One Love Beyond Time escrita por Karoll Carvalho


Capítulo 20
Capítulo 20




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Rosa esperou o melhor dia para fazer um simples jantar. Emília se encontra melhor e alguns parentes da família chegaram a cidade para passar um pequeno período. Rosa já havia convidado Bernardo, Raul e Gema, só faltavam convidar Emília e Enrico, que os convidaria pessoalmente quando houvesse uma oportunidade. Rosa estava pensando nesse jantar a poucos dias depois do acidente, mas achou melhor esperar mais um tempo para convidá-los. Chegou o dia. Então decide ir logo cedo.

— Rosa, que surpresa! Como está? - A Exaltou com um sorriso nos lábios, pelo prazer contente em vê-la. Emília a cumprimentando com um beijo no rosto.

— Estou bem! - A cumprimentou também com um beijo. - E você? Parece estar melhor. - Disse gentilmente e também devolvendo um sorriso. O sorriso que esbanjou ao ser recebida por ela, não poderia dizer outra coisa que não revelasse agora o seu bem-estar. 

— Sim, bem melhor. Me diga a honra da sua visita! - sorriu. - Sente-se, por favor! - A convidou sinalizando o sofá.

— Obrigada! Quê isso Emília?! Honra? Que gentileza a sua... Me desculpe pela hora. Eu fiz questão de vir pessoalmente, quero convidar você e seu esposo para um jantar! - Deixou claro o porquê a mais da sua visita. 

— Um jantar, que ótimo! E quando será? - Perguntou ansiosa.

— Hoje! Por isso estou aqui cedo. Já falei com a Gema! - A confidenciou.

— Hunm... Estranho, ela não me disse nada! - Franziu o cenho inconformada. 

— Eu pedi, Emília! Eu pedi a ela que não dissesse nada! Como sabe o nosso último jantar não foi muito agradável. - Falou meio envergonhada. Queria ela se esquecer do jantar em sua casa, mas Emília fazia questão de colocá-los a frente de seus pensamentos.


— Hunm... - Veio em sua mente o jantar na casa de Rosa. Do beijo que Bernardo roubou-lhe. Da ironia, que mesmo naquela hora queria rir, mas por se fazer de difícil não deu o braço a torcer. Não poderia! Foi por esse jeito teimoso que ele começou a se encantar. 

— Emília? - A chamou Rosa, que parecia estar em outro plano. -  Emília? Está tudo bem? Emília? - A chamava Rosa que ainda parecia não ouvi-la. Sorria sem jeito e rapidamente recobrando-lhe a sensatez se dirige a Rosa envergonhada. Que Rosa não possa imaginar o que lhe veio celeremente a sua cabeça.

— An? Quê? O que dizia Rosa? Me desculpe é que fiquei pensando no jantar daquele dia e acabei... Acabei... O que dizia mesmo? - Emília ainda confusa no que dizer. Não sabia como reagir. Geralmente esses pensamentos a invadiam quando estava sozinha, agora, eles nem pedem mais permissão para "atormentá-la".

— Sinto muito, Emília! - "Não sinta!"— Aquele jantar deve ter sido bem constrangedor. - Lamentou-se.

— Não, foi maravilhoso! Não sinta, e não falamos mais sobre isso. - Exaltou com um sorriso e com as bochechas coradas.

— Então, aceita ir a este jantar? Veja esse singelo convite como uma forma de pedir desculpas! E não falamos mais sobre isso. - Insistiu educadamente e quase imperceptível. 

— Rosa, eu vou falar com o Enrico, mas provavelmente, sim! Lívia e Alice não se desvencilham mais! - Sorriu.

— Sim! - Exaltou impressionada. - Alice está mais feliz com a nova amiga. 

   Enrico entra na conversa...

— Não pude deixar de ouvir a conversa das duas. - Enrico falava ao passar entre elas na sala e sentar-se ao lado de Emília. -  Como está, senhorita Rosa?

— Muito bem, obrigada! - Respondeu envergonhada pelo "senhorita".

— Como eu disse, não pude deixar de ouvir. Pode contar com a nossa presença, iremos a este jantar. Mas se Emília optar por não ir, se ainda se sente indisposta, não a como irmos. - Olhou para a esposa esperando o que ela iria dizer em resposta.

— Estou bem... - O olhou e seguidamente se dirigiu a Rosa. - Vamos sim, Rosa! Guarde um lugar para nós. - Sorriu.

— Vou esperar por vocês! Hoje o jantar será as 19:00hrs por causa das crianças. - Disse Rosa ao levantar-se.

— Urrum... Obrigada por vir Rosa, e pelo convite! Vou acompanhá-la até a porta. - Emília educadamente ao conduzi-la.

— Eu que agradeço Emília! Até mais, tenham um bom dia. - Saiu. Mais contente do que entrou. 

— É, vou subir! Você vem Emília? - A indagou com intenção.

— Não, vou ficar mais um pouco. - O evitou mais uma vez.

 

Emília e Enrico decidem ir. Lívia está animadíssima com o jantar. Gema chega no hotel e elas conversam um pouco sobre o jantar. Emília a diz que esse jantar talvez não será uma boa ideia, afinal Bernardo estará lá e pelo que Gema a contou ele e Enrico discutiram no hospital. Como todos irão acompanhados, até Emília que poucos dias antes estava sem o marido na cidade de Bellarrosa, Bernardo resolve então aceitar o convite de Dorotéia. Prometeu que a buscaria na casa da Rosa para o jantar na Osteria.
     

Emília, Enrico e Lívia, estão praticamente prontos para sair. Emília está deslumbrante, bela, apesar de ser um simples jantar, Enrico insistiu que ela vestisse o seu melhor vestido ou o mais apropriado para a ocasião, queria mostrar sua mulher para todos como um prêmio, mas mesmo com o mais simples detalhe, e menor enfeite que seja, Emília não deixaria a desejar com sua delicadeza e elegância. Dando destaque aos lábios e a suavidade da sua pele, irá com um belo vestido naval e um delicado salto fino. Se inebriou com um gostoso perfume francês. Enrico mesmo que se opusesse, dissesse ao contrário, Emília iria para o jantar exatamente como deveria ir, elegante, e não poderia ser de outra forma, casou-se com uma mulher especialmente linda e muito mais "alta para a sua altura". Lívia está um encanto de menina, dessa vez, não precisou que sua mãe a orientasse, sabia corretamente o que vestir em um jantar, estava ansiosa para encontrar sua amiga Alice.
   

Faltam poucos os minutos para as dezenove horas. Bernardo com Dorotéia, Gema com Raul, que já haviam chegados mais cedo. Os parentes de Queiroz estão prontos para conhecer os novos amigos da família, que ainda não haviam chegado. A Osteria foi exclusivamente reservada em uma área específica do lugar para um jantar como este. Enrico, Emília e Lívia, chegam ao jantar. Antes deles entrarem, Lívia sai correndo ao ver Alice acenando para apresentar a chegada de alguns primos, Afonso, Felipe e Anita.

— Emília, isso são modos da nossa filha?! Como ela sai correndo sem se importar com os pais aqui atrás?! - Vociferou envergonhado temendo que alguém observasse ou se importasse com esse ato tão infantil. 

— Enrico, você não conhece a Lívia? Deixe-a ir, ela está feliz e quer conhecer os novos amigos. - O olhou enraivecida. Ele conseguia nesses simples detalhes estragar o dia de qualquer pessoa. 

— Rum! Não sei se gosto dessas amizades. - Exaltou Enrico observando-a de longe.

— Você não precisar gostar! Seja apenas um pai amigo. - Pediu e o fitou entristecida. 

— Vai começar, Emília? - Enrico olhando-a em um tom de reprovação.

— Enrico! - O exaltou fora do tom. - Antes de entrarmos quero te falar uma coisa. - Dessa vez colocando-se defronte.

— Estou ouvindo! - Sua voz saiu arrogante ao ouvido de Emília, mas esse era o tom que comumente costumava a exaltar. - Não é problema, sim? Depois que eu cheguei aqui, os problemas começaram a surgir. Me ligaram da Beraldini e disseram que tem um problema na exportação que fizemos no mês passado. Um representante de uma gigantesca exportadora na Itália disse que os produtos que enviamos foram errados. Trocaram os produtos. E eu tenho que resolver o mais rápido possível, caso não, a Beraldini poderá perder o contato com alguns dos acionistas. E não podemos Emília, não podemos! - Ainda mais alterado.

— Enrico, por favor, esqueça um pouquinho, logo isso irá se resolver. Eu preciso que me ouça, tenho algo para te dizer! - Impaciente. 

— Está bem, diga! - Exclamou fitando-a.

— Você se lembra de Bernardo Boldrin? Pelo menos o nome te recorda alguma coisa? - O questionou.


— Sim, o que tem ele? - Perguntou confuso.

— É... Ele está aqui! - Nervosa.

— Então vamos logo! - Disse para ela e ele se apressarem a fim de o cumprimentar.

— Calma, você sabe que ele é um dos meus escritores favoritos. E que...

— O nome é familiar! Você tem vários livros dele em casa, até me troca por eles - Emília olhou para o lado e disse baixo: "Tem sido uma boa escolha." - Agora eu não entendi, por que o seu interesse nele Emília?

— Foi ele quem me salvou quando sofri o acidente! - O falou de uma vez. 


— Mais um motivo para entrarmos e agradecermos. Emília! Vamos logo, se não vão pensar que não queremos entrar! - Exaltou Enrico querendo tirá-la da sua frente.

— Espere, Enrico! - O pediu. - Foi ele quem o Doutor se referiu como o meu marido, foi um engano. 

— Como assim Emília? Se soubesse não viria a este jantar! Por que não me disse isso antes? Com que cara agora vou encará-lo? - Vociferou.

— Eu sei... A Gema me contou que vocês brigaram por isso, eu não sabia, estava desacordada, não sei se lembra! - O disse irritada.

— E agora?! Chame Lívia e vamos embora! - Pediu.

— Vou pedir que se controle! Eu não vou com você, se quiser pode ir, aceitei o convite e vou até o fim Enrico! Quer você queira ou quer você não queira. Não vou! A Rosa foi muito gentil em nos convidar para este jantar! - Falou ainda estando em sua frente.

— Me controlar? - Riu. -  Minha própria esposa está contra mim, justamente por causa daquele cara. 

— Não é por ele! É por Rosa e por Lívia. Por favor, Enrico. - Insistiu.

— Tudo bem! Só vou mostrar a ele quem é o seu marido! - Insinuou tentar algo.

— Enrico, o que vai fazer? Não está pensando em fazer algum escândalo, está? - Perguntou mais preocupada. Temia que ele estragasse a alegria dos outros convidados, como se já não bastasse a sua.


— Não, Emília! Você sabe que um homem como eu não poderia fazer nenhuma besteira, ainda mais aqui nesse fim de mundo. Eu sou um gentleman, não sou? - Sorriu ironicamente. - Não foi assim que conquistei você, sendo um cavalheiro? - Aproximou-se para beijá-la.

— Talvez o antigo Enrico! Esse aqui só se importa com os negócios. Lembre-se! Ele me salvou, tudo aquilo no hospital não passou de um equívoco do médico. Ele se confundiu! - Insistiu. Esse tom de Enrico não lhe agradou muito. 

— Vamos! Não quero mais me atrasar. - Pegou-a pela mão e seguiu rumo ao jantar. 

— Enrico, por favor! - Disse Emília temendo o que poderia acontecer. Enrico sabe como provocar. 


— Vamos, Emília! - Disse grosseiro. 

 

Eles entram e se aproximam dos demais convidados. Emília cumprimenta a amiga, Gema. Rosa que os recebe com um sorriso e Queiroz que quando ver Emília sente-se envergonhado. São apresentados para os parentes de Queiroz, que por sinal foram bem gentis e entenderam o porquê da demora. Quando chega a hora de cumprimentar Bernardo e Dorotéia, Enrico irredutível fez questão de ir até eles, ele jamais esqueceria o homem que usurpou o lugar dele como marido por um instante e que ao menos negou.


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Notas finais do capítulo

Esse jantar...



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