Por que tudo tinha que ser tão complicado? A vida poderia ser mais simples, as coisas acontecerem com mais facilidade. Quem dera fosse desse jeito. Infelizmente tudo estava indo errado para Regina, que estava assentada em frente a um bar aberto perto daquela praia linda do Havaí. Do que adiantaria estar num lugar tão exótico e belo de se apreciar, se a única pessoa com quem queria estar compartilhando aquele momento, se dirigia para uma espécie de montanha onde no topo havia uma igreja e a vista provavelmente era incrível. Suspirou bebendo uma cidra de maçã. Não conseguira ir ao casamento por motivos óbvios e também não fazia questão. Ver sua melhor amiga e a mulher que estava apaixonada, casar com aquela outra, seria como uma facada no estômago.

— Outro? - O homem no bar pergunta a ela.

— Por favor. - Estendeu a taça num sorriso fraco.

— Regina? - Olhou ao meu lado e revirou os olhos impaciente. Era Zelena com aquele sorriso falso sempre colado aos seus lábios.

— Oi, Zelena. - Respondeu um pouco seca tomando um gole da bebida já servida.

— Nossa, o que você tem amiga? Tá tão pra baixo, eu hein. - Se sentou ao lado da morena acenando para o homem. - E cadê a bonitona da sua esposa?

— Está no casamento dela. - Comentou. Já estava farta de fingir.

— O que?

— Eu menti sobre tudo. Emma não é minha esposa. Eu sou divorciada e tenho dois filhos lindos que eu praticamente crio sozinha. E tem mais. Essa viagem que fizemos foi só é uma farsa para Emma convencer a namoradinha, que tinha acabado o casamento. Agora ela tá numa igreja, se casando com essa garota, enquanto eu afogo minha mágoas nessa taça por ser uma idiota e me apaixonar loucamente por ela. - Bebeu outro grande gole, enquanto a ruiva ficava de boca aberta.

— Uau.. - Zelena ficou pensativa. - mas por que mentir pra mim?

— Por que você é uma pessoa chata, completamente falsa, que sempre foi a melhor de todas enquanto eu vivia na sua sombra. Eu só queria uma vez na minha vida estar melhor que você. Ah e também batizei o coco dos meus filhos com seu nome. - Por incrível que pareça a ruiva começou a sorrir. Mas não aquele sorriso falso, parecia verdadeiro mesmo.

— Mulan não inventou a capinha de porcelana. Ela só é amiga de um dos representantes. Fizemos essa viagem para ver se a chama do casamento voltava a acender mas eu descobri que é impossível. Por que ela é hétero.

— Não. - A morena fita a outra surpresa.

— Aham. Olha só. - Apontou e mais a frente Mulan estava no colo de um dos marinheiros assentados ao redor de uma mesa, sorrindo e passando a mão no seu rosto, apertando seus bíceps. - Já pedi o divorcio, assinamos os papeis na semana que vem.

— Minha nossa. - Regina levou a mão a boca. - Eu nem imaginava.

— É, parece que nada é perfeito não é? - Vendo que o barman havia colocado uma bebida específica a sua frente a ruiva toma gute-gute.

— Bom, mesmo assim ainda ganhei de você. - As duas não mais "animigas" sorriram uma para a outra.

— Eu sei que sou a última pessoa que você ia querer um conselho, mas acho que devia ir atrás da loira.

— Ela fez a escolha dela Zelena. - Suspirou desanimada.

— Eu vi o jeito que vocês duas se olham. Nunca tinha visto tanta química entre duas pessoas. Vocês foram feitas uma pra outra eu vi isso, Regina. - Insistiu querendo confortar a morena que descordou com a cabeça.

— Fomos sempre melhores amigas, nunca rolou nada mesmo eu sabendo da opção sexual dela. Sabe, a gente sempre deu certo desse jeito. E se a gente transformar isso em algo a mais e não der certo? Eu tenho medo, não quero me decepcionar e ela vai ser feliz com essa Ruby, eu sei que vai.

— Não me conhece tão bem assim Rê. - As duas sentadas ergueram o olhar. Era Emma com as mãos no bolso de trás da calça e com um olhar perdido para Regina.

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Emma

Agora nesse momento, olhando pra essa perfeição de mulher eu me vejo perdida no imenso castanho. Desço meu olhar para sua boca, seu nariz, e suas bochechas. Como pode ser tão linda? Seu olhar era interrogativo com uma sobrancelha arqueada.

— Bom, acho que essa é a minha deixa! - Zelena estava com Regina, como assim? Mas logo ela se levantou lançando um sorriso que parecia sincero, pelo ar. - Adorei a conversa Regina, boa sorte!

— Obrigada, pra você também Zel. - Ambas trocaram um pequeno riso. Estreito as sobrancelhas e me assento ao lado de Regina, vendo a ruiva se afastar.

— Quem foi que ergueu a bandeira branca primeiro? - Acabei sorrindo de canto encarando de volta aqueles olhos brilhantes.

— Acho que foi eu. - Ela faz uma careta divertida, mas eu podia ver nela que algo a incomodava. - Mas no fim, acho que ficamos em paz.

— Ainda bem, mas eu posso continuar chamando as coisas de Zelena né? - Ela sorriu de leve.

— Sim. Mas não vamos estar perto pra falar isso uma pra outra. - E então seu sorriso caiu, e seu olhar abaixou. Passei a mão nos cabelos e fiquei ali a olhando enquanto ela evitava fazer o mesmo.

— Sabe... eu fui me casar, com uma garota muito bonita. E eu tava naquele altar. A vista linda lá de cima, o mar batendo nas pedras com força. Todo mundo lá sorrindo pra mim. Mas aí eu pensei: A única pessoa que eu queria que estivesse aqui - Sorri irônica. - não esta. Ruby é incrível, talentosa e muito legal. - Regina me olhou, assim que peguei suas mãos e comecei a fazer carinho nelas com as minhas. - Só tem um problema.. - Aproximei meu rosto do seu, coisa que eu amava fazer desde que tinha tomado coragem. Senti-la tão perto com aquele perfume gostoso e a boca entre aberta era irresistível.

— E qual é? - Ela sussurrou. Quase fechei os olhos com aquilo, sua voz naquele tom me deixava louca.

— Ela não é você. Ela não é Regina Mills. A mulher que mudou minha vida desde que entrou nela. Eu só me vejo feliz.. ao seu lado. - Pego seu rosto com uma das minhas mãos, acariciando ali.

— Então você não casou? - Seus olhos ficaram marejados assim como os meus. Abri um sorriso enorme descordando com a cabeça.

— Não, eu jamais poderia casar com alguém que não seja você. Eu estou apaixonada por você Regina. - Ela sorriu numa alegria que eu nunca tinha visto antes, respirando fundo. Colocou as mãos na minha cintura olhando para o meu corpo, depois voltou ao meu rosto. - Mas se você prefere ficar com o boca de vovô eu vou enten..

— Cala a boca Emma! - E me puxou para um beijo intenso entre um sorriso. O beijo mais gostoso do mundo. Molhado, lento e cheio de amor, paixão. Paraíso seria uma coisinha de nada comparada a como eu me sentia naquele momento.

— E não devemos ter medo. - Falo entre sua boca na minha. - Quer dizer, olha só tudo o que aconteceu. Claro que é um sinal pra ficarmos juntas, não acha? - Ela parou de me beijar, se afastando um pouquinho.

— Tudo o que eu sei é que eu te quero loucamente. Sua loira folgada. - Sorriu com divertimento passando a mão nos meus cabelos.

— Também te amo, Gina! - Retribui, vendo que ela tinha me acertado com um tapa no braço. Em seguida me coloco em pé a pegando pela cintura e a rodeando entre risadinhas. Assim que a desci abraço sua cintura e a beijo de novo com vontade. E pela primeira vez eu me sentia fazendo a coisa certa na minha vida.

Depois disso minha felicidade só foi crescendo cada vez mais e as coisas se encaixando perfeitamente. Ruby achou uma namorada da idade dela no avião voltando para casa, Henry nadou com os golfinhos e eu nunca tinha visto o menino tão feliz na vida. Mary terminou o teatro o que é bom, eu acho. E eu.. eu me casei com a mulher mais linda desse mundo, até convidamos o boca de vovô para o casamento que acabou acompanhando Killian (não me perguntem por que). E agora finalmente eu podia ter Regina só para mim, já ansiava mais que tudo tê-la como minha, até por que nos guardarmos até o casamento foi ideia dela, mas eu resolvi aceitar, relutante, mas aceitei.

Finalmente a noite havia chegado. Estávamos um pouco distantes olhando uma para a outra com desejo. E eu estava segurando aquela vontade fazia tempo. Me aproximo lentamente e fico a centímetros do seu rosto. A minha respiração se encontrava tão descompassada quanto a dela. - Tudo bem? - Perguntei num sussurro.

— Nunca esteve melhor. - Regina sussurrou de volta e passou os braços aos redor do meu pescoço arrancando-me um beijo voraz e delicioso. Com isso agarrei sua cintura e fui abrindo o zíper do seu vestido com cuidado. Ela estava linda com aquela peça de roupa mas com toda certeza ficaria mais ainda totalmente nua. O vestido caiu do seu corpo e ao me separar do beijo, suspiro observando cada traço daquele corpo tão belo e perfeitinho. Ao ver que eu parecia uma idiota babando na sua frente ela solta um sorriso e passa as mãos na minha nuca, mexendo no meu cabelo por ali. Aproximou a boca carnuda da minha e roçou seus lábios nos meus tirando meu vestido dessa vez e quando dei por mim vi que nós duas usávamos apenas roupas íntimas. Não aguentei, e nem poderia por muito mais tempo.

Prenso seu corpo contra o meu, com uma mão no seu pescoço e a outra pressionada contra sua bunda redondinha. Olho cada traço do seu rosto com intensidade, depois mordo seu lábio inferior lentamente. O que fez ela soltar um gemido suave, mas que não deixou de me excitar completamente. A beijo, invadindo minha língua na sua de imediato e repito o ato diversas vezes. Meu ar faltava assim como o dela mas eu não pararia agora. Guio meu corpo junto ao seu até a cama e a deito, ficando por cima. Depois de um tempo resolvo descer
meus beijos para o seu pescoço, depositando chupadas fortes ali. Iria marcar, mas a intenção era essa.

Ouço seu suspiro junto a outro gemido baixinho. Senti suas mãos percorrerem minhas costas e desabotoar o sutiã, depois seguirem pra baixo da minha calcinha e apertar minha bunda com força. Acompanhei seu gemido, sem parar de chupar sua nuca e dar mordidinhas. Quando dei por mim já tinha tirado seu sutiã também e meus beijos desciam pelo seu peito até chegar em seus seios. Onde passei minha língua e chupei com intensidade fazendo suas costas se erguerem e seu gemido aumentar. Fiquei um tempo ali alternando entre um e outro com mordiscadas na pontinha e beijos molhados. Desci entre chupões pela sua barriguinha lisa, meu desejo era aproveitar cada pedacinho de Regina. Ela se contorcia por baixo de mim, fechava os olhos, a boca aberta pelos gemidos longos que me causavam tanto tesão.

Passei as mãos por suas coxas macias, comecei a apertar lentamente enquanto eu descia e subia. Tirei sua calcinha, vendo-a erguer o quadril em desejo. Seguindo minha louca vontade passo minha língua pela sua intimidade. Ela estava tão molhada. Ouvi meu nome num gemido longo. Suas mãos se adonaram dos meus cabelos, então resolvi penetra-la com minha língua lentamente e fazer movimentos precisos sentindo todo seu gosto, era perdidamente delicioso.

Seus gemidos e a respiração pesada só aumentavam e assim eu acelerava cada vez mais, a chupando com vontade enquanto minhas unhas arranham suas pernas de leve. Seu quadril se movimentava contra minha boca e suas mãos pressionavam meu rosto contra seu centro com mais força. Aproveitei para aprofundar e continuar chupando com mais agilidade. E assim vejo que ela gozou na minha boca soltando um último gemido arrastado e um pouco falhado.

Beijo seus lábios com volúpia e paixão, fazendo-a sentir o próprio gosto e ver o quanto era delicioso. Suguei todo seu ar descompassado com o ato, e ao afastar meus lábios ela inverte as posições. Prensou seu corpo contra o meu, senti seus seios nos meus e ela começou a rebolar em cima de mim. Quase morri de tanto tesão, aquele gostoso e extremamente prazeroso. Seus lábios beijavam e chupavam meu pescoço. Seu rosto se ergueu, ela me fitou com puro desejo, mas também amor. Passou a morder meu queixo e com isso meus olhos se arregalaram ao sentir seus dedos me invadirem sem aviso. - Regina.. - Gemi praticamente sem a voz. Ela movimentou os dedos com calma me levando ao delírio. Não pude nem ao menos suspirar, pois seus beijos abafavam os suspiros e gemidos que eu controlava pra não aumentar.

Sua mão que não estava ocupada, passou pelo meu seio esquerdo, massageando ali com o polegar. Os dedos da sua outra mão aumentavam o ritmo dentro de mim, era mais fácil de eu sentir por estar tão excitada. Arranho suas costas e depois aperto meus dedos ali, fechando meus olhos. Agora sua boca estava no meu pescoço de novo e sua mão na minha coxa, passando e apertando pelo caminho. A sensação era tão maravilhosa que eu poderia ficar pra sempre daquele jeito com ela. Sua mão abriu um pouco mais a minha perna enquanto a outra acelerava num vai e vem delicioso no meu centro molhado. Não pude deixar de soltar um gemido alto, mas em seguida sua boca se encontrou com a minha e ficamos nos beijando intensamente, e poderia dizer loucamente também se eu conseguisse raciocinar naquele momento. Seus dedos aceleravam, e continuavam assim como seus lábios nos meus. Quando dei por mim tinha chegado ao ápice ofegante, com sua boca entre a minha. Pronto, aquilo foi o suficiente pra me deixar no céu.

Os espasmos no meu corpo eram intensos. Nós duas já estávamos suadas pelo agito e prazer. Ela beijou meus lábios devagar e com amor, depois se deitou ao meu lado, nossas respirações ofegantes. - Nossa.. e você se dizia hétero. - Comento recuperando o fôlego fazendo ela rir.

— Acho que com você, não existe maneira nenhuma de ser. - Sussurrou. - Viro meu rosto a fitando e puxo seu corpo pela cintura. Olho para seus olhos e a beijo delicadamente.

— Eu te amo! - Disse ao final do beijo, tirando uma das suas mexas do seu rosto. Era inevitável não amar Regina Mills. - Meu amor.

— Eu também te amo. - Sorrimos uma pra outra. - Mas eu quero um aumento! - Acabei soltando uma leve risada voltando a beija-la.

É isso aí, a vida muitas vezes é imprevisível. Você pode ter certeza do que está fazendo mas de repente tudo muda e você vê que o certo era algo que você nem ao menos tinha parado para reparar. Agora eu tenho minha melhor amiga e finalmente esposa (de verdade) dessa vez. Quer dizer, existe pacote mais completo que esse? É Emma Swan, você se deu bem!

Fim.