransformar e achar suas amigas. Sobrara agora Jack e Shukakkun, mas dessa vez, o espantalho parecia abalado com o que se sucedeu. A nova mensagem que mostrara a Jack comprovava isso: “Por favor, protejam a Kyoko por mim.” –carinha triste)

Jack: Do que está falando? Será muito melhor se nos ajudar a protegê-la, tenho certeza que ela gostará disso.

Shukakkun: “Mas o que eu poderia fazer?” (Carinha de desanimo).

Jack: Lute ao nosso lado, você vive nessa escola, deve conhecê-la como ninguém. Já sabemos onde o Saci está se escondendo, com sua ajuda, podemos ficar de olho nele a qualquer momento. Fora as capacidades que você tenha que eu não conheço. –incentivou.

Shukakkun: “Aí que está... Eu não sou de muita ajuda. Não consigo nem chegar perto dele sem voar pra longe, não consegui defender a Kyoko nem agora nem quando ela e Rintaro brigaram. Eu sou só um espantalho empoeirado... Sinto muito...” –depois disso, ele reverencia e segue de volta ao seu lugar na horta.

Jack: Justo eu que vejo através dos outros não sei incentivá-los... O que a Kurumu-chan faria? -Troca.

Junior: Parem de palhaçada, vocês dois, estão me dando nos nervos! Se alguma coisa é importante pra vocês, se esforcem por ela, droga! Só ficar se lamentando não muda nada! Por isso, botem mais emoção nisso! –exclamou.

(Apesar de confuso pela mensagem não ser direcionada só pra si, foi forte o suficiente pra fazer Shukakkun parar, escrever uma mensagem e mostrá-la a Junior: “Eu... Eu acho que vi uma coisa estranha, mas não sei se vai ajudar...”)

Junior: Então por que não disse logo?! –bravejou.

...

(Agora era o momento do grupo noturno brilhar, eles reuniram as informações obtidas por seus colegas e agora preparavam uma nova abordagem. Kurumu bateu na porta do banheiro feminino, e logo foi recepcionada por May do outro lado)

Kurumu: May-chan, boa noite!

May: É você, Lady Kurumu? Se possível, prefiro ficar atrás dessa porta, pra evitar qualquer problema.

Kurumu: Você que sabe. Como está aí no banheiro? Espero que não seja muito... Solitário.

May: N-não se preocupe!—gaguejou- Afinal... Já estou acostumada...—nesse momento, as duas estavam paralelamente com a mão e a cabeça na porta.

Kurumu: Não diga uma coisa dessas! –retrucou- Ninguém merece ficar sozinho. Foi por isso que eu quis ficar responsável por você, por isso e também pra cumprir meu papel.

May: “Papel”?

Kurumu: Acontece que, eu e meus amigos somos super-heróis, então enfrentamos esse tipo de monstro malvado todo dia, inclusive estou de vigia agorinha mesmo mas, além disso, também devemos cuidar do bem estar de quem está com problemas! –se afastando um pouco da porta, empolgada.

May: Lady Kurumu...

Kurumu: Eu até pensei: “Poxa, se essa Banshee sofreu tanto pra ajudar os outros, então ela podia se juntar a equipe”, certo? Não parece legal?

May: P-parece!—se empolgando- Porém... Eu ainda sou um amuleto de má-sorte. E se coisas ruins acontecessem aos montes a vocês? Ou pior...—escorregando na porta, cabisbaixa.

Kurumu: Quantas vezes preciso dizer que a culpa não é sua?!

May: Mas o que eu poderia fazer?

Kurumu: Basta que você... Queira mudar...

May: Acontece que... Não se pode mudar sua natureza, eu tentei... Então... Por favor, não sofra por minha causa...

Kurumu: E-eu acho que você ta sendo muito pessimista, sabia?! –berrou- É só... Mudar da forma certa... –sentando-se apoiada na porta- Claro que não é tão simples... Tem vários fatores a se analisar... O que o Jack faria?

(Repentinamente, a porta do banheiro masculino se abre, então Kurumu se levanta alerta, pronta pra chamar seus amigos, já que o momento que esperavam podia ter chegado. Infelizmente, não se tratava do aparecimento de Saci, mas de alguém que ela não esperava encontrar ali: Rintaro)

Rintaro: Que gritaria é essa? Acharam o monstro? –esfregando os olhos.

Kurumu: Fala sério! Por que ta aqui de novo, moleque? –bravejou- Afinal, como você entrou? Será que o Jack tava certo?

Rintaro: Eu... Não lembro...

Kurumu: Hã?

Rintaro: Eu só sei que eu vim pra cá de tarde e me escondi no banheiro, aí acabei pegando no sono. O pessoal disse que vinham também pra procurar Kojiro e os outros.

Kurumu: Depois do fiasco de ontem? Duvido! Ainda mais que garantimos que ninguém entraria aqui, só você se safou por se esconder durante a troca de turnos.

Rintaro: Então quer dizer que eles não vem... –desapontado- Que seja, vou provar pra eles...

Kurumu: Vai provar o que? –cortou- Que é tão idiota quanto eles? –beliscando a orelha dele.

Rintaro: Ai! Sai pra lá, o que você sabe, tiazona?!

Kurumu: Ora seu... Pelo visto respeitar garotas não é seu forte, né? Eu fiquei sabendo sobre a Kyoko-chan. –segurando a raiva.

Rintaro: E o que você sabe...? –receoso.

Kurumu: Eu tenho uma teoria: Tá tentando entrar pro grupo dos populares e jogou fora sua amiga pra isso. Escuta, garoto, não tem problema querer mudar, mas não precisa pisar nos outros pra isso, principalmente alguém que se importava com você.

Rintaro: E você acha que me conhece? Não saia assumindo coisas sobre os outros, intrometida! –retrucou zangado.

Kurumu: E você, me conhece por acaso?! –retrucou ainda mais zangada- Já chega, moleque, vou te colocar no seu lugar! Senta aí! –puxando-o para se sentar na porta do banheiro feminino.

Rintaro: Me solta, bruxa!

Kurumu: Eu mandei sentar! –vendo a seriedade de Kurumu, Rintaro resolveu obedecer- Ótimo. Agora escutem, vocês dois, eu não sei o que vocês estão passando, nem se posso ajudar, mas eu vou ao menos tentar, por que... Acho que temos muito em comum.

(Rintaro a principio não entendeu quem seria a segunda pessoa a quem ela se referia, mas logo se lembrou do ocorrido de ontem, então deduziu que May estava do outro lado da porta- afinal, com quem ela estaria discutindo antes de acordá-lo?- Logo resolveu escutar o que ela teria a dizer)

Kurumu: Por conta de ser... “Diferente”... Eu não me adaptei tão bem a escola. Acreditem, eu nem sempre fui essa “tentação ambulante”, eu já fui mais tímida, esquisita e principalmente... Sozinha... Mas, não completamente, e esse é o ponto. Eu fui criada junto com meu primo como se ele fosse meu irmão mais velho que sempre deu duro pra me ver bem, me defendendo, me consolando, me fazendo rir, ele sempre esteve lá por mim. E, por isso, eu decidi que eu também tinha que fazer minha parte, pra fazer jus a dedicação dele e da minha família, mas eu não sabia por onde começar, até que minha vida mudou quando eu conheci um programa: Garota Mágica PrettyPretty Heart Bell!

Rintaro: Que? –confuso.

May: “Garota”... “Mágica”?

Kurumu: Esse programa me ensinou a ter autoconfiança e que eu poderia ser o que quisesse, era a luz que faltava para o renascimento de Kurumu Yagami! Só que... O tiro saiu pela culatra...

Rintaro: Como?

Kurumu: Ter autoconfiança é uma coisa, ser a patricinha mimada que quer ser o centro do universo, é outra... Claro, eu me tornei algo que eu gosto, muito melhor que a antiga Kurumu, e conheci uma Garota Mágica de verdade pra me inspirar, só que eu me deixei levar no personagem e não conseguiria simplesmente “desfazer” a mudança, ainda estou melhorando nisso...  Poxa, eu até escondo meu hobby relacionado a Heart Bell... MAS, eu nunca pisei naquele que sempre me apoiou: O Jack! Por isso, você moleque, eu quero que pense nos sentimentos da Kyoko-chan e se desculpe com ela, e você May-chan, quero que saia dessa espiral de pessimismo e escolha seu próprio caminho! O que vocês e quem está ao redor estão passando não é justo! Então façamos o certo! Ponto final.

(Uma coisa era certa, Kurumu se tornou alguém que conseguia se expressar, talvez não da melhor forma, mas conseguia botar tudo pra fora, e isso se provou pela reação do apático Rintaro e o receio que causou na deprimida May- ambos caíram em lagrimas)

Rintaro: Eu... Só me juntei àqueles imbecis por que eles viviam pegando no meu pé e no da Kyoko. Eles disseram que se eu entrasse pra turma deixariam ela em paz, mas mesmo sem me obrigar, estraguei a horta achando que seria melhor afastá-la, mas estava sendo egoísta... Ela não merecia isso.

Kurumu: Nunca é tarde pra arrumar as coisas, só tem que fazer direito. E quanto a você, May-chan?

May: E-e-eu... Eu quero que essa solidão acabe... Mas não sei o que fazer... Estou perdida...

Kurumu: May-chan...

May: N-não sei se tenho jeito, Lady Kurumu, por exemplo, por mais que eu tente andar pelos corredores, sempre volto pra esse banheiro.

Kurumu: É verdade, tinha algo que precisava te perguntar quanto à isso! –lembrando- Diz, tem certeza que está sendo atraída pro banheiro? Tipo, não consegue sentir uma “tragédia” em outro lugar?

May: E-espera... Será?

(Por um momento, May deixou a tristeza de lado e se concentrou. Ela começa a ter lapsos de pessoas presas em cestas num tipo de covil com um caldeirão no meio, bem como visões de algum tipo de criatura de boca larga e cauda grossa)

May: Estou sentindo algo... Da sala virando o corredor...

(Essa era uma das deixas que Kurumu precisava, confirmando com May que a tal sala era de fato o covil do Fear, era necessário agora averiguar o que se passava nela. Só que, bem na hora, Saci resolveu dar o ar de sua graça, apoiado na parede do corredor)

Saci: Salve! Que tal me passar esse moleque, ele ta merecendo umas palmadas.

Kurumu: Oh não, e agora? –desdenhou- Agora! –gritou no celular.

(Com esse sinal, repentinamente, PinkWitch e CondeRed surgiram a frente de Kurumu, prontos para enfrentar Saci)

CondeRed: Está ficando mais rápida no teleporte, hein?

PinkWitch: Quero ver correr agora!

Saci: Sujo, os “tiras”! –assustado- Nunca vão me pegar vivo!

(Ele se preparou pra fugir pela esquina, mas ao se virar foi surpreendido. BlueWolf esperava do outro lado)

BlueWolf: Vai a algum lugar?

Saci: Que isso gente, vamo conversar... –notando que estava cercado.

CondeRed: Fim da linha pra você!

(Saci começou a recuar, aproximando-se da sala apontada por May, parecendo encurralado)

Saci: Foi mal, escutei minha mãe chamando! Falou!

(Ele então acelera na direção de Kiba, que estava pronto pra interceptá-lo, mas antes que isso pudesse acontecer, ele simplesmente some no meio do corredor)

BlueWolf: O que?! –desacreditado.

(Ele e os demais correm até o exato local onde Saci sumiu, mas não acham qualquer vestígio dele ou de algo fora do normal)

CondeRed: Então esse é o truque do outro Fear?

PinkWitch: Podemos não ter pego ele, mas não resta duvidas... Definitivamente tem alguma coisa aqui escondendo a presença deles, seja um feitiço ou que for.

(Os 3 observam com seriedade a porta da tal sala que, até então, nem haviam suspeitado, mas aquilo entregava tudo. Do outro lado, Saci apareceu aliviado, se encostando no canto do que parecia uma masmorra idêntica a que aparecia nas visões de May. Ele logo foi recebido pela “Chefe” de toda operação. Ela tinha corpo de mulher, mas pele escamosa e verde, com uma cauda grossa e uma cabeça de jacaré de cabelos loiros, uma capa de bruxa lembrando asas de mariposas e outros adornos de bruxa)

???: Voltando de mãos vazia de novo?

Saci: Fazer o que se tão de olho na gente, quase que me pegam se não fosse a tua “miçanga rá-tim-bum”.

???: Quanto menos atenção chamarmos, melhor. Sorte sua que só eu e você temos “chave” desse lugar, enquanto que as crianças vêem aqui já sob meu feitiço.

Saci: Então o que a gente faz agora? Tem muita gente rondando agora, de dia e de noite.

???: E de quem é a culpa? –bravejou- Enfim, ainda está tudo sob controle. Só suspeitas não vão levá-los a nada, se não quebraram meu feitiço até agora, não há o que temer.

Saci: Se tu diz... Podia só cozinhar a molecada logo e íamos pra próxima.

???: E deixar 4 malcriados pra trás? Nem morta! Quero enxer o buxo! Ahahahahaha!

(Voltando ao “lado de fora”)

PinkWitch: Kurumu, é aqui mesmo. Amanhã é o dia.

Kurumu: Ok~!

May: O-o que está havendo?

Kurumu: May-chan, precisamos de um favor! Please~! –reverenciou.

May: M-m-meu?! —espantada.

Continua na Parte 3


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Notas finais do capítulo

De vdd, eu juro que vou tentar focar um pouco mais na escrita, n desistam da historia por favor, pois eu n vou e n quero desistir dela, só q isso tbm depende de mim, eu sei, por isso vou fazer oq posso. Obg pelo apoio de sempre, e até a proxima, seja lá quando ela for.



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