Acordei com a luz em meu rosto. Assim que abri os olhos vi penas por todos os lugares. A cabeceira da cama destruída. Quando foi que isso aconteceu? Bom, eu estava tão absorta em outras coisas que poderia cair uma nave alienígena que eu não perceberia.

Virei-me para procurar Edward e senti dores. Quando retirei o lençol e as penas vi hematomas espalhados pelo corpo. Eu não me lembrava de qualquer dor. Só de querer que ele me abraçasse mais forte e ficar extremamente satisfeita quando ele o fazia.

Provavelmente Edward estava bastante chateado consigo mesmo então resolvi tomar banho antes de descer para encontra-lo.

Meu cabelo estava uma zona e demorou bastante para conseguir tirar as penas e desembaraçá-lo. Coloquei uma blusa branca de manguinha um short um pouco mais comprido para esconder os hematomas antes de descer.

Quando cheguei a cozinha, a mesa do café da manhã estava posta e Edward estava com uma expressão ilegível. Preferi dar mais um tempo a ele e comi em silêncio.

—Bella, entendo perfeitamente que me odeie.

—De onde tirou isso? – Edward logo estava ao meu lado e levantou levemente a minha blusa. Minha cintura e minhas coxas eram onde mais tinha hematoma.

—Eu te machuquei, Bella.

—Estou com hematomas? Sim. Mas não quer dizer que senti qualquer dor, Edward!

—Não minta para fazer eu me sentir melhor.

—Não estou mentindo! Não sei como funciona para vocês vampiros, mas não consigo pensar em nada no mundo que poderia ser melhor do que ontem.

—Bella, ontem foi a melhor noite da minha existência. Mas não ameniza o fato de que eu te machuquei. Aposto que Jacob não te machucou.

—Não estamos falando sobre isso, Edward! Eu. Não. Senti. Dor. Se eu estivesse mentindo, você saberia. Eu minto muito mal. Agora chega desse assunto que está acabando com toda a minha felicidade.

—Não vou mais tocar em você, Bella.

Edward não devia estar são. Passar a vida sem sexo por que estava com alguns hematomas. Grande coisa! Mas eu ainda mostraria que era possível.

Nos dias seguintes fizemos de tudo. Mergulhamos com golfinhos, conhecemos a floresta da ilha, cachoeiras e até fomos no continente conhecer os pontos turísticos da cidade. Falamos com Tyler todos os dias pela internet, segundo Rosalie ele chorava as vezes, principalmente antes de dormir, aconselhamos que ela cantasse a música de ninar e ela depois disse que ajudou.

Eu comia sem parar sem motivo algum. Tudo me cansava muito e eu caia no sono assim que chegava. Mas não estava cansada o bastante para não colocar as lingeires que Alice mandara. Fui evoluindo aos poucos até que cheguei a que estou no momento. Uma camisola que equivale praticamente a nudez. Mas eu precisava tentar.

Edward esboçou surpresa com meu traje, mas não disse nada, só meu deitei e o abracei. Sua pele fria era perfeita no calor tropical, o tecido fino ajudava bastante.

—Boa noite, amor – disse languida.

—Boa noite – senti-o se afastar levemente e sorri por saber que, de certa forma estava fazendo efeito, ele estava tentado.

Eu e Edward estávamos no mar. Eu estava com um dos pequenos biquínis que Alice me mandara. Jogávamos água um no outro e riamos quando Edward me puxou para um beijo. Não demorou muito para que eu ardesse por ele. Para minha total satisfação, ele começou a desamarrar meu biquíni.

Quando acordei no quarto escuro, meus olhos se encheram de lágrimas.

—Amor, o que foi? Pesadelo?

—Não, foi um sonho bom.

—Então por que está chorando?

—Por que não é a realidade.

—Me conte, Bella. Me diga e tentarei tornar real.

Lancei-me nele, beijando-o da forma mais intensa que eu conseguia.

—Bella, não posso correr o risco de machucar você de novo.

—Edward, eu quero tanto você – não sei se foram as palavras ou meu tom beirando ao desespero, mas Edward passou a retribuir os beijos na mesma intensidade.

Na manhã seguinte, acordei com a luz do sol. Avaliei o estrago, só algumas poucas penas, um lado da nova cama meio trincado. Nenhum novo hematoma, os antigos mal apareciam. Edward estava na cama, o que era um bom sinal.

—Bom dia.

—Bom dia – sorri para ele, que me sorriu de volta.

—Dessa vez eu sabia o que esperar, consegui me controlar melhor. Algum novo hematoma?

—Nenhum – sorri orgulhosa.

—Melhor me preparar antes que minha esposa ataque de novo.

—Que tal agora? – inclinei-me para beijá-lo.

—Acho que tenho que alimentar a humana primeiro e depois os empregados vão chegar para arrumar essa bagunça.

—Ok – resmungo contrariada.

—Temos a noite também – ele me sorri.

—O que acha de deixarmos eles aqui e quem sabe visitar aquela cachoeira bem afastada?

—Ótima ideia.

Como desde que estamos aqui, como a beça. O suficiente para dois, o que não é o normal e Edward brinca que não está me alimentando o bastante.

—Os empregados – Edward levanta e vai abrir a porta no momento em que chegam e sai distribuindo ordens em português, levando-os até o quarto. Um casal aparentemente indígena.

Enquanto isso vou escolhendo um DVD e logo Edward está ao meu lado no sofá, me abraçando o que é um alivio já que está muito calor.

—Escolhi um filme, mas não se engane. Estamos só fingindo que não somos um casal totalmente viciado em sexo e vamos fugir para aquela cachoeira em, deixe-me ver... – fingi olhar as horas – agora?

—Ótima ideia, sra. Cullen – ele me beija – Devo pegar roupas de banho?

—Não, vamos tirar mesmo.

A mulher está com um saco de penas e me olha profundamente como se pudesse ler minha alma. Diz algo em português e Edward responde logo depois o clima pesado some vamos para a cachoeira