Homem-Aranha: O Legado escrita por Wellington Junior


Capítulo 3
O fim de uma lenda?


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, novamente, desculpa a demora pelo lançamento do capítulo, mas estou retomando a fic e pretendo fazer lançamentos regulares.



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O metrô já estava quase chegando em seu destino. Pelas janelas, dava para vislumbrar a bela roda-gigante Wonder Wheel. Em um dos assentos estava Nathan, muito exaurido devido ao percurso da viagem. O garoto encontrava-se reclinado, fazendo sua mochila de travesseiro. Quando o metrô chegou na estação Coney Island – Stillwell Avenue, Nathan abre os olhos aos poucos e rapidamente dá um pulo — O QUE??? EU JÁ CHEGUEI? — Logo ele percebe que todos estavam o olhando bem estranho.

        Nathan sai calmamente do metrô e pensa  Eu já vou te encontrar!

Sede dos Vingadores, Nova York

   Em seu escritório, Phill Stark estava bastante pensativo. Porém, uma batida na porta interrompeu seus pensamentos.  Com licença. — Dizia um agente 

 — Então, eu vim avisá-lo que o sepultamento do Peter será amanhã. — Phill sabia da identidade secreta de Peter, já que ele foi recentemente integrado aos vingadores.

 — Entendido, obrigado.

  

Casa dos Parker

  Depois de algumas horas fazendo companhia para Mary Jane, Kristine se vai mas deixa claro para MJ que qualquer coisa era só ligar para ela. Mary Jane estava em sua casa, totalmente devastada, afinal, ela perdeu o marido que tanto amava.  Ela caminhava lentamente pelos corredores, até que ela pega uma foto de sua família. Na foto estava Peter, Melissa e ela mesma. Peter abraçava as duas com um lindo sorriso. Mary Jane não aguenta e encosta numa das paredes chorando silenciosamente. Ela olha mais uma vez a foto, e vai escorregando aos poucos até sentar no chão. E então, ela abaixa a cabeça, colocando a foto entre seus braços.

 

 Praia de Coney Island 

   Nathan chega à beira da praia em Coney Island. Ele estava em frente da grande roda-gigante Wonder Wheel. O garoto tinha os olhos fixos em um ponto, na areia da praia. Parece que ele já sabia desde o início onde estava Melissa. E lá estava ela, sentada na areia, com os dois braços apoiados no joelho e olhando para o mar. De longe, Nathan não conseguia ver seu rosto, mas já imaginava como deveria estar. Ele começou a caminhar, lentamente, um passo atrás de outro. Por um momento ele hesitou, mas logo depois ele continuou a caminhar. Até que ele chega atrás de Melissa e para.

        Nesse momento, só dava para escutar o som do mar, o barulho das ondas quebrando na areia, e voltando. Até que o garoto fala: — Eu sabia que te encontraria aqui. — Melissa leva um pequeno susto, e levanta os ombros em clara surpresa. Mas logo depois ela se acalma.

 Eu já esperava que você me encontrasse. Lembra? Lembra quando a gente brincava aqui, nessa areia. Era ele, era meu pai que trazia a gente.

   Nathan ficou emocionado por um breve momento. E quando Melissa vira o rosto, o garoto percebe que os olhos da amiga, estavam vermelhos de tanto ela chorar.  Ah Mê! — Disse ele enquanto sentava ao lado dela e a abraçava. Melissa começou a chorar incessantemente. Nathan não sabia o que falar para Melissa, e isso o deixava decepcionado consigo mesmo. Até que ele lembra de uma coisa. — Melissa, vamos voltar pra casa, a sua mãe deve estar preocupada com você. Porém, ela retruca na hora

— Fica comigo aqui o dia todo? Por favor! — Ela olhava fixamente para os olhos de Nathan que não teve outra escolha e aceitou — C-claro...

Horas depois, quando a tarde já chegava ao seu fim, Nathan e Melissa ainda estavam em Coney Island. Os dois estavam tomando sorvete e caminhando lentamente.

Acho melhor voltarmos para casa, Mê. — Melissa olha para Nathan e diz — Vamos, só quero dormir e pensar no meu pai, ver minha mãe...

Sei que é duro, mas não se esqueça que eu estou aqui com você. — Melissa da um pequeno sorriso e agradece ao amigo.  Nathan olha para o lado e avista uma barraca de bichos de pelúcia. 

Mê, espera só um segundo. — Dizia o garoto enquanto se dirigia até o local. Melissa ficou intrigada com a situação, ela queria saber o que Nathan planejava.

   Aí amigo, quanto custa cada tentativa? — Indagava Nathan  2 pratas três tentativas. — Respondeu o senhor 

 Nathan tinha três tentativas para acertar um dos ursos. Se um deles ou todos caírem, é dele. Melissa se aproximou um pouco mais de Nathan com um pequeno sorriso, ele não via porque estava se preparando para começar os disparos. Ele disparou o primeiro, e errou. Se preparou novamente, respirou fundo, e disparou mais uma vez. Ele errou. Na terceira tentativa, o senhor da barraca põe a mão nos ombros de Nathan e diz

 Vai com calma, é para aquela garota ali, certo? — Nathan apenas faz um sinal de positivo enquanto Melissa olhava sem entender muita coisa. 

Então, toma uma pequena distância, mira bem e manda.

Muito obrigado!

       Nathan faz exatamente o que o dono da barraca mandou, tomou uma certa distância, respirou fundo e mirou. Foi certeiro. 

Parabéns, a moça ganhou um belo unicórnio de pelúcia. — Dizia o senhor enquanto entregava o prêmio para Nathan que o agradeceu. 

Toma Mê, pra você. —  Entregava o prêmio Nathan. Melissa, por sua vez, olhava com os olhos brilhando para o unicórnio que acabará de ganhar. 

Isso é tão nostálgico, antigamente você vivia me presenteando com esses bichos de pelúcia, obrigado. — Dizia Melissa enquanto dava um forte abraço em Nathan.

                                           [...]

        Nathan e Melissa estavam no metrô, voltando para casa. Já estava de noite e os dois estavam muito cansados. Melissa estava cochilando no ombro de Nathan, enquanto abraçava seu unicórnio de pelúcia que tinha acabado de ganhar. Nathan, com os olhos fundos de cansaço, olhava para Melissa dormindo. Ele passava a mão nos cabelos ruivos da amiga, que estava passando por uma situação muito delicada. — Não posso deixar nada acontecer com você, nada. — Pensava um carinhoso e cuidadoso Nathan.  

Casa dos Nolan

       Kristine, mãe de Nathan, estava pensativa em sua casa. Ela pensava em seu filho.  Kate, você sabe que horas o seu irmão chega?

Não sei não mamãe — Dizia a irmã menor de Nathan enquanto assistia um programa na TV. 

Aquele garoto, já se acha adulto pra chegar tarde da noite, eu mereço mesmo viu  Nesse momento, a campainha toca. Aí, deve ser ele, vou dar um belo esporro nele. — Quando ela atende, é Mary Jane, sua amiga, que estava com um rosto péssimo. Mary??

          Após ter entrado, Mary Jane e Kristine conversavam no sofá. Mary Jane estava abraçada com sua amiga, enquanto Kristine a consolava. — Desculpa eu não aguentei, precisava de alguém para conversar. Tem sido horrível, existe um vazio na nossa casa, não sei como vou seguir sem o Peter.

Fica calma minha amiga, eu sei que é duro, mas você tem que seguir em frente. Você tem uma filha linda e ela vai precisar de todo seu apoio. — Dizia Kristine enquanto acariciava os cabelos da amiga. Kate olhava para as duas, encostada na parede. Ela estava preocupada com sua tia. 

Olha, o que você precisar, pode contar com a gente, você sabe disso, não é? Mary Jane balançava a cabeça e agradecia o apoio da amiga. — É, eu sei Kris, muito obrigado por tudo, sei que sempre posso contar com vocês.

                                                [...]

 Nathan tinha acabado de deixar Melissa em casa. A garota abre a porta e fala — Muito obrigado por ter passado o dia comigo, eu não sei o que faria sem você. — A ruiva abraça Nathan e dá um beijo do lado de seus lábios,  que o deixou vermelho. 

Ahh, claro, sem problemas. — Dizia um sorridente e nervoso Nathan com a mão a cabeça.

— Algum problema? — Perguntava Melissa. Nathan rapidamente recuperou a compostura e responde. — Não, não é nada Mê. — Melissa começou a se sentir sozinha novamente, nessa hora da noite, seus pais estavam em casa, todos juntos. Um olhar triste tomou conta de Melissa e Nathan rapidamente percebeu. — Quer que eu fique com você até sua mãe chegar?

        E naquela hora, Mary Jane chega

— Chegaram crianças? Demoraram! Mas obrigado por ter ficado com a Melissa, Nathan, não foi um dia fácil. A propósito, sua mãe está preocupada atrás de você.

Ah claro tia, sem problemas, eu já vou indo então. — O olhar de Melissa muda e eles vão logo em direção a Nathan, ela queria ficar com ele mais tempo, mas não sabia como falar aquilo. Nathan olha para Melissa e diz

 Não se preocupe, tome um banho, deita um pouco com o unicórnio que eu te dei e descansa. Prometo que amanhã venho te visitar. — Com um olhar triste, Mary Jane avisa a Nathan 

Nathan, o enterro será amanhã cedo, venha para cá que vamos todos juntos...

       Melissa fica completamente desanimada ao lembrar do fato e Nathan apenas confirma que irá.

— Fiquem bem, eu vou indo. — Nathan dá um beijo na testa de Melissa e se vai. Mary Jane fecha a porta, olha para a filha e vê o unicórnio

 Que bonito esse unicórnio de pelúcia. — Melissa sorri

É, né? Foi o Nathan que me deu.

 

Casa dos Nolan

Hudson, pai de Nathan, tinha acabado de chegar em casa

 Querida? Eu cheguei. Desculpa a demora, mas não consegui ficar em casa depois de tudo que aconteceu, então dei uma volta. — Hudson se referia a morte de Peter. Kristine vai até ele e diz 

— Não se  preocupe querido, eu entendo, Mary Jane veio aqui quase agora, estava acabada. 

Deve estar sendo difícil pra ela e para Melissa, teremos que dar todo apoio para elas. A propósito, onde estão Nathan e Kate? — Pergunta Hudson

Kate está dormindo e Nathan até agora não chegou. — Hudson fica um pouco assustado e preocupado com a situação

— Bom, acho melhor eu ir procurar ele. — Até que Nathan chega em casa.

 Querido onde você estava? Ficamos preocupados! — Nathan entra em casa e responde com um certo desânimo

— Desculpem, eu passei o dia com Melissa em Coney Island, ela estava acabada por causa do Peter — Hudson entende o filho e coloca a mão nos ombros dele

— Muito bonito da sua parte, filho.  A Melissa vai precisar muito da sua ajuda nesse momento.

           Nathan sobe um pouco triste para o seu quarto e seus pais só o observam, ele estava chateado com tudo que aconteceu.

—  Deixa ele descansar um pouco, está sendo difícil para todos nós. — Aponta Kristine. Hudson só concorda.

                                         [...]

O dia tinha chegado e todos estavam presente no sepultamento de Peter, o Homem Aranha. Muitos dos vingadores estavam presente, família e amigos. Todos estavam de preto e era um local restrito. Nathan abraçado com Melissa e kelvin ao lado, os pais dos garotos, Mary Jane, todos estavam presente. E então, Mary Jane começa o discurso.

      “É difícil colocar em palavras, tudo que esse herói já fez por nossa cidade. 25 anos, esse foi o tempo que ele defendeu a unhas e dentes o nosso lar. Me lembro que em seu início, foi muito injustiçado por muitos, mas mesmo assim, ele não desistiu, continuou sua missão até o fim, e ele conseguiu. O Homem-Aranha, o  Peter, vai ficar pra sempre em nosso corações, ele não é só um símbolo pra cidade, mas pra todo povo americano. Mas o Homem-Aranha, deixou um legado, ele nos mostrou, que podemos sim, lutar por um lugar melhor. Mas além de tudo, Peter Parker, foi meu companheiro, e melhor amigo. E ele me  deu meu maior presente, minha filha Melissa. E eu o amava.”

 Um pouco afastado do local, perto de uma árvore, estava um homem de terno preto e óculos escuros com um escuta.

Sim senhor, o sepultamento acabou de chegar ao final.  Aparentemente ninguém desconfiou. Posso colocar em prática o nosso plano?


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