Paraíso Infernal escrita por Diabolikamente, Asheley Dream


Capítulo 1
Prólogo - Diário


Notas iniciais do capítulo

Oi gente essa é o minha segunda fic
Sou nova nisso ainda, mas espero que vocês curtam essa estória :)
Vou tentar postar sempre que puder
Bem é isso...
Sem mais delongas...
Boa leitura :)



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“Diário de Genevieve

Estava pensando, quando crianças o que mais queremos é crescer. Tornamo-nos adulto, ter independência, dinheiro, casa e o que mais a imaginação fértil de uma criança possa pensar.
Achamos chato o fato de sermos criança, seguir ordens, ter que dormir cedo, dentre as várias outras coisas que não podemos fazer ou saber. Eles dizem: Quando for maior te conto. Queremos ser tratados como adultos e fazer coisas de adultos, mas quando crescemos percebemos que a infância é a melhor época de nossas vidas e que crescer não é tão divertido assim. É algo que machuca.
Os arco-íres da infância se tornam um cinzento nublado quando você já tem certa idade. A inocência se vai e a criança antes sorridente que você era não te reconhece mais.
Comigo foi assim...
Era uma criança agitada e feliz que acreditava em contos de fadas e que o mundo era “bom”, eu era boba e queria crescer logo. “Ter peito”, namorar o príncipe encantado das histórias com o qual toda menina sonha em encontrar, que definitivamente não existe.
Mas acho que é normal ter esse tipo de pensamento, quando se é obrigado a comer todos os legumes e dormir cedo. Você quer fazer o que quiser e brincar para sempre, mas a vida não é um jogo. Ou melhor, a vida é sim um jogo, porém, nós somos meros peões facilmente derrubados por “peças maiores”.
Hoje, não sou mais aquela garota. Nada em mim lembra que fui àquela garota. E tenho certeza que ela não se orgulharia de mim, dessa pessoa a qual me tornei. Ela me olharia com pena quando visse a dor em meu olhar e mais pena ainda quando visse as cicatrizes em meu pulso. Irônico, pois, aquela menina que tinha medo de uma simples picada de injeção. Ela teria medo desse monstro ao qual me tornei. Nunca que aquela garotinha inocente e doce que acreditava que o mundo era bom e a vida bela, desejaria ser Eu. Acordar morta ou que o mundo literalmente exploda.
Não me considero uma suicida por que nunca tentei realmente o suicido. Entretanto, me considero uma morta viva. Posso sentir, andar, comer, “viver”. Mas não me sinto viva. Sinto-me oca. Vazia. As pessoas me destruíram com suas palavras e ações, minha própria família me rejeita. Derramei tantas lágrimas que poderia morrer desidratada, minto, ainda posso... Continuo todos os dias a derramá-las.
A menina que um dia fui tinha amigos e era feliz, amada pela família e queria ser gente grande. Mas depois que minha mãe morreu tudo parou de fazer sentido. Meu pai, um cretino que eu abomino, se casou novamente com uma bruxa pouco tempo depois da morte de mamãe e praticamente me abandonou na casa da minha avó que nunca gostou de mim. Ela já cuidava de Emily, minha prima e a mesma não deixa de agir, demonstrando que sou uma intrusa aqui. Com o tempo aprendi o real significado da palavra “ovelha negra da família”. É o que sou. Ninguém gosta de mim.
Tive que sair da escola em que estudava e perdi os poucos amigos que tinha. Fui para outra mais próxima da minha nova casa. Nesta nova escola o inferno começou. Eu era nova e tímida, não consegui me enturmar.
Tinha onze anos e a cabeça de uma garota de onze anos. Enquanto as outras meninas da escola, pelo menos 90% já tinham beijado de língua e usavam pedaços de pano que não serviam pra cobrir quase nada, exibindo os corpos que nem tinham, outras tinham e com muita maquiagem pareciam mais velhas. Muitas eram populares e eu ficava sozinha.
Algumas garotas me zoavam, mas eu não ligava por que não ligar era o que minha mãe sempre me aconselhou a fazer, mas isso começou a doer com o tempo e todo dia essas garotas me xingavam. Antes via tudo como uma brincadeira de mau gosto e até ria junto pra não ficar por baixo, porém, quando essas “brincadeiras” começaram a ficar mais pesadas não conseguia controlar a raiva e uma enorme tristeza que me dominava. Eu sempre serei a excluída?
Estava sendo humilhada e não tinha coragem de revidar. Por que sou sozinha? Uns três meses depois fiz amizade com Rachel. Ela era como eu... Era até zoada e tudo. Tornamos-nos melhores amigas, o que não sabia antes era que aquela amizade se tornaria corrosiva. Rachel podia ter os mesmos gostos que os meus e ser legal, mas ao mesmo tempo era manipuladora e indiferente. Isso me assustou. Apesar de tudo, ela fazia com que me sentisse bem. Era minha única amiga na escola toda.
Nós duas éramos uma equipe: As rejeitadas do colégio. Gostava muito dela e contava tudo, todos os meus segredos e medos. Infelizmente, eu contei tudo. Contei até demais... Acreditava que as amizades verdadeiras eram eternas e que éramos amigas. Mal sabia que Rachel não era minha amiga. Quando percebi que era falsa foi tarde demais. Ela fala mal de todos, até mesmo das pessoas que são legais com ela e comigo não foi diferente. 

A gente se afastou, discordávamos em muitas coisas e nessa época começamos a brigar. Simplesmente cansei de tentar mostrar para ela que aquilo estava errado. Só que Irene era bem pior do que imaginava. Espalhou um monte de boatos sobre mim para toda a escola e contou tudo o que a havia confidenciado em segredo.
Lembro que nesse dia, na saída nós brigamos. Sai no tapa com ela, pois ela ousou falar mal da minha mãe. Foi a primeira vez que bati em alguém. Tudo aconteceu no final do ano. Já havia passado e por isto, depois do ocorrido deixei de ir à escola.
Meses depois, no inicio do novo ano letivo, todos riam de mim. Não estava mais na mesma turma que a de Rachel , mas ela continuava na escola, porém, agora ela faz parte do grupo dos populares. Anda com algumas meninas que só conheço de vista e finge que nunca me conheceu. Eu estava sozinha, novamente...
Meus novos “colegas” me xingam, frequentemente me provocando. Não tenho ninguém com quem desabafar e muito menos consigo me defender. Sofro bullying. Os professores sabem e não fazem nada a respeito. Eles não se importam. Exceto a sonhorita Gomez. Mas ela sente é pena de mim. Sempre me defende quando me vê em apuros, porém não é sempre que posso contar com sua ajuda e autoridade.

Mas enfim...

Sempre tinha sido zoada na escola, mas eram coisas pequenas, apelidos bobos que não me atingiam. Mas agora...
Até roubada eu sou. Empurrada no chão. Batem na minha cabeça. Jogam-me ovos na saída. Simplesmente perdi a vontade em ir à escola e não quero mais ter que enfrentar este inferno, só queria poder sumir...
Então, no final do ano conheci um garoto transferido...
No primeiro dia em que nos falamos lembro que ele foi legal. Seu nome é Enzo. Ele é lindo. Seus olhos negros como a noite me hipnotizavam, me deixando encantada e não conseguia para de encará-lo. Lembro que ele se sentou ao meu lado e sorriu. Ninguém sorria para mim. Sorri de volta. Encantada. Iludida. Desesperada. Fizemos dupla em um trabalho porque assim a professora quis. E conversamos. Achei que estava fazendo um amigo.
No segundo dia ele também foi legal.
Na primeira semana, tudo ok!
Então acreditei que realmente poderia chamá-lo de amigo. Mas estava enganada. Burra! Burra! Burra! Ele mudou. Começou a se sentar com os populares da sala e logo mudou seu visual e de quieto passou a ser um dos mais falantes. Tornou-se mesquinho e egocêntrico. Parou de falar comigo e nem um pouco lembrava mais aquele menino que foi legal comigo.
Até aí tudo bem, quero dizer, é lógico que não estar, mas já sou acostumada com o abandono, a ser sozinha.
Quando ele começou a me zoar e agir como se nunca tivéssemos conversado me senti traída. OK! Não tínhamos nos tornado melhores amigos, mas mesmo assim fiquei mal. Caramba! Iludi-me totalmente, achei que ele era diferente. Ele se tornou o pior.
Ignorava-o e ele continuava, até mais que os outros. Não me chamava pelo nome, sempre apelidos ofensivos. Ele é cruel. Tornou-se meu pior inimigo. Faz de tudo pra me humilhar. E consegue. Parece sentir prazer com isso. Ele conseguiu despertar o pior sentimento em mim: o Ódio.
Na escola eu sou torturada. Não tenho ninguém e sinto muita saudade da minha mãe que a cada dia aumenta cada vez mais. Comecei a me cortar. Queria morrer. Me suicidar. Descontar toda essa raiva. Mas a verdade é que sou uma fraca. Uma inútil.
No começo doeu, achei que não ia aguentar. Então vi o sangue e gostei disso. A cor vermelha vibrante. Uau! Minha cor favorita. Ironicamente a cor que representa o amor.
Aff!
E então, eu que antes não agüentava uma injeção, lembra? Aquela garotinha que achava que o mundo era bom agora tem seus braços cortados que sangram e só acredita na maldade do mundo. Infelizmente essa garota sou eu.
E acredite não me orgulho... 
Escrever nesse diário é a única coisa que me acalma hoje. Você sabe 
Desabafo todas as minhas frustrações e dores e sem respostar durmo com a esperança de não mais acordar. Pois quando durmo fico em paz.
Arrependo-me de ter desejado crescer. Por que hoje aos dezessete anos desejo a morte e não sou feliz. Só queria ser criança outra vez. Aquela garota doce... Do coração de algodão doce. Ter minha mãe do meu lado... Uma família feliz. E não ser essa pessoa estranha e patetica que me tornei.
Só quero paz...
Mas quando não e minha avó me perturbando ou Emily que é a vida? É a é aquele garoto maldito que me persegue e todos os seus amigos. Eu o odeio! Queria que ele me deixasse em paz. Nunca fiz nada para ele. Não, eu sempre fui gentil. Mas ele por algum motivo me odeia.
Para toda a escola sou a estranha. Alguns dizem que tenho problemas. Talvez estejam certos... Sinto que estou enlouquecendo.
Você é meu único amigo...
Ninguém me conhece nem imagina o quanto queria está morta.
Só você...
Acho que nunca mais vou voltar a sorrir... Que droga isso!
Mas se um dia voltar a dar aquele sorriso sincero de anos atrás te juro que escreverei sobre o motivo aqui. Fé é algo que não tenho mais. Nem em mim mesma. Não acho que as pessoas ou o mundo vão mudar. O mundo é um caos. As pessoas são insanas. E eu sou uma morta viva. Um zumbi.
Nunca terei um final feliz... "
~~~~~~~~~*

Ao terminar de ler algumas páginas do ridículo diário dela, percebo o tamanho do mal que a causei e os estragos em deu frágil emocional já a muito tempo abalado.

Ah, doce e linda Genevieve.

Tão frágil e delicada...

Porém, tão triste...

Ler suas palavras dosadas de sofrimento e dor quase me fazem sentir pena dessa pobre e pequena garotinha triste.

Mas a verdade é que você é uma garota má Genevieve. Muito má!

Ah, doce Genevieve, se soubesse o que causa em mim... O que me faz sentir.

Sua pequena vadia sedutora. Sempre me provocando. Me excitando. Não sabe o tamanho do desejo que sinto por você. Quero conhecer e mapear cada pedacinho do seu corpo, a fazer pagar bem caro por me seduzir, me provocando desse jeito. Sua provocadora sem escrúpulos.

Se soubesse que o que sinto por você é algo mais além e muito mais forte do que apenas "ódio"...

Mas não se preocupe, garotinha. Logo, logo... Tudo será esclarecido, minha querida.

Um dia você irá voltar a sorrir sim... Pois, agora eu a tenho em minhas mãos.

E se você acha que sua vida é um inferno... Ah, como está iludida...

Você não tem noção do que te aguarda, meu amor. Agora você é somente minha.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado...
Até o próximo capítulo =)



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