One Love Beyond Time escrita por Karoll Carvalho


Capítulo 14
Capítulo 14




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Passaram-se algumas horas e já era bem tarde da noite. Emília ainda sobre o efeito do sedativo, dormia tranquilamente como se nada a tivesse acontecido. Bernardo na intenção de ficar o mais perto de sua amada, aconchega-se com ela na cama, para que ela possa se sentir menos sozinha e mais acolhida naquele ambiente frio e escuro do hospital, assim como um bom marido cuidando de sua amada esposa. Da mesma forma que o Doutor se referiu a ele, como esposo, e que não se preocupou em negar. Realmente parecia ser um sonho, estar tão perto assim de Emília Beraldini, no aconchego de seus braços como se a mesma o permitisse. Sem interrupções. Sentindo o leve afago das mãos de Bernardo sobre sua pele e entre os fios sedosos do seu cabelo.

      Em alguns instantes assim, Bernardo sente Emília se mexer. Se levanta para observá-la melhor. Ela parecia ter um pesadelo, como se algo ou alguém a incomodava. Dizia: "Bernardo, não podemos ficar juntos! Eu não posso! Não posso fazer isso com a minha filha..." Ele dizia: "Acalme-se eu estou aqui Emília... Está tudo bem!". Emília o dizia como em um sonho, o dizendo que não poderia ficar com ele que alguém a impedia. Acorda assustada. E ao ver Bernardo em sua frente fica perplexa, mas ainda assim como em um sonho, fica como os olhos marejados, o admirando, aceitando o afago que ele fazia ao seu rosto, consolando-a. Ela o olha com carinho, como se tudo que passou com ele não passasse de uma iniciativa do destino para juntá-los. Em delírios o dizia.

— Bernardo, por que me beijou? Agora não consigo controlar a paixão que sinto por você! - Se declarou sem a noção do que dizia. Estava extasiada. Confusa. Como em um sonho, longe da realidade onde estava.

— Emília, você está delirando, tente dormir novamente! - Pediu. Mas era em vão.

— Eu não amo o Enrico! Eu não o amo mais... Ele me entristece! Não consigo sentir nada por ele além de afeto. Por sua causa! E nem afeto sei se sinto mais! Estou confusa... - Exaltou aos delírios.

— Emília... xiiiiiiiiii... Durma, você precisa descansar. - Insistiu.

— Bernardo, lute por mim! - Deitou-se na cama novamente, fechou os olhos ainda com os efeitos prognósticos que o médico afirmou que poderia ter - Lute! - Suspirou. - Lute pelo meu amor! Não desista de mim, Bernardo! Por favor! - Implorava-o como se tivesse completa consciência do que dizia.
— Sim, meu amor, agora descanse! Descanse... - Pediu mais uma vez e ela adormeceu desse ataque de delírio. Ele a acariciava o rosto para ela não se sentir sozinha. 


   Bernardo ficou sem acreditar no que acabou de escutar de Emília. Está perplexo! Principalmente, diante desse delírio. "Mas será que esse delírio tem um fundo de verdade? Será que ela realmente sente a mesma coisa por mim?" se perguntava sozinho. Talvez. Se não estivesse em uma cama de hospital juraria que Emília estava falando a verdade, que o amava. Estava delirando, mas os seus olhos diziam a verdade, a forma como se emocionava não poderia dizer o contrário.

— Eu não posso acreditar! Meu Pai, será que é um sinal para lutar por esse amor? E se só foi um delírio? Ou o meu delírio? E se foi o meu desejo? E se o que eu ouvi da boca de Emília, foi exatamente o que eu queria ouvir? E se ela ama o Enrico, e estava a me dizer na tentativa que eu me afastasse? E se? Ah Emília! São tantas as indagações. Seja qual for a resposta, seja um delírio da minha cabeça ou a verdade no coração da minha amada, lutarei. Agora durma tranquila, meu amor, que eu manterei os meus olhos bem abertos! - Exaltou emocionado. E assim permaneceu de olhos bem abertos.

   São cinco da manhã e Bernardo não dormiu sequer um minuto, ficou acordado a noite toda. Não conseguiu pregar os olhos depois de Emília ter acordado aos delírios as duas da madrugada. Leu as notificações no celular, perguntou-se se havia algumas chamadas perdidas, e estranhamente reconheceu nelas o número de Dorotéia. O mesmo que encontrou no bolso da sua jaqueta, escrito: "Com amor Dorotéia, se precisar me ligue. Estarei à disposição". Lembrou-se da difícil compreensão da sua caligrafia, por causa da disgrafia. Mas foi bem o que ela queria dizer. Ainda assim, ignorou a chamada. Levantou-se e foi novamente a cama de Emília para observá-la.

   Mais de uma hora depois, Enrico chega no aeroporto de Bellarrosa, pronto para o desembarque. Pega um táxi e fala ao taxista que o leve até o Hospital Santa Cruz. O taxista tentava puxar assunto, mas Enrico o ignorava e dizia para manter-se calado que queria apenas chegar ao seu destino. Ele mal ver a hora de saber como está sua esposa.


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Notas finais do capítulo

Comentem! Gostaria muito saber se estão gostando... Se não, não vejo motivos para continuar aqui! Escrevo com muito carinho. E amaria saber a opinião. Não custa nada, vai! Comentem, por fav0r...



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