A má sorte de Bella escrita por Kaah


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

O texto é curtinho, espero que gostem e como falei nas notas, levem numa boa, fãs de crepúsculo -ainda existem fãs de crepúsculo? Só pra saber... :p-
Boa leitura.



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Existem pessoas que ficam muito felizes quando ficam sabendo que vão se mudar, mas estou me sentindo péssima por três motivos. Primeiro, por que estou saindo da casa de minha mãe em Paradise Valley, em Phoenix e indo para Forks, Washington onde eu nasci para morar com meu pai. Eu não estou reclamando que vou ficar com meu pai, pelo contrário, odiava morar com minha mãe problemática e seu marido drogado. Só não gosto da ideia de voltar para a cidade onde nasci. Forks, uma cidade pacata, sem diversão alguma e que ficou parada entre os séculos XX e XXI. As pessoas que moram lá acreditam que existe essa coisa de lobisomens e vampiros. Da pra acreditar? É claro que isso não existe, não tem coisa mais sem noção do que isso.

Certo então, eu disse que tinha três motivos. Segundo, estou deixando a minha namorada aqui em Phoenix. Não acredito que isso está acontecendo. Deixar a primeira pessoa por quem me apaixonei pelo simples fato de que meu pai quer me ver, é ele que me ver. Eu poderia ter mandado fotos, mas é claro que ele tinha que estragar tudo me mandando aquela maldita carta no mês passado. Quando minha mãe viu, ela pulou de alegria e disse que no lugar do meu quarto seria o cassino particular dela e do meu padrasto. Eles já até compraram tudo, só estão esperando eu sair para poder instalar e mandar ver roubando os idiotas que ali forem. Eu sei que isso a deixa feliz, então estou fazendo esse sacrifício por ela. E terceiro e não mais importante, eu não queria mesmo ir e ponto. Tentei fugir, escrevi uma carta dizendo que tinha fugido e que ficaria bem, mas no dia seguinte eles me acharam na escada do porão de casa, havia acabado de roubar comida da geladeira e estava descendo quando fui pega no flagra.

Então aqui estou eu, acabei de descer do avião, amaldiçoando a mulher que me colocou no mundo e o homem que estava vindo me buscar, sim meu pai. Peguei minha bagagem e fiquei esperando não-tão-ansiosamente por ele no saguão até que vejo um senhor segurando uma plaquinha com meu nome escrito nela. Vou direto para lá e dou de cara com um velho muito acabado.

— Quem é você? – Pergunto com medo. Vai que é um sequestrador e espera ganhar dinheiro comigo. Se ele realmente fizer isso, não vai ganhar nada, apenas uma boca para alimentar, pois o que meus pais querem mesmo é se livrar de mim.

— Bella? Isabella Swan? – Afirmo dando um joinha e sorrindo como idiota. – Sou seu pai, não se lembra de mim? – O olho de todos os ângulos, mas de longe ele é o homem que eu vi nas fotos que vieram junto da carta. O homem era alto, forte, cabelos pretos e olhos da mesma cor. As únicas coisas que realmente são iguais são os olhos e os cabelos, pois o resto, estava destruído.

— Você é o meu pai? Você não se parece em nada com o homem das fotos. – Retruco irritada.

— Eu queria impressionar ok, vejo que ficou decepcionada. – Falou abaixando a cabeça.

— Não, nem um pouco. Mas olha o lado bom, pelo menos você não precisa de fantasias no dia das bruxas. – Sorri encorajando.

— É mesmo não é?! – Ele sorriu mostrando que um dos dentes da frente estava faltando, segurei o riso para não deixa-lo mais envergonhado. – Vamos para casa? – Assenti e ele começou a andar, me deixando com uma mala pesada atrás.

Fomos ao estacionamento e fiquei esperando ele pegar o carro. Ele não demorou muito, mas quando chegou com o seu “transporte” eu quis morrer. Era uma carroça sendo puxada por uma mula velha. A coitada da mula quase não tinha forças para ficar em pé. O olhei espantada. Será que ele esperava que eu subisse naquilo? Obtive minha resposta na frase seguinte.

— Então, não vai subir? – Olhei para os lados procurando por câmeras, pois isso só poderia ser uma pegadinha. Ele me olhou curioso e então eu soube que não era uma piada. Peguei minha mala pesada e com muito esforço joguei em cima da carroça. Ouvi um som de protesto vindo da coitada da mula, mas ignorei totalmente, quem ia passar vergonha ali era eu. Subi em cima da carroça, me sentei no monte de feno que ali tinha e fomos chacoalhando pela estrada de terra, a cada passo lerdo que era dado eu ficava mais enjoada e com mais vergonha, pois todos os que viam essa cena apontavam e riam. Abaixei a cabeça e fiquei pensando. Como meu pai pode ser o xerife dessa droga de cidade e andar de carroça? Alguma coisa estava muito errada em toda essa situação.


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Notas finais do capítulo

Se alguém leu, o que acharam?!
Até a próxima. Bjos



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